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Neste artigo convido-lhe a extender seus estudos e ampliar sua pesquisa de forma
contínua, haja visto em sua maioria uma arbitragem frágil nos juizados
competentes devido ao excesso de reclamatórias e pouco suporte do Estado.
C) Corrente mista:
3) Denominação:
Pessoa física
Pessoalidade (somente o próprio pode prestar o trabalho)
Onerosidade (Vontade do prestador em receber uma contraprestação pelo
trabalho realizado)
Não eventualidade (habitualidade)
Subordinação (jurídica)
OBS: Trabalhador e empregado não são sinônimos.
7) Características:
Não é incomum, ao conhecer uma pessoa, que se pergunte o nome dela e “o que
ela faz/no que ela trabalha”. O trabalho, portanto, não tem apenas o papel de
garantir a renda. É por meio dele que conhecemos pessoas, estabelecemos
relacionamentos e nos enquadramos dentro da sociedade.
Mesmo assim, a relação jurídica do trabalho (num contrato realizado entre duas
partes) é importante para garantir o sustento do trabalhador e, principalmente, a
sua proteção e segurança, uma vez que essa relação é desigual, com uma parte
menos favorecida do que a outra.
Dessa forma, as leis trabalhistas não só servem para manter uma relação jurídica
de trabalho harmoniosa entre trabalhadores e empregadores, mas também
protege a força de trabalho do país, garantindo direitos (alguns deles
potestativos) e proteção, estabelecendo padrões que preservem a dignidade da
pessoa humana.
Leia também:
Direito do Trabalho é o ramo da ciência do direito que tem por objeto as normas
jurídicas que disciplinam as relações de trabalho subordinado, determinam os
seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho, em sua
estrutura e atividade (NASCIMENTO, 2004, p. 176).
O Direito do Trabalho como o ramo da Ciência do Direito composto pelo
conjunto de normas que regulam, no âmbito individual e coletivo, a relação de
trabalho subordinado, que determinam seus sujeitos (empregado e empregador)
e que estruturam as organizações destinadas à proteção do trabalhador, O
fundamento do Direito do Trabalho é a proteção do trabalhador, parte
economicamente mais fraca da relação jurídica (ROMAR, 2018, p. 36).
-Teoria subjetivista: Têm como enfoque os sujeitos da relação jurídica por ele
regulada, isto é, os trabalhadores e os empregadores. Adota como centro da
definição do Direito do Trabalho o caráter protecionista das normas que o
compõem, têm por fundamento a busca constante de meios para se alcançar a
melhoria da condição econômica e social do trabalhador. O Direito do Trabalho
se caracteriza como o Direito especial de proteção aos trabalhadores, como o
conjunto de normas que têm por finalidade proteger a parte economicamente
mais fraca (hipossuficiente) da relação jurídica, qual seja, o empregado.
-Teoria mista: São aquelas que fazem uma combinação dos elementos objetivo
e subjetivo, isto é, consideram tanto o sujeito como o objeto da relação jurídica
regulada pelo Direito do Trabalho, além da finalidade do conjunto de normas que
compõem este ramo da Ciência do Direito. A maioria dos doutrinadores
contemporâneos assumiu uma conceituação de Direito do Trabalho a partir da
teoria mista. Dessa forma, consideram o seu objeto (a relação de emprego), seus
sujeitos (empregado e empregador), e o seu fim (a proteção do trabalhador e a
melhoria de sua condição social).
2-Evolução Histórica:
Trabalho é toda atividade desenvolvida pelo homem para prover o seu sustento e
para produzir riquezas e, ao longo do tempo, diversas foram as suas formas, que
variaram conforme as condições históricas que vigoraram em cada época. A
história do trabalho começa exatamente quando o homem percebe que é possível
utilizar a mão de obra alheia não só para a produção de bens em proveito próprio,
mas também como forma de produzir riquezas. Assim, o trabalho se desenvolve e
torna -se dependente e ligado às relações sociais e econômicas vigentes em cada
período histórico específico. Escravismo, feudalismo e capitalismo podem ser
considerados como marcos históricos definidos na evolução das relações
econômicas e sociais e, consequentemente, na evolução do trabalho humano e de
suas formas de proteção.
■ função social: é a que estabelece que tal ramo jurídico é o meio de realização
de valores sociais, pois visa a preservação da dignidade humana do trabalhador,
considerada como valor absoluto e universal (justiça social);
DIREITO MISTO: Fundamenta sua posição no fato de que tal ramo do Direito
tem em sua composição tanto normas de direito público como normas de direito
privado, ora predominando umas, ora outras, razão pela qual não pode ser
enquadrado em qualquer um dos âmbitos da dicotomia clássica. Os adeptos de
tal teoria não reconhecem a unidade conceitual do Direito do Trabalho e afirmam
ser necessário examinar parcialmente cada um dos grupos homogêneos de suas
normas, para enquadrá-las dentro do Direito Público ou do Direito Privado.
O primeiro propósito do órgão era fazer valer as regras estabelecidas pela Organização
Internacional do Trabalho criada em 1919. As regras da OIT versavam sobre direitos
humanos nas relações de trabalho.
O Direito do Trabalho.
Conceito.
A tarefa de conceituar um ramo do direito pode ser muito extensa. Maurício Godinho
Delgado inicia o seu Curso com o seguinte parágrafo:
“O Direito do Trabalho é ramo jurídico especializado, que regula certo tipo de relação
laborativa na sociedade contemporânea. Seu estudo deve iniciar-se pela apresentação de
suas características essenciais, permitindo ao analista uma imediata visualização de seus
contornos próprios mais destacados”.(1)
“…o Direito Coletivo do Trabalho pode ser definido como o complexo de princípios,
regras e institutos jurídicos que regulam as relações laborais de empregados e
empregadores, além de outros grupos jurídicos normativamente especificdos,
considerada sua ação coletiva, realizada autonomamente ou através das respectivas
associações”.(3)
“…pode, …, ser definido como: complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que
regulam a relação empregatícia de trabalho e outras relações normativamente
especificadas, englobando, também, os institutos, regras e princípios jurídicos
concernentes às relações coletivas entre trabalhadores e tomadores de serviços, em
especial através de suas associações coletivas”.(4)
Já a denominação Direito do Trabalho é aceita com predominância na doutrina,
jurisprudência e em muitas leis e outros diplomas normativos.
Características.
O autor paraense Noronha Neto explica que o Direito do Trabalho é um ramo jurídico
autônomo. Isto quer dizer que o mesmo detém características próprias que o
distinguem dos demais ramos do direito.(5)
Evaristo de Moraes Filho e Antônio Carlos Flores de Moraes, expõem: “a) é um direito
in fieri, um werdendes Recht, que tende cada vez mais a ampliar-se; b) trata-se de uma
reivindicação de classe tuitivo por isso mesmo; c) é intervencionista, contra o dogma
liberal da economia, por isso mesmo cogente, imperativo, irrenunciável; d) é de cunho
nitidamente cosmopolita, internacional ou universal; a) os seus institutos mais típicos
são de ordem coletiva ou socializante; f) é um direito de transição, para uma civilização
em mudança”.(7)
O Direito do Trabalho tende a incluir, em seu campo de aplicação, um número cada vez
maior de categorias de relações laborais até então excluídas de sua regulamentação.
Em relação ao protecionismo do Direito do Trabalho, este ramo do direito visa a
proteger o trabalhador do detentor do poder econômico que com ele se relaciona.
A tutela do Direito do Trabalho é realizada por meio de normas elaboradas pelo Estado
ou por meio dos poderes, que restringem a autonomia individual, conferidos aos
sindicatos.
Autonomia.
Lembra Delgado que autonomia, no Direito, é uma qualidade a ser atingida por certo
ramo jurídico de possuir enfoques, princípios, regras, teorias e condutas metodológicas
próprias de estruturação e dinâmica.(10)
Natureza.
Segundo Delgado, a definição, ou seja, a busca da essência e a classificação, ou melhor,
a busca do posicionamento comparativo fazem compreender a natureza do assunto
tratado.
Funções
O fundamento e a principal função do Direito do Trabalho seria a de impedir a
exploração do trabalho humano como fonte de riqueza dos detentores do capital.
Luiz Carlos Amorim Robortella, em seu texto “Terceirização: tendências em doutrina e
jurisprudência”, explica que o Direito do Trabalho tem a função de organizar e
disciplinar a economia, podendo ser concebido como verdadeiro instrumento da
política econômica. Este ramo do Direito teria deixado de ser somente um direito da
proteção do mais fraco para ser um direito de organização da produção. Ao invés de
ser apenas direito de proteção do trabalhador e redistribuição da riqueza, converteu-se
em direito da produção, com especial ênfase na regulação do mercado de trabalho.(11)