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CIÊNCIAS AERONÁUTICAS – 5º PERÍODO

ESTRUTURA E FILOSOFIA DE MANUTENÇÃO


PROF. MARCIO NOBRE MIGON

QUESTIONÁRIO DE FIXAÇÃO
PARTE 1: BASE LEGAL E NOÇÕES DE AERONAVEGABILIDADE

1) Quem é a autoridade aeronáutica no Brasil?

Resposta: Conforme o art. 2º do CBAer (Lei nº 7565, de 19 de dezembro


de 1986), são ‘autoridades aeronáuticas competentes’ as do Ministério da
Aeronáutica. Com a Medida Provisória 2.216-37, de 31 de agosto de 2001,
foi alterada a organização da Presidência da República e dos ministérios, a
qual até então era regida pela Lei 9.649, de 27 de maio de 1998. Assim,
passaram a ser autoridades aeronáuticas competentes as do Ministério da
Defesa. Com a Lei 11.182, de 27 de setembro de 2005, ficou criada a
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), vinculada ao Ministério da
Defesa. A ANAC sucede o Departamento de Aviação Civil (DAC) no que se
refere a diversas responsabilidades afetas ao Sistema de Aviação Civil. O
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) permanece com
certas responsabilidades relacionadas ao Sistema de Aviação Civil, assim
como o Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes
(CENIPA); ambos são órgãos do Comando da Aeronáutica. Por fim, importa
registrar a existência do Conselho Nacional de Aviação Civil (CONAC), o
qual é composto por diversos Ministros de Estado. Ainda que o CONAC não
tenha responsabilidades executivas, constitui-se órgão de assessoramento
do Presidente da República para a formulação da política nacional de
aviação civil, tendo sido instituído pelo Decreto nº 3.564/2000, de 17 de
agosto de 2000, alterado pelos Decretos nº 3.955/2001, de 5 de outubro de
2001, e nº 5.419/2005, de 13 de abril de 2005.

2) Que documento(s) contém a definição do conceito acima?

Resposta: O CBAer (Lei nº 7565, de 19 de dezembro de 1986), a Medida


Provisória 2.216-37, de 31 de agosto de 2001, e a Lei 11.182, de 27 de
setembro de 2005. Adicionalmente, com relação à política nacional de
aviação civil, importa também o Decreto nº 3.564/2000, de 17 de agosto de
2000, alterado pelos Decretos nº 3.955/2001, de 5 de outubro de 2001, e nº
5.419/2005, de 13 de abril de 2005.

3) De quem é a responsabilidade por emitir os requisitos mínimos para


projeto, construção, manutenção, reparo, inspeção e operação de produtos
aeronáuticos civis?

Resposta: Nos termos do artigo 66 do CBAer, tal competência é da


autoridade aeronáutica. A Lei 11.182, de 27 de setembro de 2005, em seu
artigo 8º, inciso XVII, dispõe que é atribuição da ANAC: ‘proceder à
homologação e emitir certificados, atestados, aprovações e autorizações,
relativos às atividades de competência do sistema de segurança de vôo da
aviação civil, bem como licenças de tripulantes e certificados de habilitação
técnica e de capacidade física e mental, observados os padrões e normas
por ela estabelecidos’. Adicionalmente, em seu inciso XXXIII, procede
registrando ser a ANAC competente para: ‘expedir, homologar ou
reconhecer a certificação de produtos e processos aeronáuticos de uso
civil, observados os padrões e normas por ela estabelecidos’.

4) Explique as diferenças entre HABILITAR e QUALIFICAR.

Resposta: A habilitação (ou emissão de licença) é prerrogativa exclusiva


da autoridade aeronáutica, isto é, do poder público. A qualificação é dada
internamente à empresa (ou organização).

5) Explique a correlação entre AERONAVEGABILIDADE e MATRÍCULA.

Resposta: A matrícula define a nacionalidade de uma aeronave e


caracteriza condição legal necessária, mas não suficiente, para a operação
de uma aeronave. A aeronavegabilidade é a condição, que somada a uma
regular matrícula, confere a suficiência para a operação de uma aeronave,
de acordo com a legislação em vigor, no que se referem aos seus aspectos
mecânico-aeronáuticos. Os conceitos se correlacionam na medida que a
aeronavegabilidade de uma aeronave depende fortemente do país na qual
ela esteja matriculada (ou registrada, são sinônimos), já que as normas que
definem a aeronavegabilidade costumam variar de país para país (ver artigo
114, do CBAer). Note que essas ditas variações não comprometem a estrita
aderência dos países à Convenção de Chicago, caso estejam se tratando
de países signatários da dita Convenção. O Capítulo II, do CBAer, trata ‘Da
Nacionalidade, Matrícula e Aeronavegabilidade’.
6) Que influência tem a Convenção de Chicago (1944) sobre a Aviação Civil
brasileira?

Resposta: Em princípio a Convenção de Chicago deve ser aplicada na


íntegra (exceto por eventuais diferenças declaradas perante a OACI) em
todas as transações da aviação civil envolvendo o Brasil e outro país
signatário da Convenção (seja ligada ao transporte, seja à fabricação).
Domesticamente, a Convenção de Chicago (1944) acaba opor interferir
também de forma bastante direta, na medida em que é citada tacitamente
no CBAer e em que o Brasil pretenda fazer parte do primeiro grupo da
aviação civil mundial.

7) Correlacione CONCESSÃO, AUTORIZAÇÃO e TRANSPORTE AÉREO


PÚBLICO.

Resposta: O Título VI, do CBAer, trata dos ‘Serviços Aéreos’. Os serviços


aéreos compreendem os serviços aéreos privados (artigos 177 a 179, do
CBAer) e os serviços aéreos privados (artigos 180 a 221, do CBAer). O
transporte aéreo público no Brasil é prerrogativa do Estado, o qual libera a
sua exploração por empresas privadas mediante concessão ou autorização
(artigo 180, do CBAer). As concessões se aplicam aos transportes
regulares, isto é, que se dão em dias e horários fixos e pré-definidos. As
autorizações se aplicam aos transportes não-regulares (táxis aéreos e
linhas aéreas suplementares).

8) Além do uso para o transporte, qual o outro emprego comercial que pode
se dado a uma aeronave?

Resposta: A realização de serviços aéreos especializados


(aerofotogrametria, aerocinegrafia, aerolevantamento, pulverização,
publicidade aérea, ...) é uma outra classe de empregos comerciais que
podem ser dados a aeronaves. O artigo 201, do CBAer, define que
atividades aéreas constituem serviços aéreos especializados.

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