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EXTENSÃO DE MAPUTO
Trabalho do 5º Grupo
Maputo, 2023
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EXTENSÃO DE MAPUTO
Trabalho do 5º Grupo
Maputo, 2024
1. Introdução
Muito embora as relações de trabalho sejam tão antigas como a sociedade humana, só
recentemente se tornaram objecto de um corpo de normas específicas. Assim, na
Antiguidade, a disciplina jurídica do trabalho esteve vazada em corpos de normas
jurídicas de âmbito mais genérico: como os das várias formas da propriedade (para
regular a escravidão e situações de trabalho servil), a locação ou arrendamento (para
regular as relações de serviço livre, já que o trabalho era assimilado a uma coisa que o
seu titular aluga). Isto é, não havia um corpo de normas ou princípios jurídicos tendo o
trabalho como objecto, específico. As normas sobre o trabalho, na Idade Média e
Moderna, no âmbito das corporações de artes e ofícios, foram influenciadas pelo próprio
carácter comunitário, hierarquizado e semifamiliar das relações existentes entre
empresários (mestres) e trabalhadores (oficiais ou companheiros e aprendizes).
2. Objectivos
2. Objectivo geral
2.3. Metodologia
Segundo Xavier (2018, p.35), O Direito do trabalho (ou Direito laboral) pode ser
definido como a parte do Ordenamento constituída pelas normas e princípios jurídicos
que disciplinam as relações de trabalho.
Para Nascimento (2004, p. 67), nos ensina: “é o ramo da ciência do direito que tem por
objecto as normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações
de trabalho subordinado, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à
protecção desse trabalho e sua estrutura e actividade”.
Todos esses conceitos são importantes e ressaltam diferentes pontos de vista do mesmo
objecto. Contudo, os autores possuem noção mais simplista e objectiva, conceituando o
Direito do Trabalho como o ramo do direito que estuda as relações de trabalho e sua
protecção.
Segundo Xavier (2018, p:67), Direito do trabalho comporta três núcleos fundamentais
de normas:
2. Esta lei aplica-se também às relações jurídicas de trabalho constituídas entre pessoas
colectivas de direito público e os seus trabalhadores, desde que estes não sejam
funcionários do Estado ou cuja relação não seja regulada por legislação específica.
Para Xavier (2018, p:57), Entende-se geralmente que o Direito do trabalho possui
autonomia científica em confronto com as outras disciplinas jurídicas. Essa autonomia
resulta:
Os dois primeiros aspectos são facilmente observáveis (basta olhar para o Código do
Trabalho).
1º Principio
2. Sempre que entre uma norma da presente lei ou de outros diplomas que regulam as
relações de trabalho houver uma contradição, prevalece o conteúdo que resultar da
interpretação conforme com os princípios aqui definidos.
2. Sempre que houver uma contradição entre uma norma da presente Lei ou de outros
diplomas que regulam as relações de trabalho, prevalece o conteúdo que resultar da
interpretação que se conforma com os princípios aqui definidos.
2º Principio
2. O direito ao trabalho está ligado ao dever de trabalhar, sem prejuízo das limitações
decorrentes da redução da capacidade para o trabalho em virtude de doença profissional
ou comum ou ainda de invalidez.
3. O trabalho deve ser realizado com estrito respeito aos direitos e garantias
fundamentais do trabalhador, protegendo a sua saúde e assegurando que realizem a
actividade em condições de trabalho seguro e digno.
3º Principio
2. A utilização dos ficheiros e dos acessos informáticos relativos aos dados pessoais do
candidato a emprego ou trabalhador ficam sujeitos à legislação específica.
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4º Principio
4. O exercício dos direitos e liberdades referidos no presente artigo tem por base o
respeito pela ordem constitucional e pela dignidade da pessoa humana.
5º Principio
6º Principio
informar ao trabalhador, por escrito, sobre a existência e finalidade dos referidos meios,
valendo estes como meio de prova.
7º Principio
8º Principio
1. O Estado garante a protecção aos pais ou tutores no exercício da sua função social de
manutenção, educação e cuidados de saúde dos filhos, sem prejuízo da sua realização
profissional.
3. O exercício dos direitos previstos nesta subsecção pela trabalhadora grávida, puérpera
ou lactente, depende da informação do respectivo estado ao empregador, podendo este
solicitar os meios comprovativos do mesmo.
3. O exercício dos direitos previstos nesta subsecção pela trabalhadora grávida, puérpera
e lactante, depende da informação do respectivo estado ao empregador, podendo este
solicitar os meios comprovativos do mesmo.
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9º Principio
d) Não ser despedida, sem justa causa, durante a gravidez e até um ano após o parto.
3. A mulher trabalhadora deve ser respeitada e qualquer acto contra a sua dignidade é
punido por lei.
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3. A mulher trabalhadora deve ser respeitada e qualquer acto contra a sua dignidade é
punido por lei.
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4. O trabalhador que no local de trabalho praticar actos que atentem contra a dignidade
de uma mulher trabalhadora é sujeito a procedimento disciplinar.
10º Principio
1. A trabalhadora tem direito, além das férias normais, a uma licença por maternidade
de sessenta dias consecutivos, a qual pode ter início 20 dias antes da data provável do
parto, podendo o seu gozo ser consecutivo.
2. A licença de sessenta dias, referida no número anterior, aplica-se também aos casos
de parto a termo ou prematuro, independentemente de ter sido um nado vivo ou um
nado morto.
5. O pai tem direito a uma licença por paternidade de 1 dia, de 2 em 2 anos, que deve
ser gozada no dia imediatamente a seguir ao nascimento do filho.
6. O trabalhador que pretenda gozar a licença por paternidade deve informar, por
escrito, ao empregador, prévia ou posteriormente ao nascimento do filho.
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1. A trabalhadora tem direito, além das férias normais, a uma licença por maternidade
de 90 dias consecutivos, que pode ter início 20 dias antes da data provável do parto.
4. Por prescrição médica, pelo período de tempo necessário, para prevenir qualquer tipo
de risco clínico, a trabalhadora grávida goza do direito à dispensa, sem prejuízo da
licença por maternidade.
1. O trabalhador tem direito a uma licença por paternidade de sete dias, iniciada no dia
seguinte ao do nascimento da criança.
2. O trabalhador não pode aceder à licença por paternidade no período de um ano e seis
meses após a anterior licença gozada.
Nos regimes das licenças de maternidade e paternidade, a nova Lei do Trabalho estende
os períodos de licença por maternidade e por paternidade, nos artigos 14 e 15,
respectivamente.
Nos termos do artigo 14/1 da nova Lei do Trabalho, a trabalhadora tem direito a uma
licença por maternidade de 90 dias consecutivos, que pode ter início 20 dias antes do
parto. Na Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto, artigo 12, o período da licença por
maternidade é de 60 dias, o que significa que a nova Lei do Trabalho estendeu o período
da licença por maternidade por 30 dias.
Nos termos do artigo 15 da nova Lei do Trabalho, o trabalhador tem direito a uma
licença de paternidade de 7 dias, iniciada no dia seguinte ao do nascimento da criança,
não podendo, contudo, aceder a essa licença no período de um ano e seis meses após a
anterior licença gozada. A licença por paternidade é concedida por 60 dias nos casos de
morte ou incapacidade da progenitora, quando comprovada por entidade sanitária
competente. Na Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto, artigo 12, o período de licença por
paternidade é de um dia, de dois em dois anos, não estando prevista a licença por 60
dias nos casos de morte ou incapacidade da progenitora.
Para Xavier (2018), A expressão fontes de direito" pode revestir vários sentidos (v.g.
órgãos donde emana o direito, razões históricas determinantes da elaboração e
publicação de certos diplomas, modos de formação e revelação das normas jurídicas, ou
seja, os instrumentos que estabelecem essas normas). É este último sentido, "os modos
de formação e revelação de normas jurídicas", que releva para efeitos de interpretação e
aplicação do preceito sob anotação.
Começando pelo Direito constitucional, para além do particular relacionamento que este
ramo do Direito tem com todos os outros (já que a Constituição legitima e fundamenta
todas as outras normas jurídicas, sendo-lhes superior), assinale-se o já referido
fenómeno de constitucionalização do Direito do trabalho.
No que toca ao Direito administrativo, Xavier (2018), aponte-se que o Estado deve
desempenhar, através dos seus órgãos, uma actividade particularmente empenhada no
sentido de que as disposições do Direito do trabalho, mormente na zona do direito de
protecção, sejam cumpridas e efectivadas. Assim, o Direito administrativo de trabalho
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tem particular importância. Por outro lado, e em diversa perspectiva, um sector muito
relevante do Direito administrativo é o que se prende com o trabalho dos funcionários,
cujo estatuto, conforme vimos, se está aproximando do regime privado objecto do
Direito do trabalho.
Quanto ao Direito penal, segundo Xavier (2018) a especial relevância dos valores
protegidos pelo Direito do trabalho, que tem a ver com a pessoa do trabalhador, exige,
muitas vezes, uma tutela jurídico-penal para as respectivas normas, estando previstas
coimas e, esporadicamente, verdadeiras sanções penais relativa- mente às respectivas
infracções.
Também muito próximo do Direito do trabalho está o Direito da segurança social (ou
dos seguros sociais ou da previdência), que numa primeira fase se ocupava da parte do
Ordenamento votada à cobertura de certos ris- cos sociais dos trabalhadores (doença,
velhice, invalidez e morte), mas que, actualmente, se refere a toda a população. Muitos
pontos de contacto existem também no que se refere ao risco desemprego. O regime
jurídico do risco relativo a acidentes de trabalho (bem como, em grande medida, o do
das doenças profissionais) é configurado entre nós como pertencendo ao Direito do
trabalho e a respectiva disciplina está prevista no CT e na legislação especial para a qual
este remete, mas da nossa Constituição e das orientações gerais da Lei da segurança
social pare- ce resultar que os infortúnios laborais (doenças profissionais e acidentes de
trabalho) têm o seu lugar na Segurança Social (Xavier, 2018).
Segundo Xavier (2018), A propósito do Direito processual anote-se que tem vindo a
autonomizar-se o direito processual do trabalho, já que os litígios emergentes das
relações individuais do trabalho são julgados por tribunais de competência
especializada, utilizando um processo especial contido num código de pro- cesso
próprio (Código de Processo do Trabalho). (Xavier, 2018), No que se refere aos vários
ramos do Direito privado:
São evidentes as conexões do Direito do trabalho com o Direito civil, já que as relações
individuais de trabalho são relações jurídicas de Direito pri-vado, de carácter
obrigacional e contratual, aplicando-se-lhes, pois, nesses domínios o Código Civil (uma
vez que o Direito civil, como Direito privado geral ou comum, funciona como
ordenamento subsidiário, aplicável quando não existam soluções específicas desses
ramos especiais).
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Para Xavier (2018), Quanto ao Direito comercial (como se sabe, não se limita ao sector
comercial, estendendo-se também à indústria e a todas as actividades económicas), deve
atentar-se que é nele que se encontram normas importantes no que se refere à entidade
empregadora na veste de comerciante, à empresa e, sobretudo, às sociedades
comerciais, forma que reveste a maior parte dos empregadores.
As relações de trabalho têm cada vez mais tendência a conexionarem-se com as ordens
jurídicas dos vários países, sobretudo por causa dos fenómenos migratórios e também
pela internacionalização da economia e pela existência de empresas transnacionais: daí
que o Direito do trabalho tenha também importantes ligações com o Direito
internacional privado (Xavier, 2018).
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8. Conclusão
9. Referências bibliográficas