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Planejamento
6
Evaluation and Review Technique pela empresa de consultoria
Booz, Allen & Hamilton. Este método permitiu instituir uma
linguagem de planejamento e controle entendível por todos os
O Método PERT- CPM - atores, metodologia que contribui para o sucesso do projeto.
PlnjArq~aula6~PERT-CPM 1
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bem como as datas de sua desmobilização. Deste modo, o período fornecedores de modo a não ocorrer solução de continuidade entre
de cumprimento da responsabilidade atribuída a cada ator do a atuação dos diversos atores durante a execução do projeto.
processo fica perfeitamente caracterizada.
Finalizando, o exercício de atividades de controle fica
No caso dos recursos financeiros, pode-se elaborar com favorecido, pois torna-se expedito comparar os tempos e custos
muita acuidade o fluxo de caixa do projeto e, em decorrência, realizados com aqueles planejados, dada a expressão de
analisar a demanda de capital de giro próprio ou de terceiros. coerência dos fluxos de caixa com as atividades previstas ou
realizadas. E, em decorrência, conhecer o desempenho do projeto.
Recursos Financeiros
PLANEJAMENTO Recursos Humanos 6.1.2 – Objetivo.
Recursos Materiais
O método do PERT/CPM foi desenvolvido com os seguintes
objetivos:
Pessoal executante
COORDENAÇÃO Fornecedores Minimizar problemas localizados de projetos, tais como:
Projetistas atrasos, estrangulamentos da produção e interrupções de
serviços;
Conhecer, antecipadamente, atividades criticas cujo
cumprimento possa influenciar a duração total do programa;
Custo
Manter a administração informada quanto ao desenvolvimento,
CONTROLE Tempo
favorável ou desfavorável, de cada etapa ou atividade do
Desempenho
projeto, permitindo a constatação, antecipada, de qualquer fator
crítico que possa turbar o desempenho e permitir uma
Fig. 6.1- Gestão e PERT/CPM adequada e corretiva tomada de decisão;
Estabelecer o “quando” cada envolvido deverá iniciar ou
concluir suas atribuições.
Com relação ao processo de controle, considerando que as Ser um forte instrumento de planejamento, coordenação e
datas de início e final de cada atividade são adequadamente controle.
definidas, torna-se expedita a definição da mobilização de cada
ator envolvido no processo, da responsabilidade lhe atribuída e da
duração de sua participação. E, também, permite prever as datas 6.2 – Metodologia.
de adjudicação de contratos a serem realizados com projetistas e
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PlnjArq~aula6~PERT-CPM 3
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mais cedo possível de se concluir uma atividade sem ocorrer • Ap→q, denominação alternativa de uma atividade, quando se
atraso na data mais cedo de término previsto para o evento final caracteriza seus eventos de início e termino. No
da rede. exemplo: A 7→9.
• TCIA , corresponde ao evento ou data mais cedo de início de
i) Tempo Mais Tarde de Fim – TTF corresponde ao tempo mais uma atividade “AK”.
tarde possível para ser concluída uma atividade sem causar • TTIA , corresponde ao evento ou data mais tarde de início de
atraso no início da(s) atividade(s) subseqüente(s). Corresponde uma atividade “AK”.
à data mais tarde possível de se concluir uma atividade sem • TCFA , corresponde ao evento ou data mais cedo de fim de
causar atraso na data mais tarde de término prevista para o uma atividade “AK”.
evento final da rede.
• TTFA , corresponde ao evento ou data mais tarde de fim de
uma atividade “AK”.
j) Folga de Evento – é definida como a disponibilidade de tempo
• dA , representa a duração da atividade “AK”.
medida pela diferença entre a data mais tarde e a data mais
cedo de ocorrência de um evento.
6.2.2.1 – Determinação dos Tempos.
k) Caminho Crítico – é definido como sendo o caminho da rede
em que todos os eventos que o constituam apresentem FOLGA
Conhecidos o tempo de início e de duração de qualquer
ZERO. Ou, caso ocorra folga nos eventos iniciais e finais da
atividade, o respectivo tempo final ou de termino é obtido somando
rede, o caminho crítico corresponde àquele que apresentar a
os dois:
MENOR FOLGA TOTAL.
l) Dependência – é definida como a relação entre duas atividades TCF(Ak )= TCI (Ak ) + d (Ak )
contíguas, de modo que uma atividade, denominada TTF(Ak )= TTI (Ak ) + d (Ak )
dependente, somente possa ser iniciada quando a
imediatamente precedente estiver conclusa, data a tecnologia TIA dA TFA
adotada.
5 9
6.2.2 – Determinação de tempos e folgas. AK
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Como exemplo numérico, seja uma rede parcialmente Similarmente, a folga correspondente ao evento final
representada na Fig. 6.3, quando se deseja definir a data de também é de 4 tempos, pois: fF = ( 17-13) = 4 tempos.
ocorrência do Evento-9, sabendo-se que o Evento-5 ocorre na data
de 15 de maio e a duração da atividade AK foi orçada em 21 dias.
Assim o Evento-9 ocorre no dia 5 de junho. Evento Evento
Início Fim
Como exemplo prático, fazendo corresponder à atividade AK
o serviço de execução de uma laje em concreto armado, sendo ele Ak = 6 t
iniciado no dia 15/05, poderá estar concluído no dia 5/07.
TCI= 7 TCF=13
O tempo de duração das atividades pode ser adotado em TTI=11 TTF=17
dias, semanas, meses, trimestre, etc. Porém, deve-se manter a
compatibilidade entre as unidades de uma mesma rede de
planejamento.
Fig. 6.4 – Tempos & Eventos
A folga de evento, FE(i) pode ser definida como sendo a 6.2.2.3. – Folga de atividade ou total.
diferença entre os tempos mais tarde de início e o mais cedo de
início de um evento. Ou, também, a diferença entre os Folga de Atividade é definida como a disponibilidade de
tempos mais tarde de fim e mais cedo de fim do evento conexo ao tempo que uma atividade pode ser executada, além da sua
final de qualquer atividade. duração prevista, sem afetar a duração pré-estabelecida para o
projeto.
FE(i) = TTI(AK) - TCI (AK) = TTF(AK) -TCF(AK)
Matematicamente:
Como exemplo, seja calcular a folga do evento início e do F(Ak) = TTF(Ak) -TCI(Ak) -d(Ak)
evento final associados à atividade Ak da Fig.6.4.
Do exemplo da Fig. 6.4, a folga total é dada por:
A folga relativa ao seu evento início desta atividade
corresponde a 4 tempos, pois: fi = (11-7 )= 4 t. F(Ak) = 17- 7- 6= 4 tempos
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Assim, é de crucial importância reconhecer essas atividades, FE(i) = TTI(AK) – TCI (AK) = TTF(AK) –TCF(AK) = 0
pois qualquer atraso numa delas acarretará atraso na duração total
do projeto com o conseqüente aumento dos custos previstos. b) Atividade Crítica – corresponde a atividade
compreendida entre dois Eventos Críticos. Além
O aumento de custos decorre dos seguintes fatos: disso, a folga total da atividade deve ser mínima ou
zero.
1º - do aumento da mão de obra direta necessária para
efetuar o trabalho e do custo dos equipamentos, caso não ocorra Não existindo folga nos eventos integrantes do caminho critico,
perda de material; qualquer atraso que ocorrer na execução de alguma das atividades
que o integram, provocará atraso no cumprimento da data final do
2º - aumento dos custos administrativos ou indiretos não empreendimento.
previstos à época do orçamento ou do estudo de viabilidade.
No limite pode-se definir como caminho crítico aquele que
3º - Caso haja o interesse em manter o prazo final previsto, atenda a duas características:
necessariamente ocorrerá um incremento de recursos o que
causará um aumento nos custos a serem incorridos. i) As atividades que o compõem sejam definidas como
atividades críticas, isto é, apresentam folga de atividade
Pelo exposto, cabe ao gestor manter sua atenção nas mínima ou igual a zero;
atividades do caminho crítico visando cumprir as datas ii) Os eventos integrantes do caminho crítico apresentem folga
estabelecidas e, deste modo, manter a margem de lucro de evento mínima ou igual a zero.
estabelecida.
Atividade do Caminho Crítico
Cabe, então, definir o que seja atividade critica e evento
crítico. Segundo a norma brasileira da ABNT para o assunto, Folga de Evento: FE(k) = TTI – TCI = 0 (ou mínima)
define-se:
Folga de Atividade: FA (k) = TTF – TCI – d = 0 (ou mínima)
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6.4.1 – O Método Americano. Ao ser montada uma rede PERT, deve-se observar que,
tanto o evento início como o evento final devem ser únicos para
Neste método, cada seta representa uma atividade, ou seja, toda a rede. Ver Fig. 6.5.a e Fig. 6.5.b.
o consumo de recursos relacionados à atividade de produção. E,
os nós, caracterizam eventos, isto é, datas. Não tem sentido um programa que dispões de vários inícios
ou que contém atividades não correlacionadas ao evento final, é
As setas, então, indicam a seqüência de execução lógica um fato que contraria a lógica de execução dos projetos.
das atividades. Além disto, as setas interligam os eventos que
definem a data de início e a data de fim limitante de cada atividade. Além do acima comentado, torna-se inviável determinar
corretamente a duração total de um programa quando existem
No desenho da Fig.6.5.a é apresentada uma rede referente à atividades não correlacionadas com o início com como o final do
construção de um galpão em alvenaria, com a estrutura sendo programa.
executada e concluída antes das demais atividades, onde foi
adotado o método Americano.
6.4.2 - Sistematização.
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Evento Início
Fundação
1
Estrutura
Alvenaria 2
Interna Alvenaria
Externa
3 4
Instalações
Elétricas Cobertura
5 6
Reboco Reboco
Interno Externo
7 Pintura 8
Esquadrias
Internas Pintura
Externa
9 10
Piso Janelas
Cerâmico & Portas
Interno Externas
11
Limpeza
Evento FIM
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0 Af 5 At 10 A1 18 A2 26 A3 34 A4 42
5 5 19 8 30 8 41 8 52 8 63
0 5
Ab
8
B
4
5 C 7 Df 18 E 19 Dt 30 D1 41 D2 52 D3 63 D4 74
5 2 7 1+ 10d 18 1 19 1+ 10d 30 1+ 10d 41 1+ 10d 52 1+ 10d 63 1+ 10d 74 Db
1+ 10d
Ft
2
41 F1 52 F2 63 F3 74 F4 85
51 8 59 8 67 8 75 8 85 Fb
4
Gt
3
52 G1 63 G2 74 G3 85 G4 92
61 7 68 7 75 7 85 7 95 Gb
4
Ht
4
63 H1 74 H2 85 H3 92 H4 98
69 6 75 6 85 6 95 6 105 Hb
It 6
5
74 I1 85 I2 95 I3 105 I4 115
75 10 85 10 95 10 105 10 115 Ib
Jt 6
2
85 J1 95 J2 105 J3 115 J4 121
97 5 102 5 107 5 115 5 123
Kt
1
95 K1 105 K2 115 K3 121 K4 125
102 4 107 4 115 4 123 4 130
Lt 1 Kb
5
105 L1 115 L2 123 L3 131
107 8 115 8 123 8 131 L4
8
Mt
2
115 M1 123 M2 131 M3 139
127 4 131 4 135 4 139 M4
N1 4
2
131 N2 139 N3 143 N4 145 O 170 P 195
Fig.6.5.b – Exemplo de uma Rede PERT - Edificação com múltiplos 139 2 141 2 143 2 145 25 170 25 195
pavimentos.
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a) De interdependência;
b) De codificação; A1 A2 A3 A4
c) De comunicação;
d) De interface ou correlação.
Fig. 6.8– Atividade Fantasma de Interdependencia
Regra Prática
Devido a tecnologia de execução adotada, a atividade A2,
Havendo repetição de dependência entre representativa da alvenaria do segundo pavimento, será realizada
após conclusa a alvenaria do primeiro piso, A1. Porém, A2
atividades é possível ocorrer a necessidade da
somente poderá ser realizada depois de conclusa a estrutura do
interposição de atividade fantasma. quarto pavimento, A4.
a) Atividade Fantasma de Interdependência. Assim sendo, existe uma dupla dependência da atividade
A2. Ela depende, para ser executada, das atividades A1 e A4.
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B b*
a) Atividade Fantasma de Codificação.
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Atividade de
Na realidade, a atividade fantasma de interface é uma
Comunicação atividade fantasma de interdependência na qual são
correlacionados, apenas, os eventos de início e fim de cada uma
BE4 BE5 BE6 BE7 BE8 das redes singulares.
REDE A
d) Atividade Fantasma de Interface ou Integração. No exemplo da Fig. 6.11. a Rede-A foi elaborada
independentemente da Rede-B. Como as duas redes referem-se a
O objetivo da atividade fantasma de interface ou integração um mesmo projeto, a integração destas redes foi efetuada
é correlacionar redes elaboradas independentemente numa rede adotando atividades fantasma de integração ou interface.
única, fazendo com que a rede unificada disponha de um único
evento início e de um único evento final.
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O procedimento em questão permite aumentar a duração do Para entendimento da assertiva acima, sejam consideradas
caminho critico da rede de menor duração e, conseqüentemente, três atividades, A, B e C, a serem executadas simultaneamente e
reduzir os recursos alocados a ela, especialmente o pessoal delimitadas pelos mesmos eventos E1 e E2:
mobilizado, que pode ser mobilizado em atividades mais criticas.
A
6.4.2.5 – Tempos em Atividades Fantasmas.
B M
Ocorrendo a existência de atividade fantasma recomenda-se E1 E2 E3
precaução quanto à definição dos tempos conexos aos eventos C
interligados por este tipo de atividade, especialmente quanto ao
tempo mais tarde dos eventos.
Isto porque, como a duração da atividade fantasma é zero, o Fig.6.13 – Atividades em Paralelo
Fig.6.13 – Atividades em Paralelo
tempo dos eventos ligados por atividades fantasma é o mesmo, já
que todas as atividades deverão estar conclusas na mesma data.
E, este tempo mais tarde que define estar todas as A unicidade das atividades é garantida pela interposição de
atividades conclusas numa mesma data. atividades fantasmas que geram eventos auxiliares, conforme
desenho da Fig. 6.13.
Matematicamente falando, T1 + 0 = T2 = T1
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6.5 – Algoritmo de Um Passe. 3º. Sempre seguindo o sentido das atividades, repetir o item
anterior até chegar ao ultimo nó da rede.
O algoritmo de Um Passe é recomendado para calcular os
tempos mais cedo e mais tarde dos eventos de uma rede e, em
conseqüência, possibilita estabelecer o respectivo Caminho Critico. II - Determinação do Tempo Mais Tarde do Evento.
(SILVEIRA, 1979).
1º. Neste caso, o processo é iniciado pelo último nó da rede.
O algoritmo leva esta denominação porque os tempos dos
eventos são calculados um a um, na ordem de acontecimento. O tempo mais tarde do evento final é associado ao tempo do
evento mais cedo do mesmo nó.
O processo é efetuado em duas etapas. Na primeira etapa
determina-se o tempo mais cedo de cada evento, começando no TC (final) =TT (final)
evento inicial e terminando no evento final da rede.
Na segunda etapa, determina-se o tempo mais tarde de 2º. O algoritmo de um passe é aplicado, no caso de
cada evento. O processo é iniciado pelo evento final da rede e determinação do tempo mais tarde, TT (k), iniciando no nó
segue na ordem inversa de cada arco até ao evento inicial da rede. final da rede em direção ao nó inicial, isto é, em sentido
contrário ao das flechas;
I – Determinação do Tempo Mais Cedo do Evento.
3º. Seguindo sempre no sentido inverso de cada arco, o tempo
1º. Associar ao nó inicial a época zero, deixando os demais nós mais tarde do nó anterior é obtido diminuindo a duração
indefinidos quanto à época. da atividade do nó precedente.
TC (k ) = TC (k -1) + dn
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Considerando o projeto definido pela rede que dispõe de I - Cálculo dos Tempos Mais Cedo.
seis eventos e cujas durações das atividades estão expressas no
desenho a seguir, pede-se: Como já comentado, o processo é iniciado pelo cálculo dos
tempos mais cedo de cada evento, começando pelo evento início
a) O tempo mais cedo de cada evento; da rede, TCI, e se estendendo até o tempo mais cedo do evento
b) O tempo mais tarde de cada evento; final da rede, TCF.
c) O caminho crítico e suas atividades.
1º Passo: associa-se ao evento inicial da rede o valor zero.
D=8
( --/-- ) ( --/-- )
A=11 H=9
B=8 I=12
( --/-- ) ( --/-- )
G=6
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2º Passo: Calcula-se o tempo mais cedo de cada evento, evento a II - Calculo do Tempo Mais Tarde
evento, atendendo a ordem natural em que ocorrem, avançando do
início até ao final da rede. 1º Passo: O calculo do tempo mais tarde de cada evento inicia-se
com o evento final da rede, associando ao tempo mais tarde de
conclusão o mesmo valor do tempo mais cedo de conclusão da
D=8 rede.
( 11/-- ) (19/-- )
B=8 I=12
(0,0/TTI)
C=4 F=3 (34/34 )
(15/-- ) ( 22/-- )
E=7
G=6
B=8 I=12
Fig.6.17 – Determinação dos Tempos
Mais Cedo dos Eventos ( 22/-- )
(15/-- )
G=6
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D=8 D=8
(11/11) (19/19 ) (11/11) (19/19 )
Fig.6.19 – Calculo dos Tempos Mais Tarde dos Fig.6.20 – Determinação do Caminho Critico
Eventos da Rede
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C D
Havendo possibilidade de iniciar o programa com folga, esta INÍCIO FIM
folga deverá ser considerada e acrescida ao tempo mais tarde do B
evento final da rede. Utilizando este artifício, todos os tempos mais
tarde dos eventos passarão a exprimir esta folga em relação ao
tempo mais cedo do mesmo.
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Início
Nome da
Como comentado anteriormente, em redes tipo Roy ou de Atividade
TCI 0
Blocos, os nós caracterizam atividades e as setas simples relações TTI 0
Duração Folga
de precedência.
TCI TCF
1º Passo: Em cada bloco, é registrado o nome da atividade, sua
duração, a folga total, e os tempos mais cedo e mais tarde, de TTI TTF Ativid. A Ativid. B
início e de fim da atividade, conforme abaixo. 7 0 4 3
NOME DA ATIVIDADE 0 7 0 4
d FT 0 7 7 11
Duração Folga Total
TCI TCF
Tempo mais Cedo Tempo mais Cedo Ativid. C
de Início de FIM
TTI TTF 4 0
Tempo mais Tarde Tempo mais Tarde 7 11
de Início de FIM
7 11
2º Passo: Os tempos que caracterizam os eventos de início e de
fim das atividades e a folga total são calculados a partir dos tempos Ativid. D
estabelecidos e da duração, conforme abaixo:
2 0
TCF = TCI + d e, TTF = TTI + d ∴ 11 13
11 13
d = TCF – TCI = TTF – TTI
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6.6.2 – Exercício.
5 2 11 2 4 10
0 5 5 16 16 20
2 7 7 18 26 30
Calculo Compatibili-
Estrutural zação.
7 6 12 2
5 12 16 28
11 18 18 30
TCI=0 TCF= 28
TTI=2 TTF = 30
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A integração de projetos pode ocorrer de duas formas: 4º. Integrar os eventos, final e inicial, de cada projeto singular a
um evento final, utilizando atividades fantasmas de
i) Visando a coincidência, apenas, dos eventos iniciais e/ou Comunicação;
finais do programa final. Neste caso a atividade fantasma a
ser utilizada é denominada de Atividade Fantasma de 5º. Efetuar o replanejamento da rede, adotando para todos os
Comunicação. projetos os tempos finais definidos segundo o item anterior;
ii) Ou, visando estabelecer a mesma data para eventos
intermediários, denominadas de datas marco. Este 6º. Definir, nos projetos parciais, eventos que deverão apresentar
procedimento, para atender interesses do contratante e idênticos tempos de início e de fim. Isto é, que sejam
mesmo da compatibilização de atividades de empreiteiros definidos como tendo a mesma data marco;
ou fornecedores distintos. E, neste caso, utiliza-se a
Atividade Fantasma de Interface. 7º. Unir os eventos onde foram estabelecidas as mesmas datas
marco com Atividades Fantasmas de Integração;
8º. Nas datas marco, a data a ser adotada como MCI e MTI do
As datas marco, geralmente são impostas pelo contratante
evento integrado, será aquela que apresentar o maior
quando determina as datas de início ou fim de determinados
tempo nos eventos singulares;
eventos. Ou então, dado as condições de fornecimento de
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9º. Após a integração, isto é, a definição realizada no item Um empreendimento de grande porte foi dividido em três
anterior efetuar uma nova reprogramação considerando as partes, visando à facilidade de planejamento e de execução,
datas a serem equalizadas. denominadas de Alfa, Gama e Delta.
10º. Esta nova reprogramação é que estabelecerá as datas dos O planejamento de cada uma das partes foi elaborado
eventos conexos a cada atividade do empreendimento. independentemente.
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( 0; 0 ) (17;17
( 0; 0 ) (17;17
) )
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6.8 - Programações em PDI & UDI. c) O planejamento intermediário corresponde a uma programação
efetuada entre as duas anteriores, em que as atividades são
ajustadas segundo a disponibilidade de recursos.
6.8.1 – Definições.
Ressalta-se que somente podem ser reprogramadas as
Com o advento dos programas computacionais o diagrama atividades não críticas. Mantida a data final do projeto, as
de Gantt, o cronograma físico financeiro e o fluxo de caixa, atividades críticas não podem ser reprogramadas pois podem
passaram a ser um produto das redes PERT/CPM. acarretar atraso nessa data.
Assim sendo, os óbices à utilização destas ferramentas, O fluxo de caixa, por sua vez, é decorrente do somatório dos
conforme relatadas no Capítulo 4, deixaram de existir. A custos realizados, por atividade, a cada período.
representação gráfica da rede dos projetos indica as relações de
dependências entre as tarefas; dado a rapidez dos processos
computacionais tornaram-se fácil a reprogramação e a simulação 6.8.2 – Metodologia.
de diversos cronogramas. Conseqüentemente, estas ferramentas
passaram a ser utilizadas em grandes projetos. A metodologia de reprogramação segue os seguintes
passos:
Dada a facilidade de reprogramação, podem-se realizar,
facilmente, três distintas possibilidades cronograma: planejamento 1º. Definir o rol de atividades do projeto, da obra, ou do
em primeira data de início - PDI; planejamento em última data de empreendimento;
início - UDI; planejamento intermediário. 2º. Definir o tempo de duração das atividades;
3º. Traçar a rede PERT;
a) No planejamento em PDI, toda atividade não críticas é 4º. Calcular os tempos Mais Cedo e Mais Tarde de Início de cada
programada para ser iniciada em sua data mais cedo de início. atividade (TCI & TTI) e as Folgas das atividades;
Deste fato decorre um adiantamento no cronograma físico- 5º. Analisar as folgas. E, distribuir, num diagrama de tempo, a
financeiro, propiciando uma antecipação dos investimentos. execução de cada atividade visando aproveitar ou otimizar
recursos disponíveis, segundo a disponibilidade das folgas.
b) No planejamento em UDI, toda atividade não críticas é
programada para estar conclusa em sua data mais tarde de fim.
Deste fato decorre um adiamento no cronograma físico-financeiro, 6.8.3 – Exemplo.
causando uma postergação dos investimentos.
Seja elaborar um diagrama de Gantt conhecida a EAP do
projeto.
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Tal fato permite uma reanálise e realocação dos custos, ID Atividade Dependência
especialmente quanto àqueles realizados em equipamentos e mão A Locação da obra Não tem
B Escavação das fundações A
de obra. C Confecção de formas de madeira Não tem
A realocação pode ser efetuada de dois modos: D Confecção das armaduras Não tem
E Colocação das formas B,C
i) variando a data de início da atividade não crítica F Colocação das armaduras E,D
considerando a folga disponível; G Produção de concreto “in loco”. F
H Lançamento/adensamento do concreto G
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6.9.2 - Elaborar: a rede PERT-CPM do projeto caracterizado por de interpor atividade fantasma ao adotar o método americano.
suas atividades, utilizando o método francês e o americano; e, o
cronograma físico-financeiro.
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Dependênci
Preço Total
Volume de
Atividade
Duração
Unidade
Índice
Serviço
3 Estrutura-1 2 3 9,00
R$ 10³
4 Estrutura-2 3 3 7,20 ID De
a
5 Estrutura-3 4 3 7,20 Produção
6 Estrutura-4 5 3 7,20
7 Estrutura-5 6 2 7,00
1 A --- 600 m³ 150m³/sem 210,0
8 Alvenaria-1 4 2 2,00
9 Alvenaria-2 5;8 2 3,00 2 B --- 1.200 un 400 um/sem 81,6
10 Alvenaria-3 6;9 2 3,00
11 Alvenaria-4 7;10 2 3,00 3 C --- 5.200 m 1.300 m/sem 635,0
12 Alvenaria-5 11 1 2,00 4 D A, B 1.500 m³ 250 m³/sem 93,0
13 Reboco-1 6;9 1 1,50
14 Reboco-2 10;13 3 6,00 5 E B, C 20.000 m 4.000 m/sem 178,0
15 Reboco-3 11;14 3 6,00
6 F A,B 9.450 m² 1.350 m²/sem 113,4
16 Reboco-4 12;15 3 6,00
17 Reboco-5 16 2 6,00 7 G B,C 512 un 64 un/sem 60,0
18 Desmobilização 17 1 3,00
Obs: havendo repetição de dependência é possível ocorrer à 8 H D, E, K 18.900 m² 3.150 m²/sem 122,0
necessidade de interpor atividade fantasma ao adotar o método
9 K B 6.408 m² 534 m²/sem 387,0
americano.
Obs: tempo em semanas
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Engº. Antonio Victorino Avila, MSc. Planejamento
Ativ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
A
B
C
D
E
F
G
H
K
FC
Σ
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Engº. Antonio Victorino Avila, MSc. Planejamento
g) Efetuar a integração dos projetos Alfa e Beta cujas redes singulares foram resolvidas independentemente.
Há que se ter cuidado em compatibilizar estes projetos, pois, por imposição contratual, os eventos A&B e M&N, deverão ocorrer
nas mesmas datas.
PROJETO “ALFA”
4 4
7 3 7 7 9
A M
4 4 3 3 3 9
PROJETO “BETA”
B N
5 3 3 4 4
3 12 3 3 3
4 5 3 5
3
20
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6.10 – Curiosidade.
Duração
número EAP Depend.
6.10.1 – Abrangência. Minutos
A Corte Carne Porco 5 --
A metodologia em discussão pode ser adotada na realização B Corte Frango e Gado 8 --
de qualquer tipo de empreendimento tal como: desenvolvimento de C Cozimento Carne Porco 15 A
um projeto complexo como o da construção de hidrelétrica, D Cozimento Carne Frango / Gado 10 B
construção de edificação, montagem de equipamentos eletro Cozimento conjunto da União Carne
E 20 D, C
Porco com Gado e da Galinha
mecânicos, lançamento de foguete aeroespacial, planejamento de
F Limpeza – Lavagem Legumes 3 --
um programa de treinamento esportivo de esporte coletivo, etc. E,
G Limpeza – Lavagem Verduras 12 F
até, para preparar um prato culinário. H Corte Legumes – pedaços pequenos 12 F
I Pré-cozimento dos Legumes 15 H
Como exemplo prático da assertiva acima, a seguir é J Corte Verduras 10 G
mostrado a elaboração de um prato da culinária chinesa Cozimento Integrado de Legumes e
denominado macarrão Yakisoba, efetuada pelo Engº Marco K 40 I;J
Verduras
Heinzen enquanto estudante do curso de engenharia civil da UFSC L Ferver água e reservar 20 --
e versado na arte culinária. M Juntar o macarrão à água – Cozimento 5 L
Cozer a União de Carnes, Verduras e
N 10 E, K
Legumes. Adicionar Água e Shoyu
6.10.2 – O Caso O
Adição do Macarrão à mistura com
8 M,N
Shoyu
O Autor, após ter elaborado o acepipe em questão, resolveu P Servir ainda Quente 2 O
desenvolver a EAP do trabalho realizado, tendo concluído que
poderia tê-lo elaborado em 1½ horas, em vez das duas horas Dado o exposto, pede-se:
havidas no serviço, caso tivesse identificado, antecipadamente, o
caminho crítico e o rol de prioridade das atividades. a) Quais as atividades possíveis de serem desenvolvidas
simultaneamente?
Analisando o processo que realizou, verificou que iniciou os b) Qual a possível subdivisão de funções;
serviços pelo corte das carnes. O caminho crítico efetuado a c) Como cozinhar em fogão de quatro bocas, sendo necessária a
posteriori indicou ser mais eficiente se o tivesse começado pelo utilização de cinco panelas?
corte das verduras. E simultaneamente, enquanto elas d) O número mínimo de ajudantes no processo visando cumprir no
cozinhavam, efetuaria o corte das carnes, etc. tempo programado;
e) O respectivo diagrama PERT/COM.
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6.11 – Aplicação.
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