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ELI CASTRO
Sumário
FONÉTICA ....................................................................................................................................................................1
ACENTUAÇÃO GRÁFICA ......................................................................................................................................... 4
PONTUAÇÃO .............................................................................................................................................................. 6
USO DO HÍFEN ......................................................................................................................................................... 15
ORTOGRAFIA ............................................................................................................................................................ 17
MORFOLOGIA........................................................................................................................................................... 23
COLOCAÇÃO PRONOMINAL ............................................................................................................................... 31
REGÊNCIA VERBAL ................................................................................................................................................ 35
REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................................................................. 39
CRASE ......................................................................................................................................................................... 41
CRASE E CONCORDÂNCIA .................................................................................................................................. 45
CONCORDÂNCIA VERBAL ................................................................................................................................... 47
CONCORDÂNCIA NOMINAL ................................................................................................................................ 51
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO............................................................................................................ 54
ORAÇÕES COORDENADAS ................................................................................................................................. 59
ORAÇÕES SUBORDINADAS ................................................................................................................................ 63
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ...................................................................................................... 66
INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO TEXTUAL............................................................................................ 69
COESÃO TEXTUAL .................................................................................................................................................. 71
FIGURAS DE LINGUAGEM .................................................................................................................................... 73
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
FONÉTICA
Fonema e Letra
O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos
os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação
gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema
/s/ (lê-se “sê”); já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se “zê”).
Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfa-
beto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:
Exemplos:
1
PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Dígrafo
O dígrafo ocorre quando duas letras representam um único fonema. A segunda
letra é a chamada de letra diacrítica.
Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos (chamados também de nasais).
a) Consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs.
Ex.: guerreiro, queda, chave, nhoque, arrastão, assado, exceção, exsudar, exsicar,
descendente, excitar
Fórmula
NF = NL – NDíg. + NDíf.
O número de fonemas (NF) é sempre o resultado do número de letras (NL) menos
o número de dígrafos (NDíg.) mais o número de dífonos (NDíf.).
EXEMPLOS
- Livraria =
- Campo =
- Guerras =
- Complexo =
- Sentir =
Encontros Vocálicos
Os encontro vocálicos são os seguintes:
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
- Ditongo
- Tritongo
- Hiato
- Glide
1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba.
Pode ser:
a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.
Ex.: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) área, marmóreo, tênue, nódoa, quieto, aquoso.
Vogais e Semivogais
Bizu!!!
Ditongos estranhos
Ex.: Cem, trem, vem, sol, alto, difícil etc.
2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre
nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos:
- Paraguai, iguais, averiguou, delinquiu - Tritongo oral
- Quão, saguão, enxáguem, deságuam - Tritongo nasal
3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas di-
ferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Por Exemplo: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a), rainha (ra-i-nha), ruim (ru-im), aí
(a-í) etc.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
É considerado um falso hiato o encontro entre uma vogal + semivogal + uma vogal
que pertencem a sílabas diferentes, como em prai-a, mei-o, joi-o etc. O que
ocorre é um fenômeno chamado glide, raríssimo em concursos.
Encontros Consonantais
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o
nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos:
a) os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba
(chamados de encontros consonantais perfeitos)
Ex.:
Pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se...
Fique ligado!!!
O M e o N usados após as vogais (havendo nasalização) não são considerados con-
soantes. Por exemplo, na palavra “tempo”, não está ocorrendo encontro conso-
nantal em teMPo. Também não estará ocorrendo encontro consonantal em
“senta” no grupo seNTa. O M e o N são apenas marcas de nasalização, pois não
constituem sons independentes.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Regras que não mudaram com o Novo Acordo Ortográfico
Fique ligado!!!
Alguns gramáticos defendem a ideia de que palavras como série, mágoa ou tê-
nue são exemplos de proparoxítonas. Assim, seriam separadas da seguinte forma:
sé-ri-e, má-go-a e tê-nu-e. Tais gramáticos costumam chamar esses vocábulos,
também, de proparoxítonas eventuais ou proparoxítonas acidentais.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Oxítonas: vatapá, cajá, Pará, você, vocês, café, cipó, paletós, mocotó, avô, mantê-
los, propô-lo, manifestá-la, chapéu, chapéus, papéis, corrói, anzóis etc.
TERMINAÇÃO EXEMPLO
-ém Porém, também, amém etc.
-éns Reféns, armazéns, parabéns
etc.
Monossílabas: cá, fé, é, és, pó, pôs, mês, ré, sós, mês, fê-la, pô-los, dá-las, céu, céus,
réis, réu, réus, dói, róis etc.
Exemplos: aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, saúde, gaúcho, bala-
ústre.
Basta falhar uma dessas condições para não mais haver acento: vai, cai, juiz,
caindo, Luiz.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Exceções:
- Rainha, fuinha, lagoinha, moinho etc.
PONTUAÇÃO
TEORIA DA PONTUAÇÃO
REGRA GERAL
S + V + C + Adj. Adv.
As vírgulas que aparecem abaixo estão erradas porque ferem a regra geral:
- A atividade de inteligência, é o exercício de ações especializadas para a obtenção
e análise de dados.
- Todas as iniciativas do governo federal, não surtiram efeito porque os fatos exi-
giam, mais comprometimento.
- Quem deixou para fazer o cadastro no último dia, passou por vários constrangi-
mentos.
- Muitos pensam no futuro; outros, evitam essa reflexão.
É possível usar uma unidade de vírgula entre:
O complemento e o adjunto adverbial, ainda que este esteja em sua posição pa-
drão.
Exemplos possíveis:
- João deixou a cidade à tarde.
- João deixou a cidade, à tarde.
- Eu vou estudar só sem você.
- Eu vou estudar só, sem você.
- O jornalista trouxe as informações de Santa Catarina.
- O jornalista trouxe as informações, de Santa Catarina.
REGRAS ESPECÍFICAS
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e
dois banheiros.
A pontuação abaixo também está correta:
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço,
dois banheiros.
A pontuação abaixo, contudo, está incorreta: não se usa “, e” para concluir lis-
tas.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, e
dois banheiros.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
CONJUNÇÕES X PONTUAÇÃO
CONJUNÇÕES PEQUENAS (VERSÃO I)
____________________, e _____________________
Ou _________________, ou ___________________
____________________, mas ___________________
____________________, pois ___________________
____________________, porque ________________
____________________, que ___________________
____________________; e _____________________
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PORTUGUÊS
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Ou _________________; ou ___________________
____________________; mas___________________
____________________; pois___________________
____________________; porque________________
____________________; que___________________
Exemplos:
- A saúde é um direito fundamental; o povo, entretanto, padece em hospitais cada
vez mais sucateados.
- A saúde é um direito fundamental; o povo padece, entretanto, em hospitais cada
vez mais sucateados.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Cuidado!!!
A pontuação abaixo é considerada indevida.
- Ele já enganou várias pessoas, portanto, não é digno de confiança.
____________________; porém________________
____________________; contudo_______________
____________________; entretanto_____________
____________________; no entanto_____________
____________________; em contrapartida_______
____________________; todavia________________
____________________; portanto_______________
____________________; logo__________________
____________________; assim_________________
____________________. Porém,________________
____________________. Contudo,______________
____________________. Entretanto,____________
____________________. No entanto,____________
____________________. Em contrapartida,______
____________________. Todavia,_______________
____________________. Portanto,______________
____________________. Logo,_________________
____________________. Assim,________________
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PORTUGUÊS
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PONTO
PONTO E VÍRGULA
- A maioria dos alunos passou de ano; porém não houve a tradicional festa de
formatura por conta da pandemia.
b) num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
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PORTUGUÊS
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DOIS-PONTOS
c) Introduzir um esclarecimento:
- O ministro conseguiu realizar seu maior desejo: todos os órgãos de combate ao
desmatamento foram fechados.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
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PORTUGUÊS
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PONTO DE EXCLAMAÇÃO
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensí-
vel e muito repousante, Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
Nota:
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
- Oh!
- Valha-me Deus!
- Vixe!!!
RETICÊNCIAS
ASPAS
As aspas são empregadas:
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PORTUGUÊS
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- Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa
época, pois é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana".
TRAVESSÃO
Emprega-se o travessão para:
PARÊNTESES
Os parênteses são empregados para:
a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário:
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PORTUGUÊS
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USO DO HÍFEN
Principais regras
Regra de partida
O esquema dos VANS:
VERBO Vaga-lume
ADJETIVO Boa-fé
NUMERAL Segunda-feira
SUBSTANTIVO Mesa-redonda
O esquema do – ÉM / – EM
Aquém Aquém-mar
Além Além-Atlântico
Recém Recém-eleito
Sem Sem-vergonha
Bem Bem-aventurado
O esquema do MAL
Vogal Mal-agradecido
MAL H Mal-habituado
L Mal-limpo
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PORTUGUÊS
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contra-ataque
HÍFEN
ORTOGRAFIA
PALAVRAS E EXPRESSÕES HOMÓFONAS
Algumas palavras ou expressões, muitas vezes, são bastante parecidas na ortogra-
fia e são, até iguais na pronúncia. Chamamos, portanto, palavras e expressões ho-
mófonas. A seguir, apresento uma lista de tais palavras e expressões que podem
aparecer em sua prova.
01 - Abaixo/ A baixo
- Abaixo revela o sentido de lugar menos elevado, inferior.
● Para João, era inaceitável que ocupasse uma posição abaixo da de suas verda-
deiras pretensões.
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PORTUGUÊS
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03 - Acima / A cima
- Acima retrata o sentido de “um lugar mais elevado, superior”.
● Como na antiga grade havia matérias afins, pude adiantar bastante o meu curso.
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PORTUGUÊS
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08 - A par/ Ao par
- A par significa estar ciente de algo, informado sobre um determinado assunto.
09 - Demais/ De mais
- Demais, caracterizado como advérbio de intensidade, se equivale a muito, ex-
cessivamente.
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PORTUGUÊS
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10 - Há/ A
- Há, depreendendo o sentido de impessoalidade (por isto permanece sempre na
terceira pessoa do singular), revela o sentido de existir ou fazer.
-O A , tanto pode indicar tempo futuro (que se conta de hoje para o futuro) ou
apenas se revelar como uma preposição.
11 - Mas/ Mais
- Mas integra a classe das conjunções, revelando o sentido de ideia contrária, opo-
sição.
12 - Mau/ Mal
- Mau pertence à classe dos adjetivos, podendo ser utilizado quando significar o
contrário de “bom”.
● Carlos foi mal sucedido durante o tempo em que atuou nesta profissão.
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PORTUGUÊS
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13 - Onde/ Aonde
- Onde é utilizado mediante o emprego de verbos que indicam sentido estático,
permanente.
- Aonde é utilizado com verbos que indicam movimento, e que exijam a preposi-
ção “a”, a saber: ir, voltar, retornar, dirigir-se e conduzir-se.
14 - Se não/ Senão
- Se não equivale a caso não, indicando, assim, uma probabilidade.
● Se não chover, iremos ao cinema amanhã.
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PORTUGUÊS
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20 - A PRINCÍPIO / EM PRINCÍPIO
A princípio = no começo, no início, inicialmente.
Ex.: A princípio, ele parecia ser um homem honesto e prestativo.
Em princípio = em tese, antes de mais nada, antes de tudo.
Ex.: Em princípio, concordamos com as informações prestadas pelo reclamante.
Exemplos:
- Por que você não vai ao cinema conosco?
- Juro que não sei por que ela foi embora.
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PORTUGUÊS
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c) Quando for a junção da preposição “por” mais o pronome relativo “que”. Nesse
caso, poderá ser substituído pelas seguintes estruturas: pelo qual, pela qual, pe-
los quais ou pelas quais.
Exemplos:
- Os assuntos por que o jovem se interessava tinham muita relevância.
- A dificuldade por que passei me ajudou a vencer na vida.
Exemplos:
- Ela chegou tarde por quê?
- Agora você sabe por quê, certo?
- Ela chora muito e eu não sei por quê.
Exemplos:
- Ela foi à praia porque queria relaxar.
- Porque houve uma pandemia, o planeta se reestruturou.
Exemplos:
- O porquê de ela não ter ido à festa ainda é um mistério.
- Diga-me dois porquês para não fazer o que devo.
MORFOLOGIA
As classes de palavras
Qualquer idioma necessita de palavras para que a comunicação se estabeleça.
Quando essas palavras se organizam para formar um texto, adquirem significa-
ções específicas: nomear seres, indicar características, qualidades, fazer conexões
etc. De acordo com essas significações, as palavras da língua portuguesa estão
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
1 - SUBSTANTIVOS
São as palavras que dão nome aos seres e às coisas em geral.
Como identificá-los em um texto? Os substantivos, em tese, virão acompanhados
de um determinante (artigo, pronome, numeral, adjetivo e/ ou locução adjetiva).
Leia o fragmento abaixo:
TEXTO
(...)
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava
mais na modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em
conta os interesses individuais e as ambições, que faziam parte do mundo mo-
derno. Mas como fazer isso sem deixar que tais interesses e ambições degene-
rassem o sistema político? Montesquieu foi quem ofereceu o melhor modelo,
que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos regimes democráticos.
(...)
Internet: <https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)
CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL DOS SUBSTANTIVOS
a) Comum:
Indica um nome genérico, aberto e sem história no contexto.
Exemplos: criança, rio, cidade, mesa, garrafa etc.
b) Próprio:
É aquele que particulariza uma coisa ou um ser. Os substantivos próprios têm
uma história no contexto.
Exemplos: Ayrton Senna, Recife, Gramado, Fortaleza, Audi, Pão de açúcar, Heine-
ken, Coca-Cola etc.
c) Concreto:
Nomeia coisas ou seres (reais ou imaginários) de existência independente de ou-
tros seres.
Exemplos: Casa, cobra, livros, mar, areia, rato, Deus, Saci, etc.
d) Abstrato:
Nomeia seres ou coisas que dependem de outros seres ou de outros coisas para
existir.
Exemplos: ódio, solidão, beleza, medo, pavor, salto, fuga, vantagem, amor etc.
e) Coletivo:
Indica uma multiplicidade de coisas ou seres de uma mesma espécie.
Exemplos: antologia (de livros), conselho (de membros de associações, de parla-
mentares, de classe etc.), horda (de bandidos, de bárbaros), banca (de examinado-
res), vara (de porcos) etc.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
ARTIGOS
São as palavras que acompanham os substantivos, modificando-os ou determi-
nando-os, isto é, indicando gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou
plural). Os artigos podem ser definidos ou indefinidos.
Ex.:
- João encontrou as pessoas.
- João encontrou umas pessoas.
- João encontrou Ø pessoas.
ESQUEMATIZANDO
O “COMBO” DE PRONOMES
Pronome demonstrativo Pronome relativo
O que
Os que
A que
As que
Exemplos:
- A maioria das manifestantes deixou a praça; as que ficaram organizaram um
novo protesto.
- O que aconteceu ontem será investigado pela escola.
- Eu discordo do que o ministro falou.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
ADJETIVOS
São palavras que caracterizam os seres e as coisas em geral, podendo expressar
qualidade, estado, modo de ser, aparência etc. Os adjetivos sempre orbitam a “at-
mosfera” do substantivo. Portanto, onde há substantivos, há grandes chance de
se notar, no mínimo, um adjetivo.
Ex: combativo, mau, amargurado, arrogante, tristíssimo etc.
NUMERAIS
São palavras que quantificam, ordenam, multiplicam ou fracionam o substantivo.
Os numerais podem ser:
Cardinais: Indicam uma quantidade determinada de seres. Exemplos: um, dois,
três...
Ordinais: Indicam a ordem (posição) que o ser ou a coisa ocupa numa série. Exem-
plos: primeiro, segundo, terceiro...
Multiplicativos: Expressam ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtu-
plo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, undécuplo e duodécuplo.
Fracionário: Expressa ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade
foi dividida. Exemplo: um meio, um terço, dois quartos, dois quintos...etc.
Obs.: Ambos e Ambas são considerados numerais duais.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Artigo x numeral
- Vi uma pessoa estranha lá fora.
- Comi três maçãs, duas bananas e uma laranja.
Meio (substantivo)
- No meio do campo, todos os jogadores rezavam.
PRONOMES
Os pronomes, genericamente, podem ser classificados como substantivos ou ad-
jetivos.
Pronomes substantivos
Esses pronomes substituem substantivos e são um dos elementos responsáveis
pela coesão textual.
- Ela chegou cedo.
- Nunca os vi na vida.
- A criança comeu tudo.
Pronomes adjetivos
Esses pronomes acompanham um substantivo e também colaboram para a coe-
são do texto.
- Minha prima viajou ontem.
- Não dou atenção a certas pessoas.
- Essas meninas são inteligentes.
Pronomes pessoais
Pessoais Retos Pessoais Oblíquos
Átonos Tônicos
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Eu Me Mim, comigo
Tu Te Ti, contigo
Ele, Ela O, a, se, lhe Ele, ela, si
Nós Nos Nós, conosco
Vós Vos Vós, convosco
Eles, elas Os, as, se lhes Eles, elas, si
Pronomes de tratamento
Pronomes de Abreviatura Abreviatura Plural Usados para:
tratamento Singular
Você V. VV. Usado para um trata-
mento íntimo familiar.
Vossa Senhoria V. Sª V. Sªs Pessoas com um grau
de prestígio maior.
Usualmente, os em-
pregamos em textos
escritos como: corres-
pondências, ofícios, re-
querimentos etc.
Vossa Excelência V. Exª V. Exªs Usados para pessoas
com alta autoridade,
como: Presidente da
República, Senadores,
Deputados, Embaixa-
dores etc.
Vossa Eminência V. Em.ª V. Em.ªs Usados para cardeais.
Vossa Alteza V. A. VV. AA. Príncipes e duques.
Vossa Santidade V. S. - Para o Papa.
Vossa Reveren- V.Rev.mª V.Rev.mªs Sacerdotes em geral.
díssima
Vossa Paterni- V. P VV. PP. Superiores de ordens
dade religiosas.
Vossa Magnifi- V. Mag.ª V. Mag.ªs Reitores de universi-
cência dades
Vossa Majestade V. M. VV. MM. Reis, rainhas e impera-
dores.
Pronomes indefinidos
Os pronomes indefinidos podem ser variáveis, isto é, sofrer flexão de gênero e
número, ou invariáveis.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
PRONOMES INDEFINIDOS
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
Algum(a), nenhum(a), todos(a)(s), outro(a)(s), alguém, ninguém, tudo, ou-
muitos (a)(s), pouco (a)(s), certo (a)(s), vário trem, nada, quem, cada, algo.
(a)(s), tanto(a)(s), bastante (s), quanto (a)(s),
qualquer, quaisquer, qual, quais, tal, tais, um
(a)(s).
Pronomes interrogativos
Pronomes interrogativos são os pronomes “quem”, “quanto”, “qual”, “que” usados
na formulação de frases interrogativas diretas ou indiretas.
Exemplos:
- Quem vai gabaritar o simulado hoje?
- Quantos alunos têm gramática?
- Que é isso?
- O que houve com você?
- Qual é o resultado desse problema?
- Não entendi por que ela ficou chateada.
Pronomes possessivos
O nome sugere, claramente, a sua função: indicar relação de posse. São estes:
Meus (s), minha (s), teu (s), tua (s), seu (s), nosso (s), nossa (s),
vosso (s), vossa(s).
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Pronomes demonstrativos
Os pronomes demonstrativos “apontam” para algo ou alguém. Servem para pre-
cisar dados, pessoas ou fatos que ocorram num texto.
Pronomes relativos
Os pronomes relativos são aqueles que se relacionam com outros elementos do
texto, a saber: substantivos (na maioria das vezes).
B) O pronome ONDE só se refere a um lugar: rio, praça, casa, bolso, quintal etc.
FRASES CORRETAS
- Ele conheceu a praça onde havia muitas barracas com comidas exóticas.
- Ele conheceu a praça em que havia muitas barracas com comidas exóticas.
- Ele conheceu a praça na qual havia muitas barracas com comidas exóticas.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
D) O pronome CUJO(A)(S) estabelece relação de posse e não pode ser trocado pelo
QUE.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos,
vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Advérbios: só, apenas, muito, pouco, cedo, tarde, ali, aqui, também etc.
- Aqui se fazem homens e mulheres.
- O aluno também se incomodou com o fato.
- Sempre me dediquei aos meus projetos.
- Talvez o veja depois do almoço.
Obs: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pro-
nome.
- Aqui, trabalha-se.
- Ontem, revelei-lhe toda a verdade.
- O problema, principalmente, deve-se a fatores externos.
CASOS FACULTATIVOS
a) Diante de substantivos quando funcionam como sujeito:
- Os alunos se aproximaram.
- Os alunos aproximaram-se.
b) Diante de pronomes retos:
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
- Convidar-me-ão para a festa.
- Levar-vos-ia ao cinco se não fosse dia de trabalho.
- Revelar-lhe-ei meus segredos.
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
- Não me convidarão para a festa.
- Algo te levará a um bom destino.
ÊNCLISE
Usa-se ênclise sempre que:
a) Iniciar frase.
b) Houver caso de facultatividade.
c) Houver pausa marcada por sinal gráfico.
d) Não houver palavra atrativa.
e) Não houver verbo no futuro do presente ou do pretérito.
Exemplos:
- Sente-se aqui.
- Ela chegou cedo do trabalho, arrumou-se e foi à festa.
- O povo levou-o à presidência.
- Eu disse-lhe a verdade.
- Vossa Senhoria perguntou-me algo?
Regras detalhadas
A ênclise será sempre obrigatória no início de período.
- Amo-te muito, meu amor!
- Dá-me mais um pouco de vinho?
- Comprei-o no mês passado.
Regras particulares
a) Com o verbo no imperativo afirmativo:
- Alunos, comportem-se.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou de-
pois do verbo principal.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá SOMENTE antes do verbo au-
xiliar.
- O preso sempre lhe havia contado a verdade.
Infinitivo
- A polícia não nos pode revelar a verdade.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Gerúndio
- As crianças agora me vêm perguntando muitas coisas.
- As crianças agora vêm perguntando-me muitas coisas.
REGÊNCIA VERBAL
Conceito
Ocorre quando o termo regente (um verbo) se liga ao seu termo regido (o com-
plemento verbal) por meio de uma preposição ou não. Aqui, é fundamental o co-
nhecimento das transitividades verbais. Os verbos podem assumir as seguintes
transitividades:
a) Verbo transitivo direto (vtd)
b) Verbo transitivo indireto (vti)
c) Verbo transitivo direito e indireto/ bitransitivo (vtdi)
d) Verbo intransitivo (vi)
Instalando o “aplicativo”
APLICATIVO
LADO A LADO B
RODADA 01
- Todos os generais deixaram o castelo.
- As crianças quebraram os brinquedos.
- Isso muda o mundo.
- Resolveram os problemas os cientistas.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Demitir
Imprimir
RODADA 02
- O povo concorda com a imprensa.
- Em Deus confiam os cristãos.
- O aluno recorreu ao diretor.
- De mantimentos carecem os desabrigados.
- Essas obras contribuem para o progresso.
Ex.:
- O homem se arrependeu dos seus pecados.
- O jornal refere-se aos casos de irregularidade.
- Todos se interessam por liberdade.
RODADA 03
- O político entregou a obra ao povo.
- O político entregou ao povo a obra.
- O professor apresentou o filho aos amigos.
- O governo preveniu os brasileiros da nova pandemia.
CUIDADO!
Alguns verbos se parecem muito com VTDI, mas não o são.
- A médica receitou o remédio ao paciente.
- A médica trocou o remédio do paciente.
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PORTUGUÊS
ELI CASTRO
Nas frases acima, os dois verbos são bitransitivos? Antes de responder, veja as
construções a seguir:
- A médica receitou [ ] ao paciente.
- A médica trocou [ ] do paciente.
RODADA 04
Verbos intransitivos
- Têm sentido completo.
- As frases podem parar neles.
- O paciente tossiu.
- O amor existe.
- O salário saiu.
CONTUDO, CUIDADO!
Algumas frases podem induzir você a interpretar certas estruturas de forma er-
rada, a saber:
- O homem chorou Ø.
- O homem chorou ao entardecer.
- O homem chorou de raiva.
- O homem em casa.
- O homem chorou para comover a família.
- O homem chorou com os amigos.
- O homem chorou por duas horas.
Conclusões
a) Nem tudo que é introduzido por preposição é objeto indireto;
b) Quando o verbo exige a preposição, tem-se um objeto indireto.
c) Quando o verbo aceita a preposição, tem-se um adjunto adverbial.
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Só para lembrar:
Tipo de Verbo Exigência
VTD Objeto Direto (OD)
VTI Objeto Indireto (OI)
VTDI OD e OI
VI Ø
Obs: “Ø” quer dizer que não vai aparecer nem OD nem OI na frase.
Verbos de ligação
Os verbos de ligação são aqueles cuja função é conectar o sujeito a uma qualifica-
ção. A estrutura qualificadora cumprirá a função sintática de Predicativo do Su-
jeito. Logo, esses verbos servem para indicar estados ou qualidades do sujeito. São
estes:
- Ser, estar, permanecer, ficar, andar (= estar), viver (= estar), tornar-se, continuar,
parecer.
Detalhe 01: Esses verbos não podem ser usados no “aplicativo”, pois não têm
transitividade. Você, deve, portanto, memoriza-los como verbos de ligação.
Combinado?
Detalhe 02: Verbos de ligação não têm, nunca, objeto direto ou mesmo indireto.
Exemplos?
- O planeta está confuso.
- Parecem confusas as análises do ministro.
- São confusas as análises do ministro.
- Tornou-se complexa a situação do prefeito.
- O clima, depois da reunião, ficou pesado.
- O prefeito anda preocupado.
- Aquele candidato vive mal-humorado.
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REGÊNCIA NOMINAL
Verbos supostamente de ligação
São, aqueles que, pela morfologia (pela aparência), lembram verbos de ligação.
Contudo, não conseguem dar ao sujeito qualificação alguma.
Exemplos:
- Os senadores ainda estão em Fortaleza.
- Os policiais permanecem no local do crime.
- A mãe ficou com as crianças.
Note que “em Fortaleza”, “no local do crime” indicam ideia de lugar, e não de es-
tado. Logo, são Adjuntos Adverbiais de lugar. Quando isso ocorre, o verbo não
pode mais ser considerado de ligação. Ele deverá ser reconfigurado e, assim, as-
sume o caráter de verbo intransitivo.
REGÊNCIA NOMINAL
Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – exi-
gem complemento para que os sentidos da frase fiquem estabilizados. Essa rela-
ção entre o nome e seus complementos é estabelecida pela presença de preposi-
ção e gera uma função sintática chamada complemento nominal.
Antes, vamos fazer uma comparação:
Lucas obedece aos pais.
Lucas tem obediência aos pais.
Lucas é obediente aos pais.
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Exemplos:
1 – O fiel expôs a sua crença em Deus.
2 – A médica chegou desgostosa com as condições de trabalho.
3 – Ele fez a tarefa contrariamente aos pedidos da mãe.
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CRASE
Teoria
O uso do acento grave é produto da fusão de duas vogais idênticas: a + a : à (fusão).
O primeiro “a” é uma preposição, e o segundo “a” é um artigo.
Obs: o artigo “a” pode, também, aparecer no plural (“as”).
Uma estatística
- 85% das ocorrências de acento grave se dão por fusão.
- 15% das ocorrências de acento grave se dão por “acento diferencial”
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Detalhando a tabela:
ANTES PREPOSIÇÃO FUSÃO ARTIGO DEPOIS
VTI A À OU ÀS A OU AS SUB. FEM
VTDI A À A -QUILO,
-QUELE (A)(S)
OBSERVAÇÃO
As formas craseadas “à qual” e “às quais” podem ser substituídas por “a que”, sem
crase.
CASO ESPECIAL I
Em alguns casos, um “à” ou um “ás” é equivalente a “àquela(s). Nesses casos, o
substantivo feminino fica implícito no texto.
A novela que ele viu é semelhante à que passou nos anos de 1980.
[A novela que ele viu é semelhante àquela que passou nos anos de 1980.]
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CASOS FACULTATIVOS
a) Antes de pronomes possessivos femininos no singular.
b) Antes de nomes próprios femininos.
c) Depois da preposição “até”.
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CRASE E CONCORDÂNCIA
01. Outros foram enviados a campos de refugiados ou regiões inóspitas dentro
do próprio país, como ocorreu com a família de Mukasonga. (linhas 31 e 32). Assi-
nale a alternativa em que a substituição do segmento sublinhado tenha sido feita
de acordo com a norma culta. Não leve em conta alterações de sentido.
A) à Brasília
B) à terra firme
C) à casa
D) à Fortaleza de José de Alencar
E) à lugares desconhecidos
CONCORDÂNCIA VERBAL
Princípios
- Em geral, quem dita as regras do jogo é o sujeito. Ou seja, será o sujeito o termo
sintático responsável pelo “movimento” do verbo.
- “Movimento” quer dizer, na linguagem da gramática, flexão verbal.
- O verbo sofre seis (06) flexões: três no singular e três no plural.
Em provas de concurso, entretanto, as flexões que dominam são as da terceira do
singular e as da terceira do plural, ou seja, as bancas costumam exigir apenas duas
flexões.
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Assim, o que elas mais gostam de fazer é pedir ao candidato para avaliar se um
verbo pode sair do singular e ir para o plural (ou vice e versa).
Exemplo:
- O movimento das comunidades modificou as regras daquele município.
( ) A substituição de “modificou” por “modificaram” mantém a correção grama-
tical.
Dica: pergunte ao verbo assim: “quem modificou as regras?”
1º ESCALÃO DE REGRAS
Construções erradas:
- O programa dos novos médicos brasileiros mudaram as formas de gestão.
- As iniciativas da coordenadoria do projeto ambiental trouxe ânimo ao povo indí-
gena.
- Um número cada vez mais crescente de alunos motivados pelas novas tecnolo-
gias digitais invade as salas de recrutamento de grandes empresas.
3. É comum que o sujeito seja deslocado (daí a frase fica na “ordem indireta”)
para o meio ou o fim do período a fim de confundir o candidato.
No início do século 20, não passava dos 40 anos a expectativa de vida ao nascer
nos países da Europa mais desenvolvida.
A cada um dos envolvidos nos casos dedicou uma página o jornal.
CUIDADO!!!!
Se o verbo estiver anteposto ao sujeito composto, poderá concordar com o núcleo
mais próximo ou ir para o plural.
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Nível básico:
- Deixou a cidade o pai e a mãe.
- Deixaram a cidade o pai e a mãe.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Nível avançado:
- Embora modifique as regras a prefeitura e o governo do estado, ainda não se
mostrou eficaz o projeto de lei e a medida provisória.
- Embora modifiquem as regras a prefeitura e o governo do estado, ainda não se
mostraram eficazes o projeto de lei e a medida provisória.
4- Quando o sujeito for uma oração (ou seja, sua base for um verbo), lembre-
se de que o verbo fica, obrigatoriamente, na 3ª pessoa do singular.
Na ordem direta:
- Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar gordura.
- Quem anula o seu voto dá as costas à democracia.
- Que as fake news mudaram o país é fato.
Na ordem indireta:
- Coube ao povo modificar as políticas públicas de segurança.
- É fundamental que todos busquem a tolerância.
- Perdeu a vergonha quem destruiu o sentido de povo.
Atenção!!!
Mesmo que haja dois, três, quatro etc. verbos no infinitivo, a regra do sujeito
oracional permanece.
- Estudar muitas horas por dia e cuidar da dieta exige muita força e muita fé.
- A partir da Segunda Guerra Mundial, tornou-se possível prevenir e tratar diversas
enfermidades
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7- Quando o sujeito estiver na voz passiva sintética, cuidado para não con-
fundi-lo com o objeto direto.
Nível básico:
- Dominou-se o suspeito rapidamente.
- Vende-se casa.
Dedicam-se homenagens ao mártir daquele país.
Nível avançado:
- Não se dá aos brasileiros a chance de crescer. (Frase certa)
- Devem-se explicar os casos de irregularidade. (Frase certa)
Exemplos:
- Destruíram os conceitos de gentileza.
- Mataram a democracia.
- Picharam as estátuas.
- Clonaram a minha senha.
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Exemplos:
- Acredita-se em milagres.
- Gosta-se de festas juninas.
- Pouco se discordou dos depoimentos.
- Sempre se sofre muito no Brasil.
- Assiste-se a um novo momento cultural no Brasil.
- Era-se desconfiado naquela cidade.
Cuidado!!!
O verbo EXISTIR, contudo, é pessoal e passa, automaticamente, a ter sujeito. Ou
seja, o objeto direto do verbo HAVER será, portanto, o sujeito do verbo EXISTIR.
Sempre!!!
- Existiam muitas brigas naquela escola.
- Grandes eventos existiram no auditório.
- Faz trinta dias que o edital saiu.
- Há doze anos que ele deixou o país.
- Neva na serra gaúcha.
- Chove muito em Londres.
- Já amanheceu!
Exceções
- Muitos flocos bonitos nevavam naquela cidade europeia.
- Choviam péssimas notícias nos jornais.
- Eram seis horas quando a polícia chegou.
- São dez horas.
- Hoje são 15 de julho.
Ex.:
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DETALHE:
De 0,0% até 1,9% significa SINGULAR. De 2,0 até o infinito, PLURAL.
Ex.:
- 30% da empresa receberam críticas.
- 30% da empresa recebeu críticas.
- 1,8% dos brasileiros pedia a intervenção militar.
- 1,8% dos brasileiros pediam a intervenção militar.
Exceção:
Caso surja o artigo “OS” (ou outro determinante, como ESSES, ESTES, AQUELES)
antes dos percentuais, o verbo irá, OBRIGATORIAMENTE, para o PLURAL.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regra geral
O adjetivo e as palavras adjetivas (artigos, numerais e pronomes) concordam em
gênero e número com o substantivo a que se referem.
- As minhas revistas novas estão no quarto.
Casos especiais I
1º. Caso:
Quando o adjetivo é posposto a vários substantivos do mesmo gênero, ele vai para
o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
2º. Caso:
Se os substantivos forem de gêneros diferentes, o adjetivo pode ir para o plural
masculino ou pode concordar com o substantivo mais próximo.
Mais um exemplo:
- A cidade, o hospital, a lanchonete e o bar antigo foram varridos pelo temporal.
- A cidade, o hospital, a lanchonete e o bar antigos foram varridos pelo temporal.
Cuidado!
A concordância nominal não apenas ocorre no nível morfossintático, mas tam-
bém no semântico.
- João comprou uma casa e um carro esportivo.
- Lucas tem um gato e um cão valente.
3º. Caso:
Quando o adjetivo posposto funciona como predicativo, vai obrigatoriamente
para o plural e concorda com o sujeito.
- O caju e a laranja são azedos.
- A cidade, o hospital, a lanchonete e o bar estão devastados.
Cuidado!
- Os livros e as revistas são antigas. ( Certo ou Errado?)
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Casos especiais II
1º. Caso:
Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos, concorde com o mais pró-
ximo.
- Ele era dotado de extraordinária coragem e talento.
- No hospital, percebi os cansados médicos e enfermeiras.
2º. Caso:
Quando o adjetivo anteposto funciona como predicativo, pode concordar com o
substantivo mais próximo ou pode ir para o plural.
- Estava deserta a casa e o barraco.
- Estavam desertos a casa e o barraco.
3º Caso
Quando há apenas um substantivo e mais de um adjetivo. Nesses casos, há duas
possibilidades de estrutura:
1ª . Possibilidade:
- O produto conquistou o mercado europeu e o americano.
2ª . Possibilidade:
- O produto conquistou os mercados europeu e americano.
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2º. Caso:
As palavras quite, obrigado, anexo (incluso ou apenso), obrigado, mesmo, pró-
prio e leso são adjetivos. Devem, portanto, concordar com o nome a que se refe-
rem.
- Nós estamos quites com o banco.
- Tu pareces quite com a secretaria.
- Ela mesma fez o café.
- As crianças mesmas fizeram o café da manhã.
- Os alunos próprios decidiram tudo.
- “Muito obrigada!”, disse a filha.
- Muito obrigados, mestre!”, disseram os alunos.
- Seguem anexos os formulários.
- Vai a ficha anexa ao e-mail.
- As documentações seguem em anexo.
- Estão inclusas todas as regras.
- Vão apensos os contratos.
EXERCÍCIOS
01. A frase em que a concordância nominal está correta é:
A) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo eram o melhor sinal
da prosperidade familiar.
B) Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão onde se encontravam os doen-
tes.
C) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na sua pacata
e linda chácara do interior.
D) Esse livro e caderno antigos não são meus, mas poderão ser importantes para
a pesquisa que estou fazendo.
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05. “Fazia ............................... elogios, embora as saudações fossem agora ........................ en-
fáticas para uns e talvez ............................... evasivas para outros”.
A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
A) bastante / menos / meio;
B) bastantes / menas / meia;
C) bastante /menos / meia;
D) bastantes / menas / meio;
E) bastantes / menos / meio.
Termos da oração
01 – Essenciais
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- Sujeito
- Predicado
02 – Termos integrantes:
- Objeto direto
- Objeto indireto
- Complemento nominal
- Agente da passiva
03 – Termos acessórios:
- Adjunto adnominal
- Adjunto adverbial
- Aposto
- Vocativo*
Sujeito
Palavra ou expressão que pratica, sofre ou pratica e sofre (ao mesmo tempo) a
ação verbal. O sujeito pode também simplesmente receber uma qualidade, sem
desenvolver ação verbal alguma.
a) Simples
Quando possui apenas um núcleo (geralmente um substantivo). Esse núcleo traz
a ideia principal do sujeito:
- O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais é necessário tanto para as ativi-
dades artísticas como para as científicas.
- A pandemia mudou o mundo.
b) Composto
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d) Indeterminado.
Quando ele não está expresso e não podemos reconhece-lo pela terminação do
verbo ou mesmo pelo contexto.
Há, portanto, duas regras específicas para reconhecermos os casos de sujeito in-
determinado:
1º) Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, sem que se notem ante-
cedentes no texto:
2º) Quando o verbo (VTI, VI ou VL) está na terceira pessoa do singular acom-
panhado do pronome “se” (índice de indeterminado do sujeito):
- Pouco se discordou dos depoimentos prestados ontem.
- Sempre se sofre muito no Brasil, pois a ignorância é implacável.
- Assiste-se a um novo momento cultural no Brasil.
- Era-se desconfiado naquela cidade.
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f) Sujeito oracional
Quando o sujeito é formado por uma estrutura verbal. Trata-se de uma oração
subordinada substantiva subjetiva ou de uma oração reduzida de infinitivo.
O PREDICADO
a) Predicado verbal é aquele que tem como núcleo um verbo.
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- Ela é esnobe.
- Estão falidos os discursos moralistas.
- O presidente anda nervoso.
- A vida é um espirro.
Atenção às reescrituras:
- Os jogadores, cansados, andam pelo gramado.
- Cansados, os jogadores andam pelo gramado.
- A aluna, preocupada, deixou o auditório.
- Distraído, o professor fez a chamada.
02 – Termos integrantes
Objeto direto
Objeto indireto
Complemento (sempre preposicionado) que estabiliza a carência semântica
do verbo.
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ORAÇÕES COORDENADAS
Princípios:
São estruturas independentes.
Podem ser ligadas, ou não, por conjunção.
São, portanto, sindéticas ou assindéticas.
Demonstrando os princípios:
A criança comeu todo o lanche. A criança estava faminta. (orações independentes)
A criança comeu todo o lanche, pois estava faminta.
(período composto sindético)
A criança comeu todo o lanche: estava faminta.
(período composto assindético)
Obs.: costuma-se usar uma (01) vírgula nas assindéticas aditivas e alternativas,
ponto e vírgula nas conclusivas e dois pontos nas explicativas. Isso, contudo, não
é uma regra, é um costume seguido por muitos bons redatores. A vírgula e o
ponto e vírgula podem isolar todas as coordenadas assindéticas. Por outro lado,
é quase um consenso que só as explicativas podem ser isoladas por dois pontos.
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2. Adversativas
Expressam a valor de oposição, constante, restrição ou mudança de assunto:
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; porém aquela semana foi de muita
chuva. (oposição)
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- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana foi, PORÉM, de
muita chuva.
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana foi de muita chuva,
PORÉM. (construção cultíssima)
- O homem foi picado por uma cascavel, entretanto passa bem. (contraste)
- Adorei o seu jantar, mas use menos pimenta da próxima vez. (restrição)
- Corrupção é o tema do dia, mas vamos falar de futebol. (a conjunção “mas” indica
mudança de assunto).
3. Alternativas
Expressam alternância de ideias ou revezamento de ações:
- Venha logo ou perderá a sua vaga.
- Ora bebiam, ora comiam.
- Quer em casa, quer no trabalho ele sempre arranja confusão.
- Talvez chegue cedo, talvez demore muito.
4. Conclusivas
Expressam ideia de conclusão, consequência, ou seja, dizem o inevitável:
- A humanidade não tem vacina contra o coronavírus, portanto estamos todos
vulneráveis uma nova onda de contaminação.
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; merece, pois, toda a con-
fiança da empresa.
- Os cães passaram três dias sem comer, por conseguinte estão famintos.
- Os preços dos carros caíram muito na última década, logo é normal o aumento
dos engarrafamentos nas grandes cidades.
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- Os preços dos carros caíram muito na última década, é, logo, normal o aumento
dos engarrafamentos nas grandes cidades.
PARTICULARIDADES
Com relação às orações coordenadas ainda se deve levar em conta que:
1) As orações coordenadas sindéticas aditivas podem estar correlacionadas atra-
vés das expressões: (não só) ..., mas também. (não somente) ..., mas ainda, (não só)
... como também. Exemplo:
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ORAÇÕES SUBORDINADAS
Exemplos:
- O aluno que se dedica aos estudos passa.
- O jornal denunciou os políticos corruptos que são filiados ao MDB.
- O aluno, que é uma peça fundamental da escola, deve estar disposto a apren-
der.
- O jornal denunciou os políticos corruptos, que são filiados ao MDB.
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- Michel Temer – que já foi o presidente do país – é visto, por muitos, como um
golpista.
Obs.: dos cinco conectivos, somente “que” e “se” podem ser chamados de con-
junção integrante.
Dicas importantes:
Somente uma dessas seis orações será antecipada por sinal gráfico (: - ,), a saber:
a APOSITIVA. Somente duas dessas seis orações serão antecipadas por preposi-
ção (a, de, em para, com, por), a saber: a COMPLETIVA NOMINAL e a OBJETIVA
INDIRETA.
Ou seja:
- A polícia impediu que a confusão começasse.
- Quem representava a lei impediu a confusão.
Dica: substitua a oração subordinada iniciada por QUE, SE, COMO ou QUANTO
por ISTO e as iniciadas por QUEM, por ELE(A).
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Exemplos:
- O médico foi tão competente, que o paciente recuperou-se em uma semana.
- Tamanha era raiva do injustiçado, que atirou contra todos e depois se matou.
- Ele fala tanta mentira, que ninguém o suporta.
- Ele bebeu a tal ponto que perdeu a noção de onde estava.
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Exemplos:
- Conquanto a vida sempre ofereça muitos obstáculos, nunca devemos nos dei-
xar abater.
- O homem é um ser dotado de inteligência e capacidade, não obstante nem
todos as aproveitem para o bem de si e dos outros.
- Malgrado muitos estejam satisfeitos com a mudança de governo, eu continuo
sem nenhuma confiança em nada.
- Todos chegaram bem cedo, apesar de que a prova só começasse às dez da
manhã.
- A despeito de que muitos ativistas se esforcem, a natureza continua sendo de-
vastada dia a dia.
- Mesmo que ele traga todos os documentos, não há mais tempo hábil para sua
inscrição.
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Exemplos:
- Segundo revelou o IBGE, brasileiros estudam mais hoje do que na década pas-
sada
- Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.
- Como combinamos ontem, eis os documentos.
Exemplo:
- Pedro gostava mais de literatura francesa do que de Alemã.
- João era mais esforçado (do) que o irmão.
Exemplos:
- Assim que a aula terminar, vamos à sala de estudos.
- Ao terminar essa discussão, sairemos daqui.
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma con-
junção subordinativa final ou por uma locução conjuntiva subordinativa final. São
elas: a fim de que, para que, porque, para + infinitivo.
Exemplos:
- Alguns brasileiros procuram economizar no fim do ano para que consigam
comprar mais em janeiro.
- A fim de sair mais cedo, o funcionário adiantou os compromissos.
- Ele falava mais alto, para que todos pudessem ouvi-lo.
- Aqui estamos para estudar.
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DICA FINAL 01
LOCUÇÕES OU CONJUNÇÕES PARECIDAS:
a) Porquanto = Porque = Ideia de CAUSA/EXPLICATIVA.
b) Conquanto = Embora = ideia de CONCESSÃO.
c) Contanto que = Caso = ideia de CONDIÇÃO.
d) Portanto = Logo = ideia de CONCLUSÃO.
e) Entretanto = Mas = ideia de ADVERSIDADE.
f) No entanto = Contudo = ideia de ADVERSIDADE.
DICA FINAL 02
LOCUÇÕES OU CONJUNÇÕES MISTAS:
a) Porque: causal/explicativa.
b) Desde que: condicional/temporal
c) Não obstante: adversativa/concessiva.
d) Ao passo que: proporcional/concessiva.
e) Como: causal/conformativa/comparativa.
f) Conforme: conformativa/proporcional.
Compreensão X Interpretação
Segundo o texto...
O autor/ narrador do texto diz que....
O texto informa que...
No texto, há uma crítica sobre...
Tendo em vista o texto....
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Se a informação estiver além do que o texto literalmente quis dizer, fora dele,
trata-se de uma questão de interpretação.
Os anônimos
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PORTUGUÊS
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COESÃO TEXTUAL
A coesão textual diz respeito às diversas formas que um produtor de texto tem
para fazer ligação entre as ideias do texto. Essas estratégias, quase sempre, exi-
gem o domínio de elementos gramaticais, como conjunções, locuções conjunti-
vas, pronomes ou advérbios, por exemplo.
Tipos de coesão
- Coesão referencial.
- Coesão sequencial.
Coesão referencial
- Sinonímia
- Hiponímia e hiperonímia
- Elipse
- Substituição pronominal
Léxico significa “conjunto de vocábulos de uma língua”. Na coesão lexical, são uti-
lizados recursos coesivos que permitem a manutenção do tema a partir de troca
de vocábulos afins.
Ex.: “Francisco foi a Porto Alegre no final deste mês. Na capital gaúcha, o Sumo
Pontífice disse que a igreja católica tem que aderir aos movimentos sociais”.
Note que “capital gaúcha” e “Sumo Pontífice” são sinônimos de Porto Alegre e
Francisco, respectivamente. Por isso, essa coesão lexical pode ser chamada tam-
bém de coesão lexical por sinonímia.
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Note que antes de “deixou” fica elidida (omitida) a expressão “minha namorada”.
Isso é coesão por elipse.
Na coesão por substituição são também utilizadas palavras que retomam termos
já referidos, havendo, contudo, uma nova definição desse termo, sem que haja
correspondência total ao primeiro termo.
Ex.: “Gosto muito de fotografia e de cinema. Embora este seja incrível e mais co-
mum, é aquela que me deixa mais impressionado”.
Coesão exofórica
Ocorre quando os referentes se encontram fora do texto, ou seja, eles não são vi-
síveis. Nesses casos, só o contexto real permite a identificação dos referentes.
Ex.:
- Olhe aquele livro ali.
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Coesão sequencial
FIGURAS DE LINGUAGEM
Exemplo:
- Iremos depois resolver esse problema.
- No chão, flores mortas.
- Correu muito, não chegou.
Zeugma
Omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode necessi-
tar adaptações de número e pessoa verbais.
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Outros exemplos:
-Alguns estudam, outros não.
(No lugar de: Alguns estudam, outros não estudam.)
“O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu
tataravô, baiano.” (Chico Buarque)
(Omissão de “era”)
Hipérbato
Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no
período. São determinadas por ênfase.
Exemplos:
- “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/ De um povo heroico o brado re-
tumbante.”
(As margens plácidas do Ipiranga ouviram um brado retumbante de um povo
heroico)
Outros exemplos:
- Seu olhar de ira cheio eu vi.
(Na ordem direta: “Eu vi seu olhar cheio de ira”)
Pleonasmo
Repetição de um termo já expresso, com objetivo de enfatizar a ideia.
Exemplos:
- Vi com meus próprios olhos.
- “E rir meu riso e derramar meu pranto/Ao seu pesar ou seu contentamento.”
(Vinicius de Moraes).
Mas...
Polissíndeto
Repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período.
Exemplo:
- “E sob as ondas ritmadas/e sob as nuvens e os ventos/ e sob as pontes e sob o
sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (...)”
(Carlos Drummond de Andrade).
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PORTUGUÊS
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Silepse
A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no
texto, mas sim com a ideia que ele representa. É uma concordância “errada” e
que se faz com um termo oculto, facilmente subentendido.
Comparação (Símile)
Aproximação entre dois termos, porém com presença de elemento conectivo.
Metáfora
Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de
comparação implícita, sem termo comparativo.
Ex.:
- A Amazônia é o pulmão do mundo.
- “Veja bem, nosso caso/É uma porta entreaberta.” (Luís Gonzaga Junior)
- “Na parede da memória/esta lembrança é o quadro que dói mais” (Belchior).
Metonímia
Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação
de significado.
Ex.:
- Ele lê Jorge Amado (autor pela obra – livro).
- Jantei dois pratos de sopa (o conteúdo, e não dois pratos).
- Adoro beber Coca-Cola. (marca pelo produto)
- Preciso de um teto para morar. (matéria pela obra)
- Vivo do suor do meu rosto. (efeito pela causa)
Perífrase ou Antonomásia
Exemplo:
- A cidade luz é muito chique. (Paris)
- O rei das selvas não aceita ser desafiado. (o leão)
- A rainha dos baixinhos mora em uma mansão. (Xuxa)
- A boca do inferno foi incrível. (Gregório de Matos)
Sinestesia
Interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, audi-
ção, gustação e tato).
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Ex.:
- Sua voz aveludada é uma delícia.
- O aroma do seu olhar nos deixava encantados.
- Ele usou uma luz dura para fotografar.
A catacrese
Ocorre quando uma palavra é empregada com um sentido diferente do literal
para suprir a falta de um termo adequado, e esse “empréstimo” da palavra acon-
tece tantas vezes que já não se percebe mais que se trata de um empréstimo.
Exemplos:
- O braço da cadeira quebrou.
- Vamos embarcar no avião.
- Encaixar as peças.
- Quebrei a asa da xícara.
- Os dentes do serrote são afiados.
Antítese
Aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido.
Ex.:
- Ele mudou sua vida da água para o vinho.
- Você é o dia da minha noite.
“Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios” (Vinicius de
Moraes)
Paradoxo (Oximoro)
Duas ideias contrárias que coexistem, implicando falta de lógica. Contudo,
aceita-se e compreende-se o que se diz.
- “Menino do Rio, calor que provoca arrepio” (Caetano Veloso)
- “O amor é ferida que dói e não se sente” (Camões)
- “Foi sem querer querendo” (Chaves)
Eufemismo
Consiste em “suavizar” alguma ideia desagradável.
Exemplo:
- Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou).
- Você não foi feliz nas provas finais. (foi reprovado).
- Fulano passou desta para melhor. (morreu)
Hipérbole
Exagero de uma ideia com finalidade expressiva.
Exemplos:
- Estou morrendo de sede (com muita sede)
- Ela é louca pelos filhos. (gosta muito dos filhos)
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Ironia
Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irô-
nico.
Exemplo:
- O melhor time do mundo já foi eliminado de novo?!
- Muito bonito o que você fez!!! (uma mãe diz a um filho que acabara de fazer
uma malcriação)
Aliteração
Caracterizada pela repetição de sons consonantais. Esses sons podem ser idênti-
cos ou apenas parecidos, mas funcionam acusticamente como uma expressão
além das próprias palavras.
Assonância
Consiste na repetição de sons vocálicos com a intenção de provocar um efeito
de estilo.
Ex.:
- Ou ouço ou outro ouvirá as palavras de ouro.
Onomatopeia
É uma figura de linguagem que reproduz fonemas ou palavras que imitam os
sons naturais, quer sejam de objetos, de pessoas ou de animais.
Ex.:
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Combinação de figuras
Ocorre quando há, na mesma passagem, mais de uma figura. Esse fenômeno é
bastante comum.
- As janelas espiavam os casais na praça.
- O meu amor é uma pedra que chora rios de lágrimas.
- Antes santo à anta andando com o diabo.
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