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1.

TEORIA

1.1. REGRAS APLICAVEIS AOS SERVIDORES PUBLICOS

Cargos, Empregos e Funçõ es Pú blicas

I- Os cargos, empregos e funçõ es pú blicas sã o acessı́veis aos


brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II – A investidura em cargo ou emprego pú blico depende de
aprovaçã o pré via em concurso pú blico de provas ou de
provas e tı́tulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeaçõ es para cargos em comissã o declarado em lei de livre
nomeaçã o e exoneraçã o.

Investidura em cargo pú blico signi ica tomar posse em um cargo. Vejamos
agora a diferença entre cargo, emprego e funçã o pú blica.

Cargo Pú blico Sã o criados por lei, com denominaçã o especı́ ica e
quantidade certa. Quem ocupa um cargo pú blico
prestou concurso pú blico e é submetido a um regime
estatutá rio. O cargo pode ser de provimento efetivo
ou em comissã o.:
1. Os cargos efetivos sã o preenchidos atravé s de
concurso pú blico e permite estabilidade a seu titular.
2. Já os cargos em comissã o, de livre nomeaçã o e
exoneraçã o, podem ser preenchidos por servidores
ou nã o.
Emprego Pú blico Area desempenhada por agentes contratados sob o
regime celetista. Quem ocupa um emprego pú blico
tem uma relaçã o trabalhista com a Administraçã o
Pú blica e nã o possui estabilidade.
Funçã o Pú blica Sã o ocupadas por indivı́duos que nã o possuem cargo
ou emprego pú blico. Ocorre em duas situaçõ es:
1. Contrataçõ es temporá rias;
2. Funçõ es de con iança.

“Art. 37, IX – a lei estabelecerá os casos de contrataçã o por


tempo determinado para atender a necessidade temporá ria
de excepcional interesse pú blico.”
O acesso aos cargos e empregos pú blicos depende de aprovaçã o em concurso
pú blico de provas ou de provas e tı́tulos, já os cargos em comissã o sã o de livre
nomeaçã o e exoneraçã o (ad nutum).

Validade do Concurso Pú blico

Segundo o Art. 37:

III - o prazo de validade do concurso pú blico será de até dois


anos, prorrogá vel uma vez, por igual perı́o do;
IV – durante o prazo improrrogá vel previsto no edital de
convocaçã o, aquele aprovado em concurso pú blico de provas
ou de provas e tı́tulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;

O prazo de validade do concurso será de até 2 anos, podendo ser prorrogado


uma vez, por igual perı́o do. Esse prazo começa a contar da data de homologaçã o do
resultado. De acordo com o STF, aqueles que sã o aprovados dentro do nú mero de
vagas tê m direito subjetivo à nomeaçã o durante o prazo de validade do concurso.

De acordo com a CF, durante o prazo improrrogá vel do concurso, os


aprovados terã o prioridade de convocaçã o sobre os novos aprovados.

Fica ligado!!

Lei 8.112/90 veda a abertura de novo concurso enquanto houver


A
c andidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não
expirado. Sendo assim, c aso seja exigida a referida lei em sua prova, ique
atento (a) ao comando de questão.

Cargos em Comissã o e Funçã o de Con iança

V – As funçõ es de con iança, exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissã o, a serem preenchidos por servidores de carreiras
nos casos, condiçõ es e percentuais mı́nimos previstos em lei,
destinam-se apenas à s atribuiçõ es de direçã o, che ia e
assessoramento.

Os cargos de con iança sã o divididos em duas categorias:


✓ Funçã o de Con iança – Sã o cargos de livre designaçã o e livre dispensa, que
só podem ser ocupados por servidores efetivos do pró prio ó rgã o
✓ Cargos em Comissã o – Sã o cargos de livre nomeaçã o e exoneraçã o, que
podem ser ocupados por qualquer pessoa, ocupante de cargo efetivo ou nã o
embora a lei possa estabelecer percentual mı́nimo de servidores efetivos que os
ocupem.

Fica Ligado!

Os c argos em comissão e as funções de con iança destinam-se apenas às


atividades de direção, che ia e assessoramento.

Contrataçã o por Tempo Determinado.

IX – A lei estabelecerá os casos de contrataçã o por tempo


determinado para atender a necessidade temporá ria de
excepcional interesse pú blico;

A Constituiçã o permite que, em casos de excepcional interesse pú blico, possam


ser contratados servidores pú blicos temporá rios. Cabe à lei de inir as hipó teses e a
forma de contrataçã o desses servidores. Trata-se de uma norma de e icá cia limitada.

Vedaçã o à Acumulaçã o de Cargos, Empregos e Funçõ es Pú blicas

XVI – é vedada a acumulaçã o remunerada de cargos pú blicos,


exceto, quando houver compatibilidade de horá rios,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro té cnico ou
ciné tico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de
pro issionais de saú de, com pro issõ es regulamentadas;

XVII – a proibiçã o de acumular estende-se a empregos e


funçõ es e abrange autarquias, fundaçõ es, empresas pú blicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiá rias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pú blico;

A regra geral é a de que o servidor nã o poderá acumular cargos, poré m o


inciso XVI cita trê s exceçõ es em que o servidor poderá acumular até dois cargos
pú blicos, desde que haja compatibilidade de horá rio. A vedaçã o (com suas
exceçõ es) se estende a todas as entidades da Administraçã o Direta e Indireta assim
como todas as sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pú blico.
2. EXERCÍCIOS

1) Ainda com relaçã o aos princı́pios inerentes à Administraçã o Pú blica, de


acordo com a Constituiçã o Federal de 1988, em seu artigo 37, caput, é
INCORRETO a irmar-se que

a) Permitida a acumulaçã o remunerada de cargos pú blicos, sem qualquer


exceçã o.
b) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos ó rgã os
pú blicos deverá ter cará ter educativo.
c) A Constituiçã o Federal de 1988 disciplina a representaçã o contra o
exercı́cio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou funçã o na administraçã o
pú blica.
d) A lei estabelecerá os prazos de prescriçã o para ilı́citos praticados por
qualquer agente, servidor ou nã o, que causem prejuı́zos ao erá rio, ressalvadas
as respectivas açõ es de ressarcimento.

2) Segundo a Constituiçã o Federal, o servidor pú blico que for eleito para
exercer o mandato de vereador

A) Deverá pedir exoneraçã o do cargo pú blico.


B) Poderá exercer simultaneamente o cargo pú blico e a vereança,
independentemente de qualquer condiçã o.
C) Terá seu tempo de serviço contado para todos os efeitos legais, quando
afastado para exercer o mandato, exceto para promoçã o por merecimento.
D) Poderá exercer simultaneamente o cargo e a vereança, havendo
compatibilidade de horá rios, mas nã o poderá optar pela remuneraçã o e
vantagens do cargo pú blico.

3) O princı́pio que objetiva a igualdade de tratamento que a Administraçã o


deve dispensar aos administrados que se encontrem em idê ntica situaçã o
jurı́dica, previsto na Constituiçã o Federal de 1988, em relaçã o à administraçã o
pú blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniã o, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municı́pios, é o princı́pio da:

A) impessoalidade.
B) legalidade.
C) moralidade.
D) eficiência.

3. GABARITO

01 - A
02 – C
03 - A

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