0056 EMBARGANTE: (em Recuperação Judicial) OI S.A. - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL EMBARGADO: BRUNO GUIDA COUTINHO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Trata-se de embargos de declaração interposto pelo embargante da sentença
que julgou a presente lide.
Após a publicação da sentença, só é lícito ao magistrado alterá-la, de ofício
ou a requerimento da parte, para a correção de inexatidões materiais ou erros de cálculo, e ainda, através da estreita via dos embargos de declaração.
Com efeito, o artigo 48 da Lei 9.099/95 dispunha que “caberão embargos de
declaração quando, na sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida”. O CPC passou a assim dispor:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão
judicial para: I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III – corrigir erro material.
Compulsando os autos, assiste razão a embargante. A omissão apontada,
qual seja, de que a sentença não analisou a preliminar arguida deve prosperar.
Assim, passo a analisar a preliminar.
A embargante alega que era necessário a presença da empresa “OI MÓVEL
S.A. – em recuperação judicial” no presente processo.
Sem razão.
Tratando-se de relação consumerista e que claramente ambas as empresas
pertencem ao mesmo grupo econômico, elas respondem de forma solidária pelos danos causados ao autor.
Assim, afasto a preliminar aventada e mantenho a decisão na sua
integralidade. Por todo o exposto, com fulcro nos artigos 5º, 6º e 48, todos da Lei 9.099/95, CONHEÇO E DOU PROVIMENTO aos embargos de declaração, sem, contudo, modificar a sentença já proferida e homologada.
Nos termos do artigo 40 da Lei 9.099/95, submeta-se a decisão à apreciação