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“O ECA E O

PAPEL DA
FAMÍLIA NO
MOVIMENTO
ESCOTEIRO”

FERNANDO BORGES DE MORAES


Advogado, membro do “IBDFAM – Ins6tuto
Brasileiro de Direito de Família” e
Gestor de Adultos “Escoteiros do Brasil”
INTRODUÇÃO
COMO ESTÁ NOSSA CONVIVÊNCIA FAMILIAR?
“ASSIMETRIA DE RISCO”
(RELAÇÃO “ASSIMÉTRICA”: CONDUTAS NEGLIGENTES DOS RESPONSÁVEIS
TRAZEM CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS PARA OS JOVENS)
“PARENTALIDADE POSITIVA”
(Por: Ying Chen, Jess Haines, BriLany M. Charlton & Tyler J. VanderWeele)
ESCOTISMO EM FAMÍLIA:
CONVIVÊNCIA QUALIFICADA/POSITIVA
“VIA DE MÃO DUPLA”
ESCOTISMO: FORMAÇÃO MORAL
COMPLEMENTAR
“O plano estava baseado no princípio do jogo
educa)vo, numa recreação que levava o rapaz a
autoeducação. Como chamar o movimento? O
nome influi muito. Se =véssemos adotado a
denominação de ‘Sociedade para a Propagação
das Qualidades Morais’ (que era de fato), os
rapazes não teriam se precipitado para entrar
nela... Mas chamá-lo de Esco)smo e dar-lhes a
oportunidade de se tornar ‘Scout’ em potencial
era outra coisa. Seu desejo inato de pertencer a
uma turma era atendido fazendo-os ingressar
numa ‘tropa’ e numa ‘patrulha’.”
(Robert Baden-Powell, “Lições da Escola da Vida”,
grifo nosso).
QUAL A RELEVÂNCIA DA
MORALIDADE?
MORAL E DIREITO = CIÊNCIAS DO “DEVER SER”
(COMO DEVE SER)

ESCOTISMO = FORMAÇÃO MORAL


COMPLEMENTAR

LEI E PROMESSA

ÉTICA E SEGURANÇA = (+) VALORES (-) RISCOS


A FAMÍLIA NO “ESTATUTO DA UEB”

A associação “União dos Escoteiros do Brasil”


tem estatutariamente como obje8vo a educação
não formal de crianças, adolescentes e jovens,
de 6,5 anos a 21 incompletos, em complemento
à educação dada pela família, pela escola e ao
credo religioso adotado pela família.
(Estatuto da UEB, ar.go 2º e ar.go 5º, parágrafo 3º).
A FAMÍLIA NO “P.O.R. – PRINCÍPIOS,
ORGANIZAÇÃO E REGRAS”
Regra 011
I - O Esco(smo como força educa(va, se propõe a
complementar a formação que cada criança, adolescente
ou jovem recebe de sua família, de sua escola e de sua
orientação religiosa, e de nenhum modo subs(tuirá essas
ins(tuições.
Regra 022
V - É vedado tornar obrigatório o comparecimento dos jovens
às cerimônias religiosas de outro credo. O comparecimento a
cerimônias e/ou locais de culto de outras religiões somente
poderá ocorrer se autorizado pela família, se não houver
ofensa a preceitos do credo do jovem e deverá ser como mera
assistência e com alto grau de respeito.
A FAMÍLIA NO “P.O.R. – PRINCÍPIOS,
ORGANIZAÇÃO E REGRAS”
Regra 141
III - A ins%tuição reconhece que a família é o principal parceiro na formação de crianças,
adolescentes e jovens escoteiros, e incen'va que os responsáveis estejam presentes e
par'cipem constantemente das a'vidades realizadas pelos Grupos Escoteiros,
contribuindo para que os mesmos tenham a opor tunidade de conhecer melhor o adulto
voluntário responsável pela aplicação do programa educa'vo para seus filhos.

IV - A União dos Escoteiros do Brasil orienta as famílias, os dirigentes voluntários e os


jovens que, caso observem conduta inadequada ou divergente dos princípios da
organização e que possam levar a algum dano da integridade Gsica ou emocional das
crianças e dos jovens escoteiros, denunciem o ocorrido aos órgãos competentes, como
preconizado pelo Estatuto da Criança e Adolescente.

Regra 142
k) Relação com a família: o esco.sta deverá sempre manter contato com os
pais do membro juvenil para que as orientações repassadas aos mesmos sejam
de conhecimento de sua família;
MAS POR QUE AS NORMAS
ESCOTEIRAS CITAM A FAMÍLIA?
ARTIGO 227 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los
a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão. (Grifo
nosso).
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (LEI FEDERAL 10.406/2002)
“PODER FAMILIAR”
Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto
menores.
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua
situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste
em, quanto aos filhos:
I - dirigir-lhes a criação e a educação;
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16
(dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assis>-los, após essa
idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o
consen>mento;
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços
próprios de sua idade e condição.
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Lei Federal nº 8.069, de 13 julho de 1990.

Foi criado para proteger nossas crianças e


adolescentes, garan6ndo aos mesmos todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento <sico, mental, moral, espiritual e
social, em condições de liberdade e de dignidade.
(“Sistema Prote6vo”).
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Vejamos como o ECA classifica os menores de idade:
Criança: de 0 a 12 anos incompletos.
Adolescente: de 12 anos até 18 anos incompletos.
O ECA, através do seu Ar(go 4º, coloca como dever da
família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público, priorizar a efe(vação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.
A seguir, outros ar(gos relevantes (os grifos no texto são
nossos).
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE

Art. 5º. Nenhuma criança ou adolescente será


objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos
seus direitos fundamentais.
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE

Art. 17. O direito ao respeito consiste na


inviolabilidade da integridade Asica, psíquica e
moral da criança e do adolescente, abrangendo
a preservação da imagem, da iden7dade, da
autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos
espaços e objetos pessoais.
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da
criança e do adolescente, pondo-os a salvo de
qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência


de ameaça ou violação dos direitos da criança e
do adolescente.
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE

Art. 71. A criança e o adolescente têm


direito a informação, cultura, lazer,
esportes, diversões, espetáculos e produtos
e serviços que respeitem sua condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento.
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Art. 79. As revistas e publicações
desAnadas ao público infanto-juvenil não
poderão conter ilustrações, fotografias,
legendas, crônicas ou anúncios de bebidas
alcoólicas, tabaco, armas e munições, e
deverão respeitar os valores éAcos e sociais
da pessoa e da família.
CÓDIGO CIVIL E ECA
LOGO: PODER FAMILIAR

“PODER-DEVER” DE GESTÃO
CONJUNTA DA VIDA DO JOVEM E
CONVIVÊNCIA AFETIVA
(MESMO EM CASO DE PAIS SEPARADOS,
DAÍ A IMPORTÂNCIA DA “GUARDA COMPARTILHADA”)
MÉTODO ESCOTEIRO
A FAMÍLIA E O MOVIMENTO ESCOTEIRO JUNTOS NA PROTEÇÃO À
CRIANÇA E AO ADOLESCENTE
“PODER FAMILIAR” NA PANDEMIA
REFLEXÃO:
“FILHOS ‘EM CASA’: A
PANDEMIA ESTÁ
POSSIBILITANDO A
RECONSTRUÇÃO DA
PARENTALIDADE?”
(DR. CONRADO PAULINO DA ROSA,
PROFESSOR DE DIREITO DE FAMÍLIA/RS)
DICA! DOCUMENTÁRIO:
hEps://www.youtube.com/watch?v=35GVg5M_RrY
“A sa>sfação que resulta de
ter cada um tentado cumprir
abnegadamente seu dever e
ter desenvolvido o caráter
nos jovens (o que lhes dará
uma personalidade
diferente para a vida toda) é
uma recompensa tão
grande que, absolutamente,
não pode ser descrita”.
(Robert Baden-Powell, “Guia
do Chefe Escoteiro”).
CONTATO
FERNANDO BORGES DE MORAES
Coordenação Regional de Gestão de Adultos - Amazonas
am.adultos@escoteiros.org.br
fernando.moraes@gelasalle.org
Tel./Whatsapp: (92) 99116-0032

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