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Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas

Luiz C. M. de Aquino

aquino.luizclaudio@gmail.com
http://sites.google.com/site/lcmaquino
http://www.youtube.com/LCMAquino
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Na aula anterior nós estudamos como aplicar o conceito de


integrais para calcular o volume de sólidos.
Entretanto, em alguns casos a técnica estudada pode ser difı́cil de
ser aplicada.
Nesta aula estudaremos como calcular o volume de alguns sólidos
através do chamado Método das Cascas Cilı́ndricas.
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Considere que desejamos calcular o volume do sólido obtido pela


rotação, em torno do eixo y , da região R delimitada entre o gráfico
de f (x) = −x 2 + x e o eixo x.

1
1 4
R
4
f

0 1 -1 0 ri re 1
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Considere que desejamos calcular o volume do sólido obtido pela


rotação, em torno do eixo y , da região R delimitada entre o gráfico
de f (x) = −x 2 + x e o eixo x.

1
1 4
R
4
f

0 1 -1 0 ri re 1

Cada seção transversal desse sólido, perpendicular ao eixo y , será


uma coroa circular com
 raio
 interno ri e raio externo re .
Dado um valor y ∈ 0, 41 , teremos então associado a ele esses dois
raios.
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Para determinar cada raio associado a um valor y , devemos


resolver a equação f (r ) = y . Ou seja, temos que

−r 2 + r = y ,
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Para determinar cada raio associado a um valor y , devemos


resolver a equação f (r ) = y . Ou seja, temos que

−r 2 + r = y ,

−r 2 + r − y = 0.
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Para determinar cada raio associado a um valor y , devemos


resolver a equação f (r ) = y . Ou seja, temos que

−r 2 + r = y ,

−r 2 + r − y = 0.

Considerando a incógnita r , essa é uma equação polinomial do 2◦


grau, com solução
√ √
1 − 1 − 4y 1 + 1 − 4y
ri = e re = .
2 2
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

A área de cada seção transversal será dada por

A = πre2 − πri2 ,
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

A área de cada seção transversal será dada por

A = πre2 − πri2 ,

 √ 2  √ 2
1+ 1 − 4y 1− 1 − 4y
A=π −π .
2 2
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

A área de cada seção transversal será dada por

A = πre2 − πri2 ,

 √ 2  √ 2
1+ 1 − 4y 1− 1 − 4y
A=π −π .
2 2

Desenvolvendo toda essa equação, no final podemos escrever A


como uma função de y dada por:
p
A(y ) = π 1 − 4y .
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Podemos então calcular o volume do sólido desejado através da


integral
Z 1
4
V = A(y ) dy
0
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Podemos então calcular o volume do sólido desejado através da


integral
Z 1
4
V = A(y ) dy
0
Z 1
4 p
= π 1 − 4y dy
0
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Podemos então calcular o volume do sólido desejado através da


integral
Z 1
4
V = A(y ) dy
0
Z 1
4 p
= π 1 − 4y dy
0
 1
π 4
q
= − (1 − 4y )3
6 0
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Podemos então calcular o volume do sólido desejado através da


integral
Z 1
4
V = A(y ) dy
0
Z 1
4 p
= π 1 − 4y dy
0
 1
π 4
q
= − (1 − 4y )3
6 0
π
= (u.v. – unidade de volume)
6
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução
Vejamos agora como calcular esse volume usando uma outra
estratégia. Nós vamos começar dividindo o sólido em várias cascas
cilı́ndricas, como ilustra a figura abaixo.

f(x) f(x)

x - ∆x
2
x x+ ∆x
2
x - ∆x
2
x x+ ∆x
2
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução
Vejamos agora como calcular esse volume usando uma outra
estratégia. Nós vamos começar dividindo o sólido em várias cascas
cilı́ndricas, como ilustra a figura abaixo.

f(x) f(x)

x - ∆x
2
x x+ ∆x
2
x - ∆x
2
x x+ ∆x
2

O volume dessa casca cilı́ndrica é dado por


∆x 2 ∆x 2
   
V̄ = π x + f (x) − π x − f (x),
2 2
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução
Vejamos agora como calcular esse volume usando uma outra
estratégia. Nós vamos começar dividindo o sólido em várias cascas
cilı́ndricas, como ilustra a figura abaixo.

f(x) f(x)

x - ∆x
2
x x+ ∆x
2
x - ∆x
2
x x+ ∆x
2

O volume dessa casca cilı́ndrica é dado por


∆x 2 ∆x 2
   
V̄ = π x + f (x) − π x − f (x),
2 2

V̄ = 2πxf (x)∆x.
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Vale a pena destacar que o volume da casca cilı́ndrica é equivalente


ao volume do paralelepı́pedo cujas dimensões são 2πx, ∆x e f (x).

f(x)
f(x)

x - ∆x x x+ ∆x 2πx ∆x
2 2
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Vamos dividir o intervalo [0, 1] em n partes, de modo que x0 = 0 e


xn = 1. Em cada subintervalo [xi , xi+1 ], de comprimento
∆xi = xi+1 − xi , vamos tomar x i o seu ponto médio. O volume de
cada casca cilı́ndrica será dado por

Vi = 2πx i f (x i )∆xi
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Vamos dividir o intervalo [0, 1] em n partes, de modo que x0 = 0 e


xn = 1. Em cada subintervalo [xi , xi+1 ], de comprimento
∆xi = xi+1 − xi , vamos tomar x i o seu ponto médio. O volume de
cada casca cilı́ndrica será dado por

Vi = 2πx i f (x i )∆xi

Somando-se todos esses volumes, teremos uma aproximação para o


volume do sólido.
No limite quando o maior ∆xi tende para zero, essa soma tenderá
para o volume do sólido desejado:
n−1
X
V = lim 2πx i f (x i )∆xi
max ∆xi →0
i=0
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Vamos dividir o intervalo [0, 1] em n partes, de modo que x0 = 0 e


xn = 1. Em cada subintervalo [xi , xi+1 ], de comprimento
∆xi = xi+1 − xi , vamos tomar x i o seu ponto médio. O volume de
cada casca cilı́ndrica será dado por

Vi = 2πx i f (x i )∆xi

Somando-se todos esses volumes, teremos uma aproximação para o


volume do sólido.
No limite quando o maior ∆xi tende para zero, essa soma tenderá
para o volume do sólido desejado:
n−1
X Z 1
V = lim 2πx i f (x i )∆xi = 2πxf (x) dx.
max ∆xi →0 0
i=0
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Podemos então calcular o volume do sólido desejado através da


integral
Z 1
2πx −x 2 + x dx

V =
0
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Podemos então calcular o volume do sólido desejado através da


integral
Z 1
2πx −x 2 + x dx

V =
0
  4 1
x x3
= 2π − +
4 3 0
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Introdução

Podemos então calcular o volume do sólido desejado através da


integral
Z 1
2πx −x 2 + x dx

V =
0
  4 1
x x3
= 2π − +
4 3 0
π
= (u.v. – unidade de volume)
6
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Procedimento

Considere um sólido S obtido pela rotação, em torno do eixo y , da


região delimitada entre o gráfico da função contı́nua f e o eixo x
no intervalo [a, b], sendo f (x) ≥ 0 nesse intervalo e 0 ≤ a < b. O
volume de S será dado por
Z b
V = 2πxf (x) dx.
a
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Exercı́cio

Exemplo 1: Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em


torno do eixo y , da região R delimitada entre o gráfico de

f (x) = x + x e o eixo x no intervalo [1, 4].
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Exercı́cio

Exemplo 1: Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em


torno do eixo y , da região R delimitada entre o gráfico de

f (x) = x + x e o eixo x no intervalo [1, 4].

6 R
f f
2

1 4 1 4
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Exercı́cio

O volume desse sólido será dado pela integral


Z 4
V = 2πxf (x) dx
1
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Exercı́cio

O volume desse sólido será dado pela integral


Z 4
V = 2πxf (x) dx
1
Z 4
√ 
= 2πx x + x dx
1
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Exercı́cio

O volume desse sólido será dado pela integral


Z 4
V = 2πxf (x) dx
1
Z 4
√ 
= 2πx x + x dx
1
" √ !#4
x3 2 x5
= 2π +
3 5
1
Cálculo de Volumes pelo Método das Cascas Cilı́ndricas
Exercı́cio

O volume desse sólido será dado pela integral


Z 4
V = 2πxf (x) dx
1
Z 4
√ 
= 2πx x + x dx
1
" √ !#4
x3 2 x5
= 2π +
3 5
1
334π
= (u.v. – unidade de volume)
5

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