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1. Acentuação Gráfica
O acento gráfico é apenas um sinal de escrita e não deve ser confundido com o acento
tónico. O acento tónico é a maior força ou intensidade com que se pronuncia uma
palavra, com prejuízo das restantes, no caso de a palavra ter mais de uma sílaba. Logo,
acento gráfico é o sinal gráfico que marca a sílaba tónica da palavra, quando esta
cumpri com regras de acentuação.
As sílabas sem acentos tónicos são chamadas sílabas átonas. Em geral, não se marcam
com um acento gráfico.
O til (~) não se considera um cento gráfico, pois assinala a nasalação e não a
intensidade da vogal ou ditongo. Exemplo: órfã, órgão.
Nota: quando houver a necessidade de acentuar a vogal por ser tónica e a mesma ser
nasal, o prevalece é o til. Ex: camarão
Encontros Vocálicos
A sequência de fonemas vocálicos numa palavra dá-se o nome de encontro vocálico.
Este pode ser hiato, ditongo ou tritongo.
Hiato = é a sequência de vogal com vogal em sílabas separadas: po-e-ta; sa-ú-
de; ca-í-da.
Ditongo = é a sequência de vogal com semivogal (decrescente) ou semivogal
com vogal (crescente) na mesma sílaba: vai-da-de; can-tei, ár-duo.
Tritongo = é a sequência de semivogal com vogal e outra semivogal na mesma
sílaba: en-xa-guei; i-guais; a-guou
Regras de acentuação
Depois de determinar onde se encontra o acento tónico na palavra, é preciso verificar
se a palavra deve ou não receber o acento gráfico, para isso é precisar analisar as
regras de cada tipo de palavra.
Oxítonas
Levam acento todas as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)” e “em(ens)”,
seguidas ou não de “s”.
Exemplos: comerá, até, Totó, armazém, parabéns
Sendo assim, não se acentuam oxítonos como: Ju, Juju, caju, talvez, tambor,
etc.
Paroxítonas
São acentuados graficamente todos os paroxítonos, excepto os terminados por –a(s), -
e(s), -o(s) (desde que não formem ditongos), ou seja, quando terminarem por:
l: afável, incrível, útil...
-r: carácter, éter, mártir...
-n: hífen, próton...
-x: látex, tórax...
-os: fórceps, bíceps...
-ã(s): ímã, órfãs...
-ão(s): sótão(s), bênção(s)...
-um(s): fórum, álbum...
-on(s): elétron, próton...
-i(s): táxi, júri...
-u(s): Vénus, ónus...
-ei(s): pónei, jóquei...
-ditongo oral (crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”: história, série, água,
mágoa...
Observações
Não são acentuados graficamente os prefixos paroxítonos terminados por –i e –
r: semi, super, hiper, mini...
Proparoxítonos
Todos os proparoxítonos são acentuados, sem excepção.
Exemplo: médico, álibi, matemática, etc.
Hiatos
Acentuam-se as letras –i e –u desde sejam a segunda vogal tónica de um hiato e
estejam sozinhas ou seguidas de –s na sílaba: caí (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú) e etc.
Quando o –i é seguido de –nh, não recebe acento: rainha, bainha, moinho etc.
O –i e o –u não recebem acento quando aparecem repetidos: chiita, etc
Acento diferencial
O acento diferencial foi eliminado na última reforma ortográfica, em 2008, mas
devemos recordar que Angola não ratificou o acordo ortográfico, pelo que ele
mantém-se para a nossa realidade linguística. Assim, as palavras seguintes devem
receber acento:
Crase
Crase: é a contracção de duas vogais da mesma natureza, no caso a preposição
a com a artigo a, e a preposição a com as formas do pronome aquele. No português
assinalamos a crase com o acento grave (`).
Obedecemos ao regulamento. (a + o )
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes.
Mas: Obedecemos à norma. (a + a)
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais (a + a = à)
Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I. o termo antecedente exija a preposição a;
II. o termo consequente aceite o artigo a.
Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
(substantivo feminino)
Conheço a cidade.
(verbo transitivo directo – não exige preposição)
(artigo )
(substantivo feminino)
Vou a Benguela.
( verbo que exige preposição a )
( preposição )
( palavra que não aceita artigo )
Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício:
I. se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o
artigo
II. se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita.
Ex Vim da Huila. (aceita)
Vim de Benguela (não aceita)
Vim da Itália. (aceita)
Vim de Roma. (não aceita)
Exercícios
1. Acentue correctamente o excerto a baixo.
Como ele so gostava de carne, achava que os frutos não prestavam para
nada. Então, quando as arvores estavam carregadinhas, ele abanava-as e
espezinhava os frutos caidos, sem se incomodar em estragar a comída de
tantos animais. Depois ria: Ria e dizia satisfeito “Se o rei não gosta de
frutos, os escravos não podem gostar”... E nem se quer se importava com
os passaros cujos ovos ou filhinhos repousavam nos ninhos que, ao cair se
desfaziam!
Quando chegava a estação das chuvas e as flores vermelhas e amarelas,
azuis e brancas, rosas e lilases brotavam das erva, das plantas rasteiras e
dos arbustos, ele espezinhava-a, não se preocupando em saber aonde as
borboletas iriam poisar, não se preocupándo em saber como e que as
abelhas iriam fazer o seu mel...
Gabriel Antunes, Kibala, O Rei Leão in Estorias, INIC/2003 (texto com supressões)
2. Aponte a alínea em que pelo menos uma palavra apresenta no que diz respeito à
acentuação gráfica:
a) dentada – cantámos
b) êxodo – êxito
c) álbuns – amar-te-éi
b) d) rima – acima
e) redigi-la – amá-la
5. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos:
a) céu, até, café, cortês, Jojó
b) armazéns, têm, porém, serafim, além
c) sê, pivô, porém, Catí, sí.
d) suáve, pueril, infantil, estudantil
e) permissivo, autoritário, democrático.
Nota: um dado texto utilitário pode ter ou satisfazer mais de uma função, muito
embora uma prevaleça sobre as demais.
Exercícios
Sendo a língua conjunto de signos e formas de combinar esses signos partilhado pelos
membros de uma comunidade.
Exercícios
1. Tendo em conta a lição diga qual é a diferença entre linguagem e
comunicação.
2. Tendo como exemplo a aula de TLP do professor Adilson determine os
elementos do processo de comunicação.
3. O senhor Manuel, residente do Uige, deseja enviar uma carta ao seu primo que
vive no em Zavula, no Cuanza Norte, como não sabia escrever ditou o conteúdo
da carta ao seu sobrinho que a escreveu. O seu primo Afonso recebeu a carta,
como tinha problemas de visão pediu a sua mulher para ler a carta por ele.
Determine quem é o emissor e quem o receptor da mensagem tomando em
consideração o processo de comunicação.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Dentro do processo comunicativo, a linguagem apresenta uma função ou finalidade que está
estritamente relacionada com os elementos do processo de comunicação.
Função Emotiva - também chamada de expressiva, tal função que ocorre quando o destaque é
dado ao emissor. Suas principais características são:
Verbos e pronomes em primeira pessoa;
Presença comum de ponto de exclamação e interjeições;
Expressão de estados de alma do emissor (subjectividade e pessoalidade);
Presença predominante em textos líricos, autobiografias, depoimentos, memórias.
Exemplos: Senti o meu coração bater às pressas a medida que a distancia se
encurtava. Estava ansioso para rever os meus colegas.
Função Apelativa - essa função ocorre quando o destaque é dado ao receptor. As principais
características dessa função são:
Verbos no imperativo;
Verbos e pronomes na segunda ou terceira pessoas;
Tentativa de convencer o receptor a ter um determinado comportamento;
Presença predominante em textos de publicidade e propaganda;
Emprego da ambiguidade.
Exemplos: Na compra de dois telemóveis, leva mais um. Não espere mais e venha até
à nossa loja.
Função Referencialou denotativa - essa função ocorre quando o destaque é dado ao referente,
ou seja, ao contexto. As principais características desse tipo de texto são:
Objectividades(linguagem directa, precisa, denotativa);
Clareza nas ideias;
Finalidade é traduzir a realidade, tal como ela é;
Presença predominante em textos informativos, jornalísticos, textos didácticos,
científicos; mapas, gráficos, legendas, recursos representativos.
Exemplo: Criminalidade aumenta na província do Cunene – UM total de 55 crimes de
natureza diversa foi registado durante a semana passada pela Polícia na província do
Cunene, mais 25 em relação, ao mesmo período anterior, segundo o porta-voz da
corporação, intendente Nicolau Tuvecaleda. In Jornal de Angola de 07/09/2020
Função Metalinguística - é a função que ocorre quando o destaque é dado ao código. Numa
situação em que um linguista define a língua, observa-se que, para conceituar um termo do
código, ele usou o próprio código, ou seja, definiu 'língua' usando a própria língua.
Exemplo: gramática e os dicionários da língua.
FunçãoFáctica – essa função corre quando o canal é o destaque. O interesse do emissor ao
emitir a mensagem é apenas testar eficiência do canal, o que tem o mesmo valor de um aceno
com a mão, com a cabeça ou com os olhos.
Exemplo: a linguagem das falas telefónicas, saudações, check som (alô, alô)
Função Poética - Ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou seja, chama-se
a atenção para a centralizada na mensagem revelando recursos imaginativos criados pelo
emissor. Afectiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica.
Exemplos de textos poéticos: além dos provérbios e letras de música, conforme citado,
encontramos esse tipo de função em textos escritos em prosa, em slogans, ditos
populares. Logo, não se trata de uma função exclusivamente encontrada em poesias.
É importante ressaltar que, em um mesmo texto, pode coexistir mais de uma função. Isso,
depende da intenção do emissor ao elaborar a mensagem.
Exercícios
1. Numa edição do Itel Fórum o director disse “ aluno bom é aquele que estuda agora
para se beneficiar depois”. Qual é a função da linguagem que encontramos nesta
frase? Justifique.
Denominam-se pronomes de tratamento certas palavras e locuções que valem por verdadeiros
pronomes pessoais, como: tu, Sua Majestade.
Embora de designem a pessoa a quem ou com quem se fala (isto é, 2º), esses pronomes levam
o verbo para a 3º pessoa.
Exemplo: Como vocês estão?
Vossa Excelência já despachou todos os documentos.
4. Faça uma lista da hierarquia da sua instituição escolar e diga quais os pronomes de
tratamento para os referidos cargos.
REDACÇÃO
Sendo assim, o texto apresentado deve ser coeso e corrente, deste modo deve
apresentar uma ligação entre as partes do texto (lógica), bem como seguir as regras
gramaticais.
Planeamento:
Depois de se ler o tema proposto planeia o que se quer abordar. Organiza os teus
pensamentos em torno do tema central, pensa em todas as palavras que se relacionam com o
tema central.
Estrutura
A redacção de conter na sua estrutura, assim como outros textos, a introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Exercícios para melhorar a escrita. Escolha dez pessoas que você conhece e
escreva uma frase descrevendo cada uma.
1) Escreva uma auto-biografia com cerca de 500 palavras.
2) Escreva seu testamento. Liste todas as realizações de sua vida. Você pode
escrever como se você fosse morrer hoje, ou daqui a 50 anos.
3) Faça uma descrição da sua casa, em 300 palavras.
4) Escreva uma entrevista fictícia com você mesmo, uma figura famosa, com um carácter
também ficcional. Faça isso de uma forma apropriada (ou inapropriada), como se fosse
para uma revista famosa, como a Veja, Época, Galileu etc.
5) Pegue um jornal ou folheto de supermercado, olhe os artigos e escolha um que possa
ser base para uma cena ou história que você queira escrever.
6) Mantenha um diário de carácter fictício.
7) Pegue uma parte de um livro e reescreva em um estilo diferente, como um romance
gótico, de ficção ou ainda uma história de terror.
8) Escolha um autor, que não necessariamente precise ser seu favorito, e escreva sobre o
que você acha da forma como ele escreve. Faça isso sem consultas, primeiramente. Só
depois de terminado, releia algumas de suas obras e veja se esqueceu algo e, se
preciso, mude seu texto. Analise quais elementos do estilo dele que você pode
adicionar ao seu próprio e quais elementos você não pode (ou não quer) adicionar.
Lembre que seu estilo é único e que você deve apenas pensar em adicionar elementos
a ele. Nunca tente imitar alguém por mais de um ou dois exercícios.
9) Pegue um texto que você tenha escrito em primeira pessoa e reescreva-o em terceira
pessoa, ou vice-versa. Você também pode tentar fazê-lo mudando o tempo verbal, a
narração, ou outros elementos estilísticos. Não faça isso com um livro inteiro, só com
pequenos trechos. Depois de escrever um livro, nunca olhe para trás para tentar
reestilizá-lo, senão você vai gastar todo seu tempo reescrevendo coisas, ao invés de
escrever algo novo.
10) Tente relembrar da sua mais tenra infância. Escreva tudo que puder lembrar.
Reescreva como uma cena, usando sua perspectiva atual ou, se conseguir, usando a
perspectiva da idade que você tinha.
11) Relembre um antigo argumento que você usou com alguma pessoa. Escreva sobre o
argumento do ponto de vista dessa pessoa. Lembre-se que a ideia é ver o argumento
daquela perspectiva, não da sua própria. Este é um exercício que pode ser feito
oralmente. Nunca julgue se você está certo ou errado.
12) Escreva uma descrição, com no máximo 200 palavras, de algum lugar. Você pode usar
quaisquer elementos sensoriais. Descreva como se sente, como são os sons, os cheiros
e os sabores de lá. Tente fazer uma descrição de forma que as pessoas não percam os
detalhes visuais.
13) Sente em um restaurante ou uma área com bastante gente e escreva os diálogos que
você ouve. Escute as pessoas ao seu redor, como elas falam e que palavras elas usam.
Depois de fazer isso, pode praticar terminando seus diálogos. Escreva sua versão sobre
como as conversas continuam.
SINAIS DE PONTUAÇÃO
Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação e
pausa, bem como indicam limites sintácticos e unidades de sentido. Na escrita, substituem, em
parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, coerência e boa
compreensão da informação transmitida.
1. Ponto (.)
O ponto pode ser utilizado para:
Indicar o final de uma frase declarativa:
Pedro gosta ti.
Separar períodos:
Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.
Abreviar palavras:
V. Ex.ª (Vossa excelência)
2. Dois-pontos (:)
Deve ser utilizado com as seguintes finalidades:
a) introduzir o discurso directo:
Ela gritou:
– Vá embora!
b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que
explicam e/ou resumem ideias anteriores.
Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.
Anote meu número de telefone: 923000001.
c) Anteceder citação directa:
É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de
domar.”
3. Reticências (...)
Usa-se para:
a) Indicar dúvidas ou hesitação:
Sabe... preciso dizer uma coisa: no outro dia gastei muito dinheiro.
b) Interromper uma frase incompleta sintacticamente:
Abriu a boca e...
c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:
Pedofilia, estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à
corrupção... assim caminha a humanidade.
d) Suprimir palavras em uma transcrição:
“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.”
(Chico Xavier)
4. Parênteses ( )
Os parênteses são usados para:
a) Isolar palavras, frases intercaladas de carácter explicativo, datas e, também, podem
substituir a vírgula ou o travessão:
Raul nasceu em Luanda (1975)
7. Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias
situações. A vírgula marca pausa no enunciado, indicando que os termos por ela separados
não formam uma unidade sintáctica, apesar de estarem na mesma oração.
b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito extensas ou
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a
bronquite crónica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma
cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de Inhomerim -
Visconde de Taunay)
9. Travessão (—)
O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins:
a) Iniciar a fala de um personagem no discurso directo:
Então ela disse:
— Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.
b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
— Querido, você já lavou a louça?
— Sim, já comecei a secar, inclusive.
c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários:
Ele apanhou um táxi que fazia Rocha-Gamek
d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:
Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.
Exercícios
Discurso Directo
No discurso directo, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala
do personagem.
O objectivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o
narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.
Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por
um estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.
Discurso Indirecto
No discurso indirecto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas
palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.
Exercícios
1 – (ITA) Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte trecho
No plano expressivo, a força da ____________ em _____________ provém essencialmente de
sua capacidade de _____________ o episódio, fazendo ______________ da situação a
personagem, tornando-a viva para o ouvinte, à maneira de uma cena de teatro __________ o
narrador desempenha a mera função de indicador de falas.
a) narração – discurso indireto – enfatizar – ressurgir – onde;
b) narração – discurso onisciente – vivificar – demonstrar-se – donde;
c) narração – discurso direto – atualizar – emergir – em que;
d) narração – discurso indireto livre – humanizar – imergir – na qual;
e) dissertação – discurso direto e indireto – dinamizar – protagonizar – em que.
QUESTÃO 3
Sobre o discurso indirecto é coreto afirmar, Excepto:
a) No discurso indirecto, o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de um
personagem.
b) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos das personagens.
c) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são iniciadas com o sujeito, mais o verbo
de elocução seguido da fala da personagem.
d) No discurso indirecto as personagens são conhecidas através de seu próprio discurso, ou
seja, através de suas próprias palavras.
REGISTOS OU NÍVEIS DE LÍNGUA
Registo popular: Este registo está associado a grupos sócio-culturais menos letrados, ou
pouco escolarizados. É caracterizado por incorrecções e por um conjunto de termos
pitorescos, caracteristicamente usados pelas camadas ditas “menos cultas” da população. Ex:
Andou com depressa.
Registo literário: é linguagem escrita por excelência, dos romancistas e poetas, que procuram
surpreender os leitores por meio de termos raros ou desusados, de construções sintácticas
invulgares. Ex: Amor é fogo que arde sem se ver / É ferida que dói e não se sente.
Registo técnico-científico que compreende termos técnicos e/ou científicos. Ex: Os estudos
laboratoriais determinaram que a profilaxia e a chave para qualquer surto viral.
Exercícios
O texto narrativo é aquele que narra uma história através da sequência de acontecimentos. A
sucessão de factos é contada por um narrador e se estrutura em introdução, desenvolvimento
e conclusão.Uma das características do texto narrativo é que ele, geralmente, é escrito
em prosa. Dessa tipologia textual destacam-se os seguintes géneros: romance, novela, conto.
Géneros da Narrativa
Epopeia: é uma narrativa literária de grande extensão e carácter heróico e grandioso que
atinge interesses sociais e nacionais. Cria uma atmosfera maravilhosa, em que se movimentam
deuses e heróis, celebrando do passado de um povo necessários à interpretação e preservação
da memória colectiva. Normalmente, são escritos em versos.
A Ilidia e a Odisseia, poemas épico gregos tradicionalmente atribuídos a Homero, têm essa
característica e são consideradas as mais bem-acabadas manifestações de poesia épica.
Ulisses Infante, Curso de literatura de língua portuguesa, editora scipione, São Paulo, 2001
Fábula: no sentido lato (largo, extensivo) significa história ficcional que se narra ou representa.
Em senti estrito, designa uma história sobre animais, com estatuto de intervenientes racionais,
com finalidade didáctico-moral.
Lenda: pequeno relato transmitido inicialmente, em verso ou em prosa, pela vida da tradição
oral e popular e depois escrito. Veicula elementos fantásticos destinados a conferir ao relato
um cariz imaginário que visa seduzir o ouvinte/leitor, de modo a convidá-lo a aderir à proposta
cultural que lhe +e endereçada: ideologia, ético moral, ou política.
Categorias da narrativa
São os elementos constitutivos essenciais: a acção, as personagens, localização espaço-
temporal (espaço, tempo), narrador, narração.
Narrador: é a entidade que conta a história (não confundir com o autor, que é quem
escreve a história). O narrador é um elemento do mundo ficcional, ou seja, do mesmo que os
personagens, “é uma criatura de papel e tinta” elaborado pelo ficcionista.
Classificação do narrador quanto…
Ciência
Focalização omnisciente - conhece tudo o que diz respeito às personagens e aos
acontecimentos.
Focalização interna - conhece a história como um personagem.
Focalização externa - conhece os aspectos exteriores da acção e dos intervenientes como se
sua visão fosse “ de fora” conhecendo apenas o que ouve e o que, superficialmente, vê.
Participação
Autodiegético: o narrador participa da história como personagem principal.
Homodiegético: o narrador participa, mas como uma personagem secundária.
Heterodiegético: o narrador se limita a contar a história, não participa da dela.
Posicionamento
Objectivo: quando não dá a sua opinião sobre os acontecimentos da trama
Subjectivo: o narrador emite a sua opinião sobre os acontecimentos, emite o seu juízo
de valores que revelam maior ou menor manipulação.
Personagens: são seres ficcionais moldadas pelo escritor por meio da organização de
traços recolhidos da realidade e trabalhadas pela imaginação.
Papel ou relevância.
Principais, centrais ou protagonistas (individuais/colectivos): à volta dos quais
decorre as principais acções dinamizadoras do enredo ou a quem o texto dedica maior
pormenorização de atitude e emoções.
Processos de caracterização….
Directa: através de palavras do personagem acerca de si próprio, de palavras de outros
personagens, de afirmações do narrador.
Indirecta: deduções do leitor acerca do personagem, a partir das suas atitudes, do seu
comportamento
Acção
Quanto à relevância dos acontecimentos
Principal ou central: acontecimento de maior importância;
Secundária(s): acontecimentos de menor relevo em relação à acção principal.
Exercícios
O lobo e o leão
Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de reflectir por um instante, chegou à
conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de servir-
se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém.
No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando,
no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe
tomou a ovelha.
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em
tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo
que por direito me pertence!"
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas
como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas
para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso
a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você
a conseguiu?"
Quando uma palavra termina por vogal átona e a seguinte começa por vogal (ou h)
quase sempre há uma elisão; na terminação só se consideram as sílabas até à última tónica.
Exemplos:
O/ po/e/ta/ é/ um/ fin/gi/dor -9 sílabas gramaticais
Fin/ge/ tão/ com/ple/ta/men/te – 8 sílabas gramaticais
Que/ che/ga/ a/ fin/gir/ que/ é/ dor – 9 sílabas gramaticais
A/ dor/ que/ de/ve/ras/ sen/te. – 8 sílabas gramaticais
Rima interpolada: separados por dois versos ou mais de rima diferente: abba
Ó meu relógio de sol, a
Agulha de marear. b
Minha rota sobre o mar,b
Faixa da luz do farol! a
Pobre -quando acontece entre palavras da mesma classe gramatical. •coração/ razão,
dizer/fazer
Soneto de fidelidade
(Vinicius de Moraes)
1. Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o
poeta
a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.
b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e
trocar de amor.
c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.
d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria
quanto na tristeza.
e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se
entregarem ao amor.
Formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objectivo de ser mais
expressivo.
7 - Catacrese - metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e se tornou quotidiana, não
representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência das palavras mais apropriadas.
Surge da semelhança da forma ou da função de seres, factos ou coisas.
Exemplo: céu da boca; cabeça de prego; asa da xícara; dente de alho.
14 - Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma proximidade
de sentido. A metonímia pode ocorrer quando usamos:
Exercícios
Resposta Questão 1 a) 3, b) 5, c) 1, d) 7, e) 4, f) 8, g) 2, h) 6
Assinale a única alternativa que possui a figura de linguagem conhecida como metáfora:
a) ( ) Correu feito louco para não perder o ônibus.
b) ( ) Sua pele é um pêssego.
c) ( ) “Cabelos tão escuros como a asa da graúna” - José de Alencar.
d) ( ) Era delicada como uma flor.
Letra B. Nas demais alternativas, a figura de linguagem utilizada foi a comparação.
Questão 3
A alternativa que possui uma antítese é:
a) ( ) Ele subiu no telhado nessa madrugada.
b) ( ) O vento sussurrava na noite fria.
c) ( ) Estou morrendo de medo.
d) ( ) Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.
e) ( ) Ela morou ali durante dois meses, e ele, durante vários anos.
Resposta Questão 3 Letra D
a) Eufemismo
b) Prosopopeia.
c) Hipérbole.
e) Elipse.
Questão 1
Que figura de linguagem está presente neste diálogo entre mãe e filho:
— Não estou satisfeita com as tuas notas, filho.
— Eu sei, mãe. Não sou bom nessas matérias.
Ver Resposta
A figura presente é a Litote, a qual é utilizada para suavizar o discurso. Parecida com o
Eufemismo, a Litote atenua a ideia por meio de uma negação.
Assim, em vez de a mãe dizer que estava chateada ou decepcionada, disse que não estava
satisfeita. Por sua vez, em vez de o filho dizer que é ruim nas matérias, diz que não é bom
nelas.
Lembrando que no Eufemismo, o discurso é suavizado, mas sem recorrer à negação. Exemplo:
Ele entregou a alma a Deus (em vez de se dizer: Ele morreu).
Questão 2
Indique as alternativas que apresentam a figura de linguagem personificação, também
chamada de prosopopeia.
a) as pedras humilham
b) os confetes festejam
c) os diários contam segredos
d) os copos celebram as alegrias
e) a floresta clama por piedade
Ver Resposta
Todas as alternativas, porque em todas elas são atribuídas ações humanas (humilham,
festejam, contam, celebram, clama) a seres irracionais (pedras, confetes, diários, copos,
floresta).
Questão 3
Identifique as figuras de linguagem nas orações abaixo:
a) O Velho Chico ocupa cerca de 8% do território brasileiro.
b) Aquele tum-tum do seu coração aumentava cada vez que se aproximava da pretendente.
c) “Chove chuva, chove sem parar.” (Jorge Ben Jor)
d) A mim me enganou só uma vez.
e) Sou um passarinho com desejo de voar.
Ver Resposta
a) Antonomásia, porque “Velho Chico” substitui o nome do Rio São Francisco.
b) Onomatopeia, porque “tum-tum imita o batimento cardíaco.
c) Aliteração, porque há a repetição do som consonantal “ch”.
d) Pleonasmo, porque a ideia da primeira pessoa (mim, me) para intensificar o significado da
oração.
e) Metáfora, porque me compara a um passarinho em virtude do meu desejo de voar.
Questão 4
Indique a alternativa correta.
a) Antítese e paradoxo são dois nomes para a mesma figura de linguagem, a que utiliza ideias
contrárias.
b) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de sintaxe.
c) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento,
figuras morfológicas e figuras de som.
d) Aliteração é a repetição de sons vocálicos.
e) Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti”.
Ver Resposta
Alternativa e: Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti em casa”.
A metonímia é a figura de palavra que substitui uma palavra por outra. Assim, “Pavarotti”
substitui o artista por “cantor lírico”. A oração poderia ser escrita da seguinte forma: “Parece
que temos um cantor lírico em casa”.
Alguns exemplos de metonímia:
parte pelo todo: Até hoje não tem o seu próprio teto (em vez de dizer “Até hoje não tem a sua
própria casa);
autor pela obra: Li Camões (em vez de dizer “Li as obras escritas por Camões”);
marca pelo produto: Preciso comprar Maizena (em vez de dizer “Preciso comprar amido de
milho”).
Quanto às alternativas restantes:
a) Antítese e Paradoxo são figuras de linguagem diferentes. Enquanto a antítese utiliza termos
com sentidos opostos (Mantêm uma relação de amor e ódio), o paradoxo apresenta ideias -
não só termos - com sentidos opostos (“Já estou cheio de me sentir vazio.”, Renato Russo)
b) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de som ou harmonia (e não
figuras de sintaxe).
c) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento,
figuras de sintaxe e figuras de som. Não existem figuras morfológicas.
d) Aliteração é a repetição de sons consonantais. A figura de linguagem que consiste na
repetição de sons vocálicos é a Assonância.
Questão 5
Quais figuras de sintaxe foram usadas nas orações abaixo?
a) Tudo o que ele disse eu já fiz.
b) Gosto de campo, ele de praia.
c) Na memória, lindas recordações de infância.
d) Fez e refez, leu e releu e deu o trabalho por concluído.
e) Eu quero sair, eu quero passear, eu quero ver gente, eu quero dançar!
a) Hipérbato, porque há uma alteração na ordem direta da oração. A ordem direta seria: Eu já
fiz tudo o que ele disse.
b) Zeugma, porque omite a palavra “gosta” para evitar a repetição.
c) Elipse, porque omite uma palavra que é facilmente identificada: Na memória, (tinha) lindas
recordações de infância.
d) Polissíndeto, porque utiliza o conectivo “e” repetidamente.
e) Anáfora, porque a oração apresenta repetições regulares; neste caso, “eu quero”.
Questão 39
(UFPE) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.
a) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice
Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…”
(Drummond)
c) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
d) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice
Lispector)
e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
Alternativa e: “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo
Neto)
A palavra “nome” foi omitida pelo facto de já ter sido utiliza na primeira oração. Caso
não fosse omitida, soaria de forma repetitiva: “Meu nome é Severino, Não tenho outro
nome de pia”. A omissão de uma palavra já utilizada na mensagem é característica da
figura de linguagem conhecida como zeugma.
A prosopopeia, por sua vez, caracteriza-se por atribuir capacidades humanas a seres
irracionais, tal como constatamos nas restantes alternativas: a) “essa não-palavra
morde”, b) “as palavras se beijam”, c) “a poesia vai comprar jornal” e d) “a
luminosidade sorria”.
Questão 40
Apenas uma das alternativas apresenta sinestesia. Indique qual.
a) Adorava aquele som doce entrando pela janela.
b) A noite adormece cansada.
c) Aquele cocóricó ensurdecedor de todas as manhãs irritava qualquer um.
d) Se você voltar, se você me quiser, se você deixar, eu posso mudar.
e) Entra pra dentro agora ou vou aí te buscar com o chinelo na mão!
O Relatório é um texto escrito para descrição de factos passados com o objectivo de conduzir a
uma decisão e, daí, a uma acção; texto escrito para apresentação de acontecimentos, de
informações, de visitas de estudo, de experiências etc.
Elaboração de guiões Guião para o relatório de uma excursão a) Porquê, quem e como
organizou a excursão; b) O que é que se esperava da excursão; c) Crónica da excursão; d) O
que é que impressionou particularmente; e) Em que é que a excursão resultou diferente das
expectativas; f) Significado e balanço da excursão.
Maria Teresa Serafini, Como se faz um trabalho escolar
A ESTRUTURA DO RELATÓRIO
A estrutura do Relatório compõe-se dos elementos abaixo descriminados e de acordo com o
tipo de investigação realizada:
Textuais
Introdução – Obrigatória.
Desenvolvimento – divisão em tópicos.
Conclusão – Obrigatória.
Explicando os elementos
Exemplos:
1 SEÇÃO PRIMÁRIA (maiúsculo negrito)
1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA ( maiúsculo sem negrito)
1.1.1 Seção terciária (minúsculo com negrito)
1.1.1.1 Seção quaternária (minúsculo sem negrito)
Os títulos das seções primárias - cada novo tema ou tópico do relatório - devem iniciar em
folha distinta aos dos itens anteriores.
INTRODUÇÃO - É a parte do trabalho onde o assunto é apresentado como um todo, sem
detalhes. Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor, em que, estabelece o
assunto, definindo-o claramente; indica a finalidade do problema/ questão pesquisada e os
objetivos do trabalho, esclarecendo sob que ponto de vista é tratado o assunto; refere-se aos
tópicos principais do texto dando o roteiro ou a ordem da exposição.
Numa introdução bem elaborada, recomenda-se iniciá-la com a definição do assunto, isto é,
com o objeto de estudo. A seguir, é colocado o enfoque que foi dado e os motivos que
levaram o/a autor/a escolher tal assunto.
CONCLUSÃO - Balanço final do estudo que foi realizado; é nessa parte que o autor expõe
claramente seu ponto de vista sobre o que conseguiu demonstrar durante o desenvolvimento
do trabalho. O que foi amplamente anunciado na Introdução será sintetizado na conclusão. E
por ser uma síntese, deve ser breve e concisa.
REFERÊNCIAS - De acordo com as Normas ABNT, deve-se intitular somente “Referências” uma
vez que os materiais consultados provem de diferentes suportes.
É a relação de toda documentação utilizada para a elaboração do Relatório. São organizadas
alfabeticamente pelo sobrenome do/a autor/a.
Somente o material realmente utilizado para a realização do trabalho e citado no corpo do
texto deve ser listado. Para organizar adequadamente as referencias é necessário seguir os
critérios da ABNT.
c) FONTE – deve ser de tamanho 12 para o texto e menor (10) para as citações longas
(destacadas com recuo), notas de rodapé, paginação, legenda e fonte das ilustrações e
tabelas. Cor preta. O tipo da fonte utilizada deve ser Arial ou Times New Roman. No
alinhamento do texto deve ser utilizada a opção: justificado.
e) TITULAÇÃO – A titulação merece a atenção especial do/a autor/a do trabalho, pois deve
ser claro e refletir o conteúdo do texto. É uma tarefa que deve ser executada após a produção
do texto e deve-se proceder à crítica e a revisão para que as titulações dos capítulos e das
seções expressem o que está escrito, valorizando a produção.
A indicação numérica precedente ao título de uma seção é alinhada a esquerda, separada por
um espaço (do título).
Os títulos sem indicação numérica, como sumários, anexos etc, são centralizados na página.
OBS: Não se usa pontuação no final dos títulos.
g) PAGINAÇÃO – Deve ser feita em algarismos arábicos, canto superior direito da página, não
utilizando nenhum tipo de pontuação ou sinal antes ou após o número. O número de página
somente aparece na primeira folha do texto e, são contados os elementos pré-textuais, com
exceção da capa, conforme destacado no início desse texto.
Constam no relatório:
Dando continuidade ao projeto meio ambiente, oitenta alunos dos 6º aos 9º anos da
nossa escola, acompanhados da coordenadora professora Luciane, de três professores (Elza e
Vânia) tiveram oportunidade de conhecer a diversidade da fauna e da flora brasileira no
zoológico de São Paulo, o maior zoológico do Brasil.
A excursão aconteceu no dia 05 de outubro com saída em dois ônibus, com saída da
escola às 7h 30 min.
A viagem foi tranquila. Os motoristas fizeram uma parada de 15 minutos no rancho
Pamonha, na cidade de Santa Isabel e depois seguiram direto para o zoológico, chegando lá às
11h 50 minutos.
Foi uma atividade prazerosa e interessante, pois o zoológico de São Paulo fica localizado
ao sul da cidade de São Paulo com uma área aproximada de 900.000 metros quadrados
coberta pela Mata Atlântica original, com 4 km de alamedas, aloja as nascentes do riacho
Ipiranga e abriga 3.500 animais das mais variadas espécies.
Os alunos ficaram encantados com vários animais, como os macacos (bichos simpáticos
que pareciam até posar para as câmeras fotográficas), as aves coloridas, os felinos, as cobras
de várias espécies e muitos outros.
Nossa turma permaneceu no parque até às 16 h, seguindo para os ônibus que iniciaram a
viagem de volta, fazendo uma pequena parada no Rancho da Pamonha, em Santa Isabel e
chegando na escola às 20h 45m, onde a diretora, pais, mães e irmãos nos esperavam.
Por fim, o objetivo do nosso trabalho foi alcançado, pois os alunos perceberam o quanto a
natureza é bela e que devemos preservá-la e acabar com os problemas ambientais que afetam
os ecossistemas brasileiros: a caça, o desmatamento, a poluição e as queimadas que tanto têm
prejudicado a fauna e a flora do nosso país.
Exercícios:
Responde às questões:
1. Qual é o objetivo deste relatório?
2. Identifique, do ponto de vista da estrutura, as diferentes partes que compõem o relatório.
3. Assinala os marcadores discursivos que organizam as ideias de forma sequencial.
4. Indica o marcador discursivo que introduz a conclusão do relatório.
5. Elabore um relatório sobre um passeio que você fez pela escola em anos anteriores.
A ACTA
1. Lavrar a ata em livro próprio ou folhas soltas, de tal modo que impossibilite a
introdução de modificações.
2. Sintetizar de maneira clara e precisa as ocorrências verificadas.
3. Consignar as rectificações feitas à anterior.
4. O texto será digitado ou manuscrito, mas sem rasuras.
5. O texto será compacto, sem parágrafos ou com parágrafos numerados, mas não
se fará uso de alíneas.
6. No caso de erros constatados no momento de redigi-la, emprega-se a partícula
correctiva “digo”.
7. Quando o erro for notado após a redacção de toda a ata, recorre-se à expressão:
“em tempo”, que é colocada após todo o escrito, seguindo-se então o texto
emendado: Em tempo: na linha em que se lê “bata”, leia “data”.
8. Os números são grafados por extenso.
9. Quando ocorrem emendas à ata ou alguma contestação oportuna, a ata só será
assinada após aprovadas as correcções.
10. Há um tipo de acta que se refere a actos rotineiros e cuja redacção tem
procedimento padronizado. Neste caso há um formulário a ser preenchido.
11. A acta é redigida por um secretário efectivo. No caso de sua ausência, nomeia-se
outro secretário (ad hoc) designado para esta ocasião.
12. os espaços em branco devem ser trancados e não deve haver rasuras, nem siglas
ou abreviaturas.
Acta nº___________
A carta é um meio de comunicação escrita entre duas pessoas. Ela pode ser familiar, comercial
e oficial. A carta é seguramente um dos instrumentos mais úteis em situações diversas. Como
texto normalizado que é, obedece a determina estrutura.
Texto: separa-se da saudação por um espaço maior do que aquele se deixa entre as
linhas de cada parágrafo. Pode escrever-se em bloco, mas também se pode escrever
começando a primeira linha de cada parágrafo mais afastada a margem esquerda do papel do
que as outras. É consolável que cada assunto corresponda a um assunto;
Semântica é uma disciplina linguística que se ocupa dos significados explícitos, convencionais
das palavras, das frases e do texto. Semântica, Ana Cristina Macário e Graça Rio-Torto, Lisboa,
2007, editorial Nzila.
Denotação e Conotação
Denotação é quando nos referimos ao significado conceptual, básio e estável de uma palavra.
Ou seja, o significado básico apresentado pelo dicionário. A denotação predomina na
linguagem informativa, que tem como objectivo principal informar. É o que acontece com
frequência em textos técnicos científicos.
Dicionário electrónico Coca-Cola. Manual de lexicologia do professor Kukanda
Exemplo: Devido a apreensão da prova, sentiu o coração a bater mais rápido.
Campo de Significação
Podemos dizer que uma palavra encerra ou abrange um conjunto de significados (isto variando
de dicionário a dicionário).
Campo Lexical: é o conjunto de palavras que fazem parte da mesma área da realidade,
física ou conceptual, determinado por uma rede de vocábulos de significação afim e ao mesmo
tempo distinta entre seus elementos.
Deste modo, quando observamos um computador vermos que ele apresenta: monitor,
rato, teclado, gabinete, etc. Essas palavras constituem o campo lexical de computador, assim
como o campo semântico de sala de aula teremos: carteiras, quadro, marcador, etc.
Um campo lexical pode estar incluído em outro campo, assim sala de aula pode estar
contido num campo lexical maior que seria campo lexical de uma escola que severa conter
elementos como: sala de aula, sala dos professores, secretaria, pátio, etc.
Campo Semântico
Campo semântico é o conjunto dos variados sentidos que uma única palavra pode assumir de
acordo com o contexto em que essa palavra está inserida.
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Deste modo, a partir de fabricar temos: construir, montar, criar, projectar, edificar,
confeccionar fazer, elaborar etc.
Signo Linguístico: unidade de duas faces que combina um significante e um significado. O signo
linguístico é arbitrário convencional, não estabelece qualquer relação obrigatória entre ele e a
realidade. Por isso cada língua recorre a um conjunto de sons diferentes para referir o mesmo
objecto.
Casa
(Significante) Significado
Questão 4
Sobre a conotação e a denotação, podemos afirmar, excepto:
a) A conotação é utilizada principalmente na linguagem poética e na literatura, mas pode
ser encontrada em géneros textuais do quotidiano, como letras de músicas, anúncios
publicitários, entre outros.
b) Uma palavra ou expressão é usada no sentido denotativo para representar diferentes
significados dependendo do contexto da enunciação.
c) Os textos não literários devem preferir a denotação, pois essa tem como finalidade
informar o receptor da mensagem de maneira clara e objectiva, livre de ambiguidades
e metáforas.
d) A conotação e a denotação são as variações de significado que ocorrem no signo
linguístico, que, por sua vez, é composto de um significante (letras e sons) e um
significado (conceito, ideia).
Tipos de contexto
Eis abaixo os principais tipos de contextos:
Contexto de produção
É o conjunto de elementos que o emissor considera durante a produção do texto. Neste tipo
de contexto são tidas em conta tanto a realidade do emissor quanto a do receptor da
mensagem. Aspectos como finalidade da comunicação, público-alvo, lugar onde o texto será
veiculado, realidade sócio-cultural de emissor/receptor são observados.
O contexto de produção permite que se produza um texto de diversas maneiras, sendo que o
efeito será diferente.
Exemplo: Aproveite a mais nova promoção de inverno. Bom clima, a sua loja de frio e
climatização.
Finalidade da comunicação: informativa/campanha de marketing
Público-alvo: Todos da província, país
Lugar onde o texto será veiculado: publicidade televisiva
Realidade do emissor: proprietário da loja
Realidade do receptor: potencial cliente
Exemplo: Aproveita a promoção de inverno. Bom clima, a sua loja de frio e climatização.
Finalidade da comunicação: informativa/campanha de marketing
Público-alvo: público geral
Lugar onde o texto será veiculado: Letreiro
Realidade do emissor: proprietário da loja/pessoa amiga
Realidade do receptor: pessoas ao redor da loja
Contexto linguístico
Conjunto de propriedades linguísticas que acompanham uma palavra, expressão ou
enunciado.
Exemplo: Por favor, amanhã chegue às 7 horas.
O uso da expressão “por favor “ e do advérbio “amanhã” contextualiza que a pessoa
referida não costuma ser pontual.
Contexto extralinguístico
Conjunto de factores externos a língua que ajudam na compreensão da mensagem emitida.
Esses factores podem ir desde ao ambiente físico, a situação social entre outros.
Exemplo: Cuidado!
Para compreender o uso desta palavra é necessário perceber a situação em que ela ocorreu, se
tratava-se de uma situação de iminência ou outra qualquer.
Contexto social
É um conjunto de factores resultantes da interacção social. Como estrato social de
escolaridade, relações humanas, etc.
O contexto social indica as condições sociais nas quais o menino, dado que Sambizanga
é um bairro periférico subentende-se que quando chove as condições de transitar sejam quase
nulas.
Contexto histórico
Indica circunstâncias ou factos relacionados ao passado que são necessários para a
correcta interpretação de um texto.
Nota: a falta de contexto pode tornar a comunicação ambígua e assim não termos a
compreensão verdadeira do locutor.
BIBLIOGRAFIA
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https://beduka.com/blog/exercicios/portugues-exercicios/exercicios-discurso-direto-e-
indireto/
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-literatura/exercicios-sobre-genero-
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https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-literatura/exercicios-sobre-genero-
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https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-figura-
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https://sites.google.com/site/pedufes/disciplinas/pepp-iii---matutino/exercicios
https://www.lendo.org/exercicios-melhorar-escrita/
https://www.mundovestibular.com.br/estudos/portugues/pontuacao-teoria-e-exercicios
https://www.todamateria.com.br/exercicios-de-figuras-de-linguagem/
https://www.todamateria.com.br/pronomes-de-tratamento/
m.brasilescola.uol.com.br
PORTUGUÊS AO ALCANCE DE TODOS Gramática e Redação Comercial sem Mistério, Ieditora,
2002, CLÁUDIA SILVA FERNANDES MARISA DOS SANTOS DOURADO
Semântica, Ana Cristina Macário e Graça Rio-Torto, Lisboa, 2007, editorial Nzila.
www.comofazerumaboaredacao.com
www.goconqr.com
www.paulohernandes.pro.br
www.significados.com.br
www.todamateria.com.br
Faltam os livros.