Você está na página 1de 7

Cálculo III

Prof.ª Aline Leão


Lista 4: Integral de Superfı́cie

A - Integral de superfı́cie de campo escalar

1. (a) Determine a representação paramétrica do toro obtido girando em torno do eixo z o


cı́rculo do plano xz com centro em (b, 0, 0) e raio a < b. (Dica: como parâmetros os
ângulos θ e α mostrados na figura)

(b) Use as equações paramétricas achadas na parte (a) para traçar o gráfico do toro para
alguns valores de a e b.

(c) Use a representação paramétrica da parte (a) para achar a área de superfı́cies do toro.

2. Defina integral de superfı́cie de um campo escalar.

3. Use a definição acima para calcular a massa da superfı́cie dada, com função densidade
superficial de massa f (x, y, z) dada por:

(a) f (x, y, z) = z e a superfı́cie x2 + y 2 + z 2 = 1, z ≥ 0

(b) f (x, y, z) = 2 e σ(u, v) = (u, v, 1 − u2 ), 0 ≤ u ≤ 1, 0 ≤ v ≤ 1

4. Calcule a integral de superfı́cie:


RR
(a) S
yz dS, S é a parte do plano x + y + z = 1 que está no primeiro octante.
RR
(b) S
(x2 y + z 2 ) dS, S é a parte do cilindro x2 + y 2 = 9 entre os planos z = 0 e z = 2.

5. O momento de inércia IL de uma superfı́cie S pode ser interpretado como uma medida da
capacidade do corpo de resistir à aceleração angular em torno de um eixo L. A equação é
dada por: Z Z
IL = [δ(x, y, z)]2 f (x, y, z) dS
S

1
em que f (x, y, z) é a densidade (massa por unidade de área) em um ponto (x, y, z) de S e
δ(x, y, z) é a distância ao eixo L.

(a) Sabendo que uma lâmina tem a forma de um hemisfério unitário, encontre o momento
de inércia dessa lâmina em relação a um eixo que passa pelo polo e é perpendicular
ao plano que delimita o hemisfério. Considere a densidade no ponto P da lâmina
proporcional à distância desse ponto ao plano que delimita o hemisfério.

(b) Uma lâmina tem a forma da superfı́cie do cone z 2 = 3(x2 + y 2 ) limitado por z = 0
e z = 3. Determine o momento de inércia da lâmina em relação ao eixo dos z se a
densidade é f (x, y, z) = 1

B - Integral de superfı́cie de campo vetorial

6. (a) Defina superfı́cie orientável.

(b) Explique por que a faixa de Möbius não é orientável.

(c) Defina integral de superfı́cie de um campo vetorial.

7. Use as definições acima para calcular o fluxo do campo vetorial F⃗ (x, y, z) = z⃗i + y⃗j + x⃗k
através da esfera x2 + y 2 + z 2 = 1 orientada pela normal exterior.

8. Determine o fluxo de F⃗ (x, y, z) = x⃗i + 2y⃗j + 3z⃗k através do cubo com vértices (±1, ±1, ±1)
com normal que se afasta da origem.
⃗ ⃗j+z⃗k
9. Determine o fluxo de F⃗ (x, y, z) = √xi+y + z⃗k através da superfı́cie S = {(x, y, z) ∈
2( 2 x +y +z )3
2

R3 : x2 + y 2 = (z − 2)2 , 0 ≤ z ≤ 2} sendo ⃗n o campo de vetores unitários tal que ⃗n · ⃗k > 0.

10. Um fluido com densidade ρ = 1200 flui com velocidade ⃗v = y⃗i + ⃗j + z⃗k. Determine a taxa
de vazão do fluı́do através do paraboloide z = 9 − 41 (x2 + y 2 ), x2 + y 2 ≤ 36.

11. O fluxo de calor é definido como o campo vetorial F⃗ = −K∇u, em que K é a constante
de condutividade determinada experimentalmente, u(x, y, z) é a temperatura num ponto
(x, y, z). Assim, a taxa de fluxo de calor através de uma superfı́cie S é dada pela integral:
Z Z Z Z

F · ⃗n dS = −K ∇u · ⃗n dS.
s S

Sabendo que a temperatura em um ponto (x, y, z) em uma substância com condutividade


K = 6, 5 é u(x, y, z) = 2y 2 + 2z 2 , determine a taxa de transmissão de calor nessa substância
(para dentro) através da superfı́cie cilı́ndrica y 2 + z 2 = 6, 0 ≤ x ≤ 4.

C - Teorema da divergência ou teorema de Gauss

12. Use o Teorema da divergência para resolver o exercı́cio 8.

2
13. A figura mostra um campo vetorial F⃗ . Use a interpretação da divergência para determinar
se div F⃗ é positivo ou negativo em P1 e P2 .

14. (a) Os pontos P1 e P2 na figura abaixo são fontes ou sumidouros para o campo vetorial F⃗ ?
De uma explicação baseada exclusivamente na figura.

(b) Dado F⃗ (x, y) = (x, y 2 ), use a definição de divergência para verificar a sua resposta da
parte a.

15. Use o Teorema da Divergência para calcular as seguintes integrais:

F⃗ ·⃗n dS, em que F⃗ (x, y, z) = ex seny ⃗i + ex cos y ⃗j + yz 2 ⃗k e S é a superfı́cie da caixa


RR
(a) S

delimitada pelos planos x = 0, x = 1, y = 0, y = 1, z = 0, z = 2, com normal exterior.

F⃗ · ⃗n dS, em que F⃗ (x, y, z) = (x3 + ysenz)⃗i + (y 3 + zsenx)⃗j + 3z ⃗k e S é a superfı́cie


RR
(b) S
p p
do sólido limitado pelos hemisférios z = 4 − x2 − y 2 , z = 1 − x2 − y 2 e z = 0, com
normal exterior.

F⃗ · ⃗n dS, em que F⃗ (x, y, z) = z 2 x ⃗i + (1 31 y 3 + tgz)⃗j + (x2 z + y 2 )⃗k e S é a metade


RR
(c) S

de cima da esfera x2 + y 2 + z 2 = 1, com normal exterior.



⃗ ⃗j+z k
16. Seja F⃗ (x, y, z) = q
x2 +y 2 +z 2
· √xi+y
2 2 2
, em que q é uma constante não-nula.
x +y +z

(a) Calcule div F⃗ .

(b) Calcule o fluxo de F⃗ através da superfı́cie esférica x2 + y 2 + z 2 = 1, com normal


apontando para fora da superfı́cie.

3
(c) Calcule o fluxo de F⃗ através da superfı́cie esférica x2 +y 2 +(z −2)2 = 1, com apontando
normal para fora da superfı́cie.

(d) Calcule o fluxo de F⃗ através da fronteira do cubo −2 ≤ x ≤ 2, −2 ≤ y ≤ 2, −2 ≤ z ≤ 2,


com normal apontando para fora do cubo.

x⃗i+y⃗j+z⃗k
17. Use o teorema da divergência para calcular o fluxo de F⃗ = 3 + z⃗k através de S, em
(x2 +y 2 +z 2 ) 2
que S é a parte de x2 + y 2 − z 2 = 1, 0 ≤ z ≤ 1, orientada com normal ⃗n tal que ⃗n · ⃗k ≤ 0.

x⃗i+y⃗j+z⃗k
18. Use o teorema da divergência para calcular o fluxo de F⃗ = 3 através de S, em
(4x2 +9y 2 +25z 2 ) 2
que S é a semi-esfera x2 + y 2 + z 2 = 1, z ≥ 0, orientada com normal ⃗n tal que ⃗n · ⃗k ≥ 0.

D - Teorema de Stokes

19. Um hemisfério H e uma parte P de um paraboloide são dados na figura abaixo. Suponha
que F⃗ seja um campo vetorial sobre R3 cujos componentes têm derivadas parciais contı́nuas.
Explique por quê
Z Z Z Z
rotF⃗ · ⃗n dS = rotF⃗ · ⃗n dS.
H P

F dr, em que F⃗ (x, y, z) = x2 y⃗i + 13 x3⃗j + xy⃗k


R
20. (a) Use o Teorema de Stokes para calcular C

e C é a curva da interseção do paraboloide hiperbólico z = y 2 − x2 com o cilindro


x2 + y 2 = 1 com orientação no sentido anti-horário quando visto de cima.

(b) Use um recurso gráfico computacional para traçar o gráfico do paraboloide hiperbólico
e do cilindro de forma a ver a curva C e a superfı́cie que você usou na parte a.

(c) Determine as equações paramétricas para C e use-as para traçar o gráfico.

21. Calcule o trabalho realizado pelo campo de força F⃗ (x, y, z) = (xx +z 2 )⃗i+(y y +x2 )⃗j+(z z +y 2 )⃗k
quando uma partı́cula se move sob sua influência ao redor da borda da parte da esfera
x2 + y 2 + z 2 = 4 que está no primeiro octante, na direção anti-horária quando vista de cima.

rotF⃗ · ⃗n dS, em que F⃗ (x, y, z) = 1


(−y⃗i + x⃗j + z 2⃗k), em que S é a
RR
22. Calcule S x2 +y 2 +z 2

superfı́cie x2 + y 2 + z 2 = 1 e a normal ⃗n apontando para fora da esfera. Cuidado: O teorema

4
da divergência não se aplica. Por quê? Note que, a esfera não possui bordo (curva fronteira),
então aplique o Teorema de Stokes a cada semi-superfı́cie esférica e some.
 
23. Calcule C F⃗ dr, em que F⃗ (x, y, z) = −y
, x , senz
R
x2 +y 2 x2 +y 2 8+z 4
, em que C é a curva dada pela
interseção de z = x2 + y 2 e x2 + y 2 = 6, orientada de modo que sua projeção no plano xy
seja percorrida uma vez no sentido anti-horário.

Respostas:



 x = (b + a cos α) cos θ

1. (a) y = (b + a cos α)senθ 0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ α ≤ 2π



 z = asenα

(b)

(c) 4π 2 ab

2.

3. (a) π
√ 1 √
(b) 5 + ln(2 + 5)
2

3
4. (a) 24

(b) 16π


5. (a) Faça f (x, y, z) = kz, em que k é a constante de proporcionalidade. IL = 2

(b) 9π

6.


7. 3

8. 48

14
9. 3
π

10. Faça F⃗ = ρ⃗v , normal para fora. Resposta: 194400π

11. 1248π.

12. 48

13. Negativo em P1 , positivo em P2 .

14. (a) P1 é fonte, P2 é sumidouro.

5
(b)

15. (a) 2
194π
(b) 5

13π
(c) 20

16. (a) 0 (c) 0

(b) 4πq (d) 4πq


2π( 3−1)
17. 3

π
18. 18

19. Para responder, note que ambas as superfı́cies têm como curva fronteira (ou bordo) uma
circunferência de raio 2 no plano xy.

20. (a) π

(b)

(c) (x, y, z) = (cos t, sent, sen2 t − cos2 t), 0 ≤ t ≤ 2π

Figura 1: Exercı́cio 20 (b)

Figura 2: Exercı́cio 20 (c)

6
21. 16

22. 0

23. 2π

Você também pode gostar