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ENGENHARIA DE PROCESSOS QUÍMICOS II

AVALIAÇÃO ECONÔMICA
PRELIMINAR - PROCESSOS
INDUSTRIAIS

• CIÇA - CECÍLIA VILANI cvilani@puc-rio.br • WHATSAPP:(21) 985190186


Bibliografia recomendada

Towler e Sinnot, Chemical Engineering Design:Principles, Prac8ce and Economics of Plant and
Process Design. Elsevier Inc., 2008.

Smith, R., Chemical Process Design and Integra8on, McGraw Hill, 2005.

Seider et al., Product & Process Design Principles: Synthesis, Analysis, and Evalua8on, 3a ed
Ed., Wiley, 2010.

Ryba, A.; Lenzi, E. K.; Lenzi M. K. Elementos de Engenharia Econômica – 2a ed. Curi@ba.
InterSaberes, 2016.
Bibliografia recomendada
Nelson CasaroNo Filho, Bruno Hartmut KopiNke - Análise de inves8mentos : manual para
solução de problemas e tomadas de decisão. 12. Ed. – São Paulo : Atlas, 2020.

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo – Curso de Viabilidade Econômica e Análise de Risco
de Inves@mento em Projetos Industriais – Curso - IPEA (Ins@tuto pró-engenharia e
arquitetura) 2021

TAMIETTI, Ricardo Prado. Empreendimentos Industriais: Fundamentos / Ricardo Prado


Tamie[. Coleção Empreendimentos Industriais. Parte 1. Seção 1.1. Belo Horizonte, MG:
Engeweb, 2011

Yamamoto, C. I., M. Kaminski, Análise Econômica de Projetos.


• Execução de projeto de engenharia

Concepção da ideia FEL 1 FEL 2 FEL 3 PARTIDA

Identificação Projeto Projeto Detalhamento Fase de


Conceitual + Execução Operação
da Básico
oportunidade

Portão de Decisões

Reciclar

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• Execução de projeto de engenharia

FEL 1 FEL 2 FEL 3 DETALHAMENTO COMPRAS CONSTRUÇÃO

Domínio da Unidade de Domínio de


Engenharia Domínio de Engenharia
Negócios
ü Objetivo – definir a oportunidade de ü Objetivo – refinar a ü Objetivo – entrega da planta pronta
negócios, selecionar tecnologia, estimativa de custos, para a partida
estimar custo preparar a fase EPC
ü Conteúdo – Detalhamento, compra e
ü Conteúdo – avaliação técnica, ü Conteúdo – desenvolver construção
desenvolvimento do projeto de o projeto da planta
processos, cronogramas de etapas, ü Entregáveis – planta mecanicamente
estimativa de custos ü Entregáveis – Estimativa completa pronta para operação
de custo refinada, plano
ü Entregáveis – requisitos funcionais, de execução do projeto,
projeto de processos, estimativa de análise de segurança
custos de 45% a 65%, cronograma ambiental e de riscos
preliminar finalizados, escopo do
trabalho detalhado,
processos de gestão
• ALGUMAS METODOLOGIAS DE GESTÃO DE PROJETO SUGEREM QUE A FASE
DE DESENVOLVIMENTO SEJA FEITA PROGRESSIVAMENTE

• Etapas sequenciais – FEL 1e FEL 2, FEL 3

Definição conceitual Planejamento de Planejamento de


instalações projeto

Neste caso, a continuidade do projeto é avaliada ao final de cada etapa, com base nas
informações disponíveis
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
OBJETIVOS E PLANOS GERAIS
PLANEJAMENTO DE NEGÓCIOS - “BUSINESS PLAN ”

5 – 10 ANOS

PLANEJAMENTO TÁTICO
DETALHAMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO
2 – 5 ANOS

CAPITAL “BUDGET”
SOLICITAÇÃO/AVALIAÇÃO/AUTORIZAÇÃ
O
Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo ANO SEGUINTE
DETALHAMENTO DO PLANO DE NEGÓCIOS

Mercado
“Market share” projetado - Percepção de um nicho de mercado para um dado produto, avaliação
econômica preliminar do mercado: busca determinar o tamanho e localização do mercado para o
produto, preço do produto, crescimento projetado, ações de competidores.

Demanda de Capital
Investimento de capital fixo - compra equipamentos, instalação de equipamentos, auxiliares para o
processo de produção, obras civis, obras paisagísticas, utilidades, tratamento de efluentes,
distribuição e embalagem, outros equipamentos, terrenos
– capital fixo indireto – não está relacionado diretamente ao processo: custos de engenharia e
supervisão (para instalação do projeto), construção de obras preliminares, contingência

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo Ryba, A.; Lenzi, E. K.; Lenzi M. K. Elementos de Engenharia Econômica – 2a ed. Curitiba. InterSaberes, 2016
D E TA L H A M E N TO D O P L A N O D E N E G Ó C I O S

Cont. demanda de Capital


Capital de giro – reserva para a produção – fábrica em funcionamento (em torno de 30 dias sem
vendas) – estoque de matéria-prima, estoque de produtos acabados e semiacabados, contas a
receber, dinheiro utilizado para pagar operações, salários, compras – 10% a 20% do capital fixo

Incentivos potenciais – incentivos fiscais, governamentais

Despesas Operacionais
Custos diretos de produção – matéria-prima, mão de obra direta, patentes e royalties, manutenção e
reparos, utilidades, controle de qualidade, tratamento de efluentes, catalisadores, outros.
Custos indiretos de produção – Mão de obra indireta (supervisão de produção, limpeza da planta,
almoxerifados), armazenamento, aluguéis
Despesas de vendas – comissão de vendedores, distribuição e marketing
“Overhead” – despesas operacionais não consignadas: despesas administrativas, impostos, seguros
Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo
Ryba, A.; Lenzi, E. K.; Lenzi M. K. Elementos de Engenharia Econômica – 2a ed. Curitiba. InterSaberes, 2016
D E TA L H A M E N TO D O P L A N O D E N E G Ó C I O S

Lucratividade
ü Lucro após impostos
ü Fluxo de caixa
ü Tempo de retorno ou recuperação “Payback”
ü Índices de méritos econômicos dos investimentos: MÉTODOS: taxa mínima de atratividade,
valor anual, valor presente, taxa interna de retorno

Riscos Potenciais – Análise de Efeitos


ü Das mudanças de receitas esperadas –
ü Das mudanças nas despesas diretas/indiretas
ü Do custo do capital
ü Das mudanças na competição

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo


Ryba, A.; Lenzi, E. K.; Lenzi M. K. Elementos de Engenharia Econômica – 2a ed. Curitiba. InterSaberes, 2016
DETALHAMENTO DO PLANO DE NEGÓCIOS

Vida útil do projeto de uma planta industrial


ü Ciclo de vida projetado para o produto
ü Ciclo de vida projetado para as instalações

INÍCIO OPERAÇÃO TÉRMINO


DESENVOLVIMENTO PRODUÇÃO INSTALAÇÕES
USADAS
INVESTIMENTO EM VENDAS
INSTALAÇÕES CAPITAL DE GIRO
CAPITAL DE GIRO

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo


Ryba, A.; Lenzi, E. K.; Lenzi M. K. Elementos de Engenharia Econômica – 2a ed. Curitiba. InterSaberes, 2016
Ciclo de vida em fases características

Início Planejamento Implementação Término


Operação
Desenvolvimento: Implementação

Estudo/projeto conceitual Atende os objetivos


Visão global / ampla flexibilidade
ESFORÇO

do projeto
Baixo custo/baixo gasto com capital básico/detalhado
Organização simples Intensa atividade
técnica e gerencial
Grande gasto de
capital
Organização complexa

Operação
Buscar maximizar os
lucros
Intenso Capital de giro
Organização estática TEMPO
TAMIETTI, Ricardo Prado.
Empreendimentos Industriais: Fundamentos / Ricardo Prado Tamietti. Coleção Empreendimentos Industriais. Parte 1. Seção 1.1. Belo Horizonte, MG: Engeweb, 2011
A análise de viabilidade durante o ciclo de vida de uma operação industrial é feita no
início – na fase de desenvolvimento

Antes do investimento

Realização do investimento NÃO Realização do investimento

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo


Ryba, A.; Lenzi, E. K.; Lenzi M. K. Elementos de Engenharia Econômica – 2a ed. Curitiba. InterSaberes, 2016
• ALGUMAS METODOLOGIAS DE GESTÃO DE PROJETO SUGEREM QUE A FASE
DE DESENVOLVIMENTO SEJA FEITA PROGRESSIVAMENTE

• Etapas sequenciais – FEL 1, FEL 2, FEL 3

Definição conceitual Planejamento de Planejamento de


instalações projeto

Neste caso, a continuidade do projeto é avaliada ao final de cada etapa, com base nas
informações disponíveis
Viabilidade econômica e análise de risco de
investimentos em projetos industriais
• “A ESCASSEZ DOS RECURSOS FRENTE ÀS NECESSIDADES ILIMITADAS, FAZ COM QUE CADA VEZ
MAIS SE PROCURE OTIMIZAR A SUA UTILIZAÇÃO “ (CASAROTTO E KOPITTKE, 2020) – RACIONALIZAÇÃO
DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DE CAPITAL A PARTIR DE UMA ANÁLISE PRÉVIA DE INVESTIMENTOS

POR QUE INVESTIR?

INVESTIR CONSISTE EM RENUNCIAR A UM CONSUMO NO PRESENTE EM TROCA DE UMA


PROMESSA DE UM RETORNO SATISFATÓRIO NO FUTURO

RETORNO DE INVESTIMENTO
Investimento em Operações Industriais
Características que explicam os métodos utilizados em avaliações de
projetos - (industriais)
Fabricar e comercializar Dependentes de matéria-prima,
produtos industriais ou insumos, planejamento, mão-de-
manufaturados obra qualificada, etc

Implementação a longo prazo,


Tecnologias e técnicas de alto investimento, retorno de
engenharia capital demorado
Instalações com equipamentos
diversos

https://www.youtube.com/watch?v=uCOQusshNVw
Investimento: análise rigorosa e metódica para verificar se o negócio vale a pena

ESCOLHAS DE ALTERNATIVAS
• O BJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE VIABILIDADE DE
PROJETOS

ü PERSPECTIVAS DE MERCADO (DEMANDA, OFERTA, PREÇOS, ETC)

ü O QUE PRODUZIR

ü QUANTO PRODUZIR

ü COMO PRODUZIR

ü MÉTODO DE COMERCIALIZAÇÃO

ü MATÉRIAS-PRIMAS, INSUMOS, MÃO-DE-OBRA, INFRAESTRUTURA

ü LOCALIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

ü ESTIMATIVAS DE INVESTIMENTO
Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo
• CONTINUAÇÃO OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE VIABILIDADE DE PROJETOS

ü ESTIMATIVAS DAS DESPESAS

ü ÍNDICES ECONÔMICOS

ü RISCOS POTENCIAIS (TÉCNICOS E ECONÔMICOS)

ü SENSIBILIDADE DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO A VARIAÇÕES NAS ESTIMATIVAS

ü MÉTODOS DE FINANCIAMENTO DO INVESTIMENTO

ü SOLICITAÇÕES DE INCENTIVOS

ü BENEFÍCIOS E OBRIGAÇÕES

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo


Matriz genérica para a classificação da estimativa de custos

Fonte: Teses USP – Dissertação Evandro Jose Silva Eloy

Prá%cas recomendadas pelos guias 17R-97 e 18R-97 que fornecem métodos de classificação recomendados
pela AACE Interna%onal - The Associa%on for the Advancement of Cost Es%ma%ng Interna%onal
CONCEITOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS

VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO – VALOR PRESENTE E VALOR FUTURO

Dinheiro - investido – GERAR LUCRO

ü Investimento em instalação
ü Investimento financeiro

𝑭 = 𝑷 (𝟏 + 𝒊) 𝒏 0 1 2 3 … n-1
n
F = Valor futuro
P = Valor presente P
i = taxa de juros – taxa de desconto
n = período
Investimento Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo
inicial
VALOR FUTURO = Rendimentos futuros são trazidos para o valor presente, considerando uma
taxa i

𝒏 𝑭
𝑭 = 𝑷 (𝟏 + 𝒊) 𝑭 = 𝑷 ( ; 𝒊; 𝒏)
𝑷

Todos os rendimentos futuros são trazidos para o valor presente,


VALOR PRESENTE = considerando uma taxa i

𝟏 𝑷
𝑷=𝑭 𝑷 = 𝑭 ( ; 𝒊; 𝒏)
(𝟏 + 𝒊) 𝒏 𝑭

FATOR DE DESCONTO = Fator que relaciona os valores presente e futuro

𝑷 𝟏 F = Valor futuro
=
𝑭 (𝟏 + 𝒊) 𝒏 P = Valor presente
i = taxa de juros – taxa de desconto
n = período

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo


Exemplo: Valor Futuro
𝒏
EXEMPLO: R$1000,00 – 15% ao ano – daqui 20 anos 𝑭 = 𝑷 (𝟏 + 𝒊)

ANO Valor do Investimento (R$)


0 1000,00
1 1150,00
2 1322,00
3 1520,88
4 1749,01
5 2011,36
10 4046,00
15 8137,00
20 16366,00
F = Valor futuro
P = Valor presente
i = taxa de juros – taxa de desconto
n = período
Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo
Exemplo: Valor Presente
Exemplo - Calcule o valor presente de um valor de R$1000,00 a ser recebido daqui a 2 anos,
considerando uma taxa de 5% ao ano.

Solução:
𝟏
𝑷=𝑭
(𝟏 + 𝒊) 𝒏

𝟏
𝑷 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∗
(𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟓) 𝟐

𝑷 = 𝑹$ 𝟗𝟎𝟕, 𝟎𝟐
VALOR DO CAPITAL ANUALIZADO – VALOR PRESENTE DE UMA ANUIDADE

Exemplo para um prazo de 3 anos, com uma taxa i


Investimento
inicial
Retirada no 1° Retirada no 2° Retirada no 3°
ano ano ano

VP
VA VA VA

𝑖 . (1 + i) ! A = valore recebido n vezes, ao final de


𝐴= 𝑃. !
cada período
(1 + i) −1 P = Valor presente
i = taxa de juros – taxa de desconto
n = período
Exemplo 1: Valor Presente de uma anuidade
Exemplo - Calcule o valor que pode ser recuperado anualmente em um prazo
de 7 anos, em um investimento de R$1000,00 segundo uma taxa de 5%
ao ano.

Solução: Pode-se simplesmente substituir na fórmula do custo capital


anualizado.

𝑖 . (1 + i) !
𝐴= 𝑃. 0,05 . (1 + 0,05) "
(1 + i)! −1
𝐴 = 1000,00 .
(1 + 0,05)" −1

𝐴 = 𝑅$ 172,82
F = R$1209,74
Exemplo 2: Valor Presente de uma anuidade
Exemplo - baseado em Towler e Sinnot (2008) – Um trocador de aço carbono
que custa $140 000 é esperado ter uma vida econômica de 5 anos,
demandando a troca após este período. Se um trocador de aço inoxidável de
baixa qualidade for adquirido, então o tempo de vida econômica irá
aumentar para 10 anos. Qual trocador é o mais econômico, considerando
que a taxa de valorização do dinheiro em um investimento seguro seja de
12%?

Solução: Primeiramente, podemos estimar o custo de um trocador de aço


inoxidável, sendo o fator de correção igual a 2,9. Assim, o custo de um
trocador de aço inoxidável seria igual a 2,9 x $140 000 = $406 000. Fazendo
um comparativo entre as duas alternativas, tem-se que:
Aço-carbono Aço inoxidável

5 anos 5 anos 10 anos

-140 000 -140 000

-406 000
TAXA NOMINAL E TAXA EFETIVA
Para que uma taxa de juros seja considerada efetiva é necessário que o período referido na taxa coincida com o período de capitalização, caso
contrário, a taxa será dita nominal.
Exemplos de taxas nominais são:
40% a.a. com capitalização mensal;
12% a.s. com capitalização trimestral.

Transformação de taxas efetivas, relativas a períodos distintos:

𝟏+𝒊 = 𝟏 + 𝒊𝒎 𝒎 𝒎
i= 𝟏 + 𝒊𝒎 −𝟏

i é a taxa do período maior;


im é a taxa do período menor;
m é o número de vezes que o período menor ocorre no período maior.

Analogamente, dada uma taxa i para um período maior, calcula-se a taxa im para o período menor

𝟏/𝒎 𝟏/𝒎
𝟏 + 𝒊𝒎 = 𝟏+𝒊 𝒊𝒎 = 𝟏+𝒊 −𝟏
EXEMPLO DE CONVERSÃO DA TAXA NOMINAL E TAXA EFETIVA
Frequentemente, nas transações financeiras a taxa de juros informada é apenas aparentemente correta. São utilizados artifícios para que a
taxa pareça mais elevada ou mais baixa. Se um título rende 36% ao ano, é dito que ele rende 3% ao mês, o que é incorreto; 36% a.a.
corresponde a 2,6% ao mês. Uma taxa mensal de 4% a.m. para um empréstimo, é muitas vezes dita 48% a.a. com capitalização mensal. Mas
4% ao mês equivalem a, aproximadamente, 60% a.a.
Para que uma taxa de juros seja considerada efetiva é necessário que o período referido na taxa coincida com o período de capitalização,
caso contrário, a taxa será dita nominal.Até agora foram consideradas apenas taxas efetivas.

Transformações de taxas efetivas relativas a períodos distintos.

Ex.: Seja 2% a.m. por 12 meses, qual é a taxa efetiva anual equivalente?

i% a.a. = ?

𝟏+𝒊 = 𝟏 + 𝒊𝒎 𝒎 (1 + 0,02)12 = (1+i)

i= 𝟏 + 𝒊𝒎 𝒎 −𝟏 i = 1,0212 – 1

Logo, i = 26,82% a.a. com capitalização anual


JUROS CONTÍNUOS – DESCONTOS CONTÍNUOS

ü Geralmente, a capitalização é feita no final do período indicado (final do mês ou ano)

ü Se a capitalização for feita em intervalos consideravelmente curtos quando comparados ao intervalo


total, admite-se que o sistema é considerado contínuo

𝑖 '(')*+, = 𝑒 * !"#$!%& − 1 𝒆 𝒊.𝒏


−𝟏
𝑭 = 𝑨.
(𝒆 𝒊 − 𝟏)

𝟏 𝒆 𝒊.𝒏 −𝟏
𝑷=𝑭 𝑷 = 𝑨.
𝒆 𝒊.𝒏 𝒆 𝒊.𝒏 (𝒆 𝒊 − 𝟏)

𝒆 𝒊.𝒏
−𝟏 𝒆 𝒊
−𝟏
𝑭 = 𝑨. 𝑨 = 𝑭.
(𝒆 𝒊 − 𝟏) (𝒆 𝒊.𝒏 − 𝟏)
INFLAÇÃO

3 (1925) econ crescimento desproporcional da circulação monetária em relação ao volume de


bens disponíveis para compra. p.opos. A 1deflação
3.1 infrm. alta geral e continuada de preços, causando queda do poder aquisitivo do dinheiro
4 fig. superabundância com desvalorização; desenvolvimento ou aumento excessivo e injustificado

ü Como levar em consideração a inflação nos cálculos financeiros? Correção monetária – um


mecanismo que compensa o efeito da inflação por meio de alterações periódicas de
valores

𝟏 + 𝒊 𝑮𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 = 𝟏+Ø 𝒏. 𝟏 + 𝒊 𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂

Ø 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆çã𝒐 𝒎𝒐𝒏𝒆𝒕á𝒓𝒊𝒂 𝒏𝒐 𝒑𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐 𝒏


https://houaiss.uol.com.br/corporativo/apps/uol_www/v5-4/html/index.php#1 𝒊𝑮𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒋𝒖𝒓𝒐𝒔
DEPRECIAÇÃO
Ryba, A.; Lenzi, E. K.; Lenzi M. K. Elementos de Engenharia Econômica – 2a ed. Curi@ba. InterSaberes, 2016.

A depreciação equivale à perda de valor de determinado bem, seja por deteriorização ou


obsolescência.

Gastos depreciáveis podem ser deduzidos do imposto de renda declarado pelas


empresas. Na legislação brasileira, a depreciação de equipamentos pode ocorrer no
prazo de 10 anos (Yamamoto e Kamiski).

“Para evitar a bitributação sobre o retorno do capital investido na aquisição dos bens criou-
se a figura contábil da depreciação. Assim, a depreciação representa a parcela dos
valores recebidos, em função das atividades do empreendimento, que é declarada ao fisco
como o retorno do capital empregado para gerir o empreendimento. Representa o retorno
aos cofres do investidor de um dinheiro que ele já possuía, não configurando portanto
lucro, e sobre o qual não se pagam impostos” (Yamamato e Kamiski)
FLUXO DE CAIXA

ü PROJEÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PARA AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS

ü PLANEJAMENTO DE QUANTO A EMPRESA VAI NECESSITAR TER DE CAIXA DISPONÍVEL


PARA SEUS INVESTIMENTOS

ü Considerando a linha horizontal como o tempo dividido em n períodos. As setas verticais


direcionadas para cima são as entradas (receitas, créditos) e as setas verticais para baixo são saídas
(desembolsos, débitos)
FLUXO DE CAIXA – ENTRADA DE CAIXA – SAÍDA DE CAIXA

ü TEMPO DE VIDA DO PROJETO DEVE SER LEVADO EM CONSIDERAÇÃO


ü Receitas durante o ciclo de vida ü Custos durante o ciclo de vida do projeto

v venda de produto v Custos diretos e indiretos de produção


v Crédito de investimento v Despesas de manutenção
v Venda de ativos v Despesas administrativas
v Valor terminal de ativos v Estudos e programas abandonados
v Redução de capital de giro v Investimentos capitalizáveis em instalações
v Depreciação v Investimentos não capitalizáveis
v Aumento de capital de giro
v Impostos e taxas
FLUXO DE CAIXA FC = LUCRO LÍQUIDO + DEPRECIAÇÃO

RECEITAS OPERAÇÕES DESPESAS

RESULTADOS
OPERACIONAIS
DEPRECIAÇÃO
RO = RECEITA - DESPESAS

LUCRO BRUTO
LB =RESULTADOS OPERACIONAIS - DEPRECIAÇÃO

LUCRO LÍQUIDO IMPOSTOS

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo


LL =LUCRO BRUTO - IMPOSTO
Avaliações de alternativas utilizando fluxo de caixa

v Estabelecer um período de análise – geralmente o ciclo de vida do projeto

vEstimar um fluxo de caixa para cada unidade de tempo no período estabelecido


(ano a ano)

vCalcular o valor presente líquido do fluxo de caixa para cada unidade de tempo no
período estabelecido
Exemplo de Fluxo de Caixa
Montar o fluxo de caixa para um empreendimento com as seguintes características:
a) Investimento (UM)

Investimento total : 8.800 (realizado ao longo de 1 ano)

b) Custos de produção (UM / ano)

Custos variáveis + custos fixos : 820

c) Receitas (UM / ano) – a plena capacidade


Vendas de produto : 5.500

d) Depreciação - Constante ao longo de 10 anos.

e) Impostos
35% do lucro tributável.

f) Taxa mínima requerida 25%


INVESTIMENTO DE CAPITAL FIXO

• É o custo total de projeto, construção e instalação de uma planta e as modificações


necessárias associadas para preparar o local de construção da planta industrial.

O custo de investimento fixo está composto por:

✓ ISBL – INSIDE BATTERY LIMITS INVESTIMENT – o custo da planta industrial

✓ OSBL – OUTISE BATTERY LIMITS ou OFFSITE - as modificações e melhoramentos que


devem ser feitos na infraestrutura local

✓ CUSTOS DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO

✓ ENCARGOS DE CONTINGÊNCIA
•CAPEX E OPEN

CAPEX - CAPITAL EXPENDITURE - INVESTIMENTO FIXO QUANTO SERÁ GASTO PARA

IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

OPEX - OPERATIONAL EXPENDITURE –CUSTOS OPERACIONAIS

QUANTO SERÁ GASTO NA MANUTENÇÃO E NA OPERAÇÃO DO PROJETO


ESTIMATIVA DO INVESTIMENTO custo de capital e de operação
ISBL: Equipamentos que participam diretamente do processamento

matéria
prima
produto

Inside Battery Limits

OSBL: Equipamentos e instalações periféricas

Outside Battery Limits


Divisão dos gastos iniciais:
– ISBL – inside battery limits
– OSBL – outside battery limts
– Capital de giro

Avaliação de custos de operação da planta


– Matéria-prima
– Utilidades
– Salários + Encargos
– etc
• ISBL
– Todos os custos para a instalação dentro da área de
produção (de certa forma, envolve certo capital de
giro)
– Inclui: equipamentos principais, preparação da área,
instalação, etc
• OSBL
– Geração e distribuição de eletricidade/vapor/água de
resfriamento/ ar comprimido/ inertes
– Tratamento de água para o processo;
– Refrigeração;
Também (Smith, 2005):
– Prédios auxiliares, incluindo escritórios, pronto-socorro,
vestiários, etc;
– Estradas e passarelas;
– Sistemas de proteção contra incêndios;
– Sistemas de comunicação;
– Sistemas de disposição de água;
– Estocagem de materiais;
– Veículos utilizados na planta.

Valores de OSBL situam-se entre 10-100%. Típico 40%.


• Capital de giro
– Gastos com a partida da planta;
– Gastos com o transporte de material;
– Gastos para pagamento de serviços necessários para o
start-up da planta.

Valores entre 5-30% do ISBL. Típico 15%.


Fora da área do processo
(OSBL)
Tratamento Geração Água de Geração e Tratamento de
de água de vapor resfriamento tratamento de efluentes
inertes

Dentro da área do processo Armazenamento


(ISBL)
Prédios e
escritórios

Reatores
Trocadores Gerenciamento
e controle da
planta

Bombas,
compressões, etc
Separadores
MÉTODO 1 – CÁLCULO DO INVESTIMENTO

Dados históricos
– A revista Hydrocarbon Processing apresenta a seguinte correlação
(ISBL em milhões de dólares):

Tabela contida em Towler e Sinnott (2008), pg 309.


Exemplo - Estime o valor necessário para o desenvolvimento de
uma planta de produção de ciclohexano a 200.000ton/ano
desenvolvido pela Axens.
Da tabela contida em Towler e Sinnot (2008), pg 309,
para dados de 2006

Tomando fatores de OSBL de 0,4 e capital de giro 0,15:


Correção para os valores atuais:

Os índices mais comumente utilizados são Chemical Engineering


Indexes (CE) e Marshal and Swift (MS), publicados no periódico
Chemical Engineering, e o Nelson Farrar Cost (NF), publicado na
Oil and Gas Journal.
TABELA 1
Corrigindo para 2018, da CE índice: 593,6.
MÉTODO I1 – CÁLCULO DO INVESTIMENTO

• DETERMINAR CUSTOS ASSOCIADOS À EQUIPAMENTOS (TOWLER E


SINNOT, 2008, PG 319)

• MULTIPLICAR POR FATORES DE CORREÇÃO QUANTO AO MATERIAL,


PRESSÃO, TEMPERATURA, LOCALIZAÇÃO DA PLANTA, ETC
TABELA 2
• FATORES DE CORREÇÃO QUANTO AO MATERIAL

TABELA 3
Geral

TABELA 4
Destiladores

TABELA 5
Trocadores de calor
• FATORES DE CORREÇÃO QUANTO À TEMPERATURA E
PRESSÃO
TABELA 6

TABELA 7
• CUSTO DOS EQUIPAMENTOS INCLUINDO CORREÇÕES:
•PARA VASO DE PRESSÃO
TABELA 8
Exemplo – Estime o custo base de um vaso vertical de pressão com
diâmetro igual a 1,5m e altura igual a 3m, feito de aço-carbono

O vaso deve ter espessura de 7mm, de acordo com a


tabela anterior.
Como o vaso deve ter 7x10 m,
-3 tem-se que:

Tomando a densidade como 8000Kg/m :


3

Massa = 992
Tomando a correlação para o custo (em 2006)
CB = -400 + 230 x (992) 0,6 = 1442,24 $
TABELA 9
Relação deduzida entre espessura (t), diâmetro (D), pressão (P) e
pressão máxima suportada (Pmax), da Tabela 9

Relação recomendada pela ASME


Exemplo – Estime o custo base de uma coluna de destilação, com 30
metros de altura, diâmetro de 3m, 50 pratos, e pressão de operação
10bar
Aplicando a relação recomendada pela ASME para determinar a pressão
interna (considerando a pressão 10% maior por segurança):

Área do vaso:
Tomando a densidade como 8000Kg/m ,
3 a massa da coluna vazia fica:

O custo da coluna vazia fica (para 2006):

Tomando a correlação para o custo (em 2006)

CB = -400 + 230 x (47500) 0,6 = 146774,5 $


O custo das bandejas fica:

O custo total, calculado para 2006, é de:

CB = 146.774,5 x 3,9 (x fM) + 59.000 = 631.303,5 $


TABELA 10
•ESTIMATIVA DE ALGUMAS
UTILIDADES
- Vapor
Encargos da captação da água e tratamento (Págua). Towler e Sinnot (2008) reportam que tais valores
situam-se Bpicamente entre 1,11x10-6 $/KgH2O.
O preço do vapor, por Kg de vapor gerado, pode ser calculado a parBr da variação da entalpia de
vaporização (ΔHvap), calor de combustão do combusNvel (ΔHcomb), preço do combusNvel (Pcomb).
Queima de combusNveis, em processos que geralmente possuem 75-80% de eficiência do poder
calorífico do combusNvel. Com isto, o preço do vapor (Pvapor) pode ser obBdo como:
Exemplo: Em uma coluna de destilação, a carga térmica necessária no refervedor é de
aproximadamente 2 880 000 KJ/h, a uma temperatura de 165°C. Considere que isto
deva ser suprido pela condensação de vapor saturado a 15°C acima. Calcule o custo
necessário para a geração do vapor, sendo o preço do combustível/ΔHcomb igual a
5,7 x10 $/KJ.
-6

A entalpia de vaporização a 180°C é de ≈2005 KJ/Kg (Tabela de vapor)


O preço do vapor por kg (PVapor) fica:

O custo necessário pode ser então calculado multiplicando-se a vazão mássica (em Kg/h) pelo preço por Kg (em $/Kg).
- Água de resfriamento;
– Encargos da captação da água e tratamento;

– Towler e Sinnot (2008) reportam que a potência para o bombeamento de


água de resfriamento resultava em um custo de aproximadamente 0,26-
0,53 KWh/m , e o custo com make-up (reposição) e tratamento
3

acrescentam geralmente 0,025-0,053 KWh/m ; 3


• CRITÉRIO PARA AVALIAÇÃO DA LUCRATIVIDADE DO
INVESTIMENTO
– Retorno sobre investimento (ROI)
– Valor presente líquido (VPL)
– Custo do capital anualizado (VA) - slide 22
– Taxa interna de retorno (TIR)
– Tempo de retorno – PAYBACK
– Índice de Lucratividade (IL)

Em muitos casos, se considera uma taxa de


rentabilidade, calculada como a taxa em um
investimento seguro somada à taxa que contabiliza o
risco do investimento
TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO(ROI)

o Relação entre o lucro líquido ( após impostos) e o investimento total necessário


para alcançar esse lucro líquido

!"#$% &'ó) *+'%),%)


𝑅𝑂𝐼 = x 100
-./0),*+0.,% ,%,&1

ü Fácil compreensão
ü Não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo

o Como o tempo não é levado em consideração, deve-se escolher um tempo para


avaliação - geralmente leva-se em conisderação o 3o ano após a partida da
planta como base para o cálculo de lucro
RETORNO SOBRE INVESTIMENTO(ROI)

Alternativa 1 Alternativa II
Exemplo:
Investimento 100 125
Venda 180 180
Custo
Mão de obra 40 30
Energia 35 40
Depreciação 10 12
Outros 53 50
Lucro antes dos impostos 42 48
Impostos 16 18
Lucro após impostos 26 30
ALTERNATIVA I ALTERNATIVA II
ROI (%) 26 24

!"#$% &'ó) *+'%),%)


𝑅𝑂𝐼 = x 100
-./0),*+0.,% ,%,&1
RETORNO SOBRE INVESTIMENTO(ROI)

ALTERNATIVA I ALTERNATIVA II
Exemplo: ROI (%) 26 24

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO: ROI > 18 % TMA - Se o investimento adicional vale a


pena

ü Os investimentos são auto excludentes

ü Riscos equivalentes

23 456
x 100 = 16%
758 4733
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

o Soma dos valores de Fluxo de Caixa Descontado para uma determinada


taxa de desconto

ü Qualquer valor (positivo ou negativo) de fluxo de caixa ao longo do período


estabelecido pode ser considerado
ü Se comparar alternativas, verificar qual a alternativa tem o maior valor de VPL.

v VPL > 0 Projeto propociona retorno maior que a taxa de desconto utilizada
ü Requer uma taxa de desconto

A empresa adota a taxa de desconto levando em conta o custo capital e o risco do


projeto
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
Investimento
inicial

Lucro no 1° ano Lucro no 2° ano Lucro no 3° ano

VP

VF
VF
VF

O valor presente líquido é a soma de


todos os valores
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

CRITÉRIO DE DECISÃO

VPL POSITIVO Viável Economicamente

VPL NEGATIVO Inviável Economicamente


Exemplo -Avalie, pelo valor presente líquido, se um investimento de R$10000,00, podendo
retornar R$1800,00 anuais ao longo de 10 anos, é rentável, considerando uma taxa de
5% ao ano, já descontado os impostos e taxas

Solução: Para isto, é necessário trazer cada um dos rendimentos de R$1800,00 ao longo
de 10 anos para o valor presente líquido, e subtrair do valor investido. Se o VPL>0,
então o investimento é rentável.
Exemplo -Avalie, pelo valor presente líquido, se um investimento de R$10000,00, podendo retornar R$1800,00 anuais
ao longo de 10 anos, é rentável, considerando uma taxa de 5% ao ano, já descontado os impostos e taxas

Fluxo de caixa
Ano Fluxo de Caixa descontado Fluxo de Caixa Descontado Acumulado
0 -10000 -10000 -10000
1 1800 1714 -8286
2 1800 1633 -6653
3 1800 1555 -5098
4 1800 1481 -3617
5 1800 1410 -2207
6 1800 1343 -864
7 1800 1279 415
8 1800 1218 1634
9 1800 1160 2794
10 1800 1105 3899
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Todos os rendimentos futuros são trazidos para o valor


presente, que deverá somar zero, a uma taxa TIR

Investimento
Lucro no 1° Lucro no 3°
inicial Lucro no 2°
ano ano
ano

VP
VF VF VF
Exemplo - Avalie, pela taxa interna de retorno, se um investimento de R$10000,00, podendo
retornar R$1800,00 anuais ao longo de 10 anos, é rentável, considerando uma taxa mínima
de atratividade igual a 5% ao ano, já descontado os impostos e taxas.
Solução: Para isto, pode-se utilizar atingir meta do Excel. Os valores futuros são trazidos
valores presentes, considerando-se a taxa TIR, e a TIR deve ser tal que a soma dos valores
presentes é nula.
Fluxo de Caixa Descontado
Ano Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado
acumulado
0 -10000 10000*(1/1+TIR)0
1 1800 1800*(1/1+TIR)1
2 1800 1800*(1/1+TIR)2
3 1800 1800*(1/1+TIR)3
4 1800 1800*(1/1+TIR)4
5 1800 1800*(1/1+TIR)5
6 1800 1800*(1/1+TIR)6
7 1800 1800*(1/1+TIR)7
8 1800 1800*(1/1+TIR)8
1800*(1/1+TIR)9
9 1800
10 1800 1800*(1/1+TIR)10 0
Exemplo - Avalie, pela taxa interna de retorno, se um investimento de R$1000,00, podendo retornar R$1800,00 anuais
ao longo de 10 anos, é rentável, considerando uma taxa mínima de atratividade igual a 5% ao ano, já descontado
os impostos e taxas.
Solução: Para isto, pode-se utilizar o solver do Excel. Os valores futuros são trazidos valores presentes, considerando-
se a taxa TIR, e a TIR deve ser tal que a soma dos valores presentes é nula.

Fluxo de Caixa Descontado


Ano Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado
acumulado
0 -10000 10000*(1/1+TIR)0
1 1800 1800*(1/1+TIR)1
2 1800 1800*(1/1+TIR)2
3 1800 1800*(1/1+TIR)3
4 1800 1800*(1/1+TIR)4
5 1800 1800*(1/1+TIR)5
6 1800 1800*(1/1+TIR)6
7 1800 1800*(1/1+TIR)7
8 1800 1800*(1/1+TIR)8
1800*(1/1+TIR)9
9 1800
10 1800 1800*(1/1+TIR)10 0

TIR = 12%
TEMPO/PRAZO DE RETORNO DE INVESTIMENTO - PAYBACK

Definido como o tempo necessário para recuperação do capital. Ou seja, é quando o lucro
líquido por ano, multiplicado por certo número de anos é igual ao investimento. Sejam
valores futuros lucros anuais e um investimento VP feito.

ü DETERMINA O PERÍODO DE TEMPO EM QUE O INVESTIMENTO ESTÁ EM RISCO

ü Este método não leva em consideração a vida do investimento e pode ser difícil sua
aplicação quando o investimento inicial se der por mais de um ano ou quando os projetos
comparados tiverem investimentos iniciais diferentes.
Exemplo -Avalie, pelo valor presente líquido, se um investimento de R$10000,00, podendo retornar R$1800,00 anuais
ao longo de 10 anos, é rentável, considerando uma taxa de 5% ao ano, já descontado os impostos e taxas

Fluxo de caixa
Ano Fluxo de Caixa descontado Fluxo de Caixa Descontado Acumulado
0 -10000 -10000 -10000
1 1800 1714 -8286
2 1800 1633 -6653
3 1800 1555 -5098
4 1800 1481 -3617
5 1800 1410 -2207
6 1800 1343 -864
7 1800 1279 415
8 1800 1218 1634
9 1800 1160 2794
10 1800 1105 3899
Exemplo -Avalie, pelo valor presente líquido, se um investimento de R$10000,00, podendo retornar R$1800,00 anuais
ao longo de 10 anos, é rentável, considerando uma taxa de 5% ao ano, já descontado os impostos e taxas

6 1800 1343 -864


7 1800 1279 415

7−6 𝑋−6
=
415 − (−864) 0 − (−864)

TEMPO DE RETORNO = 6,7 ANOS


EXEMPLO GRÁFICO DE FLUXO DE CAIXA – ANÁLISE DE PAYBACK
FLUXO DE CAIXA

ANOS

Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo


ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE (IL)

o Relação entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das
saídas de caixa para o mesmo período de avaliação

ü Requer a escolha da taxa de desconto, para proporcionar um retorno ao que é


investido
ü É uma indicação da margem de erros nas previsões de projeto
ü Na comparação de alternativas, a melhor alternativa tem o maior IL (desde que IL>0)

𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠
𝐼𝐿 =
𝑆𝑎í𝑑𝑎𝑠
Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo
ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE (IL)

ANO FLUXO DE FLUXO DE SAÍDA ENTRADA


CAIXA CAIXA 15%
AO ANO
0 -500 1 -500 -
1 -300 0,87 -261 -
2 -300 0,75 -188 + 38
3 400 0,66 -23 + 287
4 600 0,57 -20 + 362
5 820 0,50 -15 + 425
6 895 0,43 -10 +395
-1017 + 1507

1507
𝐼𝐿 = = 1,48
1017
Notas de aula do Prof Marcos A. Rubbo

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