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coletÂnea

DIVERSIDADES
volume 1: gênero e sexualidade

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O que é? Para quê?
A Coletânea “Diversidades” surgiu da discussão seniores e guias, pioneiros e pioneiras? Quais fer- Os objetivos dessa cartilha de atividades são:
entre integrantes da Rede Nacional de Jovens Líde- ramentas utilizar para abordar o assunto? Em que
res – com participantes entre 18 e 26 anos incom- lugar é possível buscar embasamento teórico para - Instigar escotistas, dirigentes e familiares a compreenderem
pletos – acerca do tema anual dos Escoteiros do desconstruir estigmas e preconceitos, substituindo- melhor o tema, a fim de desenvolverem atividades adequadas
Brasil para 2016: “Diversidades que nos unem”. Um -os por inclusão e respeito? para cada momento.
grupo de trabalho foi criado como forma de auxiliar Falar de diversidades, hoje em dia, demonstra
e desenvolver mais e melhores materiais sobre o as- nosso interesse pelo mundo e pelas pessoas que - Evidenciar que a temática permeia todos os espaços, como a
sunto, com destaque para as diversidades de gênero o compõem. Essa publicação é o pontapé rumo às escola, a Unidade Escoteira Local e o lar do jovem.
e sexualidade. respostas que podem nos levar a um Escotismo para
Uma vez entendendo a questão como um tema todos e todas, com mais empatia e entendimento,
tabu em vários segmentos da sociedade, nós nos pautado no Programa Educativo dos Escoteiros do - Mostrar ao jovem que ele constrói o seu caminho respeitando os demais,
questionamos: como trabalhá-lo melhor com nos- Brasil e no Posicionamento Oficial sobre Homoafe- independentemente das diferenças de cada um;
sos lobinhos e lobinhas, escoteiros e escoteiras, tividade.
- Colocar o jovem e o adulto no papel de multiplicadores da valorização das di-
versidades, desenvolvendo a capacidade de perceber o outro com empatia e
respeito por meio de noções de coletividade e cultura de paz;

- Possibilitar que o jovem e o adulto conheçam melhor as visões de


mundo um do outro e, a partir disso, sejam capazes de transfor-
mar a si mesmos.

- Enriquecer o desenvolvimento do jovem, estimulando sua ca-


pacidade crítica por meio da busca por respostas.

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Como a coletânea de atividades foi desenvolvida?
INTRODUÇÃO
O primeiro passo foi a divisão dos integrantes do grupo de trabalho entre as seções do Movimento
Escoteiro de acordo com a preferência de cada um. Definidos os grupos de ação, foi determinado que “A nossa principal crença é a de que o Escotismo para expandir a visão, compreensão e possibilidades
contribui para formação de jovens responsáveis e de atuação de cada um.
o desenvolvimento das atividades passaria por dois momentos: o primeiro a respeito da compreensão
conscientes e, enquanto cidadãos e cidadãs ativos Diversidade é um tema presente em todos os
da diversidade de gênero e o segundo sobre as inúmeras possibilidades de expressão da sexualidade.
contribuem para criar um mundo melhor, mais justo âmbitos da sociedade, principalmente em debates
Dentro da diversidade de gênero, as atividades abordam conteúdos como estereótipos ligados à figura
e fraterno. O Brasil e o mundo se transformam cada da área da educação, e o que esse material propõe
feminina e à figura masculina, desde o modo de se vestir até os papéis sociais de cada um dos gêne- vez mais rapidamente e esse mundo cada vez mais
ros. Com isso, queremos desconstruir os vieses, a intolerância, a discriminação e o preconceito. Na é justamente um olhar em torno dessa temática vi-
interconectado desafia e estimula os jovens a serem sando ao entendimento e respeito, valores univer-
diversidade sexual, as atividades tratam de questões como a homoafetividade e a LGBTfobia, pontos os protagonistas dessa transformação. O sonho des- sais e essenciais para uma cultura de paz. Dentro do
fundamentais para avançarmos com tolerância e respeito pelas diferenças individuais. ses jovens é crescer, aprender e transformar o mun- Movimento Escoteiro, temos mais familiaridade em
do e as comunidades onde vivem.” - Planejamento trabalhar com as diversidades espiritual, socioeco-
Estratégico 2016-2021, p.7. nômica, política, dentre outras, e a Coletânea Diver-
A Coletânea Diversidades dialoga com três eixos: sidades, portanto, é uma tentativa de nos tornarmos
os jovens, os adultos voluntários do Movimento Es- mais familiares com os temas de gênero e sexuali-
coteiro e os familiares e responsáveis. Entendemos dade também.
que o envolvimento de todos é essencial para que Atualmente, as discussões sobre gênero envol-
esse e qualquer outro projeto do Movimento Esco- vem principalmente os assuntos que tratam sobre
teiro se fortaleça e dê seus frutos. Assim, através de as relações entre homens e mulheres na sociedade,
sugestões de atividades lúdicas, a Coletânea mostra os papéis esperados e desempenhados por cada um
que é possível conversar sobre gênero e sexualidade deles e a desigualdade como consequência des-
com jovens de todas as idades e como trabalhar isso. sas ações. Falar sobre gênero e criar um espaço de
Gostaríamos de ressaltar que a Coletânea Di- debate entre meninos e meninas, que trate sobre
versidades não traz nenhuma imposição, mas sim respeito às diferenças, é essencial para o desenvol-
novas possibilidades de atividades, de discussões e vimento do jovem e de sua identidade, como está
de vivências; ela serve como ferramenta de abertura previsto em nosso Programa Educativo: "Promo-

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vemos a igualdade de direitos entre o homem e a soa se vê e como ela se expressa para o mundo: seu que, “Além de serem regras restritivas, que tentam Dados levantados pelo Fórum Brasileiro de Segu-
mulher e fomentamos na juventude o apreço pela modo de pensar, sentir, sonhar ou agir. É importante encaixar as pessoas em estereótipos sociais, (...) são rança Pública em outubro de 2017 revelam que no
colaboração e mútuo enriquecimento, respeitando dizer que identidade de gênero não é sinônimo de também a base para muitas situações de desigual- Brasil há uma média de 135 casos de estupros por
a natureza particular de ambos os sexos, sem quais- orientação sexual: a primeira diz respeito ao modo dade. Quando usamos o termo ‘desigualdade de gê- dia. O elevado índice desse tipo de violência, co-
quer preconceitos." como o próprio indivíduo se entende, se identifica; nero’, nos referimos a relações de poder, privilégio metido em sua maioria contra mulheres, é algo que
Mas já que estamos falando tanto de gênero e se- a segunda corresponde à maneira pela qual a pes- ou hierarquias sociais criadas a partir das diferenças se arrasta há muito tempo e cujas raízes podem ser
xualidade, o que realmente significam essas coisas? soa se relaciona com outras(...)”1, ou seja, a Orienta- percebidas entre homens e mulheres, ou entre mas- identificadas em pequenos atos cotidianos e corri-
ção Sexual “é o termo usado para nos referirmos ao culinidades e feminilidades.”4 Da mesma forma que queiros, como cantadas, piadas e certas expressões,
Segundo o livro Diferentes, não Desiguais, “Em
modo como nos sentimos e relacionamos no plano a desigualdade, ou “assimetria de gênero”, está sub- sobre as quais quase não notamos serem formas
geral, as pessoas acreditam que a presença de um
afetivo e sexual(...)”2. “(...)Por exemplo, uma pessoa metida a essa relação de poder, a diversidade sexual de assédio. Dessa forma, dentro de uma cultura em
pênis ou de uma vagina, ao nascer, determina di-
pode nascer com um pênis e se identificar como também se encontra numa situação similar. que “pequenas” formas de assédio são tão naturais
retamente a forma como um indivíduo irá se ver e
mulher, portanto ela seria uma mulher trans. Se essa Podemos ver essa desigualdade, por exemplo, na e corriqueiras, o estupro é um dos graus mais eleva-
se identificar. Isto é, se uma pessoa nasce com um
mulher se sentir atraída por pessoas que se identi- vida profissional de homens e mulheres. Em grande dos dessa violência que, então, só pode ser comba-
pênis, teria que, pela normativa, se identificar ne-
ficam como homens, ela é uma mulher trans hete- parte das famílias brasileiras, tanto os homens como tida a partir do momento em que nos damos conta
cessariamente como um homem. Nessa lógica, se
rossexual, pois se sente atraída por pessoas que têm as mulheres ocupam vagas no mercado de trabalho dos “pequenos” atos de assédio que cometemos no
uma pessoa nasce com uma vagina, diretamente
uma identidade de gênero diferente da sua.”3 e contribuem para a renda da casa. Porém, dados dia-a-dia.
se identificaria com uma mulher. Contudo, o apa-
relho sexual não é determinante para a identidade Assim, podemos perceber que vivemos rodeados mostram que mulheres podem ganhar na média até As questões de gênero também influenciam os
de gênero, pois esta é uma construção individual e por costumes e regras sociais que definem e limi- 20% menos do que seus colegas homens. Além dis- debates sobre sexualidade. Muitas das opressões e
social. Portanto, é possível que alguém nasça com tam o que é um homem ou uma mulher, com quem so, elas costumam enfrentar outros problemas no violências sofridas pelos membros da comunida-
um pênis, mas não se identifique como homem, e cada um pode ou não se relacionar e o que cada um mercado de trabalho, como dificuldades em conse- de LGBTQ’s derivam de preconceitos com a forma
sim como mulher, ou que outro nasça com uma pode ou não fazer, falar, vestir etc. A esse conjun- guir empregos quando têm filhos pequenos ou são de como essas pessoas se expressam e se relacio-
vagina e não se identifique como mulher, mas sim to de regras damos o nome de normas de gênero recém-casadas, uma vez que os empregadores en- nam. Como afirmamos, quando uma pessoa nasce
como homem. A identidade de gênero é a maneira tendem que logo elas serão mães. com um pênis ou uma vagina, existem expectativas
pela qual uma pessoa entende sua personalidade e Outro tópico intensamente discutido dentro das quanto ao seu papel na sociedade e quais os com-
a apresenta para o mundo: como feminina, como 1 LINS, Beatriz Accioly; MACHADO, Bernardo Fonseca; ESCOURA, questões de gênero é a violência contra a mulher. portamentos específicos esperados delas, inclusive
Michele. Diferentes, não desiguais: A questão de gênero na esco- como e com quem essa pessoa irá se relacionar. Se
masculina ou uma combinação dessas possibilida- la. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2016.p.126.
des. Dito de outro modo, é a forma como uma pes- 2 Ibid, p.129. um homem nasce, é esperado que ele cresça e se
3 Ibid, p.126. 4 Ibid, p.16. relacione afetiva e sexualmente somente com mu-

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lheres; se uma mulher nasce, é esperado que ela entender como uma das possibilidades do diverso é 4. Olga Project. Chega de fiu fiu. Disponível em:
cresça e se relacione afetiva e sexualmente com ho- a melhor forma de impulsionar esses jovens a tor- <https://olga-project.herokuapp.com/2018/01/31/
mens, apenas. Sabemos que a sexualidade é diversa narem-se precursores da cultura de paz e transfor- faq-chega-de-fiu-fiu/>. Acesso em 9 de março de
e foge bastante deste padrão esperado e, quando madores sociais. 2018.
isso acontece, é comum a manifestação do precon-
ceito com o outro, da exclusão social e da violência.
5. AMÂNCIO, Thiago. Brasil tem 12 assassinatos de
Sendo o Brasil o país que mais mata LGBTQ’s no Referências mulheres e 135 estupros por dia, mostra balan-
mundo atualmente, podemos ter um panorama de ço. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
como a homofobia a transfobia e diversos crimes 1. LINS, Beatriz Accioly; MACHADO, Bernardo Fonse- cotidiano/2017/10/1931609-brasil-registrou-135-es-
de ódio estão presentes na sociedade em que todos ca; ESCOURA, Michele. Diferentes, não desiguais: tupros-e-12-assassinatos-de-mulheres-por-dia-
crescemos. Esse dado preocupante mostra que a A questão de gênero na escola. Editora Schwarcz- -em-2016.shtml>. Acesso em * de março de 2018.
falta de informação e a intolerância vem custando a -Companhia das Letras, 2016.
vida de inocentes, uma a cada 25 horas, estatistica-
mente. Em um levantamento, o Coletivo “Grupo Gay 6. AUN, Heloísa. Brasil é o país que mais mata
da Bahia” documentou dados em 168 municípios 2. ALVARENGA, Darlan. Brasil cai para a 90ª po- LGBTs no mundo: 1 a cada 19 horas. Disponível
brasileiros. Dos 343 assassinatos ocorridos em 2016, sição em ranking de igualdade entre homens e em: <https://catracalivre.com.br/cidadania/brasil-
173 eram contra gays, 144 contra trans, 10 contra mulheres. Disponível em: <https://g1.globo.com/ -mais-mata-lgbts-1-cada-19-horas/>. Acesso em 16
lésbicas, 4 contra bissexuais e 12 contra heterosse- economia/noticia/brasil-cai-para-a-90-posicao- de outubro de 2018.
xuais parentes ou conhecidos de LGBTs que foram -em-ranking-de-igualdade-entre-homens-e-mu-
mortos por algum envolvimento com eles. lheres.ghtml>. Acesso em 9 de março de 2018. 7. Folha Online. Diferença Salarial entre Homens
Com os exemplos acima, notamos que nossos e Mulheres é maior em São Paulo. Dispnível em:
jovens estão inseridos em uma sociedade que ain- 3. Redação Galileu. Brasil ainda é o país que <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/11/
da tem dificuldades quando o assunto é: diversida- mais assassina LGBTs no mundo. Disponível em: 1938279-diferenca-salarial-entre-homens-e-mu-
de sexual, equidade de gênero e respeito. Uma vez <http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noti- lheres-e-maior-em-sao-paulo.shtml>. Acesso em 9
que o Movimento Escoteiro propõe uma educação cia/2017/05/brasil-ainda-e-o-pais-que-mais-assas- de março de 2018.
que almeje jovens capazes para bem viver em so- sina-lgbts-no-mundo.html>. Acesso em 9 de março
ciedade, acreditamos que conhecer o diferente e se de 2018.

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1. Para que serve isto? 45 min a 1h
Área de desenvolvimento: Afetivo, social e caráter. - Martelar estaca
Fique ligado! Estimular o pensar além do que en- - Montar uma mesa
xergamos contribui para a expansão das ideias sobre - Cozinhar
objetos e pessoas.
- Cavar um buraco
Objetivos: Propor aos jovens que pensem fora da
- Acender uma fogueira
caixa e identificar dificuldades de flexibilização den-
Finalização: Pedir para os jovens contarem como

RAMO LOBINHO
tro da Alcateia.
foi a experiência de ir além da primeira função de
Desenvolvimento: Quebra-gelo – escolher diversos
cada objeto, se já fizeram isso antes, quando e se
objetos e dividir os jovens em três equipes. Quando
funcionou. Questionar se foi difícil designar novas
o escotista mostrar um dos objetos, os jovens pre-
funções para cada objeto e, então, direcionar a con-
cisam dar novos e variados usos para eles (ex: uma
versa de objetos para pessoas: será que a profissão
cenoura pode ser utilizada como telefone, dardo,
das pessoas definem o que elas são capazes ou não
cotonete, etc). Se demorar muito para falar, a equipe

DE 6 anos e meio a 10 ANOS perde!


A Tropa Escoteira está desesperada! Perderam vários
materiais importantes e necessários para o acampa-
de fazer? Por quê? Quais exemplos conhecem? Vo-
cês sabem no que seus pais/responsáveis são for-
mados? Eles trabalham apenas com isso?
E vocês? No que são bons e em que têm dificulda-
mento que será na semana que vem! Cabe à Alca-
de? Só fazem as atividades e lições de casa em que
teia ajudá-los, sugerindo como realizar as seguintes
têm facilidade? Acham um problema terem dificul-
tarefas com o material que sobrou, de forma impro-
dade em algo? É importante cada pessoa ser melhor
visada:
em uma coisa? Por quê? O que se ganha com isso?
- Cortar bambu Acreditam que todos aqui podem fazer as mesmas
- Tomar banho coisas ou existem atividades e brincadeiras que só
- Montar barraca alguns podem participar? Por quê? O que pensam

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2. Festa à Fantasia 1h a 1h20
a respeito disso? Será que é assim no mundo todo? Área de desenvolvimento: Físico, social, afetivo e Com todos fantasiados, há um “chapéu da fala”,que
Podemos fazer algo a respeito? caráter. permite ao lobinho contar para o grupo se está con-
Material e parte técnica: Objetos aleatórios, como: Fique ligado! Pensar em hábitos cotidianos, como fortável na fantasia escolhida pela sua dupla e por
saco de dormir, lego, pente de cabelo, fone de ouvi- quais roupas vestimos, contribui para uma reflexão quê. Para vestir o chapéu, será entregue um livro
do branco, livro, tiara, lenço escoteiro, saia, imagem que instiga o olhar crítico à sociedade, incentivan- para um jovem, um de cada vez, tentar abrir em uma
do Ben 10, caderno, óculos escuros, chapéu, colar, do também uma posição de ação, como começar página par: se conseguir, pode utilizar o chapéu, se-
estojo de maquiagem, vela, camiseta de super-he- a arrumar a própria mala para o acampamento e o não, passa a vez. É importante que todos usem o
rói, ursinho de pelúcia. que está em torno disso, de autonomia e conforto à chapéu e digam como se sentem, mesmo que não
pressão social. consigam abrir o livro em alguma página certa.
Objetivos: Propor um espaço de reflexão sobre as Enquanto contam como se sentem, os escotistas
roupas que usamos em nosso cotidiano e questio- escrevem em uma cartolina palavras-chave ditas
nar os porquês envolvidos acerca disso. pelos lobinhos. Em seguida, cada jovem pode se ca-
racterizar novamente, dessa vez da maneira como
Desenvolvimento: Quebra-Gelo - Mímica: pedir
quiser. Nesse segundo momento, cada lobinho de-
para imitarem alguém do grupo, sem contar quem
fine uma nova palavra para dizer como se sente e
é, e os outros deverão descobrir. Desafio final: imitar
vai até outro lobinho para “trocar” verbalmente de
o nome da Unidade Escoteira Local. Feito isso, rece-
palavra. Ou seja, o João escolheu a palavra “feliz” e
bem um convite para uma festa à fantasia.
foi trocar com o Pedro, que escolheu “engraçado”,
Em uma mesa, estão colocadas diferentes peças de agora o João é o dono da palavra “engraçado” e o
roupa, objetos e acessórios. Os jovens são divididos Pedro tem a palavra “feliz”. Isso pode ser feito diver-
em duplas: um é o manequim (não pode falar nada) sas vezes e os escotistas anotam as novas palavras
e o outro escolhe e monta sua fantasia. Quando ter- na mesma cartolina.
minarem, invertem o papel (não vale tirar a fanta-
Finalização: Perguntar aos lobinhos se as novas
sia!). Sugestão: tocar uma música enquanto as pe-
palavras escritas na cartolina são muito diferentes
ças são escolhidas.

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3. Você Sabia? 1h a 1h20
de quando a dupla escolheu a fantasia para eles e Áreas de desenvolvimento: Social e afetivo. algo a respeito?
questionar por quê. Perguntar se alguém escolhe a Fique ligado! É comum ouvirmos que podemos ou Para estimular a reflexão:
própria roupa para usar no cotidiano e, caso a res- não fazer isso ou aquilo dependendo de nossas ca- - Você sabia que os primeiros sapatos de salto alto
posta seja não, se gostam de todas as roupas que racterística e gênero. Será que é possível questionar foram criados para os cavaleiros persas, para que
escolhem para eles – relacionar com o jogo de mí- essas restrições? eles tivessem uma melhor posição dos pés nos es-
mica do início para dizerem se concordam com o
Objetivos: Refletir sobre nossas ações cotidianas e tribos durante as montadas? Hoje em dia, quem
jeito que foram imitados. Explicar que cada um tem
questionar até que ponto somos restringidos por costuma utilizar salto alto? Por quê?
o seu gosto e que podem, por exemplo, montar a
estereótipos e determinações sociais. - A responsabilidade de cuidar dos filhos deve ser de
mochila para o acampamento junto com seus res-
ponsáveis e até mesmo escolher o que vestir no dia Desenvolvimento: Quebra-Gelo – ensinar o nó de quantas pessoas? Por quê? Como é isso na família
a dia. Mas realmente podemos vestir tudo aquilo escota explicando que ele une dois cabos de espes- de vocês? Frente às diferentes respostas, apontar
que queremos? Existem roupas apropriadas para suras diferentes e ilustrar que “duas pessoas diferen- que a diversidade existe até mesmo entre as famí-
certos espaços e situações? Por quê? Existem rou- tes podem andar juntas”. lias da Alcateia.
pas apropriadas para certos tipos de pessoas ? Por Cada jovem recebe uma folha e um lápis e, pelo es- - Você sabe usar uma máquina de lavar? Já pen-
quê? É positivo ter essas restrições? Podemos fazer paço, encontra perguntas espalhadas. Deve ir res- sou em aprender? Quem costuma lavar a roupa na
algo a respeito? pondendo, em formato de texto ou desenho. casa de vocês? E os outros, o que fazem? Em geral,
Material e parte técnica: Convite para a festa à fan- Finalização: Sentar em roda e repassar as pergun- que pessoas da sua família são responsáveis pelas
tasia, roupas, objetos e acessórios para caracteriza- tas, pedindo a resposta e a justificativa de cada um. tarefas de casa? Acham que as tarefas estão bem
ção, música, caixa de som, livro, chapéu, cartolina e Ao final, questionar o que acham que “pressão so- distribuídas entre todos os integrantes da casa?
canetinhas. cial” significa, definindo o termo como “conjunto de - Qual é a primeira imagem que vem à cabeça
ações determinadas pela vontade e ponto de vista quando falamos de computadores? Quem aqui
de uma maioria”. É importante pedir exemplos e aju- tem facilidade para usar um? Em geral, na socie-
dá-los a entender a definição. Quem criou a pres- dade, algumas pessoas tem mais facilidade para
são social? Ela é boa, ruim ou o quê? Podemos fazer isso? Quem e por quê?

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- Quais pessoas costumam salvar as outras? O que ou perdidos na mata fechada. Se a Alcateia estivesse
elas têm em comum? Se toda a Alcateia soubesse perdida na mata, quem poderia disparar um para o 4. Galeria de Arte 1h a 1h30
utilizar um sinalizador, qualquer um poderia dis- alto?
pará-lo em caso de emergência? Por quê? 6) “Para quê a maquiagem foi inventada?” Áreas de desenvolvimento: Intelectual e social. • É possível apreciar, elogiar ou ao menos não cri-
- Quais pessoas que utilizam maquiagem vocês 7) “Qual o nome do país em que todas as pessoas Fique ligado! Muitas vezes, nota-se que é preci- ticar e julgar à primeira vista coisas que são di-
conhecem? Vocês já usaram também? Por quê? podem usar saias?” so ensinar os jovens sobre a empatia, o respeito e ferentes daquilo que conhecemos, gostamos ou
Como se sentiram? Sabiam que diversos itens de como se colocar no lugar do outro. estamos acostumados?
maquiagem, como a sombra, foram inventados • É possível fazer uma crítica negativa de forma
para proteção da pele? Objetivos: Desenvolver a noção de coexistência ao
estimular que os jovens se coloquem no lugar uns construtiva e sem magoar a outra pessoa?
- Na Escócia, era comum homens utilizarem o kilt, dos outros e aprendam a respeitar o diferente, mes- • As críticas são importantes? Por quê?
uma espécie de saia, cujo estilo variava conforme mo achando-o esquisito ou não tão legal assim.
a família (era um jeito de se identificarem). Quais • Se uma obra de arte não agradar alguém, é correto
são as vantagens de se usar saias? O que é ruim? Desenvolvimento: Os jovens são divididos em dois essa pessoa tentar estragá-la ou quebrá-la?
Quem aqui já pensou em usar saia? Em quais situ- a quatro grupos, cada qual responsável pela criação • Como será que as pessoas que tem suas obras
ações? Como as pessoas reagiriam se vissem você de uma obra de arte. Para isso, podem utilizar mate- quebradas se sentem?
de saia? Por quê acham que reagiriam assim? riais trazidos pelos escotistas ou utilizar recursos do
• Vocês gostariam que o outro grupo quebrasse a
próprio local, como uma intervenção.
Material e parte técnica: Um pedaço de corda, uma obra de arte de vocês?
caneta e papel para cada jovem e perguntas espa- Feitas as obras, os lobinhos se tornam críticos de
• Acham que é importante reconhecer o esforço e
lhadas pelo espaço. arte! Portanto, devem passar por cada criação e
incentivar a dedicação do dono da obra, indepen-
contar aos escotistas o que acharam do resultado
Perguntas: dentemente do que vocês acharam?
final.
1) “Quem costuma usar salto alto?” • É possível tentar encontrar algo positivo até mes-
Finalização: Possíveis perguntas para estimular a
2) “Quem pode cuidar dos filhos?” mo nas obras que aparentemente não te agradam?
reflexão:
3) “Quem costuma usar a máquina de lavar?” Peça aos jovens para que tentem encontrar algo
• Foi mais fácil criticar ou elogiar? Por quê?
positivo mesmo nas obras que a princípio não os
4) “Quem criou o primeiro modelo de computador?” • Como se sentiram ao terem suas obras criticadas? agradam, fazendo-os pensar sobre a importância da
5) “Os sinalizadores são utilizados para avisar que Será que, às vezes, nossos comentários e opiniões obra para seu dono, o esforço e a dedicação coloca-
estamos passando por uma situação de perigo e/ podem magoar o outro? Por quê? dos no trabalho, independentemente do resultado

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5. Arca de Noé 1h a 1h30
Áreas de desenvolvimento: Intelectual e afetivo. nas uma mão, fazer um nó direito;
final. Apresentar e explicar as palavras “diversidade e
Fique ligado! A diversidade sexual existe no mundo • Utilizando seus corpos, fazer uma estrela, uma
coexistência”.
animal, mas nós, humanos, não os excluímos por mesa e um lobo;
Material e parte técnica: Materiais para as obras de conta disso. Portanto, quebrar preconceitos com • Jogar uma partida de queimada contra a outra
arte (exemplos: cartolinas, papelão, mesas, cadei- tal pano de fundo permite a fácil associação com o equipe.
ras, fita crepe, lã colorida, etc), papel e caneta, papel mundo humano.
com as palavras “diversidade e coexistência” escritas. Depois que as tarefas forem executadas, contar a se-
Objetivos: Desfazer barreiras relativas à diversida- guinte história: a arca quebrou, mas Noé construiu
de, desenvolvendo a criticidade, a argumentação e uma maior ainda na qual ambos os grupos caberão!
a importância de ouvir o outro. Para entrarem nela, precisam formar uma roda e ter
Desenvolvimento: Quebra-gelo – Colar nas costas em mente quem está ao seu lado. Em seguida, sol-
de cada jovem um animal, o qual deve ser adivinha- tam as mãos e circulam pelo espaço livremente até
do através de perguntas de “sim” ou “não”. o momento em que o escotista pedir para pararem.
Todos fecham os olhos e imitam seus animais, en- Os lobinhos precisam então, sem sair do lugar, dar
contrando seu par e dando-lhe as mãos (é impor- as mãos para quem estava ao seu lado e depois des-
tante que alguns pares se dêem por machos e fê- fazer o nó da roda.
meas, enquanto outros por machos e machos ou Finalização: Possíveis perguntas para estimular a
fêmeas e fêmeas). Feito isso, encontram-se separa- reflexão: Mesmo com tantos animais diferentes, vo-
dos em duplas e devem ser divididos em duas gran- cês conseguiram trabalhar em equipe? Quais tipos
des equipes, pois competirão para entrar na Arca de de animais havia em seu grupo (ex: quadrúpedes,
Noé. Ganha quem vencer mais tarefas entre as des- animais com pêlo, fêmeas, machos, etc)? Quais as
critas abaixo: diferenças de um grupo para o outro? Essas diferen-
• Montar uma propaganda de sua equipe; ças tornaram apenas um dos grupos apto a entrar
na arca? Se, ao invés de animais, fossem seres hu-
• Em duplas ou trios de seu grupo e utilizando ape-

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6. O Extraterrestre 30min a 45min
manos, bastante diferentes uns dos outros, os mes- algumas pessoas serem impedidas de participar por Áreas de desenvolvimento: Físico, caráter e social. pois de os dois grupos terminarem o trabalho, eles
mos problemas aconteceriam? Haveria motivo para causa de suas diferenças? Por quê? Importante: Essa atividade foi adaptada da campa- apresentam os resultados para todos.
somente um grupo entrar na arca? Se trocarmos a Material e parte técnica: Desenhos de animais ma- nha “Vozes Contra a Violência”, promovida pela Fe- Finalização: Possíveis perguntas para estimular a
arca por lugares do dia a dia, como a escola, o am- cho e fêmea, corda, fita crepe e bola deração de Bandeirantes do Brasil, que busca o fim reflexão:
biente familiar ou nosso grupo escoteiro, seria justo da violência contra meninas e crianças praticada em • Há homens que têm o cabelo comprido?
casa, na escola e nos espaços públicos. • Há mulheres com o cabelo curto?
Fique ligado! Depois de passar por outras atividades • Há homens que usam saia?
da Cartilha, os jovens podem trabalhar o tema das • Todas as mulheres usam acessórios?
diversidades de forma mais clara e profunda. Essa • Homens são vaidosos?
atividade é importante para evidenciar estereótipos • O que é que distingue um homem e uma mulher?
que existem e permite a autorreflexão. Caso as definições tenham seguido estereótipos, isto
Objetivos: Convidar os jovens a pensar como os é, foram generalizadas como se toda mulher gos-
papéis sociais tradicionalmente atribuídos estão tasse de rosa, usasse saia e todos homens fossem
presentes naturalmente na maneira como enxerga- fortes e com cabelo curto, a sugestão de questiona-
mos o mundo. mento é: Os homens e mulheres que são diferentes
Desenvolvimento: Um escotista é um extraterrestre enfrentam dificuldades? Por que? Todos temos que
que acabou de chegar à Terra e encontra a matilha enxergar e fazer as coisas de um mesmo jeito? É
ou a alcateia. Ele está confuso e se pergunta o que é bom todos terem a mesma opinião? Por quê?
um homem e o que é uma mulher. Os lobinhos são Mostrar o vídeo: https://www.youtube.com/watch?-
divididos em duas equipes. Uma ficará responsável v=TWvJ3Dd2Y9M
por explicar a definição de homem e, a outra, a de- Material e parte técnica: Folhas rascunho, caneti-
finição de mulher. Uma folha rascunho é entregue a nhas, lápis de cor, equipamento para exibir o vídeo e
cada equipe e deve ser utilizada para facilitar a co- fantasia de extraterrestre.
SAPO municação relativa às descrições que surgirem. De-

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7. Flicts 1h15 a 1h45
Áreas de desenvolvimento: Físico e intelectual. ferência encenando. então será que não podemos chamá-lo apenas de
Fique ligado! Relacionar a variedade das cores com Possíveis perguntas para estimular a reflexão sobre salmão?
as diferenças de cada é um meio de desenvolver o a peça: • Vocês conhecem pessoas que são ‘’Flicts’’? Será
respeito às particularidades do outro de forma in- • O que acontece na história? que você é um?
tuitiva. “Flicts” serve de inspiração para todos com- • O que podemos fazer para que as pessoas não se
• Quem é a personagem principal e quem são as
preenderem que têm um lugar no mundo, indepen- sintam como o ‘’Flicts’’ perto de nós?
personagens secundárias?
dentemente de seu jeito e gosto.
• Flicts, representado pelo Menino Maluquinho, pa- Finalização: Propor que montem e apresentem
Objetivos: Desconstruir a ideia de que o diferente é uma esquete sobre o tema “Diversidades que nos
rece não ter muitos amigos nem fazer parte de
ruim, utilizando as cores como metáfora e utilizan- unem”. Encerrar com a música “Flicts” novamente.
nada, mas descobre que há um lugar com bastan-
do a história “Flicts”, de Ziraldo, como apoio.
te Flicts. Onde? Material e parte técnica: música “Flicts”, ingressos
Desenvolvimento: Quebra gelo: Cantar a música fictícios para a peça, vídeo de “O Menino Maluqui-
• Como Flicts se sente após descobrir que há um
‘’Flicts’’ (adaptada do Movimento Bandeirante). nho” e equipamentos para reproduzi-lo.
lugar em que ele é aceito?
Após cantar a música, a alcateia receberá um tema
Possíveis perguntas para estimular a reflexão sobre
para fazer uma foto humana baseada no tema rece-
o tema:
bido. Por exemplo: “foto de praia”; todos fingem que
estão na praia, um será o mar, alguns serão crianças • A cor vermelha é bastante forte, a amarela brilha
fazendo castelo de areia, etc, porém deverão ficar muito… alguns aqui são mais altos, outros mais
parados, pois “é uma foto”! baixos, alguns mais rápidos, outros mais quietos,
etc. Todos da alcateia são iguais?
Ao realizarem essa atividade, ganham ingressos
para assistir à peça “Flicts”, do episódio de “O Meni- • Será que cada um tem a sua cor? Por exemplo: se
no Maluquinho”, também de Ziraldo. Caso não seja cada pele é de uma cor, por que chamamos o lápis
possível utilizar o vídeo, os escotistas podem buscar da cor salmão de "cor de pele"?
a história “Flicts” e contá-la resumidamente, de pre- • Para alguns, o lápis “cor de pele” teria outra cor,

22 23
8. Eu e Minha Alcateia 1h15 a 1h45
Áreas de desenvolvimento: Físico e intelectual. também perguntam aos jovens o que eles pensam a merar os membros das matilhas de modo que haja • Ser livre é testar coisas novas sem deixar de ser
Fique ligado! É necessário arrematar tudo o que foi respeito das sentenças, anotando alguns comentá- um lobinho correspondente a um mesmo número quem você é.
trabalhado nas atividades anteriores e proporcionar rios na própria cartolina. em cada matilha (por exemplo: se forem quatro ma- • Não deixe a diversidade se transformar em adver-
um momento de reflexão e finalização, facilitando a Os escotistas conversam com os lobinhos sobre tilhas, então quatro lobinhos terão o número um, os sidade.
associação dos aprendizados. diversidades na Alcateia, levantando situações de próximos quatro terão o número dois e assim por
• Nossa diferenças culturais são uma herança valio-
preconceito que podem acontecer na Unidade Es- diante).
Objetivos: Compreender como o tema das diver- sa.
sidades se encaixa na Alcateia e propor metas para coteira Local. Possíveis perguntas para estimular a O escotista fala um número e as respectivas crian-
• Viveremos melhor quando formos mais respeito-
aperfeiçoar esse processo. Promover a reflexão de reflexão: ças saem de seus lugares para correrem em volta da
sos e abertos à diferença e à diversidade.
cada lobinho, desenvolvendo sua individualidade • A nossa Alcateia respeita as diferenças? Como? cruz no sentido horário até completarem uma volta.
perante o assunto. Fixar os aprendizados das ativi- Ao chegarem em suas matilhas, passam por baixo
• Podemos melhorar? Como?
dades anteriores e torná-los palpáveis. da perna de todos os membros a partir do último e
• Para a nossa Alcateia, ser diferente é um problema? tentam apanhar o objeto que está no centro. Quem
Desenvolvimento: Quebra-Gelo – A Alcateia fica
• Alguém ficou chateado por alguma atitude da Al- alcançá-lo primeiro, fala algo que tenha gostado de
em roda e um lobinho inicia o jogo falando uma pa-
cateia porque era diferente? ver nas atividades que foram aplicadas.
lavra que associe à “diversidade”, fazendo um gesto
em seguida. Por exemplo: ele diz “respeito” e bate • O que podemos fazer em relação a isso agora? E Enquanto o jogo acontece, os escotistas escrevem

EU E A DIVERSIDADE
uma palma. O lobinho ao seu lado o imita e fala uma no futuro? em uma cartolina as metas para a alcateia melhorar
nova palavra, faz um novo gesto e assim por diante. Pedir para cada lobinho desenhar em uma folha o sua atuação e relação com o tema das diversidades.
que pensa sobre “Minha Alcateia e as diversidades”. Depois do jogo Estrelão, os escotistas propõem dois
Colorir cada frase citada em Material e parte técni-
Em outra folha, pedir que cada um desenhe o que desafios aos lobinhos: cumprir as metas e conversar
ca com uma cor diferente. Recortar as palavras das
pensa sobre o tema “Eu e as diversidades”. sobre o assunto com os familiares e responsáveis.
frases em partes iguais e misturá-las. Por meio de
pistas, os lobinhos as encontram para montá-las Finalização: Realizar o jogo Estrelão: Colocar as Material e parte técnica: Frases recortadas, colori-
corretamente. Em uma cartolina, as frases são co- matilhas uma de frente para a outra, formando um das e misturadas, cartolina, fita crepe, papel, lápis de
ladas uma a uma e explicadas pelos escotistas, que desenho de cruz. Deixar um espaço no centro no cor e canetinhas, pistas e um objeto para o Estrelão.
qual é posicionado um objeto, como um boné. Enu- Frases:

24 25
1. A Carta 1h
Áreas de desenvolvimento: Afetivo e caráter. Finalização: Discutir quais as hipóteses que sur-
Fique ligado! As relações heterossexuais costumam giram e, caso tenham ocorrido brincadeiras e/ou
ser consideradas normais e qualquer outro tipo de atitudes desrespeitosas sobre a carta de alguém,
relação que fuja a esse padrão pode não ser bem relembrar que toda relação afetiva, independente-
aceita. Dessa forma, é preciso estimular o respeito a mente dos gêneros ouvidos, merece ser respeitada.
todas as formas de amor. Material: Folhas e canetas.

RAMO ESCOTEIRO
Objetivos: Proporcionar que os jovens entendam e
respeitem todos diferentes tipos de relacionamen-
tos, além dos heteronormativos.
Desenvolvimento: Cada escoteiro recebe uma fo-
lha para escrever uma carta romântica. As cartas são
embaralhadas e distribuídas aleatoriamente para os
jovens de novo (se alguém receber sua própria car-

DE 10 a 14 ANOS ta, deve trocá-la). Após a leitura da nova carta, os


jovens tentam adivinhar tanto o perfil da pessoa que
escreveu a carta quanto o de seu destinatário.
O escotista pergunta por que eles construíram tais
hipóteses e questiona se as cartas poderiam ter sido
enviadas e destinadas para um gênero diferente da-
quele proposto na primeira hipótese. Ressalta que se
alguém quiser se identificar ou falar sobre sua pró-
pria carta, essa pessoa pode fazê-lo e seu discurso
deve ser ouvido respeitosamente por todas e todos.

27
2. Roda a Garrafa 1h – 1h30
Áreas de desenvolvimento: Intelectual e afetivo. pergunta para a mesma pessoa). Quando acabarem • Você entra na sua sala de aula e percebe que um resposta do material de apoio da atividade.
Importante: Esta atividade conta com o comple- as perguntas, toda a tropa se junta para discutir im- de seus amigos, menino, está de maquiagem. Qual Material e parte técnica: Número de garrafas equi-
mento de material da rede ex aequo que busca, por pressões. a sua reação? valente ao número de grupos formados e perguntas
meio de debates escolares e outras ações, promover Algumas perguntas estão abaixo e outras anexas à • Você soube que um aluno novo entrou na sua tur- e respostas sobre o tema.
uma educação para a cidadania e para os direitos atividade. ma da escola. Ao conhecê-lo, percebeu que ele Material da rede ex aequo: Perguntas e Respostas
humanos, em específico na área da orientação se- Dilemas: usa saia. Como você reage? Sobre Orientação Sexual e Identidade de Género
xual e da identidade de gênero. • Sua melhor amiga lhe conta que uma menina que
• Você vê o diretor da sua escola assediando uma https://www.rea.pt/imgs/uploads/doc-pe-pergun-
Fique ligado! Será possível discutir sobre temas es- funcionária. Como você reage? você conhece está dando em cima dela e que tas-e-respostas.pdf
pecíficos de sexualidade e preconceito. gostou disso, mas não quer que as outras pessoas
• Seu professor, num certo dia, diz que suas notas
Objetivos: Promover um espaço para o jovem ex- saibam. Como você lida com isso? Como fica a
são ótimas e que você é um aluno perfeito, mas
ternalizar o que sente – ideias, dúvidas e preconcei- sua relação com a sua melhor amiga?
precisa deixar de ser tão afeminado. Como você
tos que estão em seu imaginário – ao mesmo tem- reage? • Você está na entrada dos dois elevadores do pré-
po em que o adulto responsável percebe a reação dio de seu amigo e vê que duas vizinhas entram
• Todas as meninas de sua sala dizem que você é
de cada jovem diante das perguntas. de mãos dadas em um deles. O que você faz?
a única que não passa maquiagem e por isso fica
Desenvolvimento: Separe a tropa em grupos e peça mais feia. Como você age? Finalização: Possíveis perguntas para estimular a
que cada um forme um círculo. Cada grupo esco- reflexão (conversar com os jovens em roda):
• Sua família quer que você pratique futebol ou bas-
lhe um coordenador responsável por rodar a gar- • Quais dificuldades você acha que uma pessoa que
quete, mas você se interessa mais por dança e te-
rafa, ler as perguntas abaixo e controlar o tempo. não é heterossexual enfrenta?
atro. Como explica isso para eles? Como acha que
Uma garrafa é colocada no centro de cada círculo
reagiriam? • Você é próximo de alguma pe ssoa não heterosse-
e o coordenador lê a primeira pergunta, girando a
• Está no meio de amigos muito próximos e ouve xual? Como é a realidade dela?
mesma em seguida. A pessoa indicada pela boca da
garrafa, quando ela parar de girar, deve responder a uma piada homofóbica, como você reage? • Se você contasse para os seus pais que você não é
pergunta. O coordenador deve rodar a garrafa três • Está no ônibus sem seus amigos e ouve uma piada heterossexual, como eles reagiriam?
vezes para cada participante (não repetir a mesma homofóbica, qual sua reação? Por fim, pedir para cada jovem ler uma pergunta e

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3. Palavras Machucam Também 1h – 1h30 4. Roda de Conversa 1h
Áreas de desenvolvimento: Intelectual e caráter. Passar os vídeos abaixo: Áreas de desenvolvimento: Intelectual, caráter e • Você já se sentiu inibido, desconfortável, incomo-
Fique ligado! Essa atividade promove o entendi- https://www.youtube.com/watch?v=Kx7ZsXBzFeA social. dado e/ou com medo por fazer algo que não é
mento do grupo sobre cada um, ao mesmo tempo Fique ligado! É importante conhecer e entender atribuído ao seu gênero?
https://www.youtube.com/watch?v=Ed0G6kHSXLI
que quebra estereótipos ligados à sexualidade. os estereótipos de gêneros, percebendo como eles • O que você acredita que pode ser feito para que os
Material e parte técnica: Equipamento para passar
Objetivos: Incentivar o jovem a questionar estereó- afetam a construção da noção de si e dos outros. estereótipos de gênero não limitem as escolhas de
os vídeos, imagens impressas ou transcritas, papel
tipos e jargões que infelizmente são comuns e pre- Objetivos: Realizar uma conversa aberta e em que cada pessoa?
e caneta.
conceituosos. os jovens se sintam em um ambiente seguro para Material e parte técnica: Os seguintes vídeos são
Desenvolvimento: Passar os vídeos abaixo: questionar e aprender sobre si mesmos e sobre os recomendados:
outros. “Sobre a Cor Rosa” (https://www.youtube.com/wat-
https://www.youtube.com/watch?v=f5E5U_LO2c4
Desenvolvimento: Organize-se com a sua patrulha, ch?v=4fssk42PROM)
https://www.youtube.com/watch?v=62VG4vGkbAU
junto a um escotista, e contem o que vocês acham “#Like a Girl” (https://www.youtube.com/watch?v=l-
Expor as frases LGBTfóbicas em anexo e pedir para que é gênero. Em seguida, assistam a um vídeo (al- M6hSM29HTc)
que as patrulhas conversem sobre o que pensam gumas sugestões abaixo) que fale sobre Diversidade
delas. Em seguida, convidar os jovens a reescrevê- “Vestido do Menino” (https://www.youtube.com/
de Gênero e discutam sobre o tema.
-las de forma respeitosa e igualitária. watch?v=ovSz_jWJzU4)
Finalização: Após cada patrulha se reunir e assis-
Propor que refaçam a campanha das frases reali- tir aos vídeos, juntar a tropa e trocar as impressões,
zada pelos estudantes da Escola de Comunicação opiniões e experiências no grupo maior. Possíveis
e Artes da Universidade de São Paulo (ECA - USP), perguntas para estimular a reflexão:
fotografando a si mesmos em vários ambientes da
• Vocês acreditam que existem coisas que são só de
Unidade Escoteira Local enquanto seguram as fra-
homens e coisas que são só de mulheres? Se sim,
ses reescritas.
por quê?
Finalização: Debater sobre frases preconceituosas,
• Após ver o vídeo, sua opinião mudou ou manteve-
suas origens e consequências.
-se a mesma?

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5. Eu no lugar do outro 1h 6. De quem é essa agenda? 1h
Áreas de desenvolvimento: Afetivo e social. Finalização: Após a encenação, levantar algumas Áreas de desenvolvimento: Caráter e social. • Quem é mais responsável pelas crianças e quem
Fique ligado! É importante questionar os compor- questões com a tropa sobre os estereótipos que fo- Fique ligado! É importante conhecer e entender é mais responsável pela renda da casa? Por quê?
tamentos estereotipados atribuídos dentro das rela- ram apresentados. Possíveis perguntas para estimu- quais são os estereótipos dos gêneros, percebendo Se a tropa não for mista, fazer as mesmas perguntas
ções afetivas. lar a reflexão: que existem atividades e comportamentos específi- em relação ao gênero oposto ao da tropa.
Objetivos: Propor esquetes em que seja possível a • As meninas se sentiram bem representadas pelos cos que são esperados de cada um deles pela socie- Finalização: Ressaltar as diferenças no cotidiano
desconstrução desses comportamentos dentro das meninos que interpretaram o gênero feminino e dade e, ao mesmo tempo, mostrar que pode haver dos diferentes gêneros e questionar se seria possível
relações afetivas adolescentes. vice-versa (caso a tropa seja mista)? Por quê? uma desconstrução dessas ideias. uma inversão das agendas. Finalizar mostrando que
Desenvolvimento: Em tropa, serão escolhidas qua- • Alguém julgou que as formas de representações Objetivos: A partir da confecção de uma agenda do certas atividades são imputadas a cada pessoa devi-
tro duplas mistas (um menino e uma menina) para foram exageradas ou diminuídas? cotidiano de cada um dos gêneros, avaliar e ques- do ao seu gênero e frisar que não precisa ser assim.
encenar situações de relacionamento afetivos entre • Acreditam que todos os meninos e meninas repre- tionar quais atividades e tarefas são atribuídas para
adolescentes. Uma situação será entregue para cada sentados agem daquela maneira? cada um e por quê.
dupla. As situações podem ser: • Acreditam que a representação dos casais homos- Desenvolvimento: A proposta é realizar uma dinâ-
• Em uma festa, uma menina e um menino acaba- sexuais foram realistas? Vocês mudariam algo? Ex- mica na qual meninos montam uma agenda com
ram de se conhecer e querem trocar número de plique. as tarefas diárias de uma mulher no período das 7h
telefone para conversar. (Nesta situação, cada um às 22h e vice-versa. Após a agenda ser concluída,
• O que vocês mudariam nas cenas representadas
interpretará o gênero oposto. Se a tropa não for fazer uma comparação e questionar sobre quais ati-
para torná-las mais verídicas?
mista, ainda assim escolher um ou uma da dupla vidades foram atribuídas para cada um dos gêneros.
que representará o gênero oposto.). Possíveis perguntas para estimular a reflexão:
• Um pedido de namoro entre dois homens. • Foram atribuídas tarefas específicas para a mulher
e para o homem? Quais? Por quê?
• Um casal de meninas que namoram vão conhecer
a família de uma das duas. • A quantidade de tarefas é a mesma no dia de cada
um? Por quê?
• O fim do relacionamento entre uma menina e um
menino. • Ambos personagens têm um emprego? Por quê?

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1. Microfone do Respeito 1h-1h30min
Áreas de desenvolvimento: intelectual e caráter reflexão: O que perceberam nas músicas escoteiras?
Fique ligado! A música é uma forma bastante po- E nas não escoteiras? Alguém já havia notado tantos
pular de expressão e muitas canções não traduzem problemas nelas? Alguém já se sentiu desconfortá-
nem levam em conta questões abordadas hoje em vel com tais músicas? Mesmo sabendo dos proble-
dia, como o preconceito, a assimetria de gênero, o mas das músicas, você as cantava? Por quê? Músicas
machismo, etc. É importante refletir acerca de suas são importantes no Movimento Escoteiro? Por quê?
Qual tipo de imagem vocês acham que as músicas

RAMO SÊNIOR
letras para não naturalizar preconceitos.
desta atividade passam? Por quê? Agora que levan-
Objetivo: Desconstruir as músicas cantadas no Mo-
tamos as questões das músicas e as reelaboramos,
vimento Escoteiro através de um jeito crítico, bus-
qual o papel da tropa para “fazer colar” as novas ver-
cando reelaborá-las.
sões e intervir quando as originais forem cantadas?
Desenvolvimento: As músicas são distribuídas en-
Material e parte técnica: Músicas escoteiras pro-
tre as patrulhas e em seguida cada uma encena a(s)
blemáticas, cartolinas, canetas, material e local para
que recebeu. Após as apresentações, cada patrulha

DE 15 a 17 ANOS lista em uma cartolina os problemas identificados,


e monta um comercial de televisão para explicar
o que escreveram. Depois, a tropa inteira tem três
afixar.

minutos para listar a maior quantidade de músicas


não-escoteiras que são problemáticas com a ques-
tão de gênero. Ainda juntos, reelaboram em novas
cartolinas as músicas escoteiras do início da ativida-
de e fixam na sede, junto de todas as outras cartoli-
nas produzidas.
Finalização: Possíveis perguntas para estimular a

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2. Em Busca da Empatia 3h 3. Gender Game 1h30min-2h
Áreas de desenvolvimento: intelectual e afetivo de liberdade de gênero e sexual? Em que meio? Áreas de desenvolvimento: físico, intelectual, afe- funcionário. O que você faz?
Fique ligado! Respeito e mente aberta são carac- - Se você pudesse dizer algo para uma pessoa que tivo e social. - Você vê o filho de seu chefe assediando a nova
terísticas que uma tropa deve ter para trabalhar o foi vítima de violência por causa de seu gênero, o Fique ligado! Às vezes, pensamos que nossas vidas funcionária. O que você faz?
tema das diversidades. que seria? só seguem um caminho, como no Jogo da Vida, - Seu entrevistador, numa empresa de seu interesse,
porém precisamos mostrar que há diversos rumos diz que seu currículo é perfeito, mas precisa mu-
Objetivo: Proporcionar um debate mais profundo Assistir ao filme “Milk: A Voz da Igualdade”
que podem ser trilhados. dar seu corte de cabelo. O que fazer?
em pequenos grupos para gerar mais confiança e Finalização: Possíveis perguntas para estimular a - Você recebeu uma proposta, com um salário as-
empatia entre a tropa. reflexão: Quais questões identificadas no filme são Objetivo: Promover mais conhecimento acerca das
tronômico, para trabalhar com o Doctor Ray, mas
Desenvolvimento: Em pequenos grupos, divididos recorrentes hoje em dia? Alguma delas acontece no diversidade de gênero e proporcionar um ambiente
para isso precisa convencer as pessoas a fazerem
pela chefia, debater as seguintes questões: Movimento Escoteiro? Onde? Com qual parte do fil- de confiança para a troca de opiniões e o cresci-
cirurgias plásticas para ficarem mais bonitas. E
me ou personagem você mais se identificou? Por mento da tropa como um todo.
- Se você pudesse mudar algo do jeito em que foi agora?
criado, o que seria? quê? Se você pudesse mudar algum acontecimento Desenvolvimento: De início, os escotistas jogam o - Seu/sua crush diz que só fica com você se fizer
do filme, o que seria? Por quê? “Jogo da Vida”, enquanto um deles levanta uma série uma lipoaspiração. Você faz?
- Em três minutos, conte sua história de vida com o
Voltar aos grupos e responder às perguntas iniciais de questões, como por exemplo: “Será que ele quer - Todas as meninas de sua sala dizem que você é
máximo de detalhes possíveis.
como se cada um fosse o protagonista do filme. mesmo esse filho só porque a casa tem isso escri- a única que não passa maquiagem e por isso fica
- Qual a sua melhor memória? to?’, “Aff, por mim, nem ia pra faculdade”, etc. A dis-
Material e parte técnica: Materiais para assistir ao mais feia. Como você age?
- Qual a sua pior memória? cussão chega ao ponto em que ele joga para o alto
filme e questionário. - Seus pais querem que você curse engenharia, me-
- Compartilhe um momento constrangedor de sua o tabuleiro e propõe um novo jogo: “Gender Game”! dicina ou direito, mas você quer fazer ciências so-
vida. Fica ao encargo dos escotistas definir se cada patru- ciais. E agora?
- Qual foi a última vez em que chorou na frente de lha ou membro da tropa joga o dado por vez. - Você está cursando uma faculdade pública, depois
outra pessoa? Tipos de Casa de ter entrado logo após o colegial, e está no pe-
- Alguma vez você se sentiu oprimido pelo seu jeito Dilemas: núltimo ano. Apesar de tudo, odeia o curso e quer
de ser? Explique se quiser. - No grupo de whatsapp de seus colegas de tra- largar. E agora?
balho homens, foram divulgados nudes do novo - Está no meio de amigos muito próximos e ouve
- Você tem algum contato próximo com os debates

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4. Desconstruindo o Dia a Dia 1h15min-1h45min
uma piada machista, o que faz? souber como responder ou ajudar, pode fazê-lo. Áreas de desenvolvimento: afetivo, intelectual e 1. Namorada ciumenta encontra a namorada
- Está num bar sem seus amigos e ouve uma piada Tarefas ligadas a questões de gênero: social. conversando com outra mulher.
machista, o que faz? - Devem fazer um desenho, apontando os motivos Fique ligado! Esta atividade é uma oportunidade 2. Homem e mulher se conhecem no metrô e se
Tarefas: pelos quais as questões de gênero devem ser tra- de, através de situações cotidianas, evidenciar e apaixonam à primeira vista.
- Abrir uma bala com a boca. balhadas. desconstruir os estereótipos dos diferentes gêneros. 3. Mulher está assistindo futebol e, ao mesmo
- Formar letras e símbolos com o corpo. - O que são os gêneros binários e os não-binários? Objetivo: Permitir aos/às jovens questionarem os tempo, seu marido quer ver o último capítulo da
- O especialista: uma pessoa é eleita a especialista - Como ligar as questões de gênero, feminismo e a papéis desempenhados por homens e mulheres novela.
de um tema e deverá discorrer sobre ele ininter- luta lgbt? em algumas situações, a partir da representação de 4. Propaganda na qual um cara é rejeitado, mas
ruptamente, enquanto os outros fazem uma série - Listar nomes de filmes que trabalham a questão esquetes com os “papéis invertidos”, isto é, garotos ao usar um desodorante, é assediado por várias
de perguntas. O especialista perde quando gague- de gênero. representando o gênero feminino e garotas repre- mulheres.
jar ou demorar para responder. - Listar nomes de livros que trabalham a questão de sentando o gênero masculino.
gênero. 5. Comercial de carro no qual o homem que di-
- Futebol israelense: todos formam um círculo e Importante: Atividade inspirada e adaptada do ma- rige o automóvel desperta a atenção de vários
afastam as pernas. Somente tapeando a bola, cada Que gênero é esse: escolhem dois gêneros da ima- nual para pedagogos “Gênero Fora da Caixa”. homens.
um tenta fazê-la passar entre as pernas de alguém. gem para aprender mais sobre eles.
Desenvolvimento: Nesta atividade, os jovens ela- 6. Propaganda de TV na qual a mulher passa o
A pessoa que teve a bola passando por entre suas
boram as cenas a partir de situações que fazem par- batom e vai a uma balada com as amigas. Lá, a
pernas, vira de costas, mas permanece no lugar.
Finalização: Na casa final, recebem um envelope te do dia a dia, e que são exploradas pela publicida- mulher que está utilizando o batom é o centro
Se, mesmo de costas, a bola passar novamente
com instruções para debaterem sobre: aceitação do de. No entanto, os jovens representam os papéis do das atenções entre os homens presentes.
por entre de suas pernas, esta pessoa sai do jogo.
próprio corpo, reconhecimento de si e do outro, co- gênero oposto ao seu.
O último que restar, ganha. 7. Homem transexual (nasceu com o corpo de
letividade e individualidade. Depois, viram o tabulei- Para realizar a atividade, a tropa é dividida em gru-
- Pega-pega mulher, mas se identifica com o gênero masculi-
ro e escrevem mensagens para a tropa. pos mistos, com pelo menos quatro integrantes em
- Eu fui para a Lua e levei... no) quer participar do time masculino de futebol
Material e parte técnica: Tabuleiro, balas, Jogo da cada. Em seguida, papéis com a descrição das situ- da escola.
Ask Big Questions: os jovens podem perguntar o
Vida, dado, canetinhas, envelope com instruções e ações abaixo (uma situação por folha) são distribuí-
que quiser, desde que relacionado ao tema, ou com- Cada grupo cria uma cena sobre a situação descrita.
material de apoio impresso. dos para cada grupo:
partilhar alguma experiência ou angústia. Quem O tempo estipulado para que os grupos elaborem as

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5. Dando a Volta no Preconceito 45min-1h15min
cenas podem ter entre 15 e 20 minutos. Em seguida, Material e parte técnica: Papel, caneta e materiais e Áreas de desenvolvimento: caráter, intelectual e Cada jovem gira a garrafa e, conforme a posição em
cada grupo representa a situação. fantasias para as esquetes. social. que ela parar (o jovem para quem a boca da garra-
Finalização: Possíveis perguntas para estimular a Importante: Esta atividade conta com o comple- fa apontar), faz uma das perguntas sugeridas. É im-
reflexão: mento de material da rede ex aequo, que busca, portante deixar que o jovem responda com a sua
através de debates escolares e outras ações, promo- opinião, e então estimular o debate com os demais,
• Essas situações acontecem com frequência? Vo-
ver a educação para a cidadania e para os direitos questionando se têm opiniões semelhantes ou di-
cês enxergam algum problema em cada situação?
humanos, em específico na área da orientação se- versas. Se o debate fugir muito da resposta espera-
Qual/Quais?
xual e da identidade do gênero. da, ler aos jovens a resposta sugerida no material.
• Você conhece alguém que já passou por alguma
Fique ligado! A partir da abordagem de novas te- Finalização: Possíveis perguntas para estimular a
dessas situações? Com você, já aconteceu?
máticas quanto às questões de sexualidade e iden- reflexão (cada jovem pode responder para si mesmo
• O que você acha do papel que o homem desem- e fazer anotações):
tidade de gênero, é possível desenvolver um espaço
penha nessas situações? Por quê?
propício à desconstrução de estereótipos, generali- • Aprendi algo novo com essa atividade? O que?
• O que você acha do papel que a mulher desempe- zações e preconceitos sobre tais, permitindo ao jo- • Eu tenho algum preconceito? Qual?
nha nessas situações? Por quê? vem olhar para si mesmo e para a tropa, enquanto
• Discordo de alguma resposta apresentada? Qual e
• Na vida real, diante de uma situação semelhante, reflete sobre essas questões.
por quê?
você reagiria da mesma forma como representou? Objetivos: Promover um espaço para os jovens
• Eu poderia mudar alguma atitude minha para com
• O que foi diferente para você ao interpretar o gê- discutirem questões frequentes e clichês ligados à
a tropa? Qual?
nero oposto? sexualidade, e identificar possíveis situações proble-
máticas na seção. • Eu poderia mudar alguma atitude minha para com
• Como vocês se sentiram no papel da mulher?
a sociedade? Qual?
• Como vocês se sentiram no papel do homem? Desenvolvimento: Os jovens são posicionados em
roda, com uma garrafa ao centro. O escotista desem- • Acho importante atividades sobre diversidades?
• Na opinião de vocês, há papéis exclusivos para Por quê?
cada gênero? penha papel de mediador, tendo em mãos o arquivo
de perguntas e respostas anexas a essa atividade. Material e parte técnica: Garrafa, perguntas e res-
postas sobre o tema, papel e caneta.

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6. Nossos Corpos 1h15min-1h45min
Áreas de desenvolvimento: Físico, afetivo e social. e do outro, garantindo um ambiente seguro para o Perguntas que podem guiar a conversa: Material e parte técnica: Massinha feita de farinha
Fique ligado! Conversar abertamente e desmistifi- surgimento de dúvidas e para esclarecimentos so- 1. Alguém conhece algo a respeito de alguma parte (1 xícara de sal, 4 xícaras de farinha de trigo, 1 xícara
car o corpo e o ato sexual em um espaço seguro, bre sexualidade, através de uma conversa informal. do corpo modelada? e meia de água e 3 colheres de sopa de óleo).
dentro da Unidade Escoteira Local, conscientizar o Desenvolvimento: Para começar, os jovens fazem 2. Alguém acha que não sabe o suficiente a respeito
jovem e permitir que tire suas dúvidas sobre o tema uma massinha de farinha com os ingredientes des- de alguma parte do corpo modelada?
que, na maioria das vezes, é bastante presente nas critos na lista a seguir (ver Material e parte técnica).
3. O que sabem sobre a área do corpo que escolhe-
discussões dessa faixa etária. Depois de pronta, cada um molda a parte do corpo
ram?
Importante: é recomendado que as atividades 5 e 6 que desejarem. O mediador, então, faz as seguintes
perguntas: Esta parte do corpo tem qual função? Por 4. Qual a função das partes que moldaram, na hora
sejam aplicadas em conjunto.
que escolheu ela? É uma parte sexual do corpo? do sexo?
O responsável pela atividade deve ir preparado para
Explicar que a atividade tratará de sexualidade e que Finalização: Todos recebem canetas e vários peda-
tirar dúvidas sobre sexualidade, sem se sentir inti-
estão num espaço seguro para questionarem à von- ços de papel. Então, escrevem suas dúvidas acerca
midado ou com vergonha para conversar sobre o
tade, e que precisam se respeitar bastante. do ato sexual anonimamente e, caso não tenham
assunto. É sugerido que pesquise previamente sobre
questionamentos, precisam escrever o nome da
fatos relacionados ao sexo e ao desenvolvimento do Então, é solicitado que os jovens remodelem as
Unidade Escoteira Local - dessa forma, é assegurado
corpo durante a adolescência. massinhas para uma parte do corpo (deles ou do
o anonimato em todos os momentos, pois não há o
É importante estar atento aos moldes feitos e repa- sexo oposto) que considerem ser sexual.
risco de somente um jovem escrever sua dúvida e
rar se há mais moldes representando mais um sexo Com isso, inicia-se uma conversa sobre como foi o os outros ficarem apenas olhando para ele.
do que outro, se meninas fizeram mais sobre o cor- processo de remodelar utilizando perguntas como:
Escritos os papéis, os escotistas recolhem e leem as
po masculino e vice-versa. Há casos em que os jo- Esta parte do corpo tem qual função? Por que você
dúvidas, buscando permitir que os jovens tentem
vens conhecem mais sobre o corpo do outro do que escolheu ela e não outra? Todos concordam que to-
responder por conta própria, complementando e
o seu, por exemplo. das as partes escolhidas e modeladas são sexuais?
até mesmo corrigindo-os ao final de cada explica-
Objetivo: Permitir que os jovens exponham as Por quê?
ção.
ideias e imagens que têm do corpo deles mesmos

42 43
rar dúvidas sobre sexualidade, sem se sentir intimidado AIDS - círculo
7. Geometria da Sexualidade 1h-2h ou com vergonha para conversar sobre o assunto. É Gonorreia - estrela
sugerido que pesquise previamente sobre fatos rela- Herpes - retângulo
cionados ao sexo e às diversas expressões da sexua- Sífilis - triângulo
Fique ligado! “Desmistificando as infecções sexual- e avançou para buscar tratamentos e medicamentos, lidade e sobre as transformações do corpo durante o Sexo com proteção - trapézio
mente transmissíveis”, por Dr. Carlos Temperini além da conscientização da sociedade. Precisamos período da adolescência. Finalização: Possíveis perguntas para aprofundar o
No mundo atual, temos uma série de pessoas que jul- lembrar que as IST’s são transmitidas pelo sexo inse-
É importante esclarecer que diversidades e IST’s (Infec- conhecimento e estimular a reflexão: Alguém conhece
gam, tanto os atos e expressões da sexualidade dos guro não tendo associação direta com a orientação
ções Sexualmente Transmissíveis) não estão intrinse- alguma das IST’s representadas pelos símbolos? Pode
outros, quanto o que esses atos sexuais podem revelar, sexual dos indivíduos. Isso significa que ela atinge he-
camente ligadas. explicar? Qual a diferença entre métodos contracep-
fazendo com que o ato sexual se transforme em um terossexuais, homossexuais e bissexuais indiscrimina-
Objetivo: Trabalhar o que e quais são as principais tivos e prevenção de IST’s? Quais os métodos contra-
dispositivo de controle dos corpos e da sexualidade. damente, desde que estes não se protejam em suas
IST’s, e apresentar maneiras de prevenção, mantendo ceptivos que vocês conhecem?
relações sexuais.
Com o aumento dessas associações entre comporta- e fortalecendo o espaço seguro e de confiança, aberto À cada resposta, o mediador complementa a informa-
mento sexual e o caráter da pessoa, temos o desafio Você deverá pesquisar sobre as Infecções Sexualmen-
pela Atividade 5. ção e, se necessário, corrige algum equívoco. Por fim,
das IST’s (infecções sexualmente transmissíveis). Na te Transmissíveis para possibilitar uma conversa franca,
Desenvolvimento: Cada jovem recebe um papel com apresenta os principais métodos contraceptivos (ca-
história da sexualidade e da luta LGBT, as IST’s apare- aberta e desmistificada. Fique atento para quebrar os
alguma das seguintes formas geométricas: círculo, es- misinhas masculina e feminina, pílula anticoncepcio-
ceram erroneamente como vilãs, ameaçando a conti- preconceitos, discriminações e estigmas envolvidos na
trela, retângulo, triângulo ou losango. Simulando uma nal e do dia seguinte e PrEP), informando, em seguida,
nuidade das famílias tradicionais e virando sinônimo conversa com a Unidade Escoteira Local.
festa, todos dançam em pares ao som de uma música. como e onde consegui-los.
de comportamento promíscuo. Recomendação de filme: Um coração normal
Os pares devem ser trocados algumas vezes, sem tem- Fazer a leitura do texto “Desmistificando as Infecções
Com a chegada do HIV e a rápida proliferação entre a Áreas de desenvolvimento: físico, afetivo e social. po certo para que cada um dance com cada parceiro. Sexualmente Transmissíveis”, para deixar claro que
comunidade gay, estes ganharam o papel de “culpa- Fique ligado! Conversar abertamente e desmistificar Quando a música parar, cada um deve desenhar em IST’s e orientação sexual não estão diretamente rela-
dos” e ficaram estigmatizados. A doença chegou a ser o corpo e o ato sexual em um espaço seguro, den- seu papel a forma geométrica do último parceiro com cionadas.
chamada de “câncer gay”. tro da Unidade Escoteira Local, conscientiza o jovem quem estava dançando. Volta a tocar a música e todos É recomendado que tais métodos contraceptivos se-
Isso significa que ainda hoje temos muitas pessoas que e permite que tire suas dúvidas sobre o tema que, na seguem dançando em pares, trocando de par algumas jam levados para a atividade, o que possibilita, inclusi-
associam as diferenças sexuais com caráter e identi- maioria das vezes, é bastante presente nas discussões vezes, até que novamente a música para e cada um ve, mais explicações sobre como utilizá-los.
dade. Desta forma, acabam propagando uma série de dessa faixa etária. desenha em seu papel o sinal do outro. Isso se repete
Material e parte técnica: Papéis com formas geomé-
preconceitos e estigmas àqueles que se apresentam Importante: é recomendado que as atividades 6 e 7 algumas vezes.
tricas desenhadas conforme lista acima, canetinhas e
de forma diferente da socialmente esperada. O público sejam aplicadas em conjunto. Ao final desta primeira parte da dinâmica, é apresenta- métodos contraceptivos.
LGBT acaba sendo injustamente impactado, receben- da a seguinte legenda :
Atividade adaptada da aplicação em eventos do Fundo
do, muitas vezes, o papel de vilão nessa história toda.
Posithivo.
Passado os anos, a ciência desmistificou essa culpa
O responsável pela atividade deve ir preparado para ti-

44 45
1. Caminhada do Privilégio 30min
Áreas de desenvolvimento: caráter, social e afetivo. isso reflete.
Fique ligado! Os estereótipos de gênero são um fato Orientações:
social muito forte, naturalizado e presente em nosso • Se você pode viajar por conta própria pelo mundo
cotidiano. Assim, é importante construir uma cons- sem sofrer restrições legais, e sem sentir medo de
ciência crítica que os perceba e os questione. assédio ou violência sexual, dê um passo à frente.
Objetivo: Provocar a percepção e discussão a res- • Se o seu comportamento (e, em especial, seus er-

RAMO PIONEIRO
peito dos privilégios que os gêneros masculino e ros) são raramente atribuídos ao seu gênero, dê
feminino têm um sobre o outro, para que se inicie um passo à frente.
uma desconstrução quanto aos preconceitos natu-
• Se você acha que nunca perdeu um emprego ou
ralizados em relação à questão de gênero.
oportunidade somente por seu gênero, dê um
Desenvolvimento: O clã pioneiro fica posicionado passo à frente.
em linha, ombro a ombro, e todos são vendados.
• Se o seu pai participou ativamente da sua criação,
Feito isso, algumas orientações (sugestões a seguir)

DE 18 a 21 ANOS serão lidas aos participantes e estes responderão


dando passos para frente ou para trás, de acordo
com a orientação dada.
dê um passo à frente.
• Se você se sente confortável de andar por conta
própria pelas ruas dos bairros onde vive e trabalha,
dê um passo para frente.
Ao término das orientações, o mediador pede aos
participantes que permaneçam nos lugares onde • Se sua força física já foi questionada devido ao seu
estão e tirem as vendas, olhando a posição em que gênero, dê um passo atrás.
ficaram em relação aos demais. Então, pergunta o • Se sua capacidade intelectual/racional já foi ques-
que sentiram com as orientações dadas e com as tionada devido ao seu gênero, dê um passo atrás.
respostas que deram, e questioná-los sobre o por- • Se já desistiu de praticar um esporte ou atividade
quê da diferença das posições de cada um e o que cultural devido ao seu gênero, dê um passo atrás.

47
2. O Riso dos Outros 2h30min - 3h
• Se já ouviu piadas que desqualifiquem suas capa- Finalização: Enfatizar a existência de estereótipos Área de desenvolvimento: intelectual, afetivo e ca- • Qual é a parte mais comprida do corpo de uma
cidades, devido ao seu gênero, dê um passo atrás. atribuídos para cada gênero, e que estes acabam, ráter. mulher? O cabo da vassoura.
• Se já se sentiu desconfortável e inseguro na pre- indiretamente, determinando a posição e a mobili- Importante: Esta atividade foi adaptada da cam- • Uma mulher entra numa livraria e diz:
sença de uma figura masculina, dê um passo atrás. dade social que cada indivíduo tem. Evidenciar que panha “Vozes Contra a Violência”, da Federação de - Queria o livro "A mulher que pensa".
esses estereótipos estão presentes nas atitudes e fa- Bandeirantes do Brasil, que busca o fim da violência
• Se a sua mãe não teve que escolher entre ter filhos - Desculpe. Não temos livros de ficção científica.
las mais corriqueiras, dentro e fora do Movimento contra meninas e crianças praticada em casa, na es-
ou uma carreira profissional, dê um passo à frente.
Escoteiro, e que, por isso, quase não são notados. cola e nos espaços públicos. • Sabem por que os homens são os principais culpa-
• Se pode se vestir da maneira que acha mais con- Apontar que para reverter tal situação é impres- dos de todos os acidentes de carro? Porque dão as
fortável sem sofrer repreensões ou sentir medo e Fique ligado! Piadas são sempre vistas como meras
cindível desenvolver uma consciência crítica sobre chaves do carro às mulheres!
insegurança, dê um passo à frente. brincadeiras inofensivas, mas é preciso pensar no
nossas atitudes e falas, a fim de não agredir ou limi- • Qual é a diferença entre um homem bem sucedi-
discurso que estas transmitem e quais preconceitos
• Se já se sentiu desconfortável com “cantadas” ou as- tar o livre arbítrio dos outros. do e uma mulher bem sucedida? Um homem bem
elas podem estar perpetuando.
sobios que ouviu de estranhos, dê um passo atrás. Material e parte técnica: Vendas e orientações im- sucedido é aquele que consegue ganhar mais di-
Objetivo: Discutir o limite do humor – até onde ele
• Se já fez uma cantada ou assoviou para um desco- pressas. nheiro do que o que a sua mulher consegue gas-
é engraçado e até onde ele é ofensivo – percebendo
nhecido que achou atraente, dê um passo à frente. tar. Uma mulher bem sucedida é aquela que con-
quais piadas corriqueiras podem incomodar ou até
• Se você se sente confortável com o seu corpo, dê segue encontrar esse homem.
mesmo ofender, e quais não têm este efeito. Des-
um passo à frente. pertar a percepção de que a piada, como um dis- • Todo homem tem o direito de ser bem tratado e
• Se você já pensou que nasceu com o corpo erra- curso que carrega uma intenção e significado, pode toda mulher tem o direito de agradecer.
do, dê um passo atrás. levar à naturalização e legitimação de estereótipos • A última palavra é sempre da mulher: "Sim se-
• Se você já foi confundido com outro gênero, dê de gênero. nhor!".
um passo atrás. Desenvolvimento: Apresentar ao clã pioneiro uma • Mulher é igual a circo: debaixo do pano é que está
• Se você pode entrar no banheiro destinado ao série de piadas sobre mulheres – exemplos: o espetáculo!
gênero com o qual você se identifica sem sentir • Sabe por que mulher tem pé pequeno? Para che- • Mulher é igual à bolinha de borracha: quanto mais
medo, dê um passo à frente. gar mais perto do fogão. forte você jogar ela contra a parede, mais rápido
ela volta para você.

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3. Redescobrindo o Movimento Escoteiro 1h - 1h30min
• Quando chegar em sua casa, bata em sua mulher, dade na sociedade e quais discursos perpetuam. Há Racional: Muitas vezes pensamos o Movimento Es- • REGRA 047 – UNIFORME ESCOTEIRO: II – Unifor-
você não saberá por que está batendo nela, mas estereótipo de algum gênero nelas? De qual? A par- coteiro como um algo idealizado, em que a alegria, me escoteiro para Escoteiros, Escoteiras, Seniores,
ela saberá porque está apanhando! tir disso, questione se há, portanto, um limite para o a fraternidade e a amizade reinam, nos esquecen- Guias, Pioneiros, Pioneiras, Escotistas e Dirigentes.
• Qual é a semelhança entre a mulher e o macarrão? humor e/ou qual seria ele. do que este é também um reflexo da sociedade e, B – Uniforme escoteiro para a Modalidade do Mar.
Os dois você enrola primeiro e depois come. Finalização: Propor uma dinâmica de reformula- portanto, apresenta os mesmos problemas. Assim, 2. Uniforme de desembarque. b) Parte inferior:
ção do texto das piadas mostradas inicialmente, é imprescindível desenvolver um olhar autocrítico bermuda e calça para uso masculino e feminino, e
• O mundo é a casa do homem e a casa, é o mundo
com o objetivo de transformar o discurso machista com o fim de transformar o Movimento constan- saia para uso feminino, na cor azul marinho, con-
da mulher!
que elas transmitem, para um de empoderamento a temente, tornando-o sempre um espaço de convi- forme padronizado pela Diretoria Executiva Na-
• Mulher feia é igual ponte, passe por cima! vência melhor. cional.
quem ele agride..
Em seguida, discuta com o clã sobre essas piadas, Objetivo: Analisar documentos oficiais do ME, com • Caminho para o sucesso, Baden-Powell
Material e parte técnica: Material para assistir ao
perguntando suas sensações ao ouvi-las, se alguém foco naqueles que tratam sobre a questão de gêne-
documentário O Riso dos Outros (www.youtube. • “A tentação às vezes é tão grande que muitos in-
já havia escutado alguma delas, e se conhecem pia- ro, com o objetivo de perceber quais discursos eles
com/watch?v=uVyKY_qgd54) divíduos acabam se masturbando. Que é isso na
das equivalentes a essas, mas destinadas à ofensa transmitem, como eles são refletidos na realidade realidade? É sacrificar o instinto sexual dando a si
ao gênero masculino, e qual a opinião de cada um do ME e que intervenções fazer, caso haja alguma mesmo o sentimento de satisfação. Em outras pa-
sobre elas. necessária. lavras, é uma forma de amor a si mesmo ou narci-
Terminada essa discussão inicial, proponha uma HA HA Desenvolvimento: Apresentar ao clã pioneiro os sismo, raiz do homossexualismo, o que sem dúvi-
sessão de cine-debate, com o documentário O Riso seguintes trechos: da não é coisa que deva ser cultivada. Além disso,
dos Outros. Ao término do filme, inicie o debate HA • P.O.R. 2013 o vício pode condicionar este instinto para apenas
sobre o tema tratado, perguntando, por exemplo,
quais as sensações que cada um teve enquanto as- HA HA • REGRA 045 – VESTUÁRIO ESCOTEIRO: II - Parte
essa forma de autossatisfação, em vez do desejo
normal, que busca o sexo oposto.” (p.107).
sistiam ao vídeo; qual a opinião de cada um sobre o inferior: bermuda e calça para uso masculino e fe-
documentário; como cada um se posiciona frente à HA minino, e saia para uso feminino, para membros • “Neste assunto, o passo principal para a felicidade
juvenis de todos os Ramos, escotistas e dirigentes, é selecionar o melhor tipo de pequena. Há mulhe-
temática do politicamente correto e incorreto, etc.
na cor cáqui, conforme tonalidade padronizada res, e há bonecas.” (p.122).
Questione qual o papel das piadas do início da ativi-
pela Diretoria Executiva Nacional. • Subtítulo: “Como escolher a moça adequada”. (p.123).

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4. Gender Game 2h - 3h
• “Sem dúvida o seu salário não é muito grande, mas para isso tenha de descer da calçada para a sarje- Áreas de desenvolvimento: físico, intelectual, afe- - No grupo de whatsapp de seus colegas de tra-
você pode comprar um lote inteiro de felicidade ta.” (p.266). tivo e social. balho homens, foram divulgados nudes do novo
com 50 dólares por semana quando tem como Em seguida, debata com o clã propondo perguntas Importante: Esta atividade foi concebida pelos inte- funcionário. O que você faz?
agente de compras a espécie de mulher que vale sobre o que se entende do que foi lido, que ideia ou grantes do Grupo Escoteiro Avanhandava 04-SP - Você vê o filho de seu chefe assediando a nova
a pena; (...), com 50 dólares para começar é quase ideias estão presentes nesses trechos e quais impli- funcionária. O que você faz?
Fique ligado! Às vezes pensamos que nossas vidas
ótimo, se a moça for quase ótima.” (p.124). cações elas têm, como é vista a figura da mulher, se só seguem um caminho, como no Jogo da Vida, - Seu entrevistador, numa empresa de seu interesse,
• “Uma boa esposa duplica a felicidade de um ho- essa visão é recorrente no ME atualmente, etc. porém precisamos mostrar que há diversos rumos diz que seu currículo é perfeito, mas precisa mu-
mem e duplica as suas despesas, mas será um Nesse debate, é importante enfatizar que os textos para o pioneiro remar sua canoa. dar seu corte de cabelo. O que fazer?
bom investimento, se o sujeito tem o dinheiro de B.P. foram escritos no início do século 20 e, por- Objetivo: Promover mais conhecimento acerca da - Você recebeu uma proposta, com um salário as-
para investir...”. (p.125). tanto, não devem ser julgados por si só, mas analisa- diversidade de gênero e proporcionar um ambiente tronômico, para trabalhar com o Doctor Ray, mas
• “As mulheres não só são mais gratas que os homens, dos de forma a perceber se o discurso que apresen- de confiança para a troca de opiniões e experiên- para isso precisa convencer as pessoas a fazerem
como seus caracteres se transformam de acordo tam ainda é realidade nos dias de hoje. cias, e o crescimento do clã como um todo. cirurgias plásticas para ficarem mais bonitas. E
com a direção que o seu companheiro dá.” (p.127). Finalização: Introduza, como pergunta final do de- agora?
Desenvolvimento: De início, é aberta uma discus-
Escotismo para rapazes, Baden-Powell bate, o que cada um do clã acha sobre a posição são/encenação de como é o “Jogo da Vida”, en- - Seu/sua crush diz que só fica com você se fizer
• “Ao caminhar com uma mulher ou com uma da mulher, ou o que é ser mulher no ME hoje. Para quanto o responsável pela atividade levanta uma uma lipoaspiração. Você faz?
moça, o Escoteiro deve sempre tê-la do seu lado “esquentar” o debate, é possível levar relatos do que série de questões, como “será que ele quer mesmo - Todas as meninas de sua sala dizem que você é
esquerdo, a fim de manter seu braço direito livre mulheres (jovens e escotistas) já sofreram no ME, esse filho só porque a casa tem isso escrito?’, “aff, por a única que não passa maquiagem e por isso fica
para protegê-la. Esta regra é alterada quando pas- dando espaço, inclusive, para as meninas do clã se mim nem ia pra faculdade”, etc. A discussão chegará mais feia. Como você age?
sa nas ruas – neste caso o homem deve caminhar colocarem, caso se sintam confortáveis para tal. ao ponto em que jogará para o alto o tabuleiro do
- Seus pais querem que você curse engenharia, me-
do lado mais próximo do tráfego, para protegê-la Material de Apoio: Caminho para o Sucesso, B.P.; Es- ”Jogo da Vida” e proporá um novo jogo (já montado
dicina ou direito, mas você quer fazer ciências so-
contra acidentes, respingos de lama, etc. cotismo para Rapazes, B.P.; POR; Carta do saiaço, do anteriormente, pelo aplicador): “Gender Game”!
ciais. E agora?
• Ao se defrontar com uma mulher ou uma criança, GE Avanhandava, no Congresso Regional de 2016. TIPOS DE CASA
- Você está cursando uma faculdade pública, depois
o homem deve sempre ceder o lugar, mesmo que DILEMAS: de ter entrado logo após o colegial, e está no pe-

52 53
núltimo ano. Apesar de tudo, odeia o curso e quer ou compartilhar alguma experiência ou angústia.
largar. E agora? Quem souber como responder ou ajudar, pode fa- 5. Construindo o Remo e a Canoa 2h - 2h30min
- Está no meio de amigos muito próximos e ouve zê-lo.
uma piada machista, o que faz? Tarefas ligadas a questões de gênero: Área de desenvolvimento: intelectual. melhor capacitado para desenvolver um projeto na
- Está num bar sem seus amigos e ouve uma piada - Devem fazer um desenho, apontando os motivos Importante! Atividade 6.
machista, o que faz? pelos quais as questões de gênero devem ser tra- Cada pioneiro deverá trazer, para esta atividade, Desenvolvimento: Analisar os resultados da pes-
TAREFAS: balhadas. uma pesquisa sobre um dos seguintes temas, com quisa “Homoafetividade e o Movimento Escoteiro”,
- Abrir a bala com a boca. - O que são os gêneros binários e os não-binários? o intuito de promover maior embasamento para a disponíveis no Paxtu, e debater. Cada um responde-
- Como ligar as questões de gênero, feminismo e a discussão que será feita posteriormente: “diversas rá, anonimamente, as perguntas 8 a 23 da pesquisa
- Formar letras e símbolos com o corpo.
luta lgbt? nomenclaturas da sigla “LGBTQQICAPF2K+”, “dife- em um papel e, em seguida, será feita uma análise
- O especialista: uma pessoa é eleita a especialista dos resultados gerais do clã.
- Listar nomes de filmes que trabalham a questão rença entre identidade de gênero, atração sexual e
de um tema e deverá discorrer sobre ele ininter-
de gênero. sexo biológico”, “religião e as liberdades de gênero Apresentar as pesquisas feitas pelos jovens e, a partir
ruptamente, enquanto os outros fazem uma série
e sexual”, “leis e as liberdades de gênero e sexual”, delas, visando desenvolver projetos de intervenção
de perguntas. O especialista perde quando gague- - Listar nomes de livros que trabalham a questão de
“acontecimentos recentes envolvendo a comuni- na UEL na Atividade 6, selecionar um ou mais temas
jar ou demorar para responder. gênero.
dade LGBT”, “Escotismo e as liberdades de gênero para todos pesquisarem a respeito.
- Futebol israelense: todos formam um círculo e Qual gênero é esse: escolhem dois gêneros da ima- e sexual”, “papéis sociais do homem e da mulher”, Finalização: Realizar uma pesquisa com todos es-
afastam as pernas. Somente tapeando a bola, cada gem para aprender mais sobre eles. “doação de sangue e adoção de crianças por casais cotistas e dirigentes da UEL sobre as perguntas 8 a
um tenta fazê-la passar entre as pernas de alguém. Finalização: Na casa final, recebem um envelope de mesmo sexo”, “a liberdade de gênero e a Língua 23 - de preferência anonimamente - e elaborar um
A pessoa que teve a bola passando por entre suas com instruções para debaterem sobre: aceitação do Portuguesa”. panorama geral de respostas. Se quiser, acrescentar
pernas, vira de costas, mas permanece no lugar. próprio corpo, reconhecimento de si e do outro, co- Fique ligado! Para ter um olhar crítico sobre a so- mais perguntas.
Se, mesmo de costas, a bola passar novamente letividade e individualidade. Depois, viram o tabulei- ciedade, é necessário tomar consciência da dimen- Observação: Estar atento para a possibilidades de
por entre de suas pernas, esta pessoa sai do jogo. ro e escrevem mensagens para o clã. são das lutas relacionadas à liberdade sexual e de escotistas e dirigentes se recusarem ou não se sen-
O último que restar, ganha.
Material e parte técnica: Tabuleiro, balas, Jogo da gênero. tirem à vontade para responder à pesquisa, mesmo
- Pega-pega Vida, dado, canetinhas, envelope com instruções e Objetivo: Buscar mais conhecimento acerca das que anonimamente.Também debater esta situação
- Eu fui para a Lua e levei ... material de apoio impresso. lutas relacionadas à liberdade sexual e entender a com o clã.
ASK BIG QUESTIONS: os jovens podem perguntar realidade de sua Unidade Escoteira Local, para estar Material e parte técnica: Pesquisas, sulfite e canetas.
o que quiserem, desde que relacionado ao tema,

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6. Navegando a determinar Sugestão de Modelo para Feedback e Avaliação do Desenvolvimento do Jovem
Áreas de desenvolvimento: intelectual, social e ca-
- Por Atividade
ráter.
Esta ficha deve ser preenchida após a aplicação de cada uma das atividades do Ramo.
Importante!
Unidade Escoteira Local e UF:
Resgatar as pesquisas e anotações da Atividade 5.
Ramo:
Fique ligado! Após identificação dos problemas e
Escotistas Responsáveis:
definição de um foco, é necessário agir, como qual-
quer cidadão ativo, e mudar o mundo. PROJETO Nome da Atividade:
Objetivo: Desenvolver um ou mais projetos em sua 1. Como foi para o grupo de escotistas aplicar esta 5. Os objetivos da atividade foram atingidos? Se não,
Unidade Escoteira Local, compartilhando os conhe- atividade? Quais as dificuldades que encontraram e por que acha que isso aconteceu?
cimentos adquiridos nas últimas atividades. quais adaptações foram feitas para sua aplicação? 6. Quais as principais mudanças que sentiu nos jo-
Desenvolvimento: Sugestão de estrutura de pro- 2. As orientações descritas para esta atividade, na vens, com a aplicação desta atividade?
jeto - Mensageiros da Paz: Racional (por que este Cartilha, estão claras? Se não, como podem ser me- 7. Quer compartilhar alguma situação específica que
projeto é importante?), Nome forte e atraente, Local lhoradas? ocorreu ao longo da aplicação?
de Implementação, Público, Objetivos Gerais (o que
3. Como foi a receptividade dos jovens durante as 8. Quais os principais pontos levantados pelos jo-
eu quero com este projeto?), Objetivos Específicos,
atividades? Como eles se sentiram? Escreva aqui al- vens durante a atividade? Como se deu o debate
Cronograma e Plano de Ação, Responsáveis, Mate-
guns comentários que possa ter ouvido deles, como entre eles?
rial e parte técnica e espaço para futura Avaliação.
incômodos, questionamentos ou contentamentos e
Finalização: Depois de estruturado, é recomendado que valham a pena compartilhar.
o cadastramento do projeto na plataforma dos Men- Envie todas as fichas de Feedback e Avaliação do
4. Você fez uso de algum material de apoio para
sageiros da Paz em www.scout.org. Desenvolvimento do Jovem (Geral e Por Atividade)
aplicar esta atividade? Se sim, esse material faz parte
Material e parte técnica: Guia prático de projetos. para o email programa@escoteirossp.org.br e ajude
da Cartilha? Caso não faça, o indique abaixo.
a aperfeiçoar cada vez mais o trabalho pelo jovem.

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Sugestão de Modelo para Feedback e Avaliação do Desenvolvimento do Jovem - Geral Material de Apoio
Esta ficha deve ser preenchida após a aplicação de todas as atividades do Ramo.
Unidade Escoteira Local e UF: Esse segmento da Coletânea destina-se, principalmente, àqueles que aplicarão as atividades sugeridas. O
Material de Apoio foi pensado como uma lista de sugestões de filmes, livros, estudos e vídeos relacionados
Ramo:
às temáticas de gênero e sexualidade, acessíveis para públicos de diferentes idades e que podem ser traba-
Escotistas Responsáveis: lhados não só com jovens, mas também com os próprios escotistas, dirigentes, familiares e responsáveis
visando o aprofundamento do conhecimento e das discussões acerca dos temas abordados.
Nome do Jovem Presença nas Atividades Feedback Individual (Como foi o contato do jo-
(nº de atividades/total de vem com as atividades? Foi possível perceber mu-
atividades) danças no jovem ao longo das atividades? Quais?
Acredita que as atividades geraram um impacto
positivo no jovem? Explique.)
1. Jovem Número Um 4/6 atividades O jovem participou bastante das atividades, mais do
que de costume, trazendo seus pontos de vista e
questionando o grupo acerca de inclusão. Acredito
que está mais confiante e sente-se mais inserido na
patrulha, o que é extremamente positivo.

- O que o Grupo aprendeu/descobriu com as atividades? Foi possível perceber mudanças de comporta-
mento ou assimilação de novos valores?
- Como se deu o envolvimento das famílias e responsáveis ao longo da aplicação das atividades?
- Conte-nos um pouco sobre sua experiência na aplicação das atividades. Êxitos, dificuldades e sugestões:

Envie todas as fichas de Feedback e Avaliação do Desenvolvimento do Jovem (Geral e Por Atividade) para o
email programa@escoteirossp.org.br e ajude a aperfeiçoar cada vez mais o trabalho pelo jovem.

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Filmes Classificação Etária: 10 anos
Histórias Cruzadas. Direção: Tate Taylor. Estados Unidos, 2011;
Norma Rae. Direção: Martin Ritt. Estados Unidos, 1979.
Classificação Etária: Livre Nossa irmã mais nova. Direção: Hirokazu Koreeda. Japão, 2015;
A Rainha. Direção: Stephen Frears. França, 2006; O Último Tango. Direção: German Kral. Alemanha e Argentina, 2015;
A viagem de Chihiro. Direção: Hayao Miyazaki. Japão, 2001; Tomboy. Direção: Céline Sciamma. França, 2012;
Anastácia, a princesa esquecida. Direção: Anatole Litvak. Estados Unidos, 1956; Um Sonho Possível. Direção: John Lee Hancock. Estados Unidos, 2009;
Bagdad Café. Direção: Percy Adlon. Alemanha Ocidental, 1987;
Coraline e o mundo secreto. Direção: Henry Selick. Estados Unidos, 2009;
Menina bonita do laço de fita. Direção: Ana Maria Machado. Brasil, 2016;
Classificação Etária: 12 anos
A fita azul. Direção: Rebecca Thomas. Estados Unidos, 2012;
Frozen. Direção: Chris Buck e Jennifer Lee. Estados Unidos, 2013;
Amelia. Direção: Ana Carolina. Brasil, 2000;
Free Zone. Direção: Amos Gitaï. Israel, 2005;
Amelia. Direção: Mira Nair. Estados Unidos, 2009;
Kiriku e a feiticeira. Direção: Michel Ocelot. França-Bélgica, 1998;
Antes do Pôr-do-Sol. Direção: Richard Linklater. Estados Unidos, 2004;
Jogo de Cena. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil, 2007;
As pontes de Madison. Direção: Clint Eastwood. Estados Unidos, 1995;
Lilo e Stitch. Direção: Roberts Gannaway e Tony Craig. Estados Unidos, 2006;
Bastardos. Direção: Claire Denis. França, 2013;
Moana - um mar de aventuras. Direção: John Musker e Ron Clements. Estados Unidos 2016;
Billy Elliot. Direção: Sthepen Daldry. Reino Unido, 2000;
Mulan. Direção: Tony Bancroft e Barry Cook. Estados Unidos, 1998;
Chocolate. Direção: Lasse Hallström. Estados Unidos, 2000;
Nosso Som. Direção: Jim McKay. Estados Unidos, 2000;
Colcha de Retalhos. Direção: Jocelyn Moorhouse. Estados Unidos, 1995;
Silêncio das Inocentes. Direção: Ique Gazzola. Brasil, 2010;
De gravata e unha vermelha. Direção: Miriam Chnaiderman. Brasil, 2015;
O Sonho de Wadjda. Direção: Haifaa al-Mansour. Arábia Saudita, 2012;
Eu, tu, eles. Direção: Andrucha Waddington. Brasil, 2000;
Orgulho e Preconceito. Direção: Joe Wright. Estados Unidos, 2005;
Filadélfia. Direção: Jonathan Demme.Estados Unidos, 1993;
Revolução em Dagenham. Direção: Nigel Cole. Reino Unido, 2010;
Garotas do Calendário. Direção: Nigel Cole. Estados Unidos, 2003;
Shrek. Direção: Andrew Adamson e Vicky Jenson. Estados Unidos, 2001;
Hoje eu quero voltar sozinho. Direção: Daniel Ribeiro. Brasil, 2014;
To Russia with love. Direção: Noam Gonick. Rússia. 2014;
Infâmia. Direção: William Wyler. Estados Unidos, 1961;
Valente. Direção: Mark Andrews e Brenda Chapman. Estados Unidos, 2012;
Laurence Anyways. Direção: Xavier Dolan. Canadá, 2012;
Minha vida sem mim. Direção: Isabel Coixet. Canadá, 2003;

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O casamento de Gorete. Direção: Paulo Vespúcio Garcia. Brasil, 2014; Carol. Direção: Toddy Haynes. Estados Unidos, 2015;
O jogo da imitação. Direção: Morten Tyldum. Estados Unidos, 2014; Coco antes de Chanel. Anne Fontaine. França, 2009;
Olmo e a Gaivota. Direção: Lea Glob e Petra Costa. Brasil, 2015; Contracorriente. Direção: Javier Fuentes-Leon. Perú, 2009;
Oriented. Direção: Jake Witzenfeld. Israel, 2016; Erin Brockovich - uma mulher de talento. Direção: Steven Soderbergh. Estados Unidos, 2000;
O sorriso de Mona Lisa. Direção: Mike Newell. Estados Unidos, 2003; Frida. Direção: Julie Taymor. Canadá, 2002;
Pão e Tulipas. Direção: Silvio Soldini. Itália, 2000; Garota, interrompida. Direção: James Mangold. Estados Unidos, 1999;
Para Wong Foo, obrigada por tudo! Julie Newmar. Direção: Beeban Kidron. Estados Unidos, 1995; Hurricane Bianca. Direção: Matt Kugelman. Estados Unidos, 2016;
Persépolis. Direção: Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud. Estados Unidos, 2007; Jogos Vorazes. Direção: Gary Ross. Estados Unidos, 2011;
Piaf: um hino ao amor. Direção: Olivier Dahan. França, 2007; Jogos Vorazes - Em Chamas. Direção: Francis Lawrence. Estados Unidos, 2013;
Que horas ela volta?. Direção: Anna Muylaert. Brasil, 2015; Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1. Direção: Martin Lawrence, 2014;
Senhoritas em Uniforme. Direção: Carl Froelich e Lentine Sagan. Alemanha, 1931; Jogos Vorazes: A Esperança - O Final. Direção: Francis Lawrence. Estados Unidos, 2015;
Tomates Verdes Fritos. Direção: Jon Avnet. Estados Unidos, 1991; Minha vida em cor de rosa. Direção: Alan Berliner. Bélgica, 1997;
Vicky Cristina Barcelona. Direção: Woody Allen. Estados Unidos, 2008; Shirley Valentine. Direção: Lewis Gilbert. Estados Unidos, 1989;
Tudo sobre minha mãe. Direção: Pedro Almodóvar. Espanha, 1999;
Orações para Bobby. Direção: Russell Mulcahy. Estados Unidos, 2009;
Classificação Etária: 14 anos O Segredo de Brokeback Mountain. Direção: Ang Lee. Estados Unidos e Canadá, 2005;
A cor púrpura. Direção: Steven Spielberg. Estados Unidos, 1983; Priscilla, a rainha do deserto. Direção: Stephan Elliott. Austrália, 1994;
A Dama de Ferro. Direção: Phyllida Lloyd. Estados Unidos, 2011; Quando eu era sombrio. Direção: Mathew Poterfield. Estados Unidos, 2013;
A excêntrica família de Antonia. Direção: Marleen Gorris. Holanda, 1995; Thelma & Louise. Direção: Ridley Scott. Estados Unidos, 1991;
A garota dinamarquesa. Direção: Tom Hooper. Estados Unidos, 2015; Uma lição de vida. Direção: Justin Chadwick. Estados Unidos, 2010;
A máscara em que você vive. Direção: Jennifer Siebel Newsom. Estados Unidos, 2015; Ukraine is not a brothel. Direção: Kitty Green. Ucrânia, 2013;
Aimée & Jaguar. Direção: Max Färberböck. Alemanha, 1999; Vestido nuevo. Direção: Sergi Pérez. Espanha, 2008;
Além da fronteira. Direção: Michael Mayer. Palestina, 2012; Volver. Direção: Pedro Almodóvar. Espanha, 2006;
Anna Karenina. Direção: Joe Wright. Reino Unido, 2012; What Happened, Miss Simone?. Direção: Liz Garbus. Estados Unidos, 2015;
Ao lado da pianista. Direção: Denis Dercourt. França, 2006; Zuzu Angel. Direção: Sergio Rezende. Brasil, 2006;
Aquário. Direção: Andrea Arnold. Irlanda, 2009;
As Horas. Direção: Stephen Daldry. Estados Unidos, 2002;
As Sufragistas. Direção: Sarah Gavron. França/ Grã-Bretanha, 2015;

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The Runaways - Garotas do Rock. Direção: Floria Sigismondi. Estados Unidos, 2010;
Classificação Etária: 16 anos Tina - a verdadeira história de Tina Turner. Direção: Brian Gibson. Estados Unidos, 1993;
A escolha de Sofia. Direção: Alan J. Pakula. Estados Unidos, 1982; Transamérica. Direção: Duncan Tucker. Estados Unidos, 2005;
A Papisa Joana. Direção: Sönke Wortmann. Alemanha, 2009; Um coração normal. Direção: Ryan Murphy. Estados Unidos, 2014;
A pele. Direção: Steven Shainberg. Estados Unidos, 2006; Uma mulher descasada. Direção: Paul Mazursky. Estados Unidos, 1978;
A pele que habito. Direção: Pedro Almodóvar. Espanha, 2011; V de Vingança. Direção: James McTeigue. Estados Unidos, 2005.
A Rainha. Direção: Frank Simon. Estados Unidos, 1968;
Além das sete cores. Direção: Camila Biau. Brasil, 2012;
Almas Gêmeas. Direção: Peter Jackson. Nova Zelândia, 1994; Classificação Etária: 18 anos
Aquarius. Direção Kleber Mendonça Filho. Brasil, 2016; Azul é a cor mais quente. Direção: Abdellatif Kechiche. França, 2013;
As Virgens Suicidas. Direção: Sofia Coppola. Estados Unidos, 2000; Beleza Americana. Direção: San Mendes. Estados Unidos, 1999;
Boi Neon. Direção: Gabriel Mascaro. Brasil, 2015; India’s Daughter. Direção: Leslee Udwin. Reino Unido, 2015.
Clube da felicidade e da sorte. Direção: Wayne Wang. Estados Unidos, 1993; Madame Satã. Direção: Karim Aïnouz. Brasil, 2002;
C.R.A.Z.Y. – Loucos de amor. Direção: Jean-Marc Valleé. Canadá, 2005; Meninos não choram. Direção: Kimberley Pierce. Estados Unidos, 1999;
Flor do Deserto. Direção: Sherry Horman. Alemanha, 2009; Milk – a voz da igualdade. Direção: Gus Van Sant. Estados Unidos, 2009;
Foi apenas um sonho. Direção: Sam Mendes. Estados Unidos e Canadá, 2008; Queda Livre. Direção: Stephan Lacant. Alemanha, 2013;
Ganhando Espaço. Direção: Leslie Harris. Estados Unidos, 1993; Ripe. Direção: Mo Ogrodnik. Estados Unidos, 1996;
Kinsey - Vamos falar de sexo?. Direção: Bill Condon. Reino Unido, 2004;
Libertárias. Direção: Vicente Aranda. Espanha, 1996;
Livre. Direção: Jean-Marc Vallée. Estados Unidos, 2014;
Mad Max. Direção: George Miller. Austrália, 2015;
Madame Butterfly. Direção: David Cronenberg. Estados Unidos, 1993;
Moonlight: sob a luz do luar. Direção: Barry Jenkins. Estados Unidos, 2017;
Pariah. Direção: Dee Rees. Estados Unidos, 2011;
Paris is Burning. Direção: Jennie Livingston. Estados Unidos, 1990;
Preciosa: uma história de esperança. Direção: Lee Daniels. Estados Unidos, 2009;
Que bom te ver viva. Direção: Lúcia Murat. Brasil, 1989;
She’s Beautiful when she’s angry. Direção: Mary Dore. Estados Unidos, 2014;

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Livros
A história de Júlia e sua sombra de menino. Texto: Anne Galland e Christian Bruel. Scipione, 2010; Meu corpo não é seu: desvendando a violência contra a mulher. Texto: Think Olga. Companhia das Le-
A menina e o jogo de bola. Texto: Rosângela Trajano. Metanoia Editora, 2016; tras, 2014;
A pior princesa do mundo. Texto: Anna Kemp. Paz e Terra, 2013; Meus dois pais. Texto: Walcyr Carrasco. Atica Editora, 2010;
A princesa espertalhona. Texto: Babette Cole. Terramar 2004; Minha família é colorida. Texto: Georgina Martins. SM Editora, 2005;
Amor entre meninas. Texto: Shirley Souza. Panda Books, 2006; O fado padrinho, o bruxo afilhado e outras coisinhas mais. Texto: Anna Claudia Ramos. Prumo, 2009;
As princesas soltam pum. Texto: Ilan Branman. Brinque Book, 2008; O livro da Família. Texto: Todd Parr. Panda Books, 2003;
Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!. Texto: Lucimar Rosa Dias. Alvorada, 2014; O menino de vestido. Texto: David Walliams. Intrinseca, 2014;
Capitolina: o poder das garotas. Texto: Várias autoras. Seguinte, 2015; O menino que brincava de ser. Texto: Georgina da Costa Martins. DCL Editora, 2000;
Diferentes, não desiguais - A questão de gênero na escola. Texto: Beatriz A. Lins, Bernardo F. Machado, Príncipe Cinderelo. Texto: Babette Cole. Martins Editora, 2002;
Michele Escoura. Editora Reviravolta Ltda., 2016; Olívia tem dois papais. Texto: Márcia Leite. Companhia das Letrinhas, 2010;
Diferenças, Igualdade. Organização: José Szwako e Heloisa Buarque de Almeida. Berlendis & Vertecch, 2009; Olívia não quer ser princesa. Texto: Ian Falconer. Globinho, 2014;
Do jeito que a gente é. Texto: Márcia Leite. Atica Editora, 2009; Omo-oba-histórias de princesas. Texto: Kiusam de Oliveira. Mazza Edições, 2009;
É tudo Família. Texto: Alexandra Maxeiner. L&PM Editores, 2013; O segundo Sexo. Texto: Simone de Beauvoir. Nova Fronteira Ebook, 2014;
Feminina de menina, masculino de menino. Texto: Márcia leite. Leya, 2011; Over the Rainbow. Texto: Maicon Santrini, Eduardo Bressanim, Renato Plotegher Jr. Planeta do Brasil, 2016;
Jogos Vorazes. Texto: Suzanne Collins. Rocco, 2010; Romeu e Julieta. Texto: Ruth Rocha. Salamandra 2009;
Jogos Vorazes - Em Chamas. Texto: Suzanne Collins. Rocco, 2011; Tal pai, tal filho?. Texto: Georgina Martins. Scipione, 2010;
Jogos Vorazes - A Esperança. Texto: Suzanne Collins. Rocco, 2011; Tenho dois papais. Texto: Bela Bordeaux. 2015;
Lilás, a menina estranha. Texto: Mary E. Whitcomb. Cosac Naify, 2009; Tudo bem ser diferente. Texto: Todd Parr. Panda Books, 2002;
Longe da árvore: Pais, filhos e a busca da identidade. Texto: Andrew Solomon. Companhia das Letras, 2013; Um menino meio assim. Texto: Rosângela Trajano. Metanoia Editora, 2016.
Malala a menina que queria ir para a escola. Texto: Adriana Carranca. Ilustrações: Bruna Assis Brasil. Com-
panhia das Letrinhas, 2015;
Menina bonita do laço de fita. Texto: Ana Maria Machado. Atica Editora, 2011;
Menina não entra. Texto: Telma Guimarães Castro Andrade. Editora do Brasil SP, 2007;
Menino brinca de boneca?. Texto: Marcos Ribeiro. Moderna Editora, 2011;

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Estudos
1. A importância do reconhecimento da diversidade sexual na construção de uma educação em busca 19. Relatório de Violência Homofóbica no Brasil. Secretaria de Direitos Humanos, 2013;
da equidade de gênero. Claudete I. de Sousa Gomes e Cláudio M. G. Berto, 2012; 20. The Global Gender Gap Report 2014. World Economic Forum, 2014;
2. Assassinato de Homossexuais (LGBT) no Brasil: Relatório 2013. Grupo Gay da Bahia, 2013; 21. The Global Gender Gap Report 2015. World Economic Forum, 2015;
3. Assassinato de Homossexuais (LGBT) no Brasil: Relatório 2014. Grupo Gay da Bahia, 2014; 22. The Global Gender Gap Report 2016. World Economic Forum, 2016;
4. Assassinato de Homossexuais (LGBT) no Brasil: Relatório 2015. Grupo Gay da Bahia, 2015; 23. Transexualismo Masculino. Amanda V. Luna de Athayde, 2001;
5. Assassinato de Homossexuais (LGBT) no Brasil: Relatório 2016. Grupo Gay da Bahia, 2016; 24. Transrespect versus Transphobia Worldwide: A Comparative Review of the Human-rights Situation
6. Cidadania Plural e Diversidade: A construção do princípio fundamental da igualdade nas diferenças. of Gender-variant/Trans People. Carsten Balzer e Jan S. Hutta, 2012;
Carolina Valença Ferraz, Glauber Salomão Leite, Paulla Christianne da Costa Newton, 2012; 25. Travestis, Transexuais e Mercado de Trabalho: muito além da prostituição. Thiago Clemente do
7. Decreto Nº 55.874, de 29 de janeiro de 2015 (Programa Transcidadania). Prefeitura de São Paulo, 2015; Amaral, 2013;
8. Direito à Diversidade. Carolina Valença Ferraz, Glauber Salomão Leite, 2015; 26. Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil. Leila P. Garcia, Lúcia R. S. de Freitas, Gabriela D. M.
9. Educação para a sexualidade. Joanalira C. Magalhães e Paula R. C. Ribeiro, 2014; da Silva, Doroteia A. Höfelmann, 2013;
10. Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde. Daniel Cerqueira e Danilo de santa
Cruz Coelho, 2014;
11. Indicadores de Desigualdade de Gênero no Brasil. José Eustáquio D. Alves e Suzana M. Cavenaghi,
2013;
12. Inserção social dos transgêneros por meio do decreto nº 55.874/2015. Rubens Rojo Almeida, 2017;
13. Manual do Direito Homoafetivo. Carolina Valença Ferraz, George Salomão Leite, Glauber Salomão Lei-
te, Glauco Salomão Leite, 2013;
14. Manual dos Direitos das Mulheres. Carolina Valença Ferraz, George Salomão Leite, Glauber Salomão
Leite, Glauco Salomão Leite, 2013;
15. Na trilha do Arco-íris: do movimento homossexual ao LGBT. Júlio A. Simões e Regina Facchini, 2009;
16. O Direito ao Reconhecimento para Gays e Lésbicas. José Reinaldo de Lima Lopes, 2005;
17. Relatório de Violência Homofóbica no Brasil. Secretaria de Direitos Humanos, 2011;
18. Relatório de Violência Homofóbica no Brasil. Secretaria de Direitos Humanos, 2012;

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Vídeos [7]
1. C&A - o Dia dos Namorados virou o #DiaDosMisturados Deu o que falar https://www.youtube.com/
watch?v=OiVWeg3Y0z4
2. #ComoUmaGarota #LikeAGirl https://www.youtube.com/watch?v=aM-ZRggWTjw
3. Hoje eu quero voltar sozinho https://www.youtube.com/watch?v=1Wav5KjBHbI
4. Leve-me Pra Sair https://www.youtube.com/watch?v=7U3xUZdU3Us
5. Love has no labels https://www.youtube.com/watch?v=PnDgZuGIhHs
6. Maioria Oprimida (Majorité Opprimée) https://www.youtube.com/watch?v=bHJqNpJ8xAQ
7. O desafio da Igualdade https://www.youtube.com/watch?v=04u0UHEq2f4
8. O vestido do menino https://www.youtube.com/watch?v=ovSz_jWJzU4
9. Pai, me ajude: nasci menina #DearDaddy https://www.youtube.com/watch?v=Y9WPEZYhEuo
10. Pesquisa Instituto Avon e Data Popular – Violência contra a mulher no ambiente universitário
http://sites.usp.br/uspmulheres/data-popular-violencia/
11. Red de la Diversidad Sexual https://www.facebook.com/RedDiversidadSex/videos/1867675236890714/
12. Sejamos todos feministas https://www.youtube.com/watch?v=hg3umXU_qWc

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Posicionamento oficial sobre homoafetividade marco legal dos Direitos Humanos, a partir das resoluções adotadas pela sua Assembleia Geral em 2011,
apoiadas pelo Brasil e outros 95 estados membros, e pelo documento “Nascidos Livres e Iguais – orientação
20 de maio de 2015 sexual e identidade de gênero no regime internacional dos Direitos Humanos” de 2012;
Considerando que a Rede Nacional de Jovens Líderes, por intermédio da Carta de Natal, recomendou uma
“Considerando que o Escotismo é um movimento educacional que visa contribuir para que os jovens de- maior discussão do tema homoafetividade pelos Escoteiros do Brasil;
senvolvam seu caráter; que os princípios adotados pelos Escoteiros do Brasil norteiam, em seus deveres E considerando ainda a ampla pesquisa realizada com os adultos associados aos Escoteiros do Brasil, ou-
para com o próximo, a valorização dos direitos humanos, com respeito aos diferentes modos de pensar; o vidos todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal, complementada com grupos focais realizados em
respeito à natureza particular dos sexos, sem quaisquer preconceitos, e, no plano das relações pessoais, os diversos estados,
jovens são convidados a desenvolver sua afetividade com respeito e pautando pelo amor seu comporta-
O Conselho de Administração Nacional apresenta o Posicionamento dos Escoteiros do Brasil em relação
mento sexual;
ao tema:
Considerando que estão entre os princípios fundamentais do Programa Educativo dos Escoteiros do Brasil:
1) A homofobia, bem como qualquer outro tipo de discriminação, é contrária aos princípios escoteiros de
• A determinação de que o Escotismo deve atender às necessidades dos jovens de todos os segmentos da tolerância e respeito às diferentes formas de pensar, sendo portanto, um comportamento que exige medi-
sociedade, devendo ser flexível para adaptar-se a diversidade de qualquer natureza; das educativas por estar em desacordo com os princípios e os valores do Movimento Escoteiro;
• O pressuposto de que as práticas educativas devem ser vinculadas com a realidade dos jovens e conecta- 2) Observada a Política de Proteção Infantojuvenil dos Escoteiros do Brasil, as relações homoafetivas e hete-
das com as frequentes mudanças da sociedade; roafetivas são respeitadas no Movimento Escoteiro, tanto para membros juvenis, quanto para os voluntários
Considerando que o Planejamento Estratégico dos Escoteiros do Brasil almeja: adultos;
• Propiciar o desenvolvimento de atitudes práticas e comportamentos para a vida, estimulando os jovens a 3) O tema faz parte da ampla temática dos Direitos Humanos, sendo abordado no Programa dos Ramos
contribuir na construção de uma sociedade mais justa e solidária; Lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro, de forma diferenciada, própria para cada faixa etária e com material
• Oferecer material permanentemente atualizado para a formação de adultos, incorporando temas que de apoio adequado;
contemplem os valores assumidos pela Instituição; 4) O tema faz parte do conteúdo de cursos de formação de adultos, permanentemente revisto e adaptado
Considerando que os Escoteiros do Brasil fazem parte do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), assu- às novas realidades.
mindo papel relevante na formulação de políticas públicas para jovens, sendo formadores de opinião; que
a questão da homoafetividade vem ganhando atenção da sociedade de forma geral, sendo frequentemente Curitiba, 18 de abril de 2015.
abordada na mídia, e que, por diversas vezes, a Instituição vem sendo questionada sobre seu posiciona-
mento a respeito; Márcio Andrade Cavalcanti de Albuquerque
Considerando que a Organização das Nações Unidas reconhece o direito da população LGBT dentro do Presidente do Conselho de Administração Nacional”

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Créditos
Coordenadores
Bárbara Barros Campos 01/SP
João Augusto Corrêa 34/SP
Júlia Geiling Cardoso Falcone 01/SP Agradecimentos
Canal “Põe na Roda”
Membros Cintia Caramico
Fernando Kobaia - 354/SP Federação de Bandeirantes do Brasil - SP
Isabella França - 56/SP Fundo PositHiVo
Jonathan Aristides - 384/SP rede ex aequo
Midian Cristina - 41/SP Rede Nacional de Jovens Líderes - SP
Pedro Felipe Goulart - 269/SP Todos os que enviaram suas sugestões para compor a lista de Material de Apoio
Raphael de Taranto - 01/SP

Revisão
Dr. Carlos Temperini

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