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AERONAVES
1. C O N C E I T O
2. C A R A C T E R E S E S S E N C I A I S DA A E R O N A V E
3. N A T U R E Z A JURÍDICA DA A E R O N A V E
5. REGISTRO AERONÁUTICO BRASILEIRO
Executivo."
2- CLASSIFICAÇÃO D E A E R O N A V E S ( R B H A 4 7 )
- PÚBLICAS: SÃO A S AERONAVES DESTINADAS A O SERVIÇO DO PODER PÚBLICO
FEDERAL, ESTADUAL O U M U N I C I P A L , I N C L U S I V E A S REQUISITADAS
N A FORMA DA LEI (47.65). ESSAS AERONAVES SÃO U T I L I Z A D A S A
SERVIÇO DE ÓRGÃOS FEDERAIS, DE ÓRGÃOS E S T A D U A I S , DE
ÓRGÃOS M U N I C I P A I S O U DE ÓRGÃOS DO DISTRITO FEDERAL, DA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA, PARA TRANSPORTE NÃO REMUNERADO DE
AUTORIDADES, PESSOAS A SERVIÇO O U CONVIDADOS.
3- CATEGORIAS DE REGISTRO
DOMÉSTICO O U INTERNACIONAL);
SUPLEMENTAR;
P R I - INSTRUÇÃO;
P E T - EXPERIMENTAL.
4- R E G I S T R O E INSCRIÇÃO
AERONAVES - C O N T I N U A Ç Ã O
1 1 - D A AQUISIÇÃO
Responsabilidade Civil;
Responsabilidade Penal;
Responsabilidade Administrativa;
Responsabilidade Tributária.
No que se refere à responsabilidade civil em caso de operação ou
exploração da aeronave, conforme consta do art. 124, § I do CBA, a regra é que o
o
C E D E R À O U T R A , P O R T E M P O D E T E R M I N A D O , O U S O E G O Z O DE
REMUNERAÇÃO.
F R E T A D O R O C O N T R O L E S O B R E A TRIPULAÇÃO E A CONDUÇÃO
TÉCNICA D A A E R O N A V E .
A R R E N D A D A ( A L U G A D A ) , C O M O U S E M CLÁUSULA D E OPÇÃO DE
C O M P R A O U DE RENOVAÇÃO C O N T R A T U A L .
C O N T R A T O S R E L A C I O N A D O S ÀS A E R O N A V E S - 2
- H I P O T E C A - É U M T I P O DE ÓNUS Q U E R E C A I S O B R E A AERONAVE
P A R A G A R A N T I A DE DÍVIDA. P O D E M S E R O B J E T O D E H I P O T E C A A S
I N C L U S I V E A Q U E L A S E M CONTRUÇAO. N O C O N T R A T O D E H I P O T E C A
DE A E R O N A V E D E V E C O N S T A R O N O M E E DOMICÍLIO D A S P A R T E S
C O N T R A T A N T E S , A IMPORTÂNCIA D A DÍVIDA G A R A N T I D A , O S J U R O S
E D E M A I S OBRIGAÇÕES L E G A I S , O P R A Z O E O L O C A L DE P A G A M E N T O .
L E G A L D A S A E R O N A V E S , PEÇAS E E Q U I P A M E N T O S A D Q U I R I D O S N O
E X T E R I O R C O M A V A L , FIANÇA O U Q U A L Q U E R O U T R A G A R A N T I A DO
T E S O U R O N A C I O N A L O U DE S E U S A G E N T E S F I N A N C E I R O S .
T R A N S F E R E A O C R E D O R O DOMÍNIO RESOLÚVEL E A P O S S E I N D I R E T A
D A A E R O N A V E E/OU S E U S E Q U I P A M E N T O S , I N D E P E N D E N T E M E N T E D A
E N C A R G O S Q U E L H E I N C U B E M DE A C O R D O C O M A L E I C I V I L E P E N A L .
DireitoNet - Resumos - Tratados internacionais i
Resumos
Tratados internacionais I
T r a t a d o é t o d o a c o r d o f o r m a l e e s c r i t o , c e l e b r a d o e n t r e E s t a d o s e / o u organizações
i n t e r n a c i o n a i s , q u e b u s c a p r o d u z i r e f e i t o s n u m a o r d e m jurídica d e d i r e i t o i n t e r n a c i o n a l .
R e s u m o genérico.
Conceito
Tratado é todo acordo formal e escrito, celebrado entre Estados e/ou organizações internacionais, que busca
produzir efeitos numa ordem jurídica de direito internacional.
Características
Formal, pois tem procedimento específico na sua elaboração., o qual pode decorrer de uma conferência
internacional ou de u m quadro normativo de uma organização internacional.
Quadro normativo de uma organização internacional, que tem as suas regras, apresenta u m processo legislativo
já previsto, que vai estabelecer como se elabora uma convenção. Ex.: convenção da O N U sobre determinado
assunto.
Conferência é termo usado para indicar qualquer reunião. Mas, no caso, tem caráter ad hoc (tem u m sentido
determinado no tempo; é elaborado para aquele momento). Ex.: conferência para elaborar convenção sobre lixo
atómico. Uma vez aprovada a convenção, extingue-se a conferência.
Uma conferência pode durar anos. Engloba todo o processo de elaboração: a reunião de embaixadores, troca de
notas diplomáticas, reuniões de funcionários/diplomatas. São negociações feitas no decorrer dos anos, até se
chegar a u m projeto de convenção. Nesse ponto já existe u m texto elaborado, o qual, em uma "conferência" de
três dias, como se noticia nos jornais, os representantes se reúnem apenas para assiná-lo o u para acertar uma
emenda ou outra. É escrito, pois u m tratado só é valido se dessa forma for.
D a Celebração dos T r a t a d o s
Arualmente, não se admitem acordos orais, o que há trinta anos era admissível. Por exemplo.: as declarações
conjuntas (diplomatas e presidentes) poderiam, eventualmente, serem consideradas como tratados, pois quando
se faz uma declaração conjunta, ocorre uma manifestação de vontade dos declarantes, como se de acordo com
uma posição.
Todavia, em 1969, foi aprovada a Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, com o objetivo de ser u m
código mínimo de elaboração de tratados, prevendo, expressamente, que só serão válidos os tratados escritos.
Dentro da definição de tratado, teoricamente falando, podem celebrar tratados os sujeitos de Direito
Internacional (Estados, organizações, indivíduo e coletividade humana). Mas, arualmente, só se reconhece para
dois: Estados e organizações, e com relação a essa última somente aquelas criadas por tratado.
Quanto à coletividade humana, não seria plausível que toda ela (bilhões de pessoas) celebrasse u m tratado. E,
tratando-se do indivíduo/ser humano, não é considerado legítimo representante para elaboração de tratado. Não
Termos similares
Pela teoria do poder divino, o rei e r a escolhido por Deus. A palavra de u m rei e r a sacra, vigorando, daí,
mencionado princípio. U m tratado não podia s e r revogado, revisado, u m a vez q u e a "palavra de rei não volta
atrás" - questão de honra. O princípio que s e t e m n o s contratos referente a e s s a relevância d a s palavras é o do
pacta surtt servanda e o d o rebus sic stantíbus.
Nessa época, u m a conferência entre certo número de países, e m q u e não se obtinha u m acordo final, e r a
m a r c a d a pelo fracasso. A s s i m , e m troca d o tratado o u d a convenção frustrada, o s E s t a d o s , p a r a oferecer u m a
resposta à opinião pública o u à sociedade internacional, faziam u m a declaração conjunta, p o r escrito, n a qual
d e t e r m i n a v a m alguns princípios básicos sobre o tema, o u se comprometiam, p o r exemplo, a t o m a r determinadas
medidas a respeito.
independentemente d o termo, palavra o u nomenclatura, tratado é todo acordo formal, escrito, celebrado entre
E s t a d o s e / o u organizações internacionais e t c
Havendo o conteúdo de u m tratado (acordo formal entre Estados, busca efeitos jurídicos, há manifestação de
vontade), tratado é, possuindo a s s i m , u m caráter obrigatório.
http://www.direitonet.com.br/resum 31/8/2009?
1'
DireitoNet - Resumos - Tratados internacionais i
Exemplo: Mercosul - tratados que o criaram: Tratado de Assunção, Protocolo de Ouro Preto e Protocolo de
Brasília, documentos esses sem qualquer distinção entre si e sem que justifiquem tratamento jurídico
diferenciado de u m ou de outro.
Manifestação da vontade
Existem alguns meios mais conhecidos de manifestação da vontade, necessária para a existência de u m tratado.
Alguns exemplos desses termos são: aceitação, aprovação, assinatura, ratificação, adesão, reserva e
denúncia.
Aceitação e aprovação são formas positivas de manifestação. Entretanto, aprovação indica, em geral, que o
tratado resultou de uma deliberação ou votação. Quando se diz que u m tratado foi aprovado, provavelmente
deliberou-se ou votou-se favoravelmente à sua adoção.
Como saber que u m tratado precisa ser deliberado para obter aprovação? Ou que precisaria apenas de uma
simples assinatura de representantes para sua aprovação, ou não?
A resposta encontra-se no próprio procedimento de elaboração, nas regras de procedimento, que determinam as
formas pelas quais as partes adotarão ou estabelecerão as maneiras de aprovar u m tratado.
A p r o v a ç ã o : presume deliberação.
Adesão: indica manifestação de vontade posterior à celebração. Ex.: três Estados discutem e elaboram u m
tratado. Posteriormente, u m quarto Estado pretende fazer parte desse tratado, o que se dará por meio da adesão
(manifestação da vontade em período posterior à celebração, à manifestação original). Ex.: União Europeia,
ONU, Mercosul etc.
O próprio tratado disporá sobre a questão. Ex.: o Mercosul [1] prevê a adesão de mais países, além dos quatro
originais.
Reserva: é a manifestação da vontade parcial, uma vez que o Estado não se obriga a todas as disposições, mas
apenas por uma parte delas, como, por exemplo, em u m tratado que contivesse vinte regras, u m Estado se
dispusesse a aceitar e cumprir apenas dezenove delas.
Como não há uma regra universal, uma lei que disponha sobre a elaboração de u m tratado, muitas das respostas
serão encontradas no próprio tratado, no próprio procedimento de elaboração deste. Assim, n u m tratado, as
partes convencionarão se cabe, ou não, reserva e quais as cláusulas objeto de reserva.
Havendo dúvida de aplicação de reserva, haverá uma regra geral que dirá: a reserva não pode atingir o objeto e a
finalidade do tratado. Isso também é encontrado na Convenção de Viena, já mencionada.
Em tratados bilaterais, em geral, não cabe reserva, pois estaria alterando o equilíbrio. Reserva, então, cabe para
tratados multilaterais.
Denúncia: é a forma pela qual a parte manifesta vontade com o f i m de obter a extinção dos efeitos do tratado
sobre a parte requerente. É forma de cessação dos efeitos jurídicos de u m tratado. É arbitrário porque é uma
decisão de vontade.
Também está prevista no tratado, mas, tecnicamente falando, é permitido denúncia sem que esteja prevista no
mesmo, já que é manifestação da vontade. O que pode u m tratado estabelecer de mais especifico é uma denúncia
no tempo. Ex.: a denúncia do Estado requerente só produzirá efeito a partir de u m ano da sua manifestação de
vontade. Isso, sim, pode ser feito, pois u m tratado pode envolver temas muito complexos, que demandam u m
certo tempo para estabelecer u m desprendimento, ou para dar uma garantia para as outras partes. A denúncia
pode produzir efeitos imediatos ou depois de u m certo lapso de tempo.
Ratificação (em linhas gerais): u m representante [2] de listado participa de uma Conferência para elaboração
de um tratado. As partes estabelecerão quando esse tratado entrará e m vigor. Isso pode se dar a partir da
assinatura, de uma ratificação etc
O que geralmente se faz é uma espécie de "operação casada", ou seja, o representante do executivo assina e tenta
obter uma ratificação pelo legislativo, dentro do Estado, e é a partir desta que o tratado entrará em vigor para os
demais.
São duas manifestações da vontade, casadas: assinatura e ratificação. A partir da ratificação é que o tratado
entrará em vigor para os demais. O u seja, é como se o representante fosse para o seu país buscar o certificado,
retornasse à Conferência para manifestar o comprometimento de seu país para, então, fazer vigorar o tratado
para os demais Estados.
Isso não significa simplesmente a ratificação, mediante obtenção de certificado do Congresso Nacional, por
exemplo, declarando que determinado tratado foi aprovado e m determinadas condições. É necessário o depósito
do instrumento de ratificação.
Depósito é smônimo de comunicado (aos demais países), registro (perante alguma instituição) do comprovante
de que o tratado foi ratificado.
Um tratado ligado ao Mercosul, por exemplo, entrará em vigor para os quatro países participantes quando for
depositado na Secretaria Administrativa do Mercosul (instituição que cuida das questões administrativas do
Mercosul e estabelecida no Uruguai) o comprovante de ratificação.
Toda organização internacional tem uma espécie de secretaria administrativa, uma espécie de sede, onde se
registram os certificados de ratificação, assim como toda Conferência possui u m pais escolhido para ser uma
espécie de secretaria. Ex.: uma Conferência de vinte Estados, não é uma organização internacional, pois não tem
sede. Alguém deverá funcionar como uma espécie de "cartório". U m Estado seria escolhido como receptor dos
depósitos (das comunicações, dos registros, das notificações).
À medida que os países depositam seus certificados de ratificação, o tratado passa a vigorar para aquele que
efetuou o depósito. Nem sempre será exigida essa operação casada. As partes podem estabelecer que u m tratado
entre em vigor a partir da simples assinatura. A tendência atual é a da operação casada (assinatura / ratificação).
Ex.: O Brasil se comprometeu a não emitir poluentes no ar a partir de 2005. Para que isso seja possível, há que
se adorar medidas legais (aprovação de leis que estabeleçam proibição da emissão de poluentes, que estabeleçam
aplicação de multas, que dêem incentivos às empresas para que utilizem determinado produto e deixem de usar
outros etc.). O país precisa adorar uma série de medidas internas para dar implementação ao Tratado, que tem
regra mais genérica. Se o Congresso não ratificar, nem inserir essa norma no plano interno e sequer estabelecer
medidas para sua complementação, o Executivo, que se comprometeu com u m acordo, não poderá cumpri-lo.
http://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/138/Tratados-intemac 31/8/2009
DireitoNet - Resumos - Tratados internacionais 1
U m a saída para u m país q u e não pode c u m p r i r u m acordo é a denúncia, já q u e não se trata d e nulidade. A
denúncia não acarreta sanção e deve s e r expressa.
Efeitos jurídicos n a o r d e m i n t e r n a c i o n a l
U m exemplo, no caso brasileiro, seria: o Brasil a s s i n a acordo e m que todos os brasileiros têm direito ao 1 5 o
salário. E s s e acordo não dá direito ao trabalhador que reivindique perante a Justiça o pagamento desse
beneficio, pois o acordo não foi ratificado.
O tratado só v a i produzir efeitos n a o r d e m interna depois de aprovado pelo Legislativo, o u seja, a s i m p l e s
assinatura do E x e c u t i v o não gera direitos p a r a o cidadão, pois aquela convenção não foi i n s e r i d a n o Direito
brasileiro. E s s a inserção e s e u s consequentes efeitos somente o c o r r e m depois da aprovação d o tratado pelo
Legislativo.
A ratificação é a aprovação pelo Congresso Nacional, sendo que o art- 4 9 , inciso I d a C F prevê que "é d a
competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos o u atos
internacionais q u e acarretem encargos o u c o m p r o m i s s o s gravosos ao patrimônio nacional".
O decreto-legislativo é ato exclusivo, m a s para produzir efeitos além-casa, o u seja, além dos m e m b r o s do
Congresso.
E t a p a s do processo legislativo:
• Decreto legislativo;
,< Decreto d e promulgação.
Sanção e veto são manifestações d a vontade d o Executivo, pela aprovação, o u não, d o ato.
1. I nconstitucionalidade o u ilegalidade;
31/8/2009
U N I V E R S I D A D E T U I U T I DO P A R A N Á
F A C U L D A D E D E CIÊNCIAS A E R O N Á U T I C A S
DISCIPLINA: DIREITO AERONÁUTICO
Prof.: FÁBIO LUÍS D E A R A Ú J O R O D R I G U E S
I - Introdução
Dentro do arcabouço legal que a Constituição nos apresenta, existe um artigo deveras
significativo para o estudo do Direito Aeronáutico, qual seja o art. 2 1 , inciso X I I , alínea "c". 0
mencionado artigo enumera todas as atividades que são de competência da União e no inciso e
alínea aqui tratados encontramos as seguintes atividades: "navegação aérea, aeroes^acia^e infra-
Para o nosso estudo não há qualquer motivo para adentrarmos nesta tormentosa
discussão, contudo, torna-se fundamental conhecermos algumas noções do Direito Administrativo,
bem como alguns de seus institutos básicos.
II - D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o - C o n c e i t o
O que colaborou para isto foi a criação daquilo que se convencionou chamar de Estado
Moderno, surgindo como principais fatos históricos para este fim a Revolução Francesa e o
surgimento dos Estados Unidos da América, já que a partir daí acabou-se definitivamente com os
regimes absolutistas que vinham da Idade Média.
A partir daí começaram a se estruturar de forma mais ordenada uma série de normas
delimitadoras da atividade do Estado, que fariam com que este cumprisse seu verdadeiro fim que
era atuar em prol dos cidadãos que o constituíram e não oprimi-los.
O Direito Francês possui enorme influência nesse processo sendo, inclusive, unânimes
todos os doutrinadores da matéria em colocar um processo em especial, o ramoso Caso Blanco,
como a grande quebra de paradigma que demonstrou a existência de um direito próprio para
regular a atividade Estatal.
Nos idos de 1873 uma menina chamada Agnes Blanco, ao atravessar uma rua da
cidade de Bordeaux acabou sendo atropelada por uma viatura da Companhia Nacional de
Manufatura de Fumo (uma empresa estatal). Naquela oportunidade o Conselheiro Davi, do Tribunal
de Conflitos apontou sua solução entendendo que caberia ao Estado indenizar o cidadão pelo
prejuízo que sofrera em decorrência da atividade de um ente estatal. Além disso, a decisão acabou
inovando à medida que atribuía a competência para julgar a um tribunal ligado a questões
administrativas do Estado. Convém lembrar que, sobretudo na Idade Média a possibilidade de
alguém receber uma indenização do ente estatal era nula, à medida que a orientação doutrinária
era no sentido de que o estado não cometia falhas.
Assim, toda a atividade atribuída por nossa Constituição ao Estado, que não seja
atividade legislativa e judiciária acaba sendo objeto de estudo do Direito Administrativo, inclusive a
"navegação aérea, aeroespacial e infra-estrutura aeroportuária".
Ill - P r i n c í p i o s d e D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o
Estes seriam os princípios explícitos em nossa CF, contudo, além destes, cumpre
conhecermos alguns outros implícitos, mas também de extrema importância.
- P R I N C Í P I O DA LEGALIDADE
É com base neste princípio que se diz que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar
d^jazerajqo, se não em virtude deJeLl'
Partindo-se da ideia que o Estado foi criado com a finalidade de se cuidar do bem
comum, evitando-se que um ou outro interesse individual prevaleça, o interesse do Estado, ou
interesse PÚBLICO, acaba sempre tendo supremacia sobre o interesse individual.
Decorrem deste princípio uma séré de atrvidades primordialmente estatais, bem como
os poderes de desapropriar, punir, policiar, intervir, requisitar, ou seja, interferir na esfera privada
dos interesses dos cidadãos a bem de um interesse maior, qual seja o interesse estatal.
- P R I N C Í P I O DA IMPESSOALIDADE
Uma delas, e sua principal, afirma que como detentora do poder-dever de bem gerir o
interesse público, a Administração estatal não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar
indiscriminadamente uma ou outra pessoa, ou seja, o administrador público não pode se deixar
levar por suas preferências acerca de pessoas jurídicas ou físicas.
A outra faceta diz respeito à atuação estatal propriamente dita. O agente público,
devidamente investido de autoridade, atua em nome do Estado, e não em seu nome próprio, razão
pela qual os atos podem ser realizados ininterruptamente, mesmo no afastamento temporário do
titular do cargo. Exemplificando: Fulano de Tal é presidente do Banco Central e, como tal, possui
uma série de atribuições; caso ele saia de férias um outro servidor assume seu papel, executando
estas atribuições já que estas não são pessoais e sim orgânicas, são atribuições de um órgão, a
Presidência do Banco Central.
- P R I N C Í P I O DA M O R A L I D A D E
- P R I N C Í P I O DA P U B L I C I D A D E
Basicamente este princípio determina que seja levado a conhecimento público, através
da mais ampla divulgação todos os atos praticados pela Administração Pública, salvo raras
exceções de atitudes sigilosas devidamente previstas na Lei.
- P R I N C Í P I O DA EFICIÊNCIA
Por esse princípio se impõe ao agente público_o_dever de reali7^r suas atribuições com
presteza, c o m j j s j r j a j s altos índices d^qjjajidadee com resultados^ satisfatórios no atendimento das
necessidades dos administrados. " " — —
- P R I N C Í P I O DA MOTIVAÇÃO
3 Op. C i t , pag. 79
É um princípio que acaba se somando aos princípios da legalidade e da supremacia
do interesse público.
Corno dito há pouco o Eâtauo, enquanto administrador, não possui vontade, devendo
limitar-se ao previsto na Lei, de mesma forma que sempre há que buscar, no exercício de suas
atividades o interesse primordial que é o interesse público.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ART 21-X, XI, XII, XV, XXIII, ART 24 §22
SERVIÇOS PÚBLICOS E ATIVIDADES ECONÓMICAS
QUANTO À ESSENCIALIDADE
- PÚBLICOS (PROPRIAMENTE DITOS). EX: DEFESA NACIONAL,
POLÍCIA, SAÚDE PÚBLICA
- DE UTILIDADE PÚBLICA. EX: TRANSPORTE COLETIVO, ENERGIA
ELÉTRICA, GÁS, TELEFONE
QUANTO À ADEQUAÇÃO
- PRÓPRIOS DO ESTADO. EX: SEGURANÇA, POLÍCIA, SAÚDE
PÚBLICA
- IMPRÓPRIOS DO ESTADO. EX: PRESTADOS POR AUTARQUIAS,
EMPRESA PÚBLICA, FUNDAÇÕES, SOCIEDADE
DE ECONOMIA MISTA
QUANTO À FINALIDADE
-ADMINISTRATIVOS. EX: IMPRENSA OFICIAL, ESTAÇÕES
EXPERIMENTAIS