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LEI N.

066/1993
Lei n. 066/1993
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

LEI N. 066/1993

Antes de iniciar o estudo do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado


do Amapá, é importante esclarecer que a Lei n. 066/1993 é uma lei relativamente
antiga e que, apesar de ser pós-Constituição Federal de 1988, possui alguns
pontos que são inconstitucionais e por esse motivo não serão trabalhados nas
aulas. O que é inconstitucional a banca não irá cobrar. Portanto, serão trabalha-
dos os pontos que estão em vigor hoje.

Lei n. 066, de 3 de maio de 1993


Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado,
das Autarquias e Fundações Públicas Estaduais.
É aplicada à Administração direta, autárquica e fundacional do Estado, ou
seja, alcança as pessoas de direito público. As pessoas de direito privado, como,
por exemplo, empresas públicas e sociedades de economia mista, são regidas
pela CLT, pelo direito comum. Então, há dois regimes:
Estatutário – o qual é disciplinado, normatizado pela Lei n. 066/1993.
Celetista – aplicado às empresas públicas e sociedades de economia mista
do Estado do Amapá.

 Obs.: a Lei n. 066/1993 é aplicada ao Poder Executivo, ao Poder Judiciário e


ao Poder Legislativo, ou seja, a toda a Administração direta do Estado do
Amapá (as secretarias, os órgãos públicos, a Polícia Civil etc.).

Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do
Estado, das Autarquias e Fundações Públicas Estaduais.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida
em cargo público.

 Obs.: empregado público ocupa um emprego público, como, por exemplo,


Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios, Petrobras. Para trabalhar na
Caixa Econômica, tem de ser aprovado em concurso público, mas como
o vínculo é celetista, a pessoa ocupa um emprego público.
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Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidade prevista


na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
§ 2º Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei,
com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provi-
mento em caráter efetivo ou em comissão.

 Obs.: brasileiros natos ou naturalizados.

 Obs.: todo cargo público é criado por lei, uma vez que trará novas despesas – e
estas só podem ser autorizadas mediante lei.

Atenção!
Se o cargo público é criado por lei, ele deve ser extinto por outra lei, atendendo
ao princípio da simetria jurídica. No entanto, há uma exceção: o art. 84, VI, da
CF/1988 autoriza que o cargo público vago seja extinto mediante decreto.

Obs.:
 Cargo público em caráter efetivo – exige prévia aprovação em concurso público.
� Cargo público em comissão – não exige prévia aprovação em concurso
público. São de livre nomeação e exoneração.

§ 3º Os Cargos Efetivos serão providos mediante Concurso Público de provas


ou de provas e títulos.

 Obs.: Concurso público de provas – exemplo: a Polícia Civil realiza, além da


prova escrita, teste físico, exame psicotécnico, investigação social e o
curso de formação.
Concurso público de provas e títulos – exemplo: geralmente, para tra-
balhar como professor em universidades, além de realizar uma prova, o
candidato deve apresentar algum título (Especialização, Mestrado, Dou-
torado, Pós-Doutorado), que será somado à pontuação da prova.
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Provimento

 Obs.: provimento é a forma de ocupar cargo público.

Art. 4º São requisitos estabelecidos para ingresso no Serviço Público do


Estado:
I – nacionalidade brasileira;

 Obs.: brasileiro nato ou naturalizado.

II – gozo dos direitos políticos;


III – quitação com obrigações militares e eleitorais;
IV – nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – idade mínima de 18 anos;
VI – perfeita saúde física e mental.
Parágrafo único. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito
de inscrever-se em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições
sejam compatíveis com a deficiência de que são portadores; para tais pessoas
serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

Atenção!
Para concursos com 2, 3 ou 4 vagas, o STF entende que não há necessidade
de reserva de vagas para deficientes, pois o percentual será maior que os 20%
previstos em lei.

Atenção!
As modalidades de provimento são MUITO cobradas em prova.

Art. 6º Os cargos públicos serão providos por:


I – nomeação;
II – recondução;
III – promoção;
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V – reintegração;
VI – aproveitamento;
VII – reversão;
VIII – readaptação;

 Obs.: a nomeação é chamada de provimento originário porque dará início a


uma relação jurídica. As demais modalidades são chamadas de provi-
mento derivado.

Nomeação
Art. 7º A nomeação far-se-á:
I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo
ou de carreira;

Obs.: cargo isolado – não admite promoção.


� Cargo de carreira – admite promoção. É constituído por classes.

II – em Comissão, para cargos de confiança, de livre exoneração.

Recondução
Art. 9º Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente
ocupado e decorrerá de:

 Obs.: a estabilidade é adquirida após três anos de efetivo exercício e aprovação


do servidor em avaliação de desempenho.

I – inabilidade em estágio probatório relativo a outro cargo;

 Obs.: a partir do momento que o servidor entra em exercício tem início o prazo
do estágio probatório – que hoje é de três anos – ou seja, nos três primei-
ros anos o servidor é avaliado e ao fim da avaliação ele será considerado
habilitado/apto ou não para aquele cargo público.
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Se o servidor já estável no serviço público for aprovado em novo concurso


público e nesse novo cargo for reprovado no estágio probatório, ele voltará ao
seu antigo cargo.

II – reintegração do anterior ocupante.

Progressão e Promoção
Art. 10. Progressão é o avanço anual do servidor de uma referência para
a seguinte, na mesma classe, na escala de vencimentos estabelecida em Lei
específica, desde que, no período aquisitivo, não tenha ausência injustificada ao
serviço ou sofrido pena disciplinar.
Art. 11. Promoção é a passagem do servidor estável de uma classe para
a imediatamente superior àquela que ocupa na respectiva carreira, obedeci-
dos os critérios de avaliação de desempenho, qualificação profissional e cumpri-
mento de adequado interstício.

 Obs.: a lei que está sendo trabalhada é uma lei geral/genérica que vai atingir
Administração direta, autárquica e fundacional, mas cada carreira possui
uma lei específica estabelecendo suas regras, detalhando, explicando
quanto tempo o servidor vai levar de uma referência para outra, qual o
prazo para mudar de classe etc. Existe uma lei específica para a carreira
na Polícia Civil, outra para a carreira dos professores etc.

§ 1º Para primeira promoção na carreira, o interstício não poderá ser inferior


a 02 (dois) anos de efetivo exercício na classe.

Obs.:
 é possível observar, nesse parágrafo, uma contradição proposta pela própria
lei. Primeiro ela estabelece que, para ser promovido, o servidor precisa ser
estável (após três anos de efetivo exercício). No parágrafo acima dispõe que,
para a primeira promoção, o interstício não poderá ser inferior a dois anos.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
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