Gestão Da Manutenção: Licenciatura em Engenharia Mecânica

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GESTÃO DA MANUTENÇÃO
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
2
José Sobral
INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

GESTÃO DA MANUTENÇÃO 2020/2021
2 – FIABILIDADE
NESTE CAPÍTULO VAMOS PERCEBER A IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES E ESTUDOS

DE FIABILIDADE DOS BENS (COMPONENTES, SISTEMAS).
TRATA-SE DE UMA ÁREA DA ENGENHARIA E DA MANUTENÇÃO DE GRANDE
IMPORTÂNCIA E COM GRANDE APLICABILIDADE.
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2
A FIABILIDADE DE UM BEM (COMPONENTE, EQUIPAMENTO, SUB-SISTEMA, OU

SISTEMA) É A APTIDÃO PARA NÃO AVARIAR DURANTE A SUA UTILIZAÇÃO. A
FIABILIDADE DE UM EQUIPAMENTO É DETERMINADA PELA FREQUÊNCIA DE
AVARIAS. SE NÃO HÁ AVARIAS, ENTÃO TEM UMA FIABILIDADE DE 100%
(IMPOSSÍVEL).
A FIABILIDADE, TRATADA COMO UMA

PROBABILIDADE, VARIA ENTRE OS
VALORES 0 (ZERO) E 1 (UM).
PODE-SE CONSIDERAR UMA

FIABILIDADE DE 90% COMO UM
BOM OU MAU VALOR?
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UMA PRIMEIRA DEFINIÇÃO DE FIABILIDADE É DADA PELA “POSSIBILIDADE DE

QUE NENHUMA AVARIA SE PRODUZA DURANTE UM PERÍODO DE UTILIZAÇÃO
DADO”.
A PROBABILIDADE COMPLEMENTAR DEFINIRÁ O RISCO DE AVARIA NESSE
INTERVALO DE TEMPO, SENDO DESIGNADA A PROBABILIDADE DE FALHA.
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OUTRA DEFINIÇÃO CORRENTEMENTE USADA PARA FIABILIDADE É “A

PROBABILIDADE DE QUE UM APARELHO FUNCIONE DE MODO CORRECTO
DURANTE UM TEMPO DADO E DENTRO DAS TOLERÂNCIAS ESPECIFICADAS”. É
UMA PROBABILIDADE DE SOBREVIVÊNCIA.
A QUESTÃO DE FUNCIONAMENTO CORRECTO É MUITO IMPORTANTE EM
FIABILIDADE.
RESUMINDO, FIABILIDADE É:
“A PROBABILIDADE DE QUE O EQUIPAMENTO FUNCIONE DENTRO DAS
TOLERÂNCIAS DE FUNCIONAMENTO, DURANTE O TEMPO ESPECÍFICADO
(OU NÚMERO DE CICLOS) NO AMBIENTE ESPECIFICADO”.
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTÍNUAS

QUANDO UMA VARIÁVEL ALEATÓRIA PODE ASSUMIR VALORES NUMA ESCALA
CONTÍNUA. A PROBABILIDADE QUE UM VALOR PARTICULAR DE UMA VARIÁVEL
ALEATÓRIA CONTÍNUA SE VERIFIQUE É ZERO, DEVIDO À INFINIDADE DE
VALORES POSSÍVEIS. ASSIM TEMOS QUE SABER A PROBABILIDADE DE QUE t
CAIA NUM VALOR DO INTERVALO DE tx A ty É:
ty
P(tx  t  ty)   f (t ).dt

tx
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VEJAMOS UM EXEMPLO PARA TORNAR MAIS CLARO O QUE SE ACABOU DE DIZER:
NUM PARQUE DE MÁQUINAS SIMILARES SUJEITAS A AVARIA ANOTAM-SE

OS TEMPOS DE FUNCIONAMENTO ATÉ À AVARIA E TRAÇA-SE O SEGUINTE
HISTOGRAMA.
A ÁREA ASSOCIADA COM QUALQUER

INTERVALO MOSTRA A FREQUÊNCIA
RELATIVA DA AVARIA QUE OCORRE
y NESSES INTERVALOS.
PARA DETERMINAR A PROBABILIDADE
DE UMA AVARIA OCORRER ENTRE OS
ta tx ty tz TEMPOS DE FUNCIONAMENTO tx E ty
MULTIPLICA-SE A ORDENADA “y” PELO
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tz 7
INTERVALO (ty-tx).
 f (t ).dt  1
ta

ASSIM A PROBABILIDADE DA AVARIA OCORRER ENTRE ta E tz (ta = HORAS DE

FUNCIONAMENTO MAIS BAIXAS QUE O EQUIPAMENTO FALHOU) É A UNIDADE. A
AVARIA É CERTA NESSE INTERVALO E A ÁREA DO HISTOGRAMA É IGUAL A 1.
EM MANUTENÇÃO PREFERIMOS AS FUNÇÕES DE DENSIDADE DE PROBABILIDADE

AOS HISTOGRAMAS. VEJA-SE A SEGUINTE FIGURA:
A ÁREA SOB A CURVA DE DENSIDADE

DE PROBABILIDADE É TAMBÉM IGUAL
À UNIDADE.
A PROBABILIDADE DA FALHA
OCORRER ENTRE OS TEMPOS DE
FUNCIONAMENTO tx E ty É DADA POR:
ty
 f (t ).dt
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tx 8
OBVIAMENTE QUE A PROBABILIDADE DA AVARIA OCORRER ENTRE ta E tz É IGUAL A 1.

FUNÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO OU DE PROBABILIDADE CUMULATIVA

FREQUENTEMENTE EM ESTUDOS DE MANUTENÇÃO TAMBÉM HÁ O INTERESSE EM
DETERMINAR A PROBABILIDADE DE UMA AVARIA OCORRER ANTES DE ALGUM
TEMPO ESPECÍFICO (t). ESSA PROBABILIDADE É DADA POR:
t
F (t )   f (t ).dt

ONDE F(t) É DESIGNADA A FUNÇÃO DE

DISTRIBUIÇÃO CUMULATIVA,
FUNÇÃO DE INFIABILIDADE OU
FUNÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE
AVARIAS. TRADUZ A PROBABILIDADE
DE QUE UMA AVARIA OCORRA NUM
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DADO INTERVALO DE TEMPO DE

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OPERAÇÃO.

A FUNÇÃO COMPLEMENTAR DA FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO COMULATIVA É A

FUNÇÃO FIABILIDADE (FUNÇÃO SOBREVIVÊNCIA) E EXPRIME A
PROBABILIDADE QUE O EQUIPAMENTO SOBREVIVA PELO MENOS ATÉ t. A
FUNÇÃO FIABILIDADE É DEFINIDA COMO:

R(t )   f (t ).dt
t
R (t )  1  F ( t )
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DEFINE-SE TAXA DE AVARIAS INSTANTÂNEA OU FUNÇÃO DE RISCO DE UM

EQUIPAMENTO NO TEMPO t A PROBABILIDADE DE QUE O EQUIPAMENTO FALHE
NO PRÓXIMO INTERVALO DE TEMPO, ASSUMINDO QUE ESTÁ BOM NO INÍCIO DO
INTERVALO. DESIGNA-SE POR h(t) (NO INSTANTE t A TAXA DE AVARIAS É IGUAL
AO QUOCIENTE DA DENSIDADE DE AVARIAS (f(t)) PELA FIABILIDADE (R(t)):
f (t )
 (t )  h(t ) 
R(t )
A PROBABILIDADE DE UM EQUIPAMENTO AVARIAR DURANTE UM TEMPO t
AUMENTA À MEDIDA QUE t AUMENTA:
lim F (t )  1 (t   )
A PROBABILIDADE DE UM EQUIPAMENTO SOBREVIVER DURANTE UM TEMPO t

DIMINUI À MEDIDA QUE t AUMENTA:
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lim R (t )  0 (t   ) 11

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES
EXISTE UM CERTO NÚMERO DE FUNÇÕES DE DENSIDADE DE PROBABILIDADE
QUE NA PRÁTICA DESCREVEM AS CARACTERÍSTICAS DE FALHA DE
DETERMINADOS EQUIPAMENTOS. A FIGURA SEGUINTE MOSTRA AS SUAS
REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS:
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EXPONENCIAL NEGATIVA
É CARACTERÍSTICA DO EQUIPAMENTO SUJEITO A FALHA DEVIDA A CAUSAS
ALEATÓRIAS (EX. SOBRECARGAS EXCESSIVAS). É A DISTRIBUIÇÃO
CARACTERÍSTICA DE MUITOS COMPONENTES ELECTRÓNICOS E PEÇAS DE
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS.
A FUNÇÃO DE DENSIDADE PARA A DISTRIBUIÇÃO EXPONENCIAL NEGATIVA É:
f (t ) .e   .t (para t  0)
ONDE:
=TAXA DE AVARIAS ACIDENTAIS
t=DURAÇÃO DE UTILIZAÇÃO ARBITRÁRIA
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HIPER EXPONENCIAL
QUANDO O EQUIPAMENTO TEM FALHAS QUE OCORREM PARA TEMPOS DE
FUNCIONAMENTO MUITO BAIXOS OU MUITO ELEVADOS (EX. COMPUTADORES).
NORMAL (OU DE GAUSS)

É ÚTIL PARA TEMPOS DE AVARIA POR DESGASTE. A TAXA DE AVARIAS AUMENTA
RÁPIDAMENTE COM O TEMPO (EX. LÂMPADAS).
WEIBULL
É UMA DISTRIBUIÇÃO EMPÍRICA QUE SE ADAPTA A UM GRANDE NÚMERO DE
FALHAS CARACTERÍSTICAS DE EQUIPAMENTOS, MEDIANTE A VARIAÇÃO DOS
SEUS PARÂMETROS DE ESCALA E DE FORMA (EX. COMPONENTES
ELECTRÓNICOS).
VEJA-SE NAS PRÓXIMAS FIGURAS AS REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DAS
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DISTRIBUIÇÕES MAIS IMPORTANTES. 14

© José Sobral GESTÃO DA MANUTENÇÃO 2020/2021
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Ernst Hjalmar Waloddi Weibull (18 June 1887 – 12 October 1979) was a
Swedish engineer, scientist, and mathematician.
Weibull came from a family that had strong ties to Scania.
He joined the Swedish Coast Guard in 1904 as a midshipman. Weibull moved up
the ranks with promotion to sublieutenant in 1907, Captain in 1916 and Major in
1940. While in the coast guard he took courses at the Royal Institute of
Technology. In 1924 he graduated and became a full professor. Weibull obtained
his doctorate from the University of Uppsala in 1932. He was employed in
Swedish and German industry as a consulting engineer.
In 1939 he published his paper on Weibull distribution in probability theory and statistics. In 1941 he
received a personal research professorship in Technical Physics at the Royal Institute of Technology in
Stockholm from the arms producer Bofors.
Weibull published many papers on strength of materials, fatigue, rupture in solids, bearings, and of course,
the Weibull distribution, as well as one book on fatigue analysis in 1961. Twenty seven of these papers were
reports to the US Air Force at Wright Field on Weibull analysis.
In 1951 he presented his most famous paper to the American Society of Mechanical Engineers (ASME) on
Weibull distribution, using seven case studies. The American Society of Mechanical Engineers awarded Dr.
© José Sobral
Weibull their gold medal in 1972. The Great Gold medal from the Royal Swedish Academy of Engineering
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Sciences was personally presented to him by King Carl XVI Gustaf of Sweden in 1978. Weibull died on
October 12, 1979 in Annecy, France.
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f(t) (t)
3/
0.5 m=4.0 m=4.0
2/ 2.0
0.5
2.0
1.0
1/
1.0
0  2 3 t 0  2 3 t
(a) (b)
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(a) - FDP DE FALHA

(b) - TAXA DE AVARIAS 18
QUESTÃO
A PARTIR DE UM CONJUNTO DE DADOS REFERENTES AOS TEMPOS ATÉ À FALHA

(TTF) DE UM DETERMINADO COMPONENTE, COMO PODEMOS SABER EM QUE
FASE DO CICLO DE VIDA SE ENCONTRA ESSE COMPONENTE?
TTF: ASSUMINDO UMA DISTRIBUIÇÃO DE WEIBULL

t1 = 450 h
t2 = 4650 h (BIPARAMÉTRICA), PODEREMOS DETERMINAR OS
t3 = 509 h SEUS PARÂMETROS (=PARÂMETRO DE FORMA E
t4 = 3247 h =PARÂMETRO DE ESCALA OU VIDA
t5 = 750 h
CARACTERÍSTICA) ATRAVÉS DO MÉTODO
t6 = 1020 h
t7 = 2564 h GRÁFICO.
t8 = 1456 h
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t9 = 122 h 19
t10 = 3110 h

TRATA-SE DE UM MÉTODO APROXIMADO, MAS QUE NOS PODERÁ DAR INDÍCIOS

SOBRE O PERÍODO QUE O REFERIDO COMPONENTE SE ENCONTRA, ATRAVÉS DO
VALOR ENCONTRADO PARA O VALOR CORRESPONDENTE AO PARÂMETRO DE
FORMA ().

 1  t  

 1 t
 
 t   
  
  t  
f (t )  .  .e f (t )  .  .e
       
 
  t   t
      
   
R(t )  e 
R(t )  e
NA POSSE DOS VALORES CORRESPONDENTES AOS PARÂMETROS DA

DISTRIBUIÇÃO, PODEREMOS ENTÃO CALCULAR A FIABILIDADE PARA UM
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QUALQUER TEMPO “t”. 20
EXERCÍCIO GRÁFICO
METODOLOGIA
1º - COLOCAR OS TTF POR ORDEM CRESCENTE
2º - DETERMINAR OS RANKS MEDIANOS – MEDIAN RANKS (MR)

(FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL ACUMULADA)
  .MR .(1  MR)

N
k
k N k
 0,50
NO ENTANTO EXISTE UMA FORMA MAIS SIMPLES, ATRAVÉS DA DESIGNADA

“APROXIMAÇÃO DE BERNARD”:
i  0,3
MR 
N  0,4
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i = NÚMERO DE ORDEM DA FALHA

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N = DIMENSÃO DA AMOSTRA

3º - DESENHAR OS PONTOS NO PAPEL DE WEIBULL (TTF;MR)
4º - TRAÇAR UMA RECTA QUE PASSE PELO MAIOR NÚMERO DE PONTOS
5º - DESLOCAR A RECTA PARALELAMENTE ATÉ ENCONTRAR O PONTO DE

REFERÊNCIA CORRESPONDENTE A [F(T) = 0,632]
6º - LER O VALOR DO PARÂMETRO DE FORMA ()
QUAL O PERÍODO DA VIDA OU FASE EM QUE O COMPONENTE SE ENCONTRA?

(REFERÊNCIA À CURVA DA BANHEIRA)
7º - DETERMINAR O VALOR DO PARÂMETRO DE ESCALA OU VIDA

CARACTERÍSTICA ()
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DETERMINAR O PONTO DE INTERSECÇÃO ENTRE A RECTA TRAÇADA E A LINHA

CORRESPONDENTE À VIDA CARACTERÍSTICA.
BAIXAR O PONTO ATÉ INTERCEPTAR A ESCALA DOS TEMPOS (ABCISSAS).
O VALOR ENCONTRADO CORRESPONDE À VIDA CARACTERÍSTICA DO TIPO DE
COMPONENTE ANALISADO.
ATENÇÃO À ESCALA LOGARÍTMICA UTILIZADA.

A ESCOLHA DA FOLHA MAIS INDICADA TEM A VER COM OS VALORES DOS TTF ANALISADOS.
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SIMULAR COM O SOFTWARE “ReliaSoft Weibull ++7”®

PARA BENS REPARÁVEIS PODEM-SE TIPIFICAR 3 (TRÊS) TIPOS DE AVARIAS:
 AS AVARIAS QUE APARECEM MUITO CEDO NA VIDA DO

EQUIPAMENTO – AVARIAS INFANTIS, DEVIDAS EM GRANDE
PARTE A ERROS DE PROJECTO, FALHAS NA MONTAGEM,
INCORPORAÇÃO DE COMPONENTES DEFEITUOSOS, ENSAIOS
INSUFICIENTES, ETC.);
 AS AVARIAS CAUSADAS PELO DESGASTE DOS COMPONENTES, QUE

APARECERÃO SE NÃO TIVER HAVIDO UMA MANUTENÇÃO CONVENIENTE – É
SINTOMA DO ENVELHECIMENTO DOS COMPONENTES, QUE PODERÃO SER
EVITADAS SE CONHECERMOS A LEI DE VIDA DO COMPONENTE EM CAUSA E
PROCEDERMOS À SUBSTITUIÇÃO DO MESMO ANTES DA AVARIA OCORRER;
 AS AVARIAS PURAMENTE ACIDENTAIS, ALEATÓRIAS (INESPERADAS E

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IMPREVISÍVEIS) SÃO DE DIFÍCIL ELIMINAÇÃO, EMBORA AS TÉCNICAS DE

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FIABILIDADE PERMITAM REDUZIR A SUA PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA.
EM FIABILIDADE A SEPARAÇÃO ENTRE ESTAS ZONAS É EFECTUADA DEVIDO À

EXISTÊNCIA DE TIPOS DISTINTOS DE DISTRIBUIÇÃO ESTATÍSTICA PARA CADA
ZONA, E PORQUE PARA CADA CASO SE TER DE USAR DIFERENTES MÉTODOS DE
ELIMINAÇÃO DAS FALHAS (AVARIAS).
COMO MINIMIZAR CADA UM DESTES TRÊS TIPOS DE FALHAS?

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AS AVARIAS INFANTIS SÃO ELIMINADAS (OU

MINIMIZADAS) ATRAVÉS DE ENSAIOS PROLONGADOS E
CONTROLOS RIGOROSOS ANTES DA ENTRADA EM
FUNCIONAMENTO.
AS AVARIAS DEVIDO AO DESGASTE PODERÃO SER

MINIMIZADAS ADOPTANDO UM PROGRAMA DE MANUTENÇÃO
PREVENTIVA ADEQUADO.
SOBRA-NOS ENTÃO AS AVARIAS PURAMENTE

ACIDENTAIS, CUJA FREQUÊNCIA VAI DETERMINAR A
FIABILIDADE DE FUNCIONAMENTO. AS EXPRESSÕES
MATEMÁTICAS QUE DÃO ESSA FREQUÊNCIA OBEDECEM A
DETERMINADO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO ESTATÍSTICA
© José Sobral
PERMITEM DEDUZIR A PROBABILIDADE DE AVARIA. 26

AS TRÊS FASES DA VIDA DE UM EQUIPAMENTO ANTERIORMENTE REFERIDAS

PODERÃO SER REPRESENTADAS ATRAVÉS DA CURVA DA BANHEIRA
CONSIDEREMOS PARA A FASE DE MORTALIDADE INFANTIL, DE VIDA ÚTIL E DE

DESGASTE RESPECTIVAMENTE AS DISTRIBUIÇÕES DE WEIBULL, EXPONENCIAL
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NEGATIVA E NORMAL. VEJA-SE A PRÓXIMA FIGURA:

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R(t)
(t)
f(t)
0 Ti Tu t
Tm
Mortal.
Infantil
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Vida Útil Desgaste

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O GRANDE CAMPO DE INTERVENÇÃO DA MANUTENÇÃO ENCONTRA-SE NO

PERÍODO DE VIDA ÚTIL, UMA VEZ QUE A FASE INFANTIL PODERÁ SER
ULTRAPASSADA COM RECURSO A CONTRATOS DE GARANTIA E A FASE DE
DESGASTE COM RECURSO A MANUTENÇÃO PREVENTIVA ADEQUADA.
NO ENTANTO, SE ESTIVERMOS NA FASE DE DESGASTE PODEMOS AJUSTAR A
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DISTRIBUIÇÃO NORMAL NA MAIOR PARTE DOS CASOS PRÁTICOS. 29

DISTRIBUIÇÃO NORMAL
A FUNÇÃO DENSIDADE DE PROBABILIDADE DE FALHA CORRESPONDENTE À
DISTRIBUIÇÃO NORMAL É DADA POR:
2
1  (t   ) 
1  .
2   
f (t )  .e
 . 2.
 = VALOR MÉDIO DOS TEMPOS ATÉ À FALHA
 = DESVIO PADRÃO DOS TEMPOS ATÉ À FALHA
A DISTRIBUIÇÃO É SIMÉTRICA EM RELAÇÃO AO SEU VALOR MÉDIO, DO TIPO

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BIPARAMÉTRICA, COM O VALOR MÉDIO COMO PARÂMETRO DE ESCALA E O

30
DESVIO PADRÃO COMO PARÂMETRO DE FORMA.
f(t) f(t)
=2 =12
Tempo (t) Tempo (t)

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OCORREM POUCAS FALHAS NO INÍCIO E NO FIM DA VIDA DO PRODUTO E QUANTO

MENOR FOR O VALOR DO DESVIO PADRÃO, MAIOR O PERÍODO INICIAL E PERÍODO
FINAL SEM FALHAS.
A FIABILIDADE PARA UMA DISTRIBUIÇÃO NORMAL É CALCULADA ATRAVÉS DA

SEGUINTE EXPRESSÃO:
2
  1  (t   ) 
1  .
2   
R(t )   f (t ).dt   .e .dt
t t  . 2.
COM UMA PROBABILIDADE DE FALHA::
2
t t 1  (t   ) 
1  .
2   
F (t )  1  R (t )   f (t ).dt  
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.e .dt
 
32
  . 2 .
COMO SE PODE VERIFICAR, NÃO EXISTE UMA SOLUÇÃO DIRECTA, RECORRENDO-SE A

TABELAS NORMAIS (OU PROGRAMAS COMPUTACIONAIS).
QUANDO SE UTILIZA A TABELA NORMAL DEVEMOS TRANSFORMAR F(t) EM Φ(z),

TENDO EM CONTA QUE:
(t   )
z

ONDE “z” É A QUANTIDADE DE DESVIOS PADRÃO.
O VALOR MÉDIO () CORRESPONDE AO PONTO QUE DIVIDE A ÁREA ABAIXO DA CURVA
DA FUNÇÃO DENSIDADE DE PROBABILIDADE DE FALHA EM DUAS PARTES IGUAIS.
O DESVIO PADRÃO É REFERIDO AOS PONTOS DE INFLEXÃO DA MESMA CURVA.
O VALOR MÉDIO COINCIDE COM A MEDIANA E A MODA (ÚNICA DISTRIBUIÇÃO ONDE

© José Sobral
ISTO ACONTECE).
33
Ver tabela referente à distribuição Normal

LAPLACE – GAUSS DISTRIBUTION TABLE
© José Sobral
34
Probability density function Cumulative distribution function

© José Sobral
35

QUESTÃO:
Qual o tempo correspondente à

media dos tempos até à falha de um
componente, sabendo que a amostra
dos tempos até à falha recolhidos
apresenta um desvio padrão de 1550
horas e que o componente apresenta
uma fiabilidade de 0,1271 às 12150
horas de funcionamento?
© José Sobral
Em 750 componentes quantos irão provavelmente avariar até às 9100 horas

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de funcionamento?
DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS

DA DISTRIBUIÇÃO NORMAL
GRAFICAMENTE
PAPEL DIST. NORMAL
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37

QUESTÃO
A PARTIR DE UM CONJUNTO DE DADOS REFERENTES AOS TEMPOS ATÉ À

FALHA (TTF) DE UM DETERMINADO COMPONENTE, E SABENDO QUE ESTES
SEGUEM UMA DISTRIBUIÇÃO NORMAL, COMO PODEMOS DETERMINAR OS
SEUS PARÂMETROS (MÉDIA E DESVIO PADRÃO)?
TTF:
t1 = 12080 h NÃO ESQUECER QUE A DISTRIBUIÇÃO
t2 = 13550 h NORMAL É A ÚNICA DISTRIBUIÇÃO ONDE
t3 = 10125 h
t4 = 11260 h A MÉDIA COINCIDE COM A MODA E A
t5 = 12825 h MEDIANA.
t6 = 14670 h
© José Sobral
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PREMISSAS
1 – O VALOR DA MÉDIA () CORRESPONDE A UMA PROBABILIDADE ACUMULADA DE

FALHA DE 50%, LOGO =MR=0,50;
P(t  84,1%)  P(t  15,9%)

2 – O INTERVALO ENTRE 15,9% E 84,1% = 2 ˆ 
2
P(t  93,32%)  P(t  6,68%)

3
P(t  97,7%)  P(t  2,3%)
4
P(t  99,865%)  P(t  0,135%)
6
© José Sobral
39

METODOLOGIA
1º - COLOCAR OS TTF POR ORDEM CRESCENTE
2º - DETERMINAR OS RANKS MEDIANOS – MEDIAN RANKS (MR), DE FORMA

IDÊNTICA AO QUE FOI EFECTUADO PARA A DISTRIBUIÇÃO WEIBULL (OU
UTILIZANDO TABELAS PRÉ-CONSTRUÍDAS).
3º - DESENHAR OS PONTOS NO PAPEL CORRESPONDENTES AOS PARES

(tj;MRj) E RESPECTIVA LINHA AJUSTADA AO MAIOR NÚMERO DE PONTOS.
4º - DETERMINAR O TEMPO MÉDIO (MÉDIA) ATRAVÉS DA PREMISSA “1”.
INTERSECÇÃO DA RECTA TRAÇADA COM A LINHA CORRESPONDENTE A F(t)=0,50

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5º - ESTIMAR O VALOR PARA O DESVIO PADRÃO ATRAVÉS DA

40
PREMISSA “2” (OU QUALQUER OUTRA ENUNCIADA)
QUESTÃO:
Qual o valor correspondente à média

desta distribuição?
Qual o valor correspondente ao

desvio padrão para esta distribuição?
Entre que tempos se encontram

99,73% das falhas relativas a este
componente (centrados na média dos
tempos até à falha)?
© José Sobral
41
Tente esboçar o gráfico correspondente à fdp (pdf) para t=6000, t=8000,
t=10000, t=12000, t=14000, t=16000 e t=18000 horas

DISTRIBUIÇÃO EXPONENCIAL
COMO FOI REFERIDO ANTERIORMENTE, A DISTRIBUIÇÃO EXPONENCIAL PODE SER

ENCARADA COMO UM CASO PARTICULAR DA DISTRIBUIÇÃO DE WEIBULL.
PELA SUA SIMPLICIDADE, ESTA DISTRIBUIÇÃO É MUITO UTILIZADA (MUITAS VEZES

MESMO SEM SER A MAIS ADEQUADA).
QUANDO OS COMPONENTES SE ENCONTRAM COMPROVADAMENTE EM VIDA

ÚTIL (CURVA DA BANHEIRA), A DISTRIBUIÇÃO EXPONENCIAL É A QUE MAIS
SE AJUSTA.
REFERE-SE A SITUAÇÕES EM QUE OS BENS EXIBEM UMA TAXA DE AVARIAS

CONSTANTE.
© José Sobral
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A FUNÇÃO DENSIDADE DE PROBABILIDADE DE FALHA É DADA POR:
f (t )  .e   t   (2 PARÂMETROS)
f (t )  .e   .t (1 PARÂMETRO)
EM VIDA ÚTIL, A TAXA DE AVARIAS CORRESPONDE AO INVERSO DO MTBF
 t  
1 1  
 (t )    f (t )  .e  MTBF   (2 PARÂMETROS)
MTBF   MTBF  
 t 
1 1  
 (t )    f (t )  .e  MTBF  (1 PARÂMETRO)
© José Sobral
MTBF MTBF 43

EM VIDA ÚTIL, A FIABILIDADE É DADA POR:
 t  
  .( t  )  
R(t )  e R(t )  e  MTBF   
(2 PARÂMETROS)
 t 
  .t  
R(t )  e R(t )  e  MTBF  (1 PARÂMETRO)
A FIABILIDADE CONDICIONAL (OU DE MISSÃO) É DADA POR:
R(T  t ) e   .(T  t )
R(t | T )  R(t | T )   .T R(t | T )  e   .t
R(T ) e
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OU SEJA, EM VIDA ÚTIL, PARA IGUAIS MISSÕES OU DURAÇÕES NÃO IMPORTA O TEMPO DE VIDA ACUMULADO ATÉ
44
AO INÍCIO DESSA MISSÃO.
QUANDO POSSUÍMOS UMA INFORMAÇÃO

CONSOLIDADA QUE NOS ENCONTRAMOS
NA FASE DE VIDA ÚTIL, TAMBÉM
PODEMOS UTILIZAR O PAPEL SEMI-
LOGARÍTMICO RELATIVO À
DISTRIBUIÇÃO EXPONENCIAL (FIGURA
AO LADO) PARA MANUALMENTE
DETERMINAR OS PARÂMETROS.
EXEMPLO:
t1 = 450 HORAS
t2 = 760 HORAS
t3 = 1200 HORAS
t4 = 1590 HORAS
t5 = 2210 HORAS
ATENÇÃO QUE O PARÂMETRO NAS

© José Sobral
ORDENADAS É A FIABILIDADE (AO

CONTRÁRIO DO CASO ANTERIOR)
45

QUESTÃO:
Encontrar o valor correspondente à estimativa do tempo médio entre

avarias e consequente taxa de avarias, relativos aos bens estudados.
Escrever a pdf relativa aos bens, em função do tempo.
Escrever a expressão relativa à fiabilidade dos bens, em função do tempo.
Determinar gráfica e analiticamente a fiab. para uma missão de 1000 horas.
Qual deve ser a missão (em horas) correspondente a uma fiabilidade de

60% (gráfica e analiticamente)?
Determine a vida mediana para estes componentes.

© José Sobral
46
Tente esboçar o gráfico correspondente à fdp (pdf) para t=250, t=500,

t=750, t=1000, t=1250, t=1500, t=1750, t=2000, t=2250 e t=2500 horas.
CURIOSIDADE: PARA UMA DURAÇÃO DE FUNCIONAMENTO t=MTBF A

PROBABILIDADE DE SOBREVIVER É DE 36,80%. QUER DIZER QUE PARA 100
COMPONENTES IDÊNTICOS, 37 SOBREVIVERÃO AO FIM DE t=MTBF, ENQUANTO
OS OUTROS 63 JÁ TERIAM AVARIADO. PARA t=MTBF/1000 A FIABILIDADE É DE
0,9990, O QUE QUER DIZER QUE EM 1000 COMPONENTES IDÊNTICOS ESPERA-
SE QUE SÓ UM AVARIE.
O TEMPO MÉDIO ENTRE AVARIAS NEM SEMPRE É EXPRESSO EM UNIDADES DE

TEMPO. POR EXEMPLO UM INTERRUPTOR OU UMA MOLA VIRÁ EM CICLOS,
SENDO O MTBF O NÚMERO DE CICLOS ENTRE AVARIAS E O SEU INVERSO A
TAXA DE AVARIAS POR CICLO DE FUNCIONAMENTO. VIRÁ ENTÃO:
c

R(c)  e MTBF
© José Sobral
47

QUAL É A DURAÇÃO DE UMA MISSÃO PARA A QUAL UM MOTOR

HIDRÁULICO APRESENTE 90% DE FIABILIDADE, SE O SEU
MTBF É 850 HORAS EM VIDA ÚTIL?
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48
FIABILIDADE
DE
SISTEMAS
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49

FIABILIDADE DE SISTEMAS COM COMPONENTES EM SÉRIE

NESTES CASOS ESTAMOS PERANTE UMA SITUAÇÃO EM QUE A AVARIA DE UM
COMPONENTE PROVOCARÁ A AVARIA DO SISTEMA.
A FIABILIDADE DE UM SISTEMA COM COMPONENTES EM SÉRIE É DADA PELO

PRODUTO DA FIABILIDADE DE TODOS OS COMPONENTES. É NECESSÁRIO QUE
TODOS OS COMPONENTES SE ENCONTREM EM FUNCIONAMENTO NORMAL (SEM
AVARIA) PARA QUE O SISTEMA SE ENCONTRE OPERACIONAL.
Rs (t )  R1(t ).R2 (t ).R3 (t ). ... .Rn (t ) n

Rs (t )   R (t)
© José Sobral
i 50
i 1
QUANDO TODOS OS Ri SÃO EXPONENCIAIS, A EXPRESSÃO DA FIABILIDADE DO

SISTEMA FICA SIMPLIFICADA:
Rs (t)  e1.t .e2 .t . ... .en .t Rs (t)  e(1 2 ...n ).t
BASTA ASSIM SABER AS TAXAS DE AVARIAS DOS COMPONENTES EM SÉRIE E

SOMÁ-LAS PARA OBTER A TAXA DE AVARIAS DO SISTEMA.
“UM CIRCUITO ELECTRÓNICO É CONSTITUÍDO POR 4 TRANSISTORES, 10

DÍODOS, 20 RESISTÊNCIAS E 10 CONDENSADORES, CADA UM DESTES
GRUPOS MONTADOS EM SÉRIE E SUPONDO QUE TODOS OS RESTANTES
ELEMENTOS (CABLAGEM, SOLDADURAS, ETC…) SÃO FIÁVEIS.
CONSIDEREMOS AS SEGUINTES TAXAS DE AVARIAS PARA UMA SITUAÇÃO
© José Sobral
DE NORMAL FUNCIONAMENTO:”
51

DÍODOS d = 0,000002
TRANSÍSTORES t = 0,00001
RESISTÊNCIAS r = 0,000001
CONDENSADORES c = 0,000002
PARA OBTER A TAXA DE AVARIAS HORÁRIA DO SISTEMA ADICIONAMOS AS

TAXAS DE AVARIAS DOS COMPONENTES:
© José Sobral
   10.
i d  4.t  20.r  10.c    0,0001
i 52
A FIABILIDADE DO SISTEMA É ASSIM ESTIMADA

PARA UM TEMPO DE MISSÃO t: Rs (t)  e0,0001.t
PARA UMA MISSÃO DE 10 HORAS, A FIABILIDADE OU PROBABILIDADE DE SE TER

O SISTEMA OPERATIVO É DE:
Rs (t )  e0,0001.10 Rs (t )  e0,001 Rs (t)  0,9990
POR COMPLEMENTARIEDADE, A PROBABILIDADE DE FALHA É DE:
Fs (t)  1 0,9990 Fs (t)  0,0010

O SEU MTBF É DE:
1 CONCLUÍMOS ASSIM QUE A FIABILIDADE DE

MTBF 
 UM SISTEMA SÉRIE É MENOR QUE A
FIABILIDADE DE QUALQUER UM DOS
MTBF  10000 horas
© José Sobral
COMPONENTES QUE DELE FAZEM PARTE.

53

QUANTO MAIOR FOR A COMPLEXIDADE DOS SISTEMA SÉRIE MENORES SERÃO OS

VALORES PARA A FIABILIDADE DO SISTEMA. VEJAMOS O SEGUINTE GRÁFICO:
© José Sobral
54
FIABILIDADE DE SISTEMAS COM COMPONENTES EM PARALELO ACTIVO

NESTES CASOS ESTAMOS PERANTE UMA SITUAÇÃO EM QUE A AVARIA DE UM
COMPONENTE NÃO CAUSA AVARIA NO SISTEMA.
A PROBABILIDADE DE AVARIA NUM SISTEMA COM

COMPONENTES INSTALADOS EM PARALELO ACTIVO
É-NOS DADA PELO PRODUTO DAS PROBABILIDADES
DE AVARIA NO SISTEMA ENQUANTO PELO MENOS
UM DOS COMPONENTES SOBREVIVER.
n
Fs (t )  F1(t ).F2 (t ).F3 (t ). ... .Fn (t ) Fs (t )  F
i 1
i (t )
LOGO, A FIABILIDADE DO SISTEMA É DADA POR: Rs (t )  1  Fs (t )

© José Sobral
n
A FIABILIDADE DO SISTEMA É ASSIM DADA PELA PROBABILIDADE
F (t)
55
Rs (t )  1  i
DE SOBREVIVÊNCIA DE UM COMPONENTE QUALQUER.
i 1

FALHA DO SISTEMA
CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA FIABILIDADE DO SISTEMA
10.000 ENSAIOS PODEMOS OBSERVAR:
- QUE NÃO HÁ AVARIA DO
0,9 0,9000 1000 SISTEMA SE PELO MENOS UM
COMPONENTE SOBREVIVER;
0,9
- COMO MELHORA A
0,9900 100
0,9 FIABILIDADE DO SISTEMA
COM O AUMENTO DO
0,9
NÚMERO DE COMPONENTES
0,9 0,9990 10 EM PARALELO;
- COMO ESSA MELHORIA SE
0,9
REFLECTE NO NÚMERO DE
AVARIAS DOS
0,9
COMPONENTES.
0,9
0,9999 1
0,9
© José Sobral
0,9
56
NO EXEMPLO ANTERIOR SE TOMARMOS UM SISTEMA DE 3 COMPONENTES EM

PARALELO, TEREMOS A SEGUINTE PROBABILIDADE DE AVARIA PARA O
COMPONENTE:
F (t )  1  R(t ) F (t )  1  0,9000 F (t )  0,1000
CONSEQUENTEMENTE TEMOS A PROBABILIDADE DE AVARIA PARA O SISTEMA:
Fs (t )  0,1000 .0,1000 .0,1000 Fs (t)  0,0010
(1 AVARIA EM CADA 1000 ENSAIOS OU 10 AVARIAS EM 10000 ENSAIOS)
A FIABILIDADE DO SISTEMA É DADA POR:
Rs (t )  1  Fs (t ) Rs (t)  0,9990
© José Sobral
57

CALCULEMOS AGORA A FIABILIDADE PARA UM CASO GERAL, ONDE SEJA

NECESSÁRIO UM CERTO NÚMERO DE COMPONENTES A FUNCIONAR PARA QUE O
SISTEMA FUNCIONE. SE CONSIDERARMOS AINDA UM SISTEMA COMPOSTO POR
TRÊS COMPONENTES EM PARALELO ACTIVO, AS PROBABILIDADES DE TODOS OS
ACONTECIMENTOS POSSÍVEIS OBTÊM-SE ATRAVÉS DO SEGUINTE BINÓMIO:
R (t )  F (t )3  R (t )3  3.R (t ) 2 .F (t )  3.R (t ).F (t ) 2  F (t )3  1
1º TERMO = PROB. DE TODOS OS COMPONENTES SOBREVIVEREM NO PERÍODO;

2º TERMO = PROB. DE DUAS SOBREVIVÊNCIAS E UMA AVARIA;
3º TERMO = PROB. DE UMA SOBREVIVÊNCIA E DUAS AVARIAS;
4º TERMO = PROB. DE TODOS OS COMPONENTES AVARIAREM DURANTE O PERÍODO
(PROBABILIDADE DE AVARIA DO SISTEMA).
© José Sobral
58
ASSIM A FIABILIDADE DO SISTEMA DEFINE-SE POR:
Rs (t )  R(t )3  3.R(t )2.F (t )  3.R(t ).F (t )2  1  F (t )3
SE ADMITIRMOS QUE DOS TRÊS COMPONENTES DOIS DELES TERÃO QUE

FUNCIONAR, A EXPRESSÃO DA FIABILIDADE VIRÁ:
Rs (t )  R(t )3  3.R(t ) 2 .F (t )
(PROBAB. DE 3 SOBREVIVÊNCIAS + PROBAB. DE 2 SOBREVIVÊNCIAS)
E PARA 4 (QUATRO) COMPONENTES

IDÊNTICOS A FUNCIONAR EM PARALELO ?
© José Sobral
59

PARA 4 ELEMENTOS IDÊNTICOS A FUNCIONAR EM PARALELO, VIRÁ O SEGUINTE

DESENVOLVIMENTO DO BINÓMIO:
R (t )  F (t ) 4  R (t ) 4  4.R (t ) 3 .F (t )  6.R (t ) 2 .F (t ) 2  4.R (t ).F (t ) 3  F (t ) 4  1

SE DEFINIRMOS QUE PELO MENOS UM DOS QUATRO COMPONENTES TEM QUE
FUNCIONAR, A FIABILIDADE DO SISTEMA VIRÁ:
Rs (t )  R (t ) 4  4.R (t )3.F (t )  6.R (t ) 2 .F (t ) 2  4.R (t ).F (t )3
SE DEFINIRMOS QUE PELO MENOS DOIS DOS QUATRO COMPONENTES TEM QUE
FUNCIONAR, A FIABILIDADE DO SISTEMA VIRÁ:
Rs (t )  R (t ) 4  4.R (t ) 3 .F (t )  6.R (t ) 2 .F (t ) 2  1  F (t ) 4  4.R (t ).F (t ) 3  1  Fs (t )
PARA n ELEMENTOS (COMPONENTES), A EXPRESSÃO A UTILIZAR SERÁ:

© José Sobral
R (t )  F (t )n  R (t ) n  n.R (t ) n 1.F (t )  n.( n  1) .R (t ) n  2 .F (t ) 2  ...  F (t ) n  1 60
2!
EXEMPLO:
“CONSIDEREMOS UM AVIÃO COM TRÊS REACTORES. CADA REACTOR É COMPOSTO

POR COMPONENTES EM SÉRIE, CUJA TAXA DE AVARIAS DO CONJUNTO É DE
=∑i. SE =0,0005 av./hora, PRETENDE-SE CALCULAR A FIABILIDADE DO
SISTEMA DE PROPULSÃO PARA UMA MISSÃO DE 10 HORAS, EM QUE 2 REACTORES
PELO MENOS DEVEM SOBREVIVER.”
A FIABILIDADE DE UM REACTOR PARA UM TEMPO DE MISSÃO DE 10 HORAS É:
R(t)  e.t R(t)  e0.0005.10 R(t)  0,9950
A FIABILIDADE DO SISTEMA VIRÁ:
R s (t )  R (t ) 3  3 . R (t ) 2 . F (t ) Rs (t )  R(t )3  3.R(t )2.(1  R(t )) Rs (t )  3.R(t )2  2.R(t )3

© José Sobral
Rs (t )  3.(0,9950) 2  2.(0.9950)3 Rs (t )  0,9999 61

PARA UMA MISSÃO DE 100 HORAS EM VEZ DE 10 HORAS, A FIABILIDADE DE

CADA REACTOR SERIA DE 0,9512 E A FIABILIDADE DO SISTEMA DE 0,9931.
PARA UMA SITUAÇÃO EM QUE BASTASSE APENAS O FUNCIONAMENTO DE UM DOS

TRÊS REACTORES, PARA UMA MISSÃO DE 100 HORAS, VIRIA:
Rs (t )  R(t )3  3.R(t ) 2 .F (t )  3.R(t ).F (t ) 2  1  F (t )3  1  Fs (t )
LOGO:
Rs (t )  R(t )3  3.R(t ) 2 .(1  R(t ))  3.R(t ).(1  R(t )) 2
Rs (t )  R(t )3  3.R(t )2  3.R(t )3  3.R(t )  6.R(t ) 2  3.R(t )3
Rs (t )  R(t )3  3.R(t ) 2  3.R(t )
Rs (t )  0,95123  3.(0,9512) 2  3.(0,9512)

© José Sobral
62
R s (t )  0,9999
CHEGARÍAMOS AO MESMO RESULTADO SE TIVESSEMOS CALCULADO A

PROBABILIDADE DE AVARIA DO SISTEMA Fs:
Fi (t )  1  Ri (t ) Fi (t )  1  0,9512 Fi (t )  0,0488
3
Fs (t )   F (t )
i 1
i Fs (t )  0,0488 3 Fs (t )  0,000116
LOGO, A FIABILIDADE VIRIA:
Rs (t )  1  Fs (t ) R s ( t )  1  0 , 000116 R s (t )  0,9999
ASSIM, PARA 3 COMPONENTES DIFERENTES (A, B e C), COM AS RESPECTIVAS

FIABILIDADES RA, RB E RC, E PROBABILIDADES DE AVARIA FA, FB E FC, SÃO
© José Sobral
63
POSSÍVEIS 8 ESTADOS:

PROBABILIDADE COMPONENTES
ESTADOS AVARIA SOBREVIVÊNCIA DESIGUAIS IGUAIS
1 A, B, C - FA.FB.FC F3
2 B, C A RA.FB.FC R.F2
3 A, C B FA.RB.FC R.F2
4 C A, B RA.RB.FC R2.F
5 A, B C FA.FB.RC R.F2
6 B A, C RA.FB.RC R2.F
7 A B, C FA.RB.RC R2.F
8 - A, B, C RA.RB.RC R3
PARA COMPONENTES IGUAIS VIRÁ:

© José Sobral
R(t )3  3.R(t ) 2 .F (t )  3.R(t ).F (t ) 2  F (t )3  1  R(t )  F (t )3

64
FIABILIDADE DE SISTEMAS COM COMPONENTES EM PARALELO TIPO

STANDBY
NESTES CASOS ESTAMOS PERANTE UMA SITUAÇÃO EM QUE OS ELEMENTOS EM
PARALELO NÃO FUNCIONAM. APENAS ENTRAM EM FUNCIONAMENTO QUANDO O
ELEMENTO PRINCIPAL AVARIA. PORTANTO, A DIFERENÇA QUE EXISTE ENTRE O
PARALELO ACTIVO E O PARALELO TIPO STANDBY RESUME-SE AO FACTO DE NÃO
HAVER FUNCIONAMENTO EM SIMULTÂNEO NO PARALELO EM STANDBY.
ASSIM, HÁ A NECESSIDADE DE EXISTIR UM DISPOSITIVO QUE

DETECTE A AVARIA E QUE COMUTE O ELEMENTO QUE SE
ENCONTRAVA PARADO PARA O COLOCAR EM FUNCIONAMENTO.
VAMOS PARTIR DO PRESSUPOSTO QUE ESTES DISPOSITIVOS DE
DETECÇÃO E COMUTAÇÃO SÃO 100% FIÁVEIS E QUE O ELEMENTO
PRINCIPAL E OS DE SOCORRO POSSUEM A MESMA TAXA DE AVARIAS
CONSTANTE.
© José Sobral
SE HOUVER n ELEMENTOS DE SOCORRO PARA UM ELEMENTO PRINCIPAL, O SISTEMA POSSUI

65
n+1 ELEMENTOS E PODE ADMITIR-SE ATÉ n AVARIAS. SÓ NA AVARIA n+1 É QUE O SISTEMA
DEIXA DE FUNCIONAR.

ASSIM, VIRÁ COMO EXPRESSÃO:

  .t (.t ) 2 (.t ) 3
e .[1  .t    ...]  1
2! 3!
ONDE:
e   .t .1 = PROB. QUE NÃO HAJA NENHUMA AVARIA
e   .t . .t = PROB. QUE HAJA APENAS UMA AVARIA
( .t ) 2
e  .t . = PROB. QUE HAJA EXACT. DUAS AVARIAS
2!
= PROB. QUE HAJA ZERO OU UMA AVARIA
e   .t  e   .t . .t
  .t   .t   .t (.t ) 2
e e ..t  e . = PROB. QUE HAJA ZERO, UMA OU DUAS AVARIAS
2!
A FIABILIDADE DO SISTEMA (SÓ NA AVARIA n+1 O SISTEMA DEIXA DE

© José Sobral
FUNCIONAR) É DADA POR:

( .t ) 2 ( .t ) 3
66
( .t ) n
R s (t )  e   .t .[1   .t    ...  ]
2! 3! n!
EXISTEM SISTEMAS EM QUE VÁRIOS COMPONENTES IDÊNTICOS FUNCIONAM

SIMULTÂNEAMENTE COM UM CERTO NÚMERO DE ELEMENTOS DE SOCORRO.
SE DISPUSERMOS DE n ELEMENTOS DE SOCORRO, ADMITEM-SE n AVARIAS E SÓ
À AVARIA n+1 O SISTEMA FICA INOPERATIVO.
ESTE TEMPO, ONDE SE REPARA A AVARIA n+1 É O NOSSO MTBF PARA O
SISTEMA.
SE NÃO SE DISPUSER DE ELEMENTOS DE SOCORRO, NUM SISTEMA SÉRIE DE “N”

COMPONENTES IDÊNTICOS, COM TAXA DE AVARIAS INDIVIDUAL , A TAXA DE
AVARIAS DO SISTEMA É:
N .
E O MTBF VIRÁ:
1
MTBF 
N .
© José Sobral
67

SE EXISTIREM n ELEMENTOS DE SOCORRO,

n 1
PODEMOS ACEITAR n AVARIAS, LOGO: MTBF 
N .
A FIABILIDADE DO SISTEMA É:
 N . .t ( N . .t ) 2 ( N . .t ) 3 ( N . .t ) n
R s (t )  e .[1  N . .t    ...  ]
2! 3! n!
EXEMPLO:
“UM RADAR É CONSTITUÍDO POR 30 ELEMENTOS IDÊNTICOS, EM SÉRIE, COM A

TAXA DE AVARIAS INDIVIDUAL DE =0,001 h-1”
A FIABILIDADE DO RADAR PARA UMA MISSÃO DE 10 HORAS E ZERO ELEMENTOS

DE SOCORRO SERÁ:
© José Sobral
Rs (t)  eN..t Rs (t )  e 30 .0,001 .10 Rs (t )  0,7408 68

SE HOUVER 1 ELEMENTO DE SOCORRO, TEREMOS:
Rs (t )  e N ..t .[1  N ..t ] Rs (t )  e 30.0,001.10 .[1  30.0,001.10]
Rs (t )  0,9631
SE HOUVER 2 ELEMENTOS DE SOCORRO, TEREMOS:
( N . .t ) 2
R s (t )  e  N . .t .[1  N . .t  ] R s (t )  0,9964
2!
SE HOUVER 3 ELEMENTOS DE SOCORRO, PASSAMOS A TER:
 ( N . .t ) 2 ( N . .t )3 
Rs (t )  e  N . .t .1  N . .t   
 2! 3! 
 Rs (t )  0,9997
© José Sobral
VEMOS ASSIM A MELHORIA INTRODUZIDA NA FIABILIDADE DO SISTEMA ATRAVÉS

69
DA ADIÇÃO DE ELEMENTOS DE SOCORRO.

COMO PODEMOS COMPARAR A FIABILIDADE DE UM SISTEMA

PARALELO STAND-BY COM UM PARALELO ACTIVO?
SE TIVERMOS POR EXEMPLO DOIS ELEMENTOS, UM PRINCIPAL E UM DE

SOCORRO, COM A MESMA TAXA DE AVARIAS =0,01, TEREMOS PARA UMA
MISSÃO DE 10 HORAS:
SE TIVERMOS UM PARALELO
.t .t
Rs (t )  e e .(.t ) ACTIVO, PARA UMA FIABILIDADE
INDIVIDUAL DE 0,9048(4),
Rs (t )  0,9048  0,9048.(0,1)  0,9953 TERÍAMOS UMA FIABILIDADE DE
R(t)=0,9909(45)
VEMOS QUE UMA MONTAGEM COM ELEMENTOS DE SOCORRO POSSUI UMA FIABILIDADE
LIGEIRAMENTE SUPERIOR À DE UMA MONTAGEM DE PARALELO ACTIVO. CONSIDERAMOS QUE
OS ELEMENTOS DE SOCORRO TÊM UMA TAXA DE AVARIAS NULA ENQUANTO NÃO FUNCIONAM.
NO ENTANTO NÃO ESQUEÇAMOS QUE NECESSITAMOS DE UM DISPOSITIVO DE DETECÇÃO E
© José Sobral
COMUTAÇÃO QUE TAMBÉM TERÁ A SUA FIABILIDADE. 70

SE ENTRARMOS COM ESSA FIABILIDADE (Rdc), TEREMOS:
Rs (t )  e   .t (1  Rdc . .t ) Rs (t )  e   .t  Rdc .e   .t . .t
  ( N . .t ) 2
( N . .t )3 ( N . .t ) n 
 N . .t 
Rs (t )  e . 1  Rdc . N . .t    ...  
  2! 3! n! 
  
Utilizar “N” apenas quando tivermos no Elemento Principal (e nos de Socorro) “N”
componentes iguais.
  (  .t ) 2
(  . .t ) 3
(  . .t ) n 
.1  Rdc . equiv .t  
 equiv .t equiv equiv equiv
Rs (t )  e   ... 
  2! 3! n! 
  
O equiv deve ser determinado em função do subsistema que tivermos no Elemento
© José Sobral
Principal (e nos de Socorro). 71
PROBLEMA

CONSIDERE UM SISTEMA DE ILUMINAÇÃO A OPERAR 12 HORAS POR DIA E 365 DIAS POR ANO.
SABENDO QUE ESTE SISTEMA DE ILUMINAÇÃO É CONSTITUÍDO DE UM MODO SIMPLES PELOS
SEGUINTES COMPONENTES:
UNIDADE “A” = INTERRUPTOR
UNIDADE “B” = CABOS ELÉCTRICOS
UNIDADE “C” = ARRANCADOR
UNIDADE “D” = LÂMPADA FLUORESCENTE
CONHECEM-SE OS SEGUINTES DADOS DOS FORNECEDORES:
MTBFA = 58000 HORAS
B = 1,666x10-5 AV/HORA
RC(4000) = 0,89
D = 0,225x10-5 AV/HORA
a) Calcular a fiabilidade do sistema para uma missão de 1 ano.

b) Se pretendermos uma fiabilidade de 0,88, qual a duração máxima da missão?
c) Qual a probabilidade de avaria no início da missão? E ao fim de um ano?
d) Para melhorar a fiabilidade do conjunto introduzimos em paralelo activo com o
arrancador outro de iguais características. Em termos teóricos a probabilidade de falha
irá aumentar ou diminuir? Qual a fiabilidade do sistema ao fim de um ano?
© José Sobral
e) E se o arrancador tivesse sido colocado em paralelo standby? Que valores obteríamos

72
(missão de 1 ano)? Tenha em consideração que o detector comutador tem um MTBF de
62500 horas.
NOTA: CONSIDERAR QUE OS COMPONENTES SE ENCONTRAM EM VIDA ÚTIL

OUTROS CONCEITOS
© José Sobral
73

MANUTIBILIDADE
É UM CONCEITO MUITO IMPORTANTE UMA VEZ QUE SE TRADUZ NA FACILIDADE E
CONSEQUENTE RAPIDEZ QUE UM EQUIPAMENTO QUE SE AVARIOU OU ATINGIU A
ALTURA DE FAZER MANUTENÇÃO PREVENTIVA TEM PARA SER REPOSTO NO SEU
ESTADO OPERACIONAL.
MANUTIBILIDADE DE UM EQUIPAMENTO PODE SER DEFINIDA COMO A
PROBABILIDADE DO EQUIPAMENTO SER REPOSTO NAS CONDIÇÕES
ESPECIFICADAS DENTRO DE UM DADO PERÍODO DE TEMPO QUANDO AS ACÇÕES
DE MANUTENÇÃO, REPARAÇÃO, REVISÃO GERAL OU SUBSTITUIÇÃO FOREM
REALIZADAS DE ACORDO COM OS PROCEDIMENTOS E RECURSOS PRESCRITOS.
© José Sobral
74
A MANUTIBILIDADE ESTÁ MUITO RELACIONADA COM A FASE DE PROJECTO E

COM A ATENÇÃO DISPENSADA A ASPECTOS COMO:
 BOA ACESSIBILIDADE;
 MONTAGEM DAS UNIDADES CONCEBIDA PARA SUBSTITUIÇÕES RÁPIDAS;
 ACESSO A INSPECÇÕES INTERNAS POR MEIO DE BOROSCÓPIO OU FIBRAS
ÓPTICAS;
 INDICADORES DE VIBRAÇÃO;
 IDENTIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS PELAS CORES CONVENCIONAIS;
 MODULARIZAÇÃO DE FUNÇÕES;
 UTILIZAÇÃO DE LIGAS DIFERENTES QUE PERMITAM ATRAVÉS DA ANÁLISE DE
PARTICULAS EM SUSPENSÃO NO ÓLEO IDENTIFICAR A SUA PROVENIÊNCIA
(ZONA AFECTADA).
© José Sobral
75

MANUTIBILIDADE E DISPONIBILIDADE
A MANUTIBILIDADE (M) TRADUZ A FACILIDADE E RESPECTIVA RAPIDEZ COM

QUE SE CONSEGUE REPOR NO SEU ESTADO OPERACIONAL UM EQUIPAMENTO
QUE SE AVARIOU OU QUE CHEGOU A ALTURA DE SE FAZER MANUTENÇÃO
PREVENTIVA.
DESTA FORMA, PODEMOS ANALISAR DUAS PARCELAS:

 A REFERENTE À MANUTENÇÃO CORRECTIVA - REPARAÇÃO;
 A REFERENTE À MANUTENÇÃO PREVENTIVA - INSPECÇÃO.
MANUTENÇÃO CORRECTIVA – REPARAÇÃO

TAXA DE REPARAÇÃO (μ), A PARTIR DA QUAL PODEMOS CALCULAR O MTTR (MEAN
TIME TO REPAIR):
n
© José Sobral
MTTR 
1  TTR i 76
 MTTR  i 0
n
MANUTENÇÃO PREVENTIVA – INSPECÇÃO

TAXA DE INSPECÇÃO (i), A PARTIR DA QUAL PODEMOS CALCULAR O MTTI (MEAN
TIME TO INSPECT):
MTTI 
1  TTI i
i MTTI  i 0
n
QUANDO INTEGRAMOS A MANUTENÇÃO CORRECTIVA E A MANUTENÇÃO

PREVENTIVA, DOIS NOVOS CONCEITOS SURGEM:
n
MTBM – MEAN TIME BETWEEN MAINTENANCE

 TBM i
MTBM  i 0
n
MTTM – MEAN TIME TO MAINTAIN n
 TTM
© José Sobral
MTTM  i 0 77
n

A DISPONIBILIDADE (A) É DADA POR:
MTBM
A
MTBM  MTTM
QUANDO A MANUTENÇÃO FOR APENAS DO TIPO CORRECTIVO (REPARAÇÕES),
TEREMOS:
MTBF
A
MTBF  MTTR
PODEMOS CONSIDERAR DOIS TIPOS DE DISPONIBILIDADE:
 DISPONIBILIDADE INTRÍNSECA – A DISPONIBILIDADE QUE O

EQUIPAMENTO APRESENTA À SAÍDA DA FÁBRICA:
 DISPONIBILIDADE OPERACIONAL – A QUE O EQUIPAMENTO TEM AO
FIM DE UM CERTO TEMPO DE UTILIZAÇÃO, NAS CONDIÇÕES REAIS DE
© José Sobral
FUNCIONAMENTO;
78
79

Gestão Da Manutenção: Licenciatura em Engenharia Mecânica

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1

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

NESTE CAPÍTULO VAMOS PERCEBER A IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES E ESTUDOS

A FIABILIDADE DE UM BEM (COMPONENTE, EQUIPAMENTO, SUB-SISTEMA, OU

A FIABILIDADE, TRATADA COMO UMA

PODE-SE CONSIDERAR UMA

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

UMA PRIMEIRA DEFINIÇÃO DE FIABILIDADE É DADA PELA “POSSIBILIDADE DE

OUTRA DEFINIÇÃO CORRENTEMENTE USADA PARA FIABILIDADE É “A

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTÍNUAS

P(tx  t  ty)   f (t ).dt

VEJAMOS UM EXEMPLO PARA TORNAR MAIS CLARO O QUE SE ACABOU DE DIZER:

NUM PARQUE DE MÁQUINAS SIMILARES SUJEITAS A AVARIA ANOTAM-SE

A ÁREA ASSOCIADA COM QUALQUER

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

ASSIM A PROBABILIDADE DA AVARIA OCORRER ENTRE ta E tz (ta = HORAS DE

EM MANUTENÇÃO PREFERIMOS AS FUNÇÕES DE DENSIDADE DE PROBABILIDADE

A ÁREA SOB A CURVA DE DENSIDADE

OBVIAMENTE QUE A PROBABILIDADE DA AVARIA OCORRER ENTRE ta E tz É IGUAL A 1.

FUNÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO OU DE PROBABILIDADE CUMULATIVA

ONDE F(t) É DESIGNADA A FUNÇÃO DE

DADO INTERVALO DE TEMPO DE

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

A FUNÇÃO COMPLEMENTAR DA FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO COMULATIVA É A

DEFINE-SE TAXA DE AVARIAS INSTANTÂNEA OU FUNÇÃO DE RISCO DE UM

A PROBABILIDADE DE UM EQUIPAMENTO SOBREVIVER DURANTE UM TEMPO t

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

NORMAL (OU DE GAUSS)

DISTRIBUIÇÕES MAIS IMPORTANTES. 14

© José Sobral GESTÃO DA MANUTENÇÃO 2020/2021

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

© José Sobral GESTÃO DA MANUTENÇÃO 2020/2021

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

(a) - FDP DE FALHA

A PARTIR DE UM CONJUNTO DE DADOS REFERENTES AOS TEMPOS ATÉ À FALHA

TTF: ASSUMINDO UMA DISTRIBUIÇÃO DE WEIBULL

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TRATA-SE DE UM MÉTODO APROXIMADO, MAS QUE NOS PODERÁ DAR INDÍCIOS

NA POSSE DOS VALORES CORRESPONDENTES AOS PARÂMETROS DA

QUALQUER TEMPO “t”. 20

1º - COLOCAR OS TTF POR ORDEM CRESCENTE

2º - DETERMINAR OS RANKS MEDIANOS – MEDIAN RANKS (MR)

  .MR .(1  MR)

NO ENTANTO EXISTE UMA FORMA MAIS SIMPLES, ATRAVÉS DA DESIGNADA

i = NÚMERO DE ORDEM DA FALHA

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3º - DESENHAR OS PONTOS NO PAPEL DE WEIBULL (TTF;MR)

4º - TRAÇAR UMA RECTA QUE PASSE PELO MAIOR NÚMERO DE PONTOS

5º - DESLOCAR A RECTA PARALELAMENTE ATÉ ENCONTRAR O PONTO DE

6º - LER O VALOR DO PARÂMETRO DE FORMA ()

QUAL O PERÍODO DA VIDA OU FASE EM QUE O COMPONENTE SE ENCONTRA?

7º - DETERMINAR O VALOR DO PARÂMETRO DE ESCALA OU VIDA

DETERMINAR O PONTO DE INTERSECÇÃO ENTRE A RECTA TRAÇADA E A LINHA

ATENÇÃO À ESCALA LOGARÍTMICA UTILIZADA.

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PARA BENS REPARÁVEIS PODEM-SE TIPIFICAR 3 (TRÊS) TIPOS DE AVARIAS:

 AS AVARIAS QUE APARECEM MUITO CEDO NA VIDA DO

 AS AVARIAS CAUSADAS PELO DESGASTE DOS COMPONENTES, QUE

 AS AVARIAS PURAMENTE ACIDENTAIS, ALEATÓRIAS (INESPERADAS E

IMPREVISÍVEIS) SÃO DE DIFÍCIL ELIMINAÇÃO, EMBORA AS TÉCNICAS DE

EM FIABILIDADE A SEPARAÇÃO ENTRE ESTAS ZONAS É EFECTUADA DEVIDO À