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Profª.

Lidja Borél
Graduação em Engenharia Química
2022/01
1
GNE 350: Aula 11
1. Projeto de uma indústria química
1.1. Elaboração do projeto: tipos e documentações principais
1.1.1. Estudo de viabilidade técnico-econômica
1.2. Projeto conceitual: síntese de processos
1.2.1. Síntese de Sistemas de reação
1.2.2. Síntese de Sistemas de separação
1.2.3. Síntese de redes de trocadores de calor e integração Objetivos
energética de hoje
1.3. Projeto básico
1.3.1. Localização e Layout da planta industrial
1.3.2. Diagramas de processo • Entender os propósitos de
1.3.3. Projeto auxiliado por ferramentas computacionais uso diagrama de blocos
1.3.4. Métodos para estimação dos custo de capital e de produção de empreendimentos
(BFD), do fluxograma químicos
do
2. Engenharia Econômica
2.1. Fundamentos: valor temporal da moeda processo (PFD) e do
2.2. Fluxo de caixa de projetos industriais diagrama de tubulação e
2.2.1. Depreciação e Inflação instrumentação (P&ID)
2.2.2. Financiamento de empreendimentos: sistemas de amortização da dívida
2.2.3. Sistema de Tributação • Interpretar e desenhar
2.3. Análise de alternativas de investimento fluxogramas de processo
2.3.1. Critérios de lucratividade
2.4. Análise de sensibilidade
(PFD) de maneira
consistente
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1.3. Projeto básico
Proposta técnica
Estudo de
viabilidade técnica
e econômica - EVTE
Matérias-primas Tecnologia proposta
•fontes disponíveis, classes, •Descrição detalhada
problemas de qualidade •Recomendações de seleção de
Especificações do produto catalisador
•Principais recomendações de
equipamentos
•Planta piloto e experiência comercial
Projeto Conceitual

Avaliação técnica e Parâmetros básicos do


econômica projeto
•Custo estimado de produção •Dados preliminares de custos
•Custo de capital estimado operacionais PFD preliminar
•Dimensionamento preliminar dos
equipamentos
Projeto Básico

Limites de recursos
disponíveis
Planta de locação geral •Limites legais
(“plot-plan”) •Limites de prazo
•Políticas ambientais
Projeto Detalhado

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1.3. Projeto básico

Estudo de
viabilidade técnica
Projeto Básico de Engenharia
e econômica - EVTE

Permitir a compra dos


Permitir a obtenção das equipamentos e a contratação
Projeto Conceitual diversas aprovações em de serviços necessários para a
órgãos públicos ou implantação do
financeiros; empreendimento ou
instalação;

Projeto Básico

Permitir a elaboração de
cronogramas de implantação
e estimativas de custo de
Projeto Detalhado referência mais detalhados.

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Resolução nº 361, de 10 dez 1991
Art. 1º - O Projeto Básico é o conjunto de elementos que define a obra, o serviço ou
o complexo de obras e serviços que compõem o empreendimento, de tal modo que
suas características básicas e desempenho almejado estejam perfeitamente
definidos, possibilitando a estimativa de seu custo e prazo de execução.

Art. 2º - O Projeto Básico é uma fase perfeitamente definida de um conjunto mais


abrangente de estudos e projetos, precedido por estudos preliminares, anteprojeto,
estudos de viabilidade técnica, econômica e avaliação de impacto ambiental, e
sucedido pela fase de projeto executivo ou detalhamento.

Art. 7º - Os autores do Projeto Básico, sejam eles contratados ou pertencentes ao


quadro técnico do órgão contratante, deverão providenciar a Anotação de
Responsabilidade Técnica - ART, instituída pela Lei Federal nº 6.496, de 07 DEZ 1977,
e regulamentada através de Resoluções específicas do Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA.

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DECISÃO NORMATIVA Nº 106, DE 17 DE ABRIL DE 2015
Art. 1° Conceituar o termo “Projeto” como a somatória do conjunto de todos os elementos
conceituais, técnicos, executivos e operacionais abrangidos pelas áreas de atuação, pelas atividades e
pelas atribuições dos profissionais da Engenharia e da Agronomia, nos termos das leis, dos decretos-
lei e dos decretos que regulamentam tais profissões, quais sejam: Decreto nº 23.196, de 1933, Decreto
nº 23.569, de 1933, Decreto-Lei nº 8.620, de 1946, Lei n° 4.076, de 1962, Lei nº 4.643, de 1965, Lei n°
5.194, de 1966, Lei n° 6.664, de 1979, Lei n° 6.835, de 1980, e Lei n° 7.410, de 1985, e a Constituição
Federal de 1988.

Art. 2º Para efeito desta decisão normativa, considera-se o termo genérico “Projeto” como:
I – o Projeto Básico, abordado pela Resolução n° 361, de 1991, e pela Orientação Técnica
IBRAOP/OT - IBR 001/2006, que consiste nos principais conteúdos e elementos técnicos correntes
aplicáveis às obras e serviços, sem restringir as constantes evoluções e impactos da ciência, da
tecnologia, da inovação, do empreendedorismo e do conhecimento e desenvolvimento do
empreendimento social e humano, nas seguintes especialidades:
a) levantamento Topográfico; i) projeto de Instalações Telefônica, de dados e
b) sondagem; som;
c) projeto Arquitetônico; j) projeto de Instalações de Prevenção de
d) projeto de Terraplenagem; Incêndio;
e) projeto de Fundações; k) projeto de Instalações Especiais (lógicas,
f) projeto Estrutural; CFTV, alarme, detecção de fumaça);
g) projeto de Instalações Hidráulicas; l) projeto de Instalações de Ar-condicionado;
h) projeto de Instalações Elétricas; m) projeto de Instalações de Transporte Vertical;
e
n) projeto de Paisagismo.

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Resolução nº 361, de 10 dez 1991
Art. 3º - As principais características de um Projeto Básico são:

a) desenvolvimento da alternativa escolhida como sendo viável, técnica, econômica e ambientalmente, e que atenda aos critérios de
conveniência de seu proprietário e da sociedade;

b) fornecer uma visão global da obra e identificar seus elementos constituintes de forma precisa;

c) especificar o desempenho esperado da obra;

d) adotar soluções técnicas, quer para conjunto, quer para suas partes, devendo ser suportadas por memórias de cálculo e de acordo com
critérios de projeto pré-estabelecidos de modo a evitar e/ou minimizar reformulações e/ou ajustes acentuados, durante sua fase de execução;

e) identificar e especificar, sem omissões, os tipos de serviços a executar, os materiais e equipamentos a incorporar à obra;

f) definir as quantidades e os custos de serviços e fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte da obra, de tal forma a ensejar a
determinação do custo global da obra com precisão de mais ou menos 15% (quinze por cento);

g) fornecer subsídios suficientes para a montagem do plano de gestão da obra;

h) considerar, para uma boa execução, métodos construtivos compatíveis e adequados ao porte da obra;

i) detalhar os programas ambientais, compativelmente com o porte da obra, de modo a assegurar sua implantação de forma harmônica com os
interesses regionais.

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1.3. Projeto básico

Legislação aplicada ao projeto


Exemplos:
NR-10 instalações elétricas devem ser projetadas de
modo a prevenir perigos de choque elétrico ou
outros tipos de acidentes
Engenheiro projetista
NR-13, que abrange a instalação, inspeção, operação
e manutenção de caldeiras, vasos de pressão (como
reatores), trocadores de calor e colunas de destilação
– e tubulações
NR-14 (fornos)
Entidades
Investidores
regulamentadoras

NR-15 que trata dos agentes químicos (benzeno) e


poeiras minerais entre outros limites de tolerância

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1.3. Projeto básico

Projeto Básico de Engenharia


Estudo de
viabilidade técnica
e econômica - EVTE Consolidação do Fluxograma do processo (PFD)

Especificação dos equipamentos (lista e folha de dados)

Layout da fábrica;
Projeto Conceitual
Transporte de materiais;

Balanços materiais e de energia


• Dados do fluxo da caixa de base (correntes de processo)
Projeto Básico • Especificação de efluentes
• Definição do sistema de utilidades

Simulação

Diagramas preliminares de instrumentação e controle


Projeto Detalhado
Esquemas elétricos

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1.3. Projeto básico
Projeto Básico de Engenharia
Estudo de Diagramas de tubulação
viabilidade técnica
e econômica - EVTE
Materiais de construção

Hidráulica preliminar
• (cálculos de bomba e linha de queda de pressão usados ​como base para calibrar bombas e
compressores
Projeto Conceitual
Procedimentos operacionais preliminares
• partida, desligamento e religamento

Análise preliminar de perigos

Projeto Básico Estimativa de custo de capital

Integração energética e definição dos sistemas de utilidades

Documentação de revisão de design


• Notas da reunião
Projeto Detalhado
• Memorial de cálculo
• Correspondências do projeto

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1.3.2.Diagramas de processo

Um engenheiro deve explicar para um operador


recém contratado como é o processo de produção do
cimento.

Situação A: O engenheiro escreve, então, o processo


para o operador:
• O xisto e o calcário são removidos da pedreira.
• Posteriormente ele passa por um processo de moagem em um
moinho de martelos.
• O material moído é armazenado antes de passar por um moinho
de bolas.
• Após a passagem pelo segundo moinho, a mistura crua é
armazenada antes de passar por um forno de calcinação.
• O material da calcinação é o clínquer, que será pulverizado com
gesso para a produção do cimento.
• O cimento passa por um moinho de bolas e é armazenado para
que seja embalado e posteriormente vendido.

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1.3.2.Diagramas de processo
Situação B: O engenheiro cria um diagrama de
processo para explicar como é o processo de
produção do cimento.

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1.3.2.Diagramas de processo

Estrutura

Diagrama de Fluxograma que


processo representa Instalações
químico graficamente
Sequência de
funcionamento

A maneira mais eficiente de comunicar informações de um


processo é através de diagramas

Ferramenta utilizada na concepção de um projeto, treinamento


de operadores, gerenciamento de qualidade, entre outros.

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1.3.2.Diagramas de processo

Principais diagramas do projeto de processos químicos

Diagrama de Blocos
• Block Flow Diagram – BFD;

Complexidade
Fluxograma do processo
• Process Flow Diagram – PFD;

Diagrama de Tubulação e Instrumentação


• Piping and Instrumentation Diagram – P&ID

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Convenções para a criação de diagrama de blocos
(ISO 10628-1: 2014) Diagramas para a indústria química e petroquímica
International Organization for Standardization

1. Operações/processos unitários (misturadores, separadores, reatores, colunas de destilação etc.) são


usualmente denotados por um bloco simples ou retângulo. As operações unitárias devem ser rotuladas.

2. Correntes de fluxo (massa e energia) do processo são representadas por linhas retas que podem ser
horizontais ou verticais. A direção do fluxo deve ser indicada por setas.

3. Quando possível, o diagrama deve ser arrumado de modo que o fluxo material ocorra da esquerda para
a direita.

4. Correntes leves saem pelo cima e as pesadas por baixo.

5. As vazões e composições das correntes podem ser descritas junto às linhas de corrente ou nos
retângulos, ou em tabelas separadas quando houver muitas informações.

6. Um balanço simples de massa pode ser fornecido.

7. Outras informações importantes podem ser fornecidas.

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1.3.2.Diagramas de processo
Produção industrial de Benzeno

Market share brasileiro


Braskem 95,3%
Petrobras 3,5%
Gerdau (Carboquímica) 1,2%
(Koerich et al., 2017).

Produção anual do
subsegmento petroquímico.
Fonte: ABIQUIM.
Disponível no relatório:
Análise Da Eficiência
Energética Em Segmentos
Industriais Selecionados

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1.3.2.Diagramas de processo

Descrição do processo: Tolueno e hidrogênio em excesso são misturados em


um reator para produzir benzeno e metano. A reação não é completa. Os gases
não condensáveis são separados e descartados. Benzeno e tolueno são
separados por destilação. O tolueno é reciclado ao reator e o benzeno é
removido como produto.
Gás combustível

Tolueno
Benzeno
Separação
Reator gás-líquido
Hidrogênio

Coluna
de destilação

Tolueno

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1.3.2.Diagramas de processo
Normas para elaboração de fluxogramas de processos
ISO 10628: Flow Diagrams for Process Plants – General Rules;

ANSI Y32.11: Graphical Symbols for Process Flow Diagrams;

SAA AS 1109: Graphical Symbols For Process Flow Diagrams For The Food Industry;

Petrobras N-58: Símbolos Gráficos para Fluxogramas de Processo e de Engenharia;

Petrobras N-1692: Recomendações para a representação geral, conteúdo e traçados dos


fluxogramas de engenharia.

Petrobras N-381 - Execução de Desenho e Outros Documentos Técnicos em Geral;

Petrobras N-1521 - Identificação de Equipamentos Industriais.

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1.3.2.Diagramas de processo
Informações que devem ser apresentadas em um PFD
Um PFD deve ser completo e elaborado de modo organizado, com o objetivo de ser de fácil
entendimento, evitando assim erros técnicos, de apresentação e de interpretação.

Todos os equipamentos do processo são representados no diagrama por um “símbolo


gráfico” específico
• sendo que cada equipamento terá um número exclusivo e um nome descritivo;
• dados do equipamento: função, altura/largura, material de construção, etc. devem ser incluídos.

Todas as correntes do processo identificadas por um número juntamente com uma


breve descrição das condições de operação do processo e composição química;
• Parâmetros do processo (T/P, vazão, etc.), a composição química de cada corrente
• Estes dados podem ser mostrados diretamente no PFD ou em tabelas.

Todas as utilidades fornecidas aos equipamentos principais e que desempenham uma


função no processo devem ser incluídas.

Loops/Malhas de controle básicos, ilustrando a estratégia de controle usada para


operar o processo em condições normais de operação, também devem ser mostradas.

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1.3.2.Diagramas de processo

Informações que devem ser apresentadas em um PFD

Todos os equipamentos do processo são representados no diagrama por um “símbolo


gráfico” específico
• sendo que cada equipamento terá um número exclusivo e um nome descritivo;
• dados do equipamento: função, altura/largura, material de construção, etc. devem ser incluídos.

Todas as correntes do processo identificadas por um número juntamente com uma


breve descrição das condições de operação do processo e composição química;
• Parâmetros do processo (T/P, vazão, etc.), a composição química de cada corrente
• Estes dados podem ser mostrados diretamente no PFD ou em tabelas.

Todas as utilidades fornecidas aos equipamentos principais e que desempenham uma


função no processo devem ser incluídas.

Loops/Malhas de controle básicos, ilustrando a estratégia de controle usada para


operar o processo em condições normais de operação, também devem ser mostradas.

20
1.3.2.Diagramas de processo

21
1.3.2.Diagramas de processo

Software livre para a confecção de diagramas de Engenharia Química

http://dia-installer.de/download/index.html

22
1.3.2.Diagramas de processo
Software livre para a confecção de diagramas de Engenharia Química

https://www.edrawsoft.com/download-edrawmax.php

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1.3.2.Diagramas de processo
PFD da Hidrodealquilação do tolueno

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1.3.2.Diagramas de processo

Formato geral: XX-YZZ A/B


XX: Letras que
identificam a classe
do equipamento.
• C – Compressor ou turbina
• E – Trocador de calor ZZ é o número de A/B Identifica
• H – Aquecedor a chama Y é a área dentro da
designação de cada unidades paralelas ou
direta planta. Corresponde à
• P – Bomba item dentro da classe reservas não
centena
• R – Reator de equipamento mostradas no PFD
• T – Torre
• TK – Tanque de
armazenagem
• V – Vaso

25
1.3.2.Diagramas de processo

Exemplo: Processo de Produção do Benzeno


PFD Simplificado do processo HDA

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1.3.2.Diagramas de processo
Exemplo: Processo de Produção do Benzeno

Equipamento: P-101 A/B

P-101 A/B: O equipamento é uma bomba

P-101 A/B: indica que a bomba está localizada na área 100 da


planta, que é a área de produção de benzeno

P-101 A/B: Bomba número 01 da área de processo 100.

P-101 A/B: Indica que existe uma bomba reserva instalada,


ou seja, há duas bombas idênticas P-101A e P-101B. Uma
bomba estará em operação enquanto a segunda ficará
parada.

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O leitor deve consultar o sumário de
correntes e equipamentos para
extrair todas as informações
necessárias sobre o processo.
• Apêndice B Turton et al. (2009)

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1.3.2.Diagramas de processo
Informações sobre os equipamentos

As informações sobre os equipamentos são incluídas em uma tabela separada.

29
1.3.2.Diagramas de processo
Informações sobre os equipamentos

Trocadores de calor casco-e-


tubo com cabeçote flutuante

Trocadores de calor
bitubulares

As informações sobre os equipamentos são incluídas em uma tabela separada. 30


1.3.2.Diagramas de processo
Informações sobre os equipamentos
Tipo de equipamento Descrição

Torre Altura e diâmetro, pressão, temperatura, número e


tipo de bandejas, altura e tipo de recheio, material de
construção
Trocadores de calor Tipo: G-G, L-L, G-L, condensador, vaporizador, carga
térmica, área, temperatura e pressão de ambas as
correntes, número de passes no casco e nos tubos e
seus materiais de construção
Tanques e vasos Altura, diâmetro, orientação, pressão, temperatura,
material de construção
Bombas Vazão, descarga, pressão, temperatura, ∆P, tipo de
condutor, potência, material de construção
Compressores Vazão, temperatura, pressão, tipo de condutor,
potência, material de construção
Fornos Tipo, pressão e temperatura dos tubos, carga térmica,
combustível e material de construção
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Documentos relacionados com os fluxogramas.
• Lista de linhas
• Lista de válvulas
• Lista de equipamentos
• Lista de tie-ins

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1.3.2.Diagramas de processo

Informações que devem ser apresentadas em um PFD

Todos os equipamentos do processo são representados no diagrama por um “símbolo


gráfico” específico
• sendo que cada equipamento terá um número exclusivo e um nome descritivo;
• dados do equipamento: função, altura/largura, material de construção, etc. devem ser incluídos.

Todas as correntes do processo identificadas por um número juntamente com uma


breve descrição das condições de operação do processo e composição química;
• Parâmetros do processo (T/P, vazão, etc.), a composição química de cada corrente
• Estes dados podem ser mostrados diretamente no PFD ou em tabelas.

Todas as utilidades fornecidas aos equipamentos principais e que desempenham uma


função no processo devem ser incluídas.

Loops/Malhas de controle básicos, ilustrando a estratégia de controle usada para


operar o processo em condições normais de operação, também devem ser mostradas.

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1.3.2.Diagramas de processo

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Correntes do Processo

Setas representam a direção do fluxo;

Quando possível, começar da esquerda para a direita;

Não pode existir linha cruzando, a não ser quando for


mistura.
No cruzamento de linhas deve ser interrompida a linha
vertical

• Temperatura, pressão, composição e vazão das correntes de processo devem ser


incluídas no próprio fluxograma (adjacente às linhas de corrente) ou em uma tabela
separada.

O fluxograma deve ser mantido o mais simples possível para facilitar a


interpretação. No entanto, informações críticas à segurança e operação da
planta não podem ser omitidas (ex: T/P do reator, vazões da alimentação e
produto e T/P que sejam muito superiores ao restante do processo).

35
1.3.2.Diagramas de processo
Informações das correntes do processo de produção do benzeno

Informações como temperatura, pressão e composição devem vir em uma tabela, ou através
de flags.

36
1.3.2.Diagramas de processo
Informações das correntes do processo de produção do benzeno

Informações como temperatura, pressão e composição devem vir em uma tabela, ou através de flags.

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1.3.2.Diagramas de processo

Informações que devem ser apresentadas em um PFD

Todos os equipamentos do processo são representados no diagrama por um “símbolo


gráfico” específico
• sendo que cada equipamento terá um número exclusivo e um nome descritivo;
• dados do equipamento: função, altura/largura, material de construção, etc. devem ser incluídos.

Todas as correntes do processo identificadas por um número juntamente com uma breve
descrição das condições de operação do processo e composição química;
• Parâmetros do processo (T/P, vazão, etc.), a composição química de cada corrente
• Estes dados podem ser mostrados diretamente no PFD ou em tabelas.

Todas as utilidades fornecidas aos equipamentos principais e que desempenham uma


função no processo devem ser incluídas.

Loops/Malhas de controle básicos, ilustrando a estratégia de controle usada para operar


o processo em condições normais de operação, também devem ser mostradas.

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Correntes de utilidades
Sigla Descrição
lps Vapor a baixa pressão: 3 a 5 bar (sat) #
mps Vapor a média Pressão: 10–15 bar (sat)
hps Vapor a alta pressão: 40–50 bar (sat)

htm Solvente Orgânico a 400°C

cw Água de resfriamento: da torre de resfriamento a 30 ° C retorno < 45°C┼


wr Água do rio: do rio 25 ° C retorno < 35 ° C
rw Água Refrigerada: entrada 5°C Retorno < 15°C
rb Salmoura (Brine) Refrigerada: Entrada -45°C Retorno < 0 ° C
cs Águas Residual Química com Alto Custo
ss Águas Residual Sanitária com Alto DBO, etc.
el aquecimento elétrico (220, 440, 660V)
bfw água para geração de vapor

ng Gás natural
fg Gasolina
fo Óleo combustível
fw Água de combate a incêndio que requer descarte (Fire Water)

39
1.3.2.Diagramas de processo
Correntes de utilidades

40
1.3.2.Diagramas de processo

Informações que devem ser apresentadas em um PFD


Todos os equipamentos do processo são representados no diagrama por um “símbolo
gráfico” específico
• sendo que cada equipamento terá um número exclusivo e um nome descritivo;
• dados do equipamento: função, altura/largura, material de construção, etc. devem ser incluídos.

Todas as correntes do processo identificadas por um número juntamente com uma


breve descrição das condições de operação do processo e composição química;
• Parâmetros do processo (T/P, vazão, etc.), a composição química de cada corrente
• Estes dados podem ser mostrados diretamente no PFD ou em tabelas.

Todas as utilidades fornecidas aos equipamentos principais e que desempenham


uma função no processo devem ser incluídas.

Loops/Malhas de controle básicos, ilustrando a estratégia de controle usada para


operar o processo em condições normais de operação, também devem ser mostradas.

41
1.3.2.Diagramas de processo

42
A diferença de pressão entre as
Como a reação é exotérmica a correntes de entrada e saída de
corrente do efluente do reator R-101 fornecem a queda de
deve ser monitorada (segurança pressão através do reator,
e controle de processo), por isso
são colocados os Flags de portanto indicam qualquer má
temperatura e pressão. distribuição de gás através do
leito catalítico.

Exemplos de flags

43
1.3.2.Diagramas de processo
Combinando topologia, informações de corrente e estratégia básica de controle
para fornecer um PFD

44
108,7 kmol/h
líquido incolor

45
metano

O reciclo de
tolueno permite
maior conversão.

46
1.3.2.Diagramas de processo

Problema Ilustrativo 19 𝐶7 𝐻8 + 𝐻2 ↔ 𝐶6 𝐻6 + 𝐶𝐻4


Considere o processo de hidrodealquilação do tolueno
representado no PFD mostrado anteriormente:
2𝐶6 𝐻6 ↔ 𝐶12 𝐻10 + 𝐻2

Verifique o balanço material global para o processo de produção de benzeno


mostrado.

Determine a conversão por passe de tolueno em benzeno em R-101.

Qual a relação H2/Tolueno na corrente de alimentação para o reator R-101

Calcule o rendimento da planta de produção de benzeno

47
Problema Ilustrativo 19
Verifique o balanço material global para o processo de produção de benzeno
mostrado.

48
Problema Ilustrativo 19
Verifique o balanço material global para o processo de produção de benzeno
mostrado.

49
Problema Ilustrativo 19
Determine a conversão por passe de tolueno em benzeno em R-101.

50
Problema Ilustrativo 19
Qual a relação H2/Tolueno na corrente de alimentação para o reator R-101

51
Problema Ilustrativo 19
Calcule o rendimento da planta de produção de benzeno

52
1.3.2.Diagramas de processo

Comentários finais sobre os PFD’s


PFDs fornecem toda a informação necessária para se entender um processo químico;

PFDs fornecem informações suficientes a respeito do balanço material e de energia do


processo para se estabelecer protocolos de controle;

Também possuem informações suficientes para conduzir o cálculo de estimativas de custo e


avaliação econômica do processo;

PFDs são importantes não apenas durante a fase de construção da planta. São usados
também para treinar operadores e novos engenheiros, além de ser usado para diagnosticar
problemas de operação, pois é o documento que melhor descreve o processo.

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