Gestão Da Manutenção: Licenciatura em Engenharia Mecânica

1
GESTÃO DA MANUTENÇÃO
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
5
José Sobral
INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

GESTÃO DA MANUTENÇÃO 2020/2021
5 – TÉCNICAS DE PLANEAMENTO
QUALQUER TRABALHO QUE NOS SEJA APRESENTADO, POR MUITO SIMPLES OU

COMPLEXO QUE SEJA, PARA SER BEM CONDUZIDO TERÁ QUE OBEDECER A UM
PLANEAMENTO, INDEPENDENTEMENTE DE SER UM TRABALHO REPETITIVO OU SER
EXECUTADO UMA ÚNICA VEZ.
QUANDO SE TRATAM DE TRABALHOS REPETITIVOS (LINHAS DE MONTAGEM, LINHAS

DE PRODUÇÃO) É MAIS FÁCIL REALIZAR UM PLANEAMENTO POIS JÁ DISPOMOS DE
INFORMAÇÃO QUANTO ÀS DURAÇÕES, CUSTOS E SEQUÊNCIA DAS OPERAÇÕES.
NOS TRABALHOS QUE SE REALIZAM UMA SÓ VEZ (CONSTRUÇÃO DE UMA

PONTE OU UMA ESTRADA) EXISTEM EM TERMOS DE MANUTENÇÃO VÁRIOS
IMPONDERÁVEIS QUE TORNAM O PLANEAMENTO MAIS DIFÍCIL DE EFECTUAR.
NA REALIDADE, EM CERTOS TIPOS DE OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO EXISTEM
CERTAS SURPRESAS QUE SÓ NOS APERCEBEMOS NO DECORRER DAS MESMAS,
© José Sobral
OBRIGANDO MUITAS VEZES AO REFORÇO DE PESSOAL E DE MATERIAIS PARA 2

FAZER FACE A ESTAS SITUAÇÕES.
ASSIM, JUSTIFICA-SE PLENAMENTE O USO DE UMA FERRAMENTA – TÉCNICAS DE

PLANEAMENTO – QUE PERMITIRÁ EM QUALQUER ALTURA EFECTUAR
RACIONALMENTE REARRANJOS RÁPIDOS DOS RECURSOS DISPONÍVEIS (HUMANOS
E MATERIAIS). DEFINE-SE ASSIM UM REFERENCIAL QUE PERMITIRÁ ANALISAR OS
DESVIOS (CONTROLO) E TOMAR AS DEVIDAS ACÇÕES (ACTUALIZAÇÕES
PERIÓDICAS).
NORMALMENTE UM PLANEAMENTO É ELABORADO EM VÁRIAS FASES:
PLANEAMENTO A LONGO PRAZO
PLANEAMENTO A MÉDIO PRAZO

ÂMBITO RIGOR
DECRESCENTE CRESCENTE
PLANEAMENTO A CURTO PRAZO
© José Sobral
PROGRAMAÇÃO OU
3
AJUSTAMENTOS DO DIA A DIA

PARA SE TER UMA ORDEM DE GRANDEZA EM TERMOS TEMPORAIS DOS VÁRIOS

TIPOS DE PLANEAMENTO PODE-SE DAR A TÍTULO INFORMATIVO AS SEGUINTES
DURAÇÕES:
• PLANEAMENTO A LONGO PRAZO – ACIMA DOS DOIS ANOS;
• PLANEAMENTO A MÉDIO PRAZO – ENTRE SEIS MESES E DOIS ANOS;
• PLANEAMENTO A CURTO PRAZO – PARA OS PRÓXIMOS SEIS MESES.
© José Sobral
4
TÉCNICAS DE PLANEAMENTO
PERT E CPM SÃO DUAS TÉCNICAS DE PLANEAMENTO DE CERTO MODO
SEMELHANTES, EMBORA COM AS SEGUINTES DIFERENÇAS:
PERT – PROGRAM EVALUATION AND REVIEW TECHNIQUE

A ESTIMATIVA DE DURAÇÃO DE CADA ACTIVIDADE É FEITA ATRAVÉS DE CÁLCULO
PROBABILÍSTICO. EXISTE SEMPRE UMA INCERTEZA ASSOCIADA À DURAÇÃO PARA
CADA ESTIMATIVA. É UMA TÉCNICA USADA EM PROJECTOS QUE SE REALIZAM PELA
PRIMEIRA VEZ E PARA TRABALHOS DE CARÁCTER NÃO REPETITIVO E ONDE EXISTE
UM CERTO GRAU DE IMPREVISTO. É UMA TÉCNICA DE PLANEAMENTO QUE FOI
DESENVOLVIDA PELA U.S. NAVY, PELA ALLEN E PELA HAMILTON.
© José Sobral

CPM – CRITICAL PATH METHOD

BASEADA EM TAREFAS PASSADAS, DIMINUINDO ASSIM A INCERTEZA ASSOCIADA À
ESTIMATIVA DE DURAÇÃO DAS VÁRIAS TAREFAS, ESTA TÉCNICA ESTABELECE PARA
CADA TAREFA A RELAÇÃO CUSTO-DURAÇÃO, ESCOLHENDO-SE A DURAÇÃO PARA A
QUAL O CUSTO É MÍNIMO, OPTIMIZANDO O CUSTO TOTAL DO PROJECTO.
ASSIM, ESTA TÉCNICA É UTILIZADA EM TAREFAS DE CARÁCTER REPETITIVO E UMA
VEZ QUE SE PODERÃO REPETIR DEZENAS, CENTENAS OU MILHARES DE VEZES
CONHECEMOS OS SEUS CUSTOS E DURAÇÕES, SENDO IMPORTANTE ENTÃO
REALIZAR ESSAS TAREFAS AO CUSTO ÓPTIMO.
ESTAS DUAS TÉCNICAS DE PLANEAMENTO SÃO INSTRUMENTOS DE:

 PLANEAMENTO;
 COMUNICAÇÃO;
 CONTROLO;
© José Sobral
 INFORMAÇÃO. 6
O PERT E O CPM SÃO DUAS TÉCNICAS QUE PODERÃO SERVIR PARA APOIO AOS
VÁRIOS NÍVEIS DE GESTÃO, SENDO FERRAMENTAS QUE PODERÃO SERVIR PARA:
 QUANTIFICAR A INCERTEZA ASSOCIADA A CADA DECISÃO,
AUMENTANDO A PROBABILIDADE DE ÊXITO DAS DECISÕES TOMADAS;
 COORDENAR AS DIFERENTES ACTIVIDADES PARA ATINGIR UM
OBJECTIVO;
 PROPORCIONAR UM MÉTODO DE ACTUAÇÃO POR EXCEPÇÃO
(RELACIONADO COM OS DESVIOS AO PLANEAMENTO).
© José Sobral

QUANTO À INFORMAÇÃO PROPORCIONADA PELAS DUAS TÉCNICAS DE

PLANEAMENTO ANTERIORMENTE REFERIDAS, AO NÍVEL DA GESTÃO AS SEGUINTES
QUESTÕES PODEM SER LEVANTADAS:
 QUE TRABALHOS SE DEVEM REALIZAR PRIMEIRO?
 QUANDO DEVEMOS APROVISIONAR O MATERIAL NECESSÁRIO?
 QUANDO DEVEMOS REALIZAR AS OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO?
 QUAIS OS TRABALHOS EM CURSO A CADA MOMENTO?
 QUAL A SITUAÇÃO DO PROJECTO QUANTO À DATA PREVISTA DE
CONCLUSÃO?
 QUAIS AS ACTIVIDADES CRITICAS DO PROJECTO?
 QUANTO TEMPO DE MARGEM SE PERMITE ÀS ACTIVIDADES NÃO CRITICAS
NO CASO DE ATRASO;
 EM CASO DE ATRASO EM QUE ACTIVIDADES SE PODE ACTUAR PARA
RECUPERAR ESSE MESMO ATRASO E QUAL O SEU CUSTO?
© José Sobral
8
OUTRA TÉCNICA EXISTENTE E MUITO COMUM SÃO OS DIAGRAMAS DE GANTT OU

DIAGRAMA DE BARRAS.
A DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE ESTA TÉCNICA E AS DUAS ANTERIORES É QUE
EM GANTT FAZEMOS O PLANEAMENTO E A PROGRAMAÇÃO AO MESMO TEMPO,
ENQUANTO EM PERT E CPM ESTES SÃO SEPARADOS.
O PLANEAMENTO CONSISTE NO ESTABELECIMENTO DE UMA REDE E A
PROGRAMAÇÃO CONSISTE EM ESTABELECER A DURAÇÃO DAS TAREFAS (SENTIDO
DETERMINÍSTICO OU NO SENTIDO PROBABILÍSTICO) E POSTERIORMENTE FAZER A
ANÁLISE DA REDE.
DE ACORDO COM AS CARACTERÍSTICAS DAS TÉCNICAS DE PLANEAMENTO

ANTERIORMENTE REFERIDAS, CONSTATA-SE QUE AQUELA QUE MELHOR SE ADAPTA
AOS TRABALHOS DE MANUTENÇÃO É A TÉCNICA PERT.
© José Sobral

PERT
A TÉCNICA DE PLANEAMENTO PERT É DESENVOLVIDA FUNDAMENTALMENTE EM
QUATRO FASES:
 ESTABELECIMENTO DA SEQUÊNCIA LÓGICA DAS ACTIVIDADES

(ESTABELECIMENTO DA REDE);
 ESTIMATIVA DAS DURAÇÕES DAS ACTIVIDADES (SEU CÁLCULO
PROBABILÍSTICO);
 ANÁLISE DA REDE (CÁLCULO DO CAMINHO CRÍTICO);
 DETERMINAÇÃO DA DURAÇÃO TOTAL DO PROJECTO (SEU CÁLCULO
PROBABILÍSTICO).
© José Sobral
10
SIMBOLOGIA USADA EM PERT
ACTIVIDADE – É TUDO O QUE CONSOME RECURSOS TAIS COMO MÃO DE OBRA,

TEMPO, MATERIAIS OU ENERGIA.
ACONTECIMENTO – É INSTANTÂNEO, NÃO CONSOME RECURSOS, NOMEADAMENTE

TEMPO. É UTILIZADO PARA ASSINALAR O INÍCIO E O FIM DAS ACTIVIDADES.
ACTIVIDADE FICTÍCIA – É UMA FALSA ACTIVIDADE QUE NÃO CONSOME RECURSOS,

SERVE PARA INDICAR DEPENDÊNCIAS (VER MAIS À FRENTE O SEU USO).
© José Sobral
11

A B
1 2 3
A – ACTIVIDADE ANTECEDENTE DE B
B – ACTIVIDADE SEGUINTE DE A
1 – ACONTECIMENTO INICIAL DA ACTIVIDADE A
2 – ACONTECIMENTO INICIAL DA ACTIVIDADE B E FINAL DA ACTIVIDADE A
3 – ACONTECIMENTO FINAL DA ACTIVIDADE B
PARA IDENTIFICAR UMA DETERMINADA ACTIVIDADE PODEMOS DIZER:

ACTIVIDADE A OU ACTIVIDADE (1,2)
© José Sobral
12
UMA ACTIVIDADE PODE TER VÁRIAS ACTIVIDADES ANTECEDENTES, SÓ PODENDO

INICIAR-SE QUANDO A SUA ANTECEDENTE OU AS SUAS ANTECEDENTES ESTIVEREM
CONCLUÍDAS. UMA ACTIVIDADE TAMBÉM PODE TER VÁRIAS ACTIVIDADES
SEGUINTES. POR EXEMPLO:
A C
B D
A ACTIVIDADE C E A ACTIVIDADE D SÓ SE PODERÃO INICIAR QUANDO AS

ACTIVIDADES A E B ESTIVEREM CONCLUÍDAS.
AO CONJUNTO DE ACTIVIDADES E ACONTECIMENTOS QUE REPRESENTAM UM
PROJECTO DESIGNAMOS DE REDE PERT. UMA REDE PERT SÓ PODE TER UM
© José Sobral
ÚNICO ACONTECIMENTO INICIAL E UM ÚNICO ACONTECIMENTO FINAL. 13

AS ACTIVIDADES FICTÍCIAS SÃO USADAS NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:

 TRADUZIR UMA MERA RELAÇÃO DE PRECEDÊNCIA ENTRE DUAS
ACTIVIDADES (OU PARA FECHAR A REDE, POIS SÓ PODE HAVER UM ÚNICO
ACONTECIMENTO FINAL);
 SEPARAR UMA RELAÇÃO DE PRECEDÊNCIAS.
NO EXEMPLO ANTERIOR A ACTIVIDADE C E A ACTIVIDADE D TÊM COMO

ANTECEDENTES AS ACTIVIDADES A E B. SE QUISERMOS QUE A ACTIVIDADE C SÓ
TENHA A ACTIVIDADE A, RECORREMOS A UMA ACTIVIDADE FICTÍCIA:
A C
B D
© José Sobral
14
1 2
B
QUANDO AS ACTIVIDADES TÊM O MESMO ACONTECIMENTO INICIAL E FINAL SE

QUISERMOS DESIGNAR AS MESMAS POR ESSES VALORES FICAMOS COM UMA
INDETERMINAÇÃO. EXEMPLO:
A – ACTIVIDADE (1,2)
B – ACTIVIDADE (1,2)
A
2
1 3
© José Sobral
B
15

ASSIM, PASSAREMOS A DESIGNAR ESTAS ACTIVIDADES COMO:

A – ACTIVIDADE (1,2)
B – ACTIVIDADE (1,3)
EM CERTOS CASOS TEREMOS TAMBÉM QUE USAR ACTIVIDADES FICTÍCIAS PARA

FECHAR UMA REDE PERT, POR EXEMPLO:
1 4
EM CERTOS CASOS PODEMOS DISPENSAR A ACTIVIDADE FICTÍCIA FAZENDO O

© José Sobral
ACONTECIMENTO 2 COINCIDIR COM O 4, NADA ALTERANDO A LÓGICA DA REDE 16

(COMO NESTE CASO).
ACTIVIDADES COMPOSTAS OU SIMULTÂNEAS

EXISTEM CASOS EM QUE PODEMOS INICIAR UMA ACTIVIDADE SEGUINTE ESTANDO
A ANTECEDENTE PARCIALMENTE CUMPRIDA.
ISTO TRÁS ALGUMAS VANTAGENS, NOMEADAMENTE NO QUE RESPEITA AO
ENCURTAMENTO DOS PRAZOS E A UMA MELHOR DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS.
VEJA-SE O SEGUINTE EXEMPLO:
PRETENDE-SE PRODUZIR 90 FERRAMENTAS, SABENDO PARA ISSO QUE:
CÓDIGO ACTIVIDADE DURAÇÕES
C CORTE 3 DIAS
M MAQUINAGEM 6 DIAS
© José Sobral
T TRATAMENTO 3 DIAS 17

ISTO LEVARIA NUMA PRIMEIRA ABORDAGEM IMEDIATAMENTE À ELABORAÇÃO DA

SEGUINTE REDE PERT COM A DURAÇÃO TOTAL DE 12 DIAS:
C M T
3 6 3
COMO EXISTE A POSSIBILIDADE DE COMEÇAR A MAQUINAGEM COM O CORTE

PARCIALMENTE CONCLUÍDO, ASSIM COMO PODEREMOS INICIAR O TRATAMENTO
COM ALGUMAS PEÇAS JÁ CORTADAS E MAQUINADAS, PODEREMOS APRESENTAR A
REDE PERT COM A SEGUINTE CONFIGURAÇÃO:
C2 C3 M3
C1 M2 T3
© José Sobral
M1 T1 T2 18
ASSIM, SE DIVIDIRMOS CADA ACTIVIDADE EM TRÊS ACTIVIDADES PARCIAIS,

TEMOS:
• 30 FERRAMENTAS PRONTAS EM 4 DIAS;
• 60 FERRAMENTAS PRONTAS EM 6 DIAS;
• 90 FERRAMENTAS PRONTAS EM 8 DIAS.
ESTIMATIVA DE DURAÇÃO DE UMA ACTIVIDADE

QUANDO ESTIMAMOS A DURAÇÃO DE UMA ACTIVIDADE, DOIS CASOS PODEM
SURGIR:
 OU SÃO ACTIVIDADES NOVAS OU MAL CONHECIDAS, ONDE AS
DURAÇÕES PREVISTAS ESTÃO ASSOCIADAS A UM CERTO GRAU DE
INCERTEZA;
 OU SÃO ACTIVIDADES CORRESPONDENTES A TRABALHOS REPETITIVOS,
© José Sobral
PARA AS QUAIS SE CONHECE COM ALGUM RIGOR AS RESPECTIVAS

19
DURAÇÕES.

EM MANUTENÇÃO AS ACTIVIDADES QUASE NUNCA SÃO REPETITIVAS, UMA VEZ QUE

CADA REPARAÇÃO OU REVISÃO É SEMPRE DIFERENTE DA OUTRA, HÁ SEMPRE
IMPREVISTOS.
OS TRABALHOS PODEM CORRER NORMALMENTE, COMO PODEM APARECER

IMPREVISTOS E JÁ NÃO CORREM TÃO BEM OU ENTÃO AS COISAS ATÉ CORRERAM
MELHOR DO QUE SE ESTAVA À ESPERA.
ASSIM, TEREMOS VALORES POSSÍVEIS PARA A DURAÇÃO DE CADA ACTIVIDADE:
© José Sobral
20
 DURAÇÃO MAIS PROVÁVEL (m) – É O TEMPO NORMAL DE DURAÇÃO DE

UMA ACTIVIDADE E CUJO VALOR SE OBTERIA MAIS FREQUENTEMENTE SE ESSA
ACTIVIDADE SE REPETISSE MUITAS VEZES, EM IGUAIS CIRCUNSTÂNCIAS;
 DURAÇÃO OPTIMISTA (o) – É O TEMPO MÍNIMO REQUERIDO PARA A
EXECUÇÃO DE UMA ACTIVIDADE, SE TODOS OS FACTORES INTERVENIENTES
DECORREREM FAVORAVELMENTE. A PROBABILIDADE DE QUE CUMPRA ESTA
DURAÇÃO OPTIMISTA É SEMPRE MUITO PEQUENA (APROX. 1%);
 DURAÇÃO PESSIMISTA (p) – É O TEMPO MÁXIMO QUE UMA ACTIVIDADE
PODE DEMORAR NO CASO DE IMPREVISTOS.
A DURAÇÃO ESTIMADA DE UMA ACTIVIDADE (y), DE ACORDO COM AS TRÊS

ESTIMATIVAS ANTERIORES É DADA PELA SEGUINTE EXPRESSÃO:
o  4m  p
© José Sobral
y 21
6

SE AS TRÊS ESTIMATIVAS SÃO IGUAIS (o=m=p), QUER DIZER QUE A ACTIVIDADE

TERMINARÁ DE CERTEZA NA DATA ESTIMADA (PROBABILIDADE DE ÊXITO DE
100%).
SE AS TRÊS ESTIMATIVAS NÃO SÃO IGUAIS, TEREMOS A DISTRIBUIÇÃO DE

PROBABILIDADES SEGUINTE:
p
© José Sobral
22
A DURAÇÃO ESTIMADA DE UMA ACTIVIDADE (y) DIVIDE A CURVA EM DUAS ÁREAS

IGUAIS, OU SEJA, HÁ 50% DE PROBABILIDADES DE A ACTIVIDADE LEVAR MENOS
TEMPO QUE y E 50% DE PROBABILIDADES QUE LEVE MAIS TEMPO QUE ESSA
DURAÇÃO ESTIMADA.
SE A CURVA DE DISTRIBUIÇÃO FOR SIMÉTRICA, A DURAÇÃO ESTIMADA COINCIDE

COM A DURAÇÃO MAIS PROVÁVEL (y=m).
© José Sobral
23

COMO O PRÓPRIO NOME INDICA, A DURAÇÃO ESTIMADA DE UMA ACTIVIDADE (y)

DÁ-NOS A DURAÇÃO COM MAIOR PROBABILIDADE DE OCORRER. NO ENTANTO
TRATA-SE DE UMA VARIÁVEL ALEATÓRIA SEGUINDO UMA DISTRIBUIÇÃO NORMAL
DE PROBABILIDADE.
ASSOCIADA A ESSA ESTIMATIVA EXISTE UMA INCERTEZA, QUE SE PODE EXPRIMIR
ATRAVÉS DA VARIÂNCIA (σ2), QUE INDICA O RISCO DE A DURAÇÃO REAL NÃO
COINCIDIR COM A DURAÇÃO ESTIMADA.
PARA A DISTRIBUIÇÃO NORMAL, A EXPRESSÃO QUE DÁ A VARIÂNCIA É:
2
 po
 
2

 6 
QUANTO MAIS AFASTADAS ESTIVEREM AS DURAÇÕES OPTIMISTA E
PESSIMISTA, MAIOR SERÁ A INCERTEZA EM RELAÇÃO AO TEMPO DE
© José Sobral
24
CONCLUSÃO DA ACTIVIDADE.
σ = DESVIO PADRÃO  po

  
 6 
VEJAMOS POR EXEMPLO, PARA UMA o  4m  p 2  4 .4  6 y  4 dias
y y
DETERMINADA ACTIVIDADE (A), 6 6
TEMOS AS SEGUINTES PREVISÕES:
OPTIMISTA=2 DIAS; MAIS
© José Sobral
 po  6  2    4 dia
PROVÁVEL=4 DIAS; PESSIMISTA=6       25
DIAS.  6   6  6

TRAÇADO DE REDES
QUANDO TEMOS UM NÚMERO DE ACTIVIDADES ELEVADO É ACONSELHÁVEL
DETERMINAR PARA CADA ACTIVIDADE UM NÚMERO DE ORDEM.
PODEMOS ENTÃO ESTABELECER PRIMEIRO UM QUADRO COM AS SEGUINTES
INFORMAÇÕES:
ACTIVIDADE ACTIVIDADE
Nº DE
ACTIVIDADE IMEDIATAMENTE IMEDIATAMENTE
ORDEM
ANTERIOR POSTERIOR
ÀS ACTIVIDADES QUE NÃO TÊM QUALQUER ACTIVIDADE ANTECEDENTE DÁ-SE O

NÚMERO DE ORDEM 1. DEPOIS RISCAM-SE ESSAS ACTIVIDADES NA COLUNA 2.
DÁ-SE O NÚMERO DE ORDEM 2 ÀS ACTIVIDADES PARA AS QUAIS FORAM
RISCADAS TODAS AS ACTIVIDADES ANTECEDENTES. VAI-SE REPETINDO ESTE
© José Sobral
PROCESSO ATÉ TERMOS RISCADO TODAS AS ACTIVIDADES DESSA COLUNA. 26

PARA DESENHAR A REDE, TRAÇAM-SE TANTAS LINHAS QUANTOS OS NÚMEROS DE

ORDEM MAIS UM. INSCREVEM-SE AS ACTIVIDADES CONFORME OS RESPECTIVOS
NÚMEROS DE ORDEM.
POSTERIORMENTE ACERTAM-SE AS LIGAÇÕES DE ACORDO COM AS ACTIVIDADES
IMEDIATAMENTE ANTERIORES E IMEDIATAMENTE POSTERIORES.
ANÁLISE DE UMA REDE PERT

NUMA ANÁLISE DE UMA REDE PERT VAMOS DETERMINAR AS DATAS DOS
ACONTECIMENTOS DESSA REDE, DOS INÍCIOS E FINS DAS RESPECTIVAS
ACTIVIDADES E SUAS FOLGAS.
CÁLCULOS DOS ACONTECIMENTOS

OS ACONTECIMENTOS SÃO INSTANTÂNEOS, NÃO TÊM INÍCIO NEM FIM, APENAS A
DATA DE OCORRÊNCIA, ASSUMINDO DOIS VALORES:
a = DATA MAIS CEDO
© José Sobral
b = DATA MAIS TARDE 27

ESSES VALORES SÃO INDICADOS DO SEGUINTE MODO:
x
a b
ONDE:
b-a = FLUTUAÇÃO DO ACONTECIMENTO
x = NÚMERO DO ACONTECIMENTO
ESTA NÚMERAÇÃO DOS ACONTECIMENTOS É ARBITRÁRIA, NO ENTANTO, DEVE-SE

TER EM ATENÇÃO:
 A NUMERAÇÃO SER CRESCENTE NO SENTIDO DAS SETAS DAS ACTIVIDADES;
 NÃO FAZER A NUMERAÇÃO SEGUIDA MAS SIM DE 10 EM 10 UNIDADES, PARA
QUE SE POSSA INTERCALAR ACTIVIDADES ADICIONAIS EM QUALQUER ALTURA,
NÃO MEXENDO NA NUMERAÇÃO ATÉ AO FIM DA REDE.
© José Sobral
28
REDE PERT - EXEMPLO

DADO O SEGUINTE QUADRO:
ACTIVIDADE ACTIVIDADE
Nº DE
ACTIVIDADE DURAÇÃO IMEDIATAMENTE IMEDIATAMENT
ORDEM
ANTERIOR E POSTERIOR
A 5 - B 1
B 4 A, G E 3
C 2 - G, F 1
D 2 G E 3
E 1 B, D - 4
F 12 C - 2
G 4 C B, D 2
© José Sobral
29
CALCULAMOS ASSIM O NÚMERO DE ORDEM

A B NUMA PRIMEIRA
ABORDAGEM
G
D E PODERÍAMOS EFECTUAR
C
A SEGUINTE REDE:
F
A B
G X D E NO ENTANTO, TENDO EM
C ATENÇÃO AS
ACTIVIDADES
F
ANTECEDENTES:
© José Sobral
30
CONSTRUÍMOS ASSIM A REDE NUM MODO FINAL COM A SIMBOLOGIA APROPRIADA:
A 15 B
5 a b 4
00 G 10 D 20 E 25
a b 4 a b 2 a b 1 a b
C 05
2 a b
© José Sobral
F
31
12

NO CÁLCULO DAS DATAS MAIS CEDO E MAIS TARDE, TEMOS QUE TER EM ATENÇÃO
QUE O CÁLCULO DA DATA MAIS CEDO COMEÇA PELO ACONTECIMENTO INICIAL E O
CÁLCULO DA DATA MAIS TARDE PELO ACONTECIMENTO FINAL. ASSIM:
ACONTECIMENTO DATA + CEDO OBS. DATA + TARDE OBS.
00 0 - 2-2=0 (Y)
05 0+2=2 - 14-12=2 (X)
10 2+4=6 - 9-0=9 (V)
15 6+0=6 (R) 13-4=9 -
20 6+4=10 (S) 14-1=13 -
25 2+12=14 (T) 14 (U)

© José Sobral
(VER AS OBSERVAÇÕES PERTINENTES NO MANUAL DE APOIO À CADEIRA)

32
FICANDO COM O SEGUINTE ASPECTO:
A 15 B
5 6 9 4
00 G 10 D 20 E 25
0 0 4 6 9 2 10 13 1 14 14
C 05
2 2 2
© José Sobral
F
33
12

CÁLCULO DAS ACTIVIDADES

CONSIDEREMOS A ACTIVIDADE “A”.
ESTA ACTIVIDADE PODE TER LUGAR EM QUALQUER ALTURA ENTRE a E d, OU SEJA,

ENTRE 0 E 9.
POSIÇÃO + CEDO = QUANDO O (I+C) DA ACTIVIDADE COINCIDE COM A DATA +
CEDO DO ACONTECIMENTO INICIAL. (I+C)=a.
O (F+C) OBTEM-SE SOMANDO AO (I+C) A DURAÇÃO ESTIMADA Y. (F+C)=a+Y
POSIÇÃO + TARDE = QUANDO O (F+C) DA ACTIVIDADE COINCIDE COM A DATA +

TARDE DO ACONTECIMENTO FINAL. (F+C)=d.
O (I+T) OBTEM-SE SUBTRAINDO AO (F+T) A DURAÇÃO ESTIMADA Y. (I+T)=d-Y
© José Sobral
34
ANALISEMOS A ACTIVIDADE “D” NO CASO ANTERIOR:
10 D 20
6 9 2 10 13
6 7 8 9 10 11 12 13
D
(I+C) (F+C)
2 D
(I+T) (F+T)
2
(I+C) = 6 (F+T) = 13
© José Sobral
(F+C) = (I+C) + Y = 6 + 2 = 8 (I+T) = (F+T) – Y = 13 – 2 = 11

35

FOLGAS DAS ACTIVIDADES

EXISTEM TRÊS TIPOS DE FOLGAS:
 FOLGA TOTAL;
 FOLGA LIVRE;
 FOLGA INDEPENDENTE.
(FLUTUAÇÃO DO (FLUTUAÇÃO DO
ACONT. 1) ACONT. 5)
a b c d
A
(FOLGA TOTAL)A=(D+T)5-(D+C)1-Y FOLGA TOTAL
Y
A FOLGA LIVRE
(FOLGA LIVRE)A=(D+C)5-(D+C)1-Y
Y
A FOLGA INDEP.
(FOLGA INDEP)A=(D+C)5-(D+T)1-Y
© José Sobral
Y
36
AS ACTIVIDADES CRÍTICAS SÃO AQUELAS QUE TÊM UMA FOLGA TOTAL NULA.
O CAMINHO CRÍTICO DIZ RESPEITO À SEQUÊNCIA DE ACTIVIDADES CRÍTICAS
DESDE O ACONTECIMENTO INICIAL ATÉ AO ACONTECIMENTO FINAL DA REDE.
É ESTE CAMINHO CRÍTICO QUE DEFINE O PRAZO DE EXECUÇÃO DO PROJECTO
POR SER A SEQUÊNCIA MAIS LONGA DAS ACTIVIDADES DO PROJECTO.
COMO AS ACTIVIDADES REFERENTES AO CAMINHO CRITICO NÃO POSSUEM FOLGA,

PARA REDUZIRMOS O TEMPO DE EXECUÇÃO DO PROJECTO OU RECUPERAR ALGUM
ATRASO NESSAS ACTIVIDADES TEREMOS QUE:
- REDUZIR A DURAÇÃO DAS ACTIVIDADES CRÍTICAS ALOCANDO MAIS MÃO DE
OBRA OU EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS QUE POSSIBILITEM MELHORES TEMPOS,
HAVENDO A POSSIBILIDADE DE ESTES RECURSOS SEREM TRANSFERIDOS DE
OUTRAS ACTIVIDADES NÃO CRÍTICAS E COM FOLGAS MAIORES.
© José Sobral
37

ASSIM, OLHANDO NOVAMENTE PARA O EXEMPLO QUE TEMOS ESTADO A FALAR, E

OLHANDO EM PARTICULAR PARA A ACTIVIDADE “D”, TEMOS:
D
10 20
6 9 2 10 13
6 7 8 9 10 11 12 13
D
FOLGA TOTAL
2
FOLGA TOTAL=13-6-2=5
D
F. LIVRE FOLGA LIVRE=10-6-2=2
2
D FOLGA INDEP=10-9-2=-1
2
© José Sobral
38
VAMOS ENTÃO DETERMINAR O CAMINHO CRÍTICO DA REDE ESTUDADA:
+ TARDE FOLGA
+ CEDO ACTIVIDADE
CRÍTICA
FIM INÍCIO FIM TOTAL LIVRE IND.
ACTIVIDADE DURAÇÃO INÍCIO
A 5 0 5 4 9 4 1 1
B 4 6 10 9 13 3 0 -3
C 2 0 2 0 2 0 0 0 *
D 2 6 8 11 13 5 2 -1
E 1 10 11 13 14 3 3 0
F 12 2 14 2 14 0 0 0 *
G 4 2 6 5 9 3 0 0
© José Sobral
39

A 15 B
5 6 9 4
00 G 10 D 20 E 25
0 0 4 6 9 2 10 13 1 14 14
C 05
2 2 2
F
© José Sobral
40
12
SABENDO O CAMINHO CRÍTICO, PODEMOS AGORA DETERMINAR A VARIÂNCIA TOTAL

DO PROJECTO, ATRAVÉS DA SOMA DAS VARIÂNCIAS DAS ACTIVIDADES DO CAMINHO
CRITICO. SABEMOS ASSIM PARA CADA PROJECTO QUAL O RISCO DE NÃO O CUMPRIR,
OU PELO CONTRÁRIO QUAL A PROBABILIDADE DE RESPEITAR O SEU PRAZO.
A B C
O DESVIO PADRÃO DO ACONTECIMENTO FINAL É DADO POR:
FINAL  A  B  C
2 2 2
A DURAÇÃO DO PROJECTO É DADA PELA DATA MAIS CEDO DO

ACONTECIMENTO FINAL DO CAMINHO CRÍTICO DA REDE. PODEMOS
© José Sobral
CHAMAR DURAÇÃO CALCULADA, TENDO 50% DE PROBABILIDADE DE SER

41
RESPEITADA.

PARA AUMENTAR A PROBABILIDADE DE CUMPRIMENTO DA DURAÇÃO DO PROJECTO,

TEREMOS QUE IMPOR QUE A DURAÇÃO CALCULADA SEJA MAIOR, SEJA UMA DURAÇÃO
IMPOSTA E QUE VAI CORRESPONDER À DATA MAIS TARDE PARA CONCLUSÃO DO
PROJECTO.
SE A DURAÇÃO IMPOSTA FOR INFERIOR À DURAÇÃO CALCULADA, O RISCO DE
INCUMPRIMENTO DO PRAZO AUMENTA.
A PROBABILIDADE DE RESPEITAR UMA DADA DURAÇÃO PARA O PROJECTO ADMITE-SE
QUE CORRESPONDE A UMA DISTRIBUIÇÃO NORMAL, DADA POR:
Data Imposta - Data Calculada (data  cedo)

R
FINAL
Duração Imposta - Duração Calculada

R
FINAL
© José Sobral
42
EM QUE “R” REPRESENTA A DIFERENÇA ENTRE A DATA IMPOSTA E A DATA

CALCULADA, MEDIDA EM NÚMERO DE DESVIOS PADRÃO DO ACONTECIMENTO FINAL.
É COM ESTE VALOR QUE ENTRAMOS NA TABELA DE DISTRIBUIÇÃO NORMAL, E
RETIRAMOS A PROBABILIDADE DE RESPEITAR A DATA IMPOSTA.
QUANDO NÃO HÁ DATA IMPOSTA, ESTA É CONSIDERADA IGUAL À DATA MAIS CEDO
DO ACONTECIMENTO FINAL. ASSIM, R=0, O QUE NA TABELA NORMAL CORRESPONDE
A 50% DE PROBABILIDADE DE RESPEITAR A DURAÇÃO CALCULADA E 50% DE RISCO
DE NÃO A CUMPRIR.
DIAGRAMA DE CARGA DE TRABALHO

CADA ACTIVIDADE CONSOME RECURSOS (TEMPO, MÃO DE OBRA, ENERGIA, ETC…).
NO QUE RESPEITA À MÃO DE OBRA TEMOS COMO OBJECTIVO A ADAPTAÇÃO DA
CARGA DE TRABALHO À CAPACIDADE DE TRABALHO DISPONÍVEL (HOMEMxHORA,
HOMEMxDIA, HOMEMxMÊS, ETC.)
© José Sobral
43

NORMALMENTE A CAPACIDADE DE TRABALHO É CONSTANTE NUMA EMPRESA, PELO

QUE O MAIS SENSATO SERÁ AJUSTAR O TRABALHO A REALIZAR (CARGA DE
TRABALHO) À CAPACIDADE DISPONÍVEL.
SE HOUVER EXCESSO DE MÃO DE OBRA, TEMOS MAIS CUSTOS, SE HOUVER
ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA, VERIFICAM-SE ATRASOS, RECURSO A HORAS EXTRA,
ETC…
UM DIAGRAMA DE CARGA DE TRABALHO SÓ PODE SER EXECUTADO APÓS O
ESTABELECIMENTO DA REDE PERT E RESPECTIVA ANÁLISE.
RETOMANDO O EXEMPLO ANTERIOR, ATRIBUINDO OS RECURSOS DE MÃO DE OBRA

NECESSÁRIOS À SUA EXECUÇÃO.
© José Sobral
44
PODEMOS ASSIM REPRESENTAR NUM

INÍCIO FIM RECURSOS DIAGRAMA DE BARRAS ESTAS DATAS E
+ + MÃO OBRA
ACTIVIDADE DURAÇÃO CEDO TARDE DURAÇÕES NA SUA POSIÇÃO MAIS CEDO E
VERIFICAR ONDE EXISTEM AS
A 5 0 9 3H
IRREGULARIDADES NA CARGA DE
B 4 6 13 2H TRABALHO.
FAZEMOS UMA EQUALIZAÇÃO DA CARGA
C 2 0 2 2H
DE TRABALHO, TORNANDO-A O MAIS
D 2 6 13 1H CONSTANTE POSSÍVEL, GRAÇAS ÀS
FOLGAS DAS ACTIVIDADES.
E 1 10 14 1H
F 12 2 14 2H
G 4 2 9 3H
CONSEGUE-SE ASSIM EQUALIZAR A CAPACIDADE DE TRABALHO, EMBORA VAMOS

© José Sobral
AUMENTAR O RISCO DE INCUMPRIMENTO DE PRAZO POIS APARECEM MAIS 45

ACTIVIDADES CRÍTICAS.

ADMITINDO QUE ESTE DIAGRAMA DE CARGA É O MAIS CORRECTO (QUE MELHOR SE

ADAPTA À CAPACIDADE DE TRABALHO), VAMOS FIXAR PARA CADA ACTIVIDADE OS
VALORES PROGRAMADOS DE INÍCIO, FIM E FOLGA.
OBSERVAÇÕES
INÍCIO FIM FOLGA
ACTIVIDADE PROGRAMADO PROGRAMADO PROGRAMADA
A 0 5 4 Manteve Folga
Tornou-se
B 9 13 0 crítica
C 0 2 0 Manteve Folga
D 9 11 2 Reduziu Folga
Tornou-se
E 13 14 0 crítica
F 2 14 0 Manteve Folga
© José Sobral
Tornou-se 46
G 5 9 0 crítica
MÉTODO CPM – CRITICAL PATH METHOD

CONFORME ESTUDÁMOS QUANDO ABORDÁMOS AS REDES PERT, VIMOS COMO SE
ESTABELECIAM AS REDES, A SEQUÊNCIA DAS ACTIVIDADES, DURAÇÃO DO
PROJECTO, PROBABILIDADE DE CUMPRIR UMA DETERMINADA DURAÇÃO E A
COMPOSIÇÃO DAS EQUIPAS DE TRABALHO E SUA EQUALIZAÇÃO.
E QUANTO AOS CUSTOS ASSOCIADOS À DURAÇÃO DO PROJECTO?
O MÉTODO CPM IRÁ ABORDAR ESTA QUESTÃO, DETERMINADO E OPTIMIZANDO
ESTA RELAÇÃO CUSTO-DURAÇÃO.
CADA TAREFA OU ACTIVIDADE PODERÁ TER VÁRIAS DURAÇÕES POSSÍVEIS, UMA

VEZ QUE PODEMOS RECORRER A HORAS EXTRAORDINÁRIAS, TURNOS, ETC….
A CADA UMA DESSAS DURAÇÕES CORRESPONDERÃO NATURALMENTE CUSTOS
DIFERENTES (CUSTOS DIRECTOS E CUSTOS INDIRECTOS).
© José Sobral
47

QUANDO ENCURTAMOS UMA DURAÇÃO DE UMA ACTIVIDADE RECORRENDO ÀS OPÇÕES

ANTERIORMENTE ENUNCIADAS, ACELERANDO A SUA EXECUÇÃO, AUMENTAMOS OS
CUSTOS DIRECTOS, DIMINUINDO OS CUSTOS INDIRECTOS OU CUSTOS DE ESTRUTURA.
CONSIDERANDO PARA CADA ACTIVIDADE UMA DURAÇÃO NORMAL (DN), EM QUE

TEREMOS UM CUSTO NORMAL ASSOCIADO (CN), OU UMA DURAÇÃO ACELERADA (DA)
COM UM CUSTO ACELERADO (CA), E TOMANDO EM CONSIDERAÇÃO QUE À DURAÇÃO
NORMAL CORRESPONDERÁ O CUSTO DIRECTO MÍNIMO, PODEREMOS AFIRMAR QUE SE
AUMENTARMOS OU DIMINUIRMOS A DURAÇÃO NORMAL ESTAREMOS A AUMENTAR OS
CUSTOS.
QUANDO FALAMOS EM DURAÇÃO ACELERADA, REFERIMO-NOS AO TEMPO MÍNIMO EM
QUE FISICAMENTE SE CONSEGUE EFECTUAR ESSA DETERMINADA ACTIVIDADE.
© José Sobral
48
CADA ACTIVIDADE TERÁ UM CUSTO ESPECÍFICO REFERENTE À REDUÇÃO DA DURAÇÃO

QUE SE PRETENDE, OU SEJA, PARA IGUAIS REDUÇÕES DE DURAÇÃO, DUAS
ACTIVIDADES TERÃO CUSTOS DIFERENTES (GERALMENTE).
O ACRÉSCIMO DE CUSTOS DIRECTOS INERENTE À REDUÇÃO DA DURAÇÃO DE UMA
ACTIVIDADE POR UNIDADE DE TEMPO PODERÁ SER DADO ATRAVÉS DA SEGUINTE
© José Sobral
EXPRESSÃO:
C A  CN 49
C d 
D N  DA

QUANDO PRETENDEMOS ENCURTAR A DURAÇÃO DE UM PROJECTO DEVEMOS SEGUIR A

SEGUINTE METODOLOGIA:
 ENCURTAR A DURAÇÃO DAS ACTIVIDADES CRÍTICAS;
 DENTRO DESTAS ACTIVIDADES CRÍTICAS, COMEÇAR POR REDUZIR A DURAÇÃO
DAQUELAS QUE APRESENTEM MENORES ACRÉSCIMOS DE CUSTO DIRECTO POR
UNIDADE DE TEMPO REDUZIDA.
COMO É NATURAL, ENTRE A DURAÇÃO CONSIDERADA NORMAL E A DURAÇÃO

ACELERADA EXISTE UMA INFINIDADE DE DURAÇÕES POSSÍVEIS.
PARA FACILITAR OS CÁLCULOS, SUBSTITUÍMOS A CURVA POR UMA RECTA.
SE O NOSSO OBJECTIVO É ENCONTRAR A DURAÇÃO MAIS ECONÓMICA, TEREMOS QUE

ENTRAR EM LINHA DE CONTA TAMBÉM COM OS CUSTOS INDIRECTOS.
ESSA DURAÇÃO MAIS ECONÓMICA SERÁ AQUELA QUE CORRESPONDERÁ AO MÍNIMO
DO TOTAL DA SOMA DOS DOIS TIPOS DE CUSTOS (DIRECTOS E INDIRECTOS).
© José Sobral
50
SE RETOMARMOS O EXEMPLO DA REDE PERT EFECTUADA ANTERIORMENTE, E

INTRODUZIRMOS AGORA OS VALORES REFERENTES À DURAÇÃO ACELERADA E CUSTO
DIRECTO:
© José Sobral
51

5200
© José Sobral
52
A 15 B
6 9
5 4
E
00 10 D 20 25
0 0 6 9 2 10 13 1 14 14
G 4
C 05 F
2 2 2 12
1º Caminho Crítico: C + F = 2 + 12 = 14
2º Caminho (Crítico): C + G + B + E = 2 + 4 + 4 + 1 = 11
VAMOS PASSAR DO 1º Caminho Crítico: C + F = 2 + 12 = 14

PARA O valor do 2º Caminho Crítico: C + G + B + E = 2 + 4 + 4 + 1 = 11
© José Sobral
Como Cd de F < Cd de C, vamos reduzir a duração de F: 3 x 950 = 2850 u.m. 53

Modif. da
Duração Modif. do custo
duração
Actividade Custo Directo
Não
Crítica + - + -
Crítica
A 5 12000
B 4 6400
C 2 3200
D 2 1600
E 1 800
F 12 9 3 22050 2850
G 4 9600
Duração
11 Custo directo total 55650
© José Sobral
Total 54
A 15 B
6 6
5 4
E
00 10 D 20 25
0 0 6 6 2 10 10 1 11 11
G 4
C 05 F
2 2 2 9
PARA PASSAR DA DURAÇÃO DE 11 PARA 10, TEREMOS QUE REDUZIR DOIS CAMINHOS:
C+F
C+G+B+E
© José Sobral
55

OU SE REDUZ F+B OU APENAS SE REDUZ C (MELHOR OPÇÃO):
F  C  950 B  C  2600  C F  B   3550

d d d
C  C  1600
d
© José Sobral
56
A 15 B
5 5
5 4
E
00 10 D 20 25
0 0 5 5 2 9 9 1 10 10
G 4
C 05 F
1 1 1 9
PARA PASSAR A DURAÇÃO 10 PARA 8 VAMOS REDUZIR:

1 DIA EM A + 1 DIA EM B + 2 DIAS EM F + 1 DIA EM G
© José Sobral
57

© José Sobral
58
A 15 B
4 4
4 3
E
00 10 D 20 25
0 0 4 4 2 7 7 1 8 8
G 3
C 05 F
1 1 1 7
PARA PASSAR A DURAÇÃO 8 PARA 7 VAMOS REDUZIR:

1 DIA EM A + 1 DIA EM F + 1 DIA EM G
© José Sobral
59

© José Sobral
60
A 15 B
3 3
3 3
20 E
00 10 D 25
0 0 3 3 2 6 6 1 7 7
G 2
C 05 F
1 1 1 6
NESTE MOMENTO JÁ NÃO É POSSÍVEL REDUZIR MAIS A

DURAÇÃO TOTAL DO PROJECTO.
© José Sobral
61

Consideremos que os custos indirectos são 2000 u.m./ dia.

Custo directo Custo indirecto Custo total
7 81 100 U.M. 14 000 U.M. 95 100 U.M.
8 70 950 U.M. 16 000 U.M. 86 950 U.M.
10 57 250 U.M. 20 000 U.M. 77 250 U.M.
11 55 650 U.M. 22 000 U.M. 77 650 U.M.
14 52 800 U.M. 28 000 U.M. 80 800 U.M.
A DURAÇÃO QUE CONDUZ AO CUSTO TOTAL MÍNIMO SÃO 10 DIAS.

© José Sobral
62
© José Sobral GESTÃO DA MANUTENÇÃO 2020/2021
63

Gestão Da Manutenção: Licenciatura em Engenharia Mecânica

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Gestão Da Manutenção: Licenciatura em Engenharia Mecânica

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

1

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

QUALQUER TRABALHO QUE NOS SEJA APRESENTADO, POR MUITO SIMPLES OU

QUANDO SE TRATAM DE TRABALHOS REPETITIVOS (LINHAS DE MONTAGEM, LINHAS

NOS TRABALHOS QUE SE REALIZAM UMA SÓ VEZ (CONSTRUÇÃO DE UMA

OBRIGANDO MUITAS VEZES AO REFORÇO DE PESSOAL E DE MATERIAIS PARA 2

ASSIM, JUSTIFICA-SE PLENAMENTE O USO DE UMA FERRAMENTA – TÉCNICAS DE

NORMALMENTE UM PLANEAMENTO É ELABORADO EM VÁRIAS FASES:

PLANEAMENTO A LONGO PRAZO

PLANEAMENTO A MÉDIO PRAZO

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

PARA SE TER UMA ORDEM DE GRANDEZA EM TERMOS TEMPORAIS DOS VÁRIOS

PERT – PROGRAM EVALUATION AND REVIEW TECHNIQUE

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

CPM – CRITICAL PATH METHOD

ESTAS DUAS TÉCNICAS DE PLANEAMENTO SÃO INSTRUMENTOS DE:

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

QUANTO À INFORMAÇÃO PROPORCIONADA PELAS DUAS TÉCNICAS DE

OUTRA TÉCNICA EXISTENTE E MUITO COMUM SÃO OS DIAGRAMAS DE GANTT OU

DE ACORDO COM AS CARACTERÍSTICAS DAS TÉCNICAS DE PLANEAMENTO

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

 ESTABELECIMENTO DA SEQUÊNCIA LÓGICA DAS ACTIVIDADES

SIMBOLOGIA USADA EM PERT

ACTIVIDADE – É TUDO O QUE CONSOME RECURSOS TAIS COMO MÃO DE OBRA,

ACONTECIMENTO – É INSTANTÂNEO, NÃO CONSOME RECURSOS, NOMEADAMENTE

ACTIVIDADE FICTÍCIA – É UMA FALSA ACTIVIDADE QUE NÃO CONSOME RECURSOS,

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

PARA IDENTIFICAR UMA DETERMINADA ACTIVIDADE PODEMOS DIZER:

UMA ACTIVIDADE PODE TER VÁRIAS ACTIVIDADES ANTECEDENTES, SÓ PODENDO

A ACTIVIDADE C E A ACTIVIDADE D SÓ SE PODERÃO INICIAR QUANDO AS

ÚNICO ACONTECIMENTO INICIAL E UM ÚNICO ACONTECIMENTO FINAL. 13

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

AS ACTIVIDADES FICTÍCIAS SÃO USADAS NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:

NO EXEMPLO ANTERIOR A ACTIVIDADE C E A ACTIVIDADE D TÊM COMO

QUANDO AS ACTIVIDADES TÊM O MESMO ACONTECIMENTO INICIAL E FINAL SE

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

ASSIM, PASSAREMOS A DESIGNAR ESTAS ACTIVIDADES COMO:

EM CERTOS CASOS TEREMOS TAMBÉM QUE USAR ACTIVIDADES FICTÍCIAS PARA

EM CERTOS CASOS PODEMOS DISPENSAR A ACTIVIDADE FICTÍCIA FAZENDO O

ACONTECIMENTO 2 COINCIDIR COM O 4, NADA ALTERANDO A LÓGICA DA REDE 16

ACTIVIDADES COMPOSTAS OU SIMULTÂNEAS

VEJA-SE O SEGUINTE EXEMPLO:

PRETENDE-SE PRODUZIR 90 FERRAMENTAS, SABENDO PARA ISSO QUE:

CÓDIGO ACTIVIDADE DURAÇÕES

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

ISTO LEVARIA NUMA PRIMEIRA ABORDAGEM IMEDIATAMENTE À ELABORAÇÃO DA

COMO EXISTE A POSSIBILIDADE DE COMEÇAR A MAQUINAGEM COM O CORTE

ASSIM, SE DIVIDIRMOS CADA ACTIVIDADE EM TRÊS ACTIVIDADES PARCIAIS,

ESTIMATIVA DE DURAÇÃO DE UMA ACTIVIDADE

PARA AS QUAIS SE CONHECE COM ALGUM RIGOR AS RESPECTIVAS

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

EM MANUTENÇÃO AS ACTIVIDADES QUASE NUNCA SÃO REPETITIVAS, UMA VEZ QUE

OS TRABALHOS PODEM CORRER NORMALMENTE, COMO PODEM APARECER

 DURAÇÃO MAIS PROVÁVEL (m) – É O TEMPO NORMAL DE DURAÇÃO DE

A DURAÇÃO ESTIMADA DE UMA ACTIVIDADE (y), DE ACORDO COM AS TRÊS

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

SE AS TRÊS ESTIMATIVAS SÃO IGUAIS (o=m=p), QUER DIZER QUE A ACTIVIDADE

SE AS TRÊS ESTIMATIVAS NÃO SÃO IGUAIS, TEREMOS A DISTRIBUIÇÃO DE

A DURAÇÃO ESTIMADA DE UMA ACTIVIDADE (y) DIVIDE A CURVA EM DUAS ÁREAS

SE A CURVA DE DISTRIBUIÇÃO FOR SIMÉTRICA, A DURAÇÃO ESTIMADA COINCIDE

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

COMO O PRÓPRIO NOME INDICA, A DURAÇÃO ESTIMADA DE UMA ACTIVIDADE (y)

PARA A DISTRIBUIÇÃO NORMAL, A EXPRESSÃO QUE DÁ A VARIÂNCIA É: