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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE CONTAGEM/MG

ANTÔNIO BRAGA DE AGUIAR, aposentado, casado, inscrito no CPF n°


584.026.836-49, identidade n° M-5.08095, residente e domiciliado residente e
domiciliado na Rua França Campos, 307- Bairro Industrial - Contagem/MG – CEP:
32.325-230, devidamente representado por sua Advogada – instrumento procuratório
acostado – com endereço eletrônico vivianecornelio@gmail.com e profissional Rua
Maria da Fé, nº 343 – Bairro Salgado Filho – Belo Horizonte/MG – CEP: 30.550-250, o
qual, em obediência à diretriz fixada no art. 287, caput, do CPC, indica-a para as
intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito a Vossa
Excelência, com suporte no art. 186 e art. 927, um e outro Código Civil Brasileiro c/c
art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, ajuizar a presente

AÇÃO DE NULIDADE DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO BANCÁRIO C/C


REPETIÇÃO DO INDÉBITO E DANO MORAL E MATERIAL C/C PEDIDO DE
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

contra BANCO PAN – instituição financeira de direito privado, com sede CNPJ
59.285.110/001-13, com sede na Av. Paulista, nº 1374/12º - Bela Vista– São Paulo –
SP – CEP: 13.101-000, WL CASAQUI SERVICOS ADMINISTRATIVOS LTDA –
empresa de direito privado, CNPJ 15.548.598/0001-25, com sede na Rua Coronel

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Ananias Andrade, n° 131 - Bairro Centro, Bom Repouso/MG - CEP: 37.610-000,
FACILITA SOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS LTDA, empresa de direito privado, CNPJ
18.864.308/0001-40, com sede na Av. Cidade Jardim, n° 909 - Bairro Jardim Satélite,
São José dos Campos/SP - CEP: 12.231-675, TRIUNFO CONSULTORIA, empresa
de direito privado, CNPJ: 34.754.207/0001-73, com sede Rua Leopoldina Borges, n°
27, Bairro Anchieta, Rio de Janeiro/RJ - CEP: 21.630-240, GÊNESE ASSISTÊNCIA
FINANCEIRA, empresa de direito privado, CNPJ: 37.849.294/0001-30, com sede Rua
Roberto Silveira, n° 470, Bairro Botafogo, Nova Iguaçu/RJ - CEP: 26.041-490,
THAIANNE SALES DE OLIVEIRA, CPF: 173.085.037-55, Sócio-Administrador das
duas empresas acima (Triunfo Consultoria e Gênese Assistência Financeira), residente
no endereço Rua José da Mota, n° 371, Bairro Ricardo de Albuquerque, Rio de
Janeiro/RJ, CEP: 21.620-410, em face dos motivos abaixo delimitados.

DA JUSTIÇA GRATUITA

1 - Inicialmente, o Autor requer a Vossa Excelência que sejam deferidos os


benefícios da justiça gratuita, por não ter condições de arcar com as custas
processuais e honorários advocatícios, sem comprometer o seu orçamento familiar,
conforme documentos anexos.

2 - Dessarte, formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por declaração de


seu patrono, sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, in fine, ambos do CPC, quando tal
prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório acostado.

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3 - Para tal benefício o autor juntou declaração de hipossuficiência sua
declaração de imposto de renda, documento Secretaria da Receita Federal do Brasil
informando que seu CPF está regular, extrato do valor do seu benefício previdenciário,
qual seja, o valor de R$2.878,90, que com o dedução dos descontos dos empréstimos,
o recebe o valor de R$1.783,36, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento
das custas judiciais sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do Art.
99 Código de Processo Civil de 2015.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser


formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu
curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo,
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por


pessoa natural.

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Declaração de IRRF de 2022.

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Situação Cadastral CPF Regular.

4 - De acordo com a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4ª Região


(TRF4) definiu que faz jus à gratuidade de justiça o litigante cujo rendimento mensal
não ultrapasse o valor do maior benefício do Regime Geral de Previdência Social
(RGPS), sendo suficiente, nessa hipótese, a presunção de veracidade da declaração
de insuficiência de recursos.

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5 - Com a decisão, o Autor fica dispensado de comprovações adicionais de
insuficiência de recursos para obter a assistência judiciária gratuita (AJG), e esta só
poderá ser afastada pela parte contrária mediante elementos que demonstrem a
capacidade econômica dela.

6 - Acima do teto estabelecido, que atualmente é de R$ 7.087,22, a insuficiência


não se presume, e a concessão será excepcional, dependendo de prova do
impedimento financeiro a ser fornecida pela parte, o que não é o caso do Autor, visto
que recebe de aposentadoria o valor de R$1.783,86, conforme seu extrato do INSS.

7 - A Nossa Constituição Federal no artigo 5º traz:

“Art. 5º (...) LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos
que comprovarem insuficiência de recursos;"

8 - O Código de Processo Civil dispõe que têm direito à gratuidade da justiça, na


forma da lei, e que a gratuidade da justiça compreende:

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência


de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios

I - as taxas ou as custas judiciais;

II - os selos postais;

III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a


publicação em outros meios;

IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do


empregador salário integral, como se em serviço estivesse;

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V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de
outros exames considerados essenciais;

VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do


tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento
redigido em língua estrangeira;

VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para


instauração da execução;

VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para


propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao
exercício da ampla defesa e do contraditório;

IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da


prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à
efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o
benefício tenha sido concedido.”

9 - Em decisões recentes dos Tribunais já há o entendimento de benefício da


justiça gratuita para pessoas que recebem três, quatro, cinco ou mais salários mínimos.

10 - A Secretaria de Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ)


divulgou as edições 149 e 150 de Jurisprudência em Teses, as quais tratam do tema
Gratuidade da Justiça, tendo sido destacadas duas teses em cada publicação.

“Na edição 150, a primeira tese considera que é inadequada a utilização de


critérios exclusivamente objetivos para a concessão do benefício da gratuidade,
devendo ser efetuada avaliação concreta da possibilidade econômica de a parte
postulante arcar com os ônus processuais. “

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11 - O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, já tem recurso provido no sentido de
que faz jus aos benefícios da gratuidade da justiça a pessoa natural que, além da
declaração de insuficiência de recursos, comprova auferir renda mensal inferior a três
salários mínimos.

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA


GRATUITA - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA
FINANCEIRA - INTELIGÊNCIA DO ART. 5º, LXXIV, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA - RECOLHIMENTO DAS CUSTAS NO ATO DA INTERPOSIÇÃO
DO RECURSO - ATO INCOMPATÍVEL COM A DECLARAÇÃO DE
HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA. 1. Os benefícios da justiça gratuita podem
ser concedidos a pessoa natural que comprovar sua hipossuficiência financeira
em arcar com as custas processuais, sem prejuízo de seu sustento próprio e de
sua família. 2. Conforme entendimento dominante do STJ e deste Tribunal, o
recolhimento do preparo recursal é ato paradoxal e contraditório com a
pretensão recursal de concessão dos benefícios da justiça gratuita, uma vez ser
incompatível com a realidade econômico-financeira por ela apresentada nos
fundamentos do recurso. 3. Recurso não provido. (TJMG - Agravo de
Instrumento-Cv 1.0097.17.000282-4/001, Relator(a): Des.(a) Shirley Fenzi
Bertão, 11ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 15/04/2020, publicação da súmula
em 29/04/2020 .

12 - O Tribunal de Justiça do Distrito Federal coloca um teto de até cinco


salários mínimos para a concessão da gratuidade de justiça:

Gratuidade de justiça – necessidade de comprovação de insuficiência – teto de 5


salários mínimos.:

“2. A finalidade da justiça gratuita é garantir o amplo acesso à Jurisdição às


pessoas notoriamente menos favorecidas economicamente. 2.1. O art. 5º, inc.
LXXIV, da Constituição Federal e o art. 99, § 2º, do CPC, preceitua que a

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concessão desse benefício exige a efetiva demonstração da necessidade da
medida, que não pode ser deferida com suporte na alegada presunção de
hipossuficiência. (...)3. O deferimento da gratuidade de justiça exige que o
interessado demonstre efetivamente a alegada condição de hipossuficiência
financeira que o impede de arcar com as despesas do processo sem o
comprometimento da manutenção de patrimônio mínimo. 4. A Resolução nº 140,
de 24 de junho de 2015, editada pela Defensoria Pública do Distrito Federal,
estabelece como pessoa hipossuficiente aquela que recebe renda mensal
correspondente ao valor de até 5 (cinco) salários mínimos.” Acórdão 1359527,
07132904020218070000, Relator: ALVARO CIARLINI, Terceira Turma Cível,
data de julgamento: 28/7/2021, publicado no DJE: 18/8/2021.”

13 - Para o STJ, até complexidade de cálculos remetidos para a Contadoria


Judicial podem sim ser objeto de justiça gratuita.

“Assistência judiciária gratuita – remessa à contadoria judicial – direito do


beneficiário independentemente da complexidade “1. Esta Corte consolidou
jurisprudência no sentido de que o beneficiário da assistência judiciária gratuita
tem direito à elaboração de cálculos pela Contadoria Judicial,
independentemente de sua complexidade.” REsp 1725731/RS.”

14 - A concessão do benefício da justiça gratuita, por ser o Autor pessoa sem


condições de arcar com as custas processuais, principalmente após esse desconto
altíssimo em seu benefício, honorários advocatícios e demais despesas processuais,
sem prejuízo ao sustento próprio e de sua família, consoante declaração anexa, e
documentos que comprovam o valor que recebe de aposentadoria, é o que se espera.

15 - Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus a
Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE SEGURANÇA - JUSTIÇA


GRATUITA - Assistência Judiciária indeferida - Inexistência de elementos nos

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autos a indicar que o impetrante tem condições de suportar o pagamento das
custas e despesas processuais sem comprometer o sustento próprio e familiar,
presumindo-se como verdadeira a afirmação de hipossuficiência formulada nos
autos principais - Decisão reformada - Recurso provido. (TJSP; Agravo de
Instrumento 2083920-71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura Tavares;
Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Foro Central - Fazenda
Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda Pública; Data do Julgamento:
23/05/2019; Data de Registro: 23/05/2019

Cabe destacar que a lei não exige atestada miserabilidade do requerente, sendo
suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas
processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a
doutrina:

"Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem tampouco se


fala em renda familiar ou faturamento máximos. É possível que uma pessoa
natural, mesmo com boa renda mensal, seja merecedora do benefício, e que
também seja aquele sujeito que é proprietário de bens imóveis, mas não dispõe
de liquidez. A gratuidade judiciária é um dos mecanismos de viabilização do
acesso à justiça; não se pode exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito
tenha que comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer
de seus bens, liquidando-os para angariar recursos e custear o processo."
(DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça
Gratuita. 6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60)

"Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a parte seja pobre


ou necessitada para que possa beneficiar-se da gratuidade da justiça. Basta que
não tenha recursos suficientes para pagar as custas, as despesas e os
honorários do processo. Mesmo que a pessoa tenha patrimônio suficiente, se
estes bens não têm liquidez para adimplir com essas despesas, há direito à
gratuidade." (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz.
MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista
dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98).

16 - Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e
pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao Requerente.

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DA COMPETÊNCIA

17 - Por se tratar de demanda consumerista aplica-se o disposto no art. 101 do


CDC, cujo a competência para julgar a presente ação é no domicílio do consumidor.

QUANTO À AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E DO JUÍZO 100% DIGITAL

18 - O Autor não tem interesse pela realização de audiência conciliatória de


acordo com o artigo 334, §5°, do CPC, visto que tentou de forma extrajudicial resolver
um problema que não deu causa, e por não conseguir resolver algo tão simples para as
Rés, que são as únicas beneficiárias destas contratações inescrupulosas,
concretizadas por meios ardilosos utilizados por atendentes do BANCO PAN, gerou
uma frustração diante das limitações que lhe foram impostas, pois o Banco Pan,
alegou, até em audiência administrativa realizada no Procon Municipal de Contagem,
que as contratações se deram de forma legal, sem vícios, ou qualquer indício de
fraude, e por interesse SOMENTE DO AUTOR, o que é uma mentira, o que o Autor
sentiu foi uma sensação de impotência frente à instituição financeira, pois ele foi
tratado como “mentiroso”, mesmo APÓS DEVOLVER OS VALORES CREDITADOS
EM SUA CONTA, POIS ELE NÃO SOLICITOU NENHUM OUTRO EMPRÉSTIMO, E
MESMO COMPROVANDO AS MENSAGENS DE WHATSAPP ENTRE ELE E AS
ATENDENTES DA RÉ, PRIMEIRO A SRA. MELISSA, DEPOIS A SRA. ALINE,
AMBAS DO BANCO PAN, O BANCO NADA FEZ, CONTINUA REALIZANDO OS
DESCONTOS EM SEU BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO COMO SE OS CONTRATOS
FOSSEM LEGÍTIMOS.

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“§5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição,
e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência,
contados da data da audiência.”

19 - E em relação ao juízo 100% digital a Resolução Nº 345 de 09/10/2020 do


CNJ, O Juízo 100% Digital é a possibilidade de o cidadão valer-se da tecnologia para
ter acesso à Justiça sem precisar comparecer fisicamente nos Fóruns, uma vez que, no
“Juízo 100% Digital”, todos os atos processuais serão praticados exclusivamente por
meio eletrônico e remoto, pela Internet. Isso vale, também, para as audiências e
sessões de julgamento, que vão ocorrer exclusivamente por videoconferência.

DOS FATOS

20 - A novela desses contratos de empréstimos consignados não solicitados


deveriam ser denunciados pelo Ministério Público, para que os responsáveis
respondessem criminalmente pelos seus abusos e ilegalidades cometidos em face às
pessoas beneficiárias do INSS, a atuação desses “falsos correspondentes bancários”,
correspondentes bancários e as instituições financeiras que “se passam de
boazinhas, sempre alegando que toda contratação se dá SOMENTE PELA
VONTADE EXCLUSIVA DO CONTRATANTE”, ultrapassam o limite da moral e da
ética. Mas o que podemos esperar de instituições financeiras e correspondentes
bancários que batem o recorde de reclamações nos Procons e no Judiciário, sobre o
mesmo objeto e causa de pedir da presente demanda.

21 - O Autor é mais uma vítima desses golpes, e após 12 meses tentando


solucionar um problema que não deu causa, não viu outra alternativa que não fosse
buscar socorro no judiciário.

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22 - Exatamente no dia 01/02/2022, o número de telefone (11) 98904.9569,
entra em contato com o Autor, se identificando como a atendente do Banco Pan,
começa uma conversa com o ele informando que foi liberado para ele a redução de
juros sobre o empréstimo que ele possui, dizendo que as parcelas passariam para o
valor de R$240,00, e ainda ele teria um retorno de valor por causa da redução dos
juros. Neste momento, a atendente pergunta se o número dele é Whatsapp para
continuarem a conversa, pois só seria possível realizar essa transação por meio de
whatsapp, visto que ele deveria enviar documentos e acessar alguns links que ela
passaria para ele. Assim, às 16:54 horas, a conversa continua por meio de whatsapp, a
atendente informa novamente sobre o empréstimo que ele possui, com parcelas de
R$265,00, em 84 parcelas, junto ao BANCO PAN, que ele já pagou 12 parcelas até
aquela data, totalizando o valor de R$3.180,00. O que era verdade, ENTÃO O AUTOR
JAMAIS PODERIA IMAGINAR SE TRATAR DE FRAUDE OU GOLPE. POIS PARA ELE
ESSES DADOS SÃO CONFIDENCIAIS, E SOMENTE O BANCO NO QUAL ELE
POSSUI O EMPRÉSTIMO TERIA ESSE ACESSO.

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Segue parte da conversa, mas todas estão juntas nos autos, as marcadas de
rosa são da atendente da Ré Banco Pan, e as de amarelo são do Autor.

23 - Essa atendente estava informando para o Autor que conseguiria baixar os


juros deste empréstimo, passando as parcelas para o valor de R$240,00, e liberando
um valor em torno de R$3.180,00, valor que o Autor já havia pago até aquela data. É
só conferir no documento acima.

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24 - É CLARO QUE O AUTOR TEVE INTERESSE EM BAIXAR OS JUROS DO
SEU EMPRÉSTIMO, PASSANDO SUA PARCELA PARA O VALOR DE R$240,00,
QUEM NÃO TERIA INTERESSE????

25 - Todavia, se nos atentarmos para o momento do horário às 17:34 horas, do


dia 01/02/2022, a atendente já havia conversado anteriormente com o Autor,
prometendo essa redução de juros no empréstimo que ele já possuía, pois a fala dela
nesse momento é : “Eu estou digitando aqui o contrato do senhor”. E no decorrer
da conversa ela solicita os documentos - fotos - explicando que: “tem que está
nítida” - “consegue” - “mandar uma nítida” - “verso agr” - “tá ótimo”.

26 - Dando continuidade a conversa da atendente, às 18:05 horas, o Autor


informa para ela que “caiu”, explicando para ela que “falou que o tempo expirou”, ou
seja, É NÍTIDO QUE A ATENDENTE ESTAVA REALMENTE FAZENDO UM
CONTRATO POR MEIO ELETRÔNICO, MAS UM CONTRATO QUE O AUTOR TINHA
TOTAL CONVICÇÃO DE QUE SERIA PARA BAIXAR OS VALORES DAS PARCELAS

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PARA R$240,00, porém, a atendente que é bem esperta, vai ludibriar o Autor ao ponto
de conseguir a confiança dele. Vejamos nas conversas:

27 - Importante esclarecermos aqui que todas essas mensagens (ARQUIVO


ANEXADO) são referentes aos documentos do Autor que a atendente vai solicitando
no decorrer da conversa, pois para realização de contratos por meio eletrônico é
necessário ser realizado pelo celular do contratante.

28 - No dia 02/02/2022, às 09:21 horas, o Autor envia uma mensagem para a


atendente da Ré questionando “verificou, como ficou”, a atendente responde que “está
na esteira de cancelamento” - “assim que atualizar vou mandar uma mensagem para o
senhor” . O Autor ainda questiona “VC VAI DEVOLVER A PARCELA E ACERTAR O

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FINANCIAMENTO COM JUROS BAIXOS”, ela responde: “Sim” - “devolvemos a
parcela e quitamos esse consignado".

29 - O Autor recebeu uma mensagem no dia 02/02/2022, às 15:06 horas,


informando que “recebemos uma solicitação para a liberação de um crédito
consignado. o Sr. está ciente dessa solicitação?” - Mas imaginou que seria o seu novo
contrato para baixar as parcelas, e passou a informação para a atendente da Ré, que
no mesmo momento respondeu para ele: “NÃO RESPONDE NÃO” - “É ALGUM
CONSULTOR MANDANDO MENSAGEM”. Nesse momento ficou claro que o Autor já
confiava na atendente da Ré, e que o que ela dissesse ele iria fazer, pois quem
entendia desse assunto era ela, e para ele, ele estava muito bem assessorado por
essa atendente.

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30 - No dia 03/02/2022, às 13:45 horas, a atendente explica para o Autor que o
valor que será ressarcido para ele seria de R$3.445,00, mais R$545,00 que era da
multa do contrato, então a devolução seria de R$4.000,00 reais.

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31 - Às 14:10 horas do dia 03/02/2022, a atendente pergunta: “consegue vê se
caiu algum valor na sua conta pra mim” - às 14:13 horas ela pergunta novamente:
“Conseguiu vê?” - o Autor responde: “Caiu 17700”.

32 - Às 14:18 horas, a atendente, que agora o Autor já sabia o nome, Sra.


Melissa, informou que: “Entrou 17.642,00” - “ 5 mil desse dinheiro é o que eu falei pro
senhor que iríamos devolver para o senhor” - “se lembra?” - “o restante vamos está

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quitando para acabar com esse empréstimo” - “então sobra” - “12.642,00” - “Correto?”
- “podemos está fazendo a devolução já?” - “Que aí já encerramos hoje mesmo” - O
Autor responde: “Podemos como vai ficar o restante do financiamento" - A atendente
responde: - “vai morrer” - ACHO QUE A ATENDENTE DA RÉ QUANDO RESPONDEU
“VAI MORRER” ELA ESTAVA SE REFERINDO AO AUTOR, DEPOIS QUE ELE
SOUBESSE NO GOLPE QUE ESTAVA CAINDO, ELE MORRERIA DE TANTO
DESESPERO.

33 - Então, a atendente, a Sra. Melissa, informa os dados para o Autor devolver


o dinheiro, uma chave de pix CNPJ 34.754.207/0001-73, em nome de Triunfo
Consultoria, endereço Rua Leopoldina Borges, n° 27, Bairro Anchieta, Rio de
Janeiro/RJ - CEP: 21.630-240, que é nome fantasia da empresa THAIANNE SALES
DE OLIVEIRA, CPF: 173.085.037-55, Sócio-Administrador das empresas (Triunfo
Consultoria e Gênese Assistência Financeira), residente no endereço Rua José da
Mota, n° 371, Bairro Ricardo de Albuquerque, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 21.620-410,
segue abaixo o comprovante do PIX.

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34 - O Autor ao devolver esse dinheiro ficou aliviado, porque pensava que agora
seu empréstimo junto ao Banco Pan, com parcelas de R$265,00 passariam para
R$240,00, e ele ainda pode receber um valor relativo aos juros do contrato ter baixado.
Somente uma coisa faltava, a cópia do contrato antigo quitado, e a cópia do novo
contrato com as parcelas de R$240,00.

35 - Por várias vezes o Autor solicita para a atendente do Banco Pan, a Sra.
Melissa esses documentos, entretanto ela consegue ludibria-lo dizendo que o problema

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é no sistema, que ela está fazendo de tudo para solucionar o mais rápido, mas aí
chega o mês de março DE 2022, e PARA A GRANDE SURPRESA DO AUTOR, AO
INVÉS DO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO COM PARCELAS DE
R$265,00 TER SIDO QUITADO JUNTO AO BANCO PAN, FAZENDO UM CONTRATO
COM PARCELAS DE R$240,00, QUE ERA O PROMETIDO A TODO MOMENTO
PELA ATENDENTE DO BANCO PAN, O QUE A ATENDENTE FEZ FOI REALIZAR UM
NOVO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO, AGORA COM PARCELAS DE R$532,00, OU
SEJA, 84 PARCELAS, FICANDO O AUTOR COM DOIS EMPRÉSTIMOS JUNTO AO
BANCO PAN, OLHA O ABSURDO, ISSO É IMORAL.

36 - Assim que o Autor verificou entrou em contato imediatamente com a


atendente da Ré, e ela ludibriando-lhe informou que foi um erro no sistema, que eles já
estavam dando um jeito, que ele não precisaria se preocupar, pois ele não seria lesado.
Ela lhe disse que o Banco Pan depositaria o valor de R$532,00 na conta do Autor pelo
erro que eles cometeram.

37 - Segue em anexo TODAS AS MENSAGENS DE WHATSAPP DURANTE O


PERÍODO DO DIA 01/02/2022, ATÉ O DIA 09/05/2022, EXATAMENTE TRÊS MESES
DE CONVERSA, ONDE A ATENDENTE DA RÉ CONTINUAVA A ENGANAR O AUTOR
E ELE - ACREDITANDO NA BOA-FÉ DA ATENDENTE - QUANDO REALMENTE
PERCEBEU QUE ELA, QUE SE PASSAVA PELA SRA. MELISSA, POIS AGORA NEM
SABEMOS SE ESSE É O SEU NOME, SÓ O ENGANOU, POIS ALÉM DO NOVO
EMPRÉSTIMO JUNTO AO BANCO PAN, COM PARCELAS DE R$532,00, A SRA.
MELISSA CONSEGUIU FAZER OUTRO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO JUNTO AO
BANCO PAN, COM PARCELAS DE R$132,00, EM 84 VEZES.

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38 - É nítido o quanto o Autor foi e continua sendo lesado, pois seu benefício
previdenciário está com um desconto de R$664,00, de contratos que ele não quis fazer,
o que ele queria e foi enganado achando que era verdade, era baixar os juros do
primeiro contrato junto ao Banco Pan, O ÚNICO CONTRATO QUE REALMENTE ELE
CONTRATOU, E QUE CONTINUA LÁ DA MESMA FORMA, COM DESCONTOS DE
R$265,00.

39 - Depois que o Autor compareceu no Procon Municipal de Contagem, e


mesmo após a audiência de forma administrativa, nada foi resolvido, bateu um
desespero nele, pois, imaginar que durante sete anos, descontarão do seu benefício

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previdenciário valores que ele não contratou, VALORES QUE ELE DEVOLVEU PARA
A RÉ, ele simplesmente surtou.

40 - O Autor não possui outra renda, e sua aposentaria é para a sua


sobrevivência e da sua esposa, e com um desconto nesse patamar, os prejuízos
ultrapassam somente o financeiro, pois abalou seu estado emocional, psicológico, seu
relacionamento com sua esposa, pois ela brigou demais com ele por ele ter confiado
nessa atendente e no Banco Pan, seus filhos, que já são casados, ficaram por meses
sem conversar com ele, dizendo que ele deveria ter consultado toda a família antes de
trazer tantos prejuízos.

41 - A situação familiar ficou muito conturbada, o Autor se sentiu inválido,


impotente, incapaz, o fato dele ter acreditado que a atendente da Ré só “queria
ajudá-lo”, o fez parar no hospital, sua pressão chegou a 20 x 9, ficou internado e
após sua liberação precisou tomar vários remédios, pois além do diagnóstico da
pressão alta, o Autor apresentou quadro de síndrome de ansiedade, depressão,
transtorno afetivo que diminuiu a capacidade de sentir alegria, vontade de viver. Um
quadro clínico terrível para um homem que era alegre, de bem com a vida, que tinha
acabado de ser avó (em fevereiro de 2022). Seu tratamento incluia medicamentos para
ansiedade, para dormir, para depressão, e durante oito meses, tomou losartana,
daforin, diazepam, mirtazapina e quetiapina. Sem falar nos controles médicos
psiquiátricos e psicólogos.

42 - O Autor não possui plano de saúde, para piorar um pouco a situação, pois o
SUS, apesar de ser um modelo padrão mundial de cuidado com a saúde, infelizmente
sempre faltam alguns profissionais ou medicamentos, o que fazia o Autor precisar da

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ajuda financeira dos filhos, quando algum remédio estava em falta na farmácia do
posto de saúde.

43 - Um situação humilhante para o Autor, pois não estamos falando que um


senhor idoso que a família tem a obrigação de cuidar e zelar pela sua saúde, estamos
falando de um senhor que, é sim, idoso, mas tinha muita jovialidade, e após ver que
tinha caído em um golpe, que mesmo devolvendo o dinheiro para a Ré os contratos
não foram quitados, nem as parcelas diminuíram, ao contrário, foi enganado pela Ré,
fornecendo para ela todos seus dados para que ela fizesse mais dois contratos, sem
sequer imaginar que ela estava agindo com tamanha má-fé.

44 - Diante disso, o Autor vem pedir SOCORRO AO JUDICIÁRIO, pois é o único


Órgão que poderá tutelar o seu direito.

DO DIREITO

DA TUTELA DE URGÊNCIA

45 - Visto a probabilidade do direito material, consubstanciada no fato de que o


Autor, conforme exposto nos fatos, não usufruiu do valor que lhe foi transferido pela Ré
BANCO PAN, o qual foi imediatamente devolvido à Ré TRIUNFO CONSULTORIA,
que entrou em contato com o Autor, ludibriando-lhe com falsas conversas, mas o que a
Ré pretendia era fazer novos contratos de empréstimos consignados, e conseguiu, mas
ficou comprovado nas conversas de whatsapp que O AUTOR A TODO MOMENTO
ACREDITOU ESTAR REALIZANDO UM CONTRATO PARA DIMINUIR AS

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PARCELAS DE R$265,00, PARA R$240,00, QUE JÁ POSSUIA JUNTO AO BANCO
PAN, A ATENDENTE DO BANCO PAN É TÃO MAL CARÁTER, SEM ÉTICA E SEM
MORAL QUE LUDIBRIOU O AUTOR POR TRÊS MESES, ELA VIU QUE O AUTOR
CONFIAVA NELA, ENTÃO ELA APROVEITOU DISSO E AGIU COMO UMA
VERDADEIRA CRIMINOSA, FURTANDO DELE O DIREITO DE PODER ESCOLHER
POR VONTADE PRÓPRIA SE QUERIA REALIZAR NOVOS EMPRÉSTIMOS,
FURTOU DELE QUASE R$20.000,00 (VINTE MIL REAIS) POIS OS VALORES
FORAM TRANSFERIDOS PARA ELA, e hoje ele se encontra com três empréstimos
junto ao Banco Pan, por mais que o Banco Pan apresente contratos de empréstimos
alegando que não houve fraude, só as conversas por meio de whatsapp e as
devoluções dos valores já comprovam que o Autor NÃO TEVE A VONTADE DE
REALIZAR NENHUM EMPRÉSTIMO NOVO, ELE SÓ QUERIA BAIXAR AS
PARCELAS DO SEU PRIMEIRO CONTRATO JUNTO AO BANCO PAN, E
ACREDITOU NA CONVERSA DA ATENDENTE, POIS FOI ELA QUE ENTROU EM
CONTATO COM O AUTOR, ENTÃO COMO PODERIA O AUTOR IMAGINAR QUE ELA
NÃO ERA DO BANCO PAN, POIS ELA POSSUÍA TODOS OS DADOS DO AUTOR,
SABIA DO VALOR DO CONTRATO, DAS PARCELAS JÁ DESCONTADAS, COMO
ELE PODERIA IMAGINAR QUE NÃO ERA VERDADE???? a ausência de documento
comprobatório da contratação de empréstimo consignado realizado SEM VÍCIOS,
perante a referida instituição, ou mesmo qualquer dado que seja verídico, elementos
aos quais se somam os fatos caracterizadores do dano, isto é, o prejuízo mensal e
sucessivo consubstanciado nos descontos mensais realizados no benefício
previdenciário do Autor, encontram-se presentes nesta ação os requisitos ensejadores
da concessão da medida cautelar para fins de suspensão do descontos indevidos, nos
valores de R$532,00 e R$132,00.

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46- O objeto de tal liminar concerne precipuamente na verificação do perigo do
dano, notadamente relacionado aos descontos controversos no benefício
previdenciário do Autor, os quais a prejudicam no exercício diário da subsistência e lhe
afetam, de modo irreversível, a qualidade de vida, pois ele só tem esse dinheiro para
sua sobrevivência.

47 - O perigo na demora, ou da não concessão da tutela, indica que a sujeição à


situação atual terá o condão de efetivamente frustrar parcial ou completamente a
apreciação ou execução da ação principal, por uma questão de cautela que poderia ser
observada desde o início, situação esta em que nunca é equívoco preservar o estado
de direito que mais condiz com a realidade dos fatos.

48 -Insta salientar que tal medida, se efetivada pelo juízo, não trará risco da
irreversibilidade da tutela, tendo em vista que caso não seja determinada a
resolução contratual ao fim do processo, os pagamentos podem ser retomados e
o Autor se sujeitará aos encargos dele decorrentes.

49 - Todavia, a concessão da tutela de urgência tem sido normalmente


observada em outras ações movidas em face das instituições bancárias, as quais
carregam causas de pedir semelhantes àquelas que aqui narramos, qual sejam,
empréstimos não solicitados em face dos beneficiários do INSS. No intuito de iluminar
esta demanda, fizemos anexar à inicial algumas decisões de concessão de tutela de
urgência para casos semelhantes, decisões do nosso próprio TJMG, e a maioria da
Comarca de Contagem.

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1 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°
5000191-54.2023.8.13.0312.

2 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°


5011129-29.2022.8.13.0479.

3 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°


5000191-54.2023.8.13.0312.

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4 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°
5004059-31.2023.8.13.0024.

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5 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°
5007605-26.2023.8.13.0079

6 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°


5045642-59.2022.8.13.0079.

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7 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°
5023713-04.2021.8.13.0079.

8 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°


5045781-11.2022.8.13.0079.

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9 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°
5023396-06.2021.8.13.0079.

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10 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°
5025557-86.2021.8.13.0079.

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11 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°
5014127-06.2022.8.13.0079.

12 - Decisão de deferimento da tutela de urgência retirada do processo de n°


5023715-71.2021.8.13.0079.

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50 - Destarte, a título de concessão da medida liminar requer: a) a suspensão de
novos descontos pela instituição financeira dos controversos empréstimos, até a
resolução da lide b) a abstenção do Banco réu no tocante à inclusão do nome do autor
aos órgãos de proteção ao crédito b) a fixação pelo douto juízo de astreintes no
montante de R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia a cada desconto indevido e realizado
após a intimação da decisão, tudo a fim de que não promova o descumprimento da
referida decisão judicial conforme artigo 77, inciso IV do Código de Processo Civil, sem
prejuízo de legislação complementar atinente.

DA APLICABILIDADE DO CDC

51 - É de ressaltar que se trata de questões afeitas às relações de consumo,


justificando a escolha deste foro para apreciá-la, a teor do art. 101, I do Código de
Defesa do Consumidor (CDC), prevendo a possibilidade de propositura desta demanda
no domicílio do Requerente porquanto reconhecidamente hipossuficiente.

52 - Dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF/88) em seu artigo 5º, inciso


XXXII, que “o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. A defesa
de seus direitos é, portanto, garantia constitucional, efetivada pela Lei 8.078, de 11 de
setembro de 1990, que regulamenta as formas de proteção do consumidor, com
normas de ordem pública e interesse social.

53 - Entre os direitos básicos previstos no CDC está à garantia de reparação dos


danos patrimoniais e morais, o acesso à justiça e a inversão do ônus da prova em favor

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do consumidor, nos termos do artigo 6º, incisos VI, VII e VIII, devendo estes serem
aplicados ao caso em tela.

54 - Cumpre destacar, em relação ao art. 6º, VIII, do CDC, que o autor se


encontra em nítida desvantagem em relação a ré, o que por si só autoriza a
inversão do ônus probandi, uma vez que se trata de aplicação do direito básico
do consumidor, inerente à facilitação de sua defesa.

55 - Sobre a relação de consumo, as partes enquadram-se nos conceitos de


consumidor e fornecedor conforme dispõem os arts. 2º e 3º do CDC, vez que o
Requerente é consumidor final e as Requeridas instituições financeiras, nos termos da
Súmula 297 do STJ.

56 - Sendo assim, inexistem maiores dificuldades em se concluir pela


aplicabilidade do referido Código, visto que este corpo de normas pretende aplicar-se a
todas as relações desenvolvidas no mercado brasileiro que envolvam um consumidor e
um fornecedor.

DA VULNERABILIDADE DO AUTOR ENQUANTO CONSUMIDOR E PESSOA


IDOSA

57 - Na relação de consumo, à qual se adapta ao fornecimento de prestação de


serviços desempenhada pela ré, é o Autor sem sombra de dúvida o consumidor
vulnerável e hipossuficiente perante o poderio financeiro das Rés, sendo certo, que
deve o Judiciário não só determinar em favor do Autor as medidas assecuratórias ao

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direito do consumidor, como inclusive, dar soluções alternativas para as questões
controvertidas que desta relação ganharam vida.

58 - O Estatuto do Idoso, Lei 10.741/2003 prevê


como crime a conduta de receber ou desviar bens,
dinheiro ou benefícios de idosos.

59 - Esse tipo de crime pode ocorrer quando o


idoso por necessitar ajuda, confia em pessoa que
deveria lhe auxiliar - alguém próximo, um familiar,
funcionário de banco ou outra instituição - e essa
pessoa se aproveita da facilidade de acesso para se
apropriar ou desviar os bens ou rendimentos do
idoso.

Estatuto do Idoso Lei No 10.741, DE 1º de


outubro de 2003.

Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens,


proventos, pensão ou qualquer outro

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rendimento do idoso, dando-lhes
aplicação diversa da de sua finalidade:

60 - A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência ou abuso


contra a pessoa idosa como “um ato único ou repetido, ou falta de ação
apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento onde exista uma expectativa
de confiança, que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa“.

61 - O caso ocorrido com o Autor se encaixa perfeitamente nessa definição da


OMS, pois o abuso repetitivo está no relacionamento que existia entre ele e a
atendente do Banco Pan, a expectativa criada POR PARTE DO AUTOR, de confiança
na atendente do BANCO PAN, lhe causaram dano e sofrimento, que se perpetuam até
hoje, prova disso são os descontos dos contratos que ele não solicitou.

62 - Dentre as possibilidades desse tipo de ato ou abuso está a violência


financeira, O QUE SE ENCAIXA PERFEITAMENTE NO CASO EM TELA, o Autor foi
induzido ao erro deste negócio jurídico.

63 - É uma situação difícil até mesmo de se conceituar, já que as reservas dos


idosos são, em muitas situações, a expressão de uma vida inteira de esforços que
alguém trocou não só pelo sustento próprio e daqueles pelos quais foi responsável,
mas também pela possibilidade de uma velhice minimamente confortável.

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DA PROTEÇÃO LEGAL DOS CONSUMIDORES

64 - Assiste aos consumidores a presunção legal da sua proteção.

65 - Esta presunção está dita no primeiro princípio em que se funda a Política


Nacional das Relações de Consumo, na qual o reconhecimento da vulnerabilidade do
consumidor frente ao fornecedor, assim insculpida no inciso I, do art. 4º, do CDC, in
verbis:

“A política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento


das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde (...);

Inciso I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de


consumo; (...)”

66 - Aos Juízes é permitida a intervenção nas relações de consumo, para dar


soluções alternativas às questões controvertidas que desta relação ganharam vida.

67 - Ao analisar a questão, Vossa Excelência não será um mero servidor da


vontade das partes, mas um ativo implementador da Justiça, tendo sempre como
objetivo a equidade das partes.

68 - Assim ressalta o Código de Defesa do Consumidor em seus artigos 6º,


inciso VI e 14, caput:

“Artigo 6º, CDC - São direitos básicos do consumidor:

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Inciso VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos.

(...).

“Artigo 14, do CDC– O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.”

69 - Composto por normas de ordem pública, o Código de Defesa do


Consumidor adota como regra a responsabilidade objetiva dispensando, assim, a
comprovação da culpa para atribuir ao fornecedor a responsabilidade pelo dano,
bastando a presença da ação ou omissão, o dano e o nexo causal entre ambos.

70 - Assim, diante da evidente relação de causa e efeito que se formou e ficou


demonstrada, surge o dever de indenizar independentemente da apuração de culpa.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

71 - Igualmente, conforme já exaustivamente comentado, aplicando-se o Código


de Defesa do Consumidor, deflagra-se um dos direitos básicos do consumidor,
insculpido no Artigo 6º, Inciso VIII, concernente a inversão do ônus da prova.

“Artigo 6º, CDC - São direitos básicos do consumidor:

“VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus


da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil

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a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências”.

72 - DA FALTA DE INFORMAÇÕES CLARAS E PRECISAS, REQUISITOS


OBRIGATÓRIOS PARA VALIDAÇÃO DE UM NEGÓCIO JURÍDICO, aos artigo, 6º,
incisos III e VIII, 14 caput do Código de Defesa do Consumidor, assim dispõe:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com


especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e
preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus


da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil
a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.

73 - Diante do exposto, requer a aplicação da inversão do ônus da prova em


favor do Autor, para que o BANCO PAN apresente os Contratos de empréstimos
consignados, informe também todos os dados de IP, geolocalização que viabilizaram o
negócio jurídico, bem como os contratos junto as correspondentes bancárias que
passou todos os dados do Autor para que esses contratos fossem realizados, POIS
PARA SER CORBAN - CORRESPONDENTE BANCÁRIO - TEM QUE EXISTIR

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AUTORIZAÇÃO EXPRESSA PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL, JUNTO À
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA -

74 - Assim, o Autor requer as cópias dos contratos como CORBAN dos


correspondentes bancários, 1 - WL CASAQUI SERVICOS ADMINISTRATIVOS LTDA
– CNPJ 15.548.598/0001-25; 2 - FACILITA SOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS LTDA,
CNPJ 18.864.308/0001-40; 3 - TRIUNFO CONSULTORIA, CNPJ:
34.754.207/0001-73, 4 - THAIANNE SALES DE OLIVEIRA, CPF: 173.085.037-55,
Sócio-Administrador da Triunfo Consultoria.

75 - Agora vamos descrever como as empresas acima atuaram para dar o golpe
no Autor, 1° - Uma pessoa, bem comunicativa, gentil, legal, JÁ EM PODER DOS
DADOS DA PESSOA IDOSA, COMO NOME, CPF, NÚMERO DE BENEFÍCIO,
CONTRATOS JUNTO AO INSS, OU VALOR DA MARGEM QUE A PESSOA IDOSA
POSSUA, liga para a pessoa idosa, e se passando pelo BANCO, GERALMENTE UM
BANCO QUE A PESSOA TENHA ALGUM NEGÓCIO JURÍDICO, OU SE PASSANDO
PELO INSS, OU OUTROS, começa uma conversa sempre agradável, pois ela precisa
obter a confiança da pessoa idosa; 2° - Após a confiança obtida, cada caso tem suas
peculiaridades, no caso do Autor FOI ENGANÁ-LO SOBRE BAIXAR OS VALORES
DAS PARCELAS DO CONTRATO JUNTO AO BANCO PAN DE R$265,00, PARA
R$240,00; 3° - Conquistado a confiança da pessoa idosa, essa atendente solicita foto
selfie do celular da pessoa idosa, passa links para ela acessar, mas vai orientando
passo a passo - ISSO É ALGO MUITO IMPORTANTE PARA O GOLPISTA, O
FRAUDADOR, POIS É DESSA FORMA QUE ELE CONSEGUE AS ASSINATURAS
ELETRÔNICAS PARA CONFIRMAR QUE A PESSOA IDOSA REALMENTE FEZ O
CONTRATO POR MEIO DO CELULAR DE PROPRIEDADE DELA; 4° - Após essas

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assinaturas, esse golpista, fraudador, QUE GERALMENTE NÃO É UM CORBAN -
CORRESPONDENTE BANCÁRIO AUTORIZADO PELO BANCO CENTRAL, passa os
dados para um CORBAN autorizado, FOI O QUE OCORREU COM OS CONTRATOS
DO AUTOR, POIS QUEM ENTROU EM CONTATO COM ELE FOI A EMPRESA
TRIUNFO CONSULTORIA, MAS OS CONTRATOS JUNTO AO BANCO PAN FORAM
CONCRETIZADOS UM PELA WL CASAQUI SERVICOS ADMINISTRATIVOS LTDA e
o outro pela FACILITA SOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS LTDA; 5° - Após tudo isso
feito, a CORBAN envia os dados do autor para o BANCO PAN e o contrato é efetivado,
dinheiro creditado na conta; 6° - Por se tratar de golpe e fraude, a empresa que entrou
em contato com a pessoa idosa (QUE ELA JÁ SABE QUE NÃO QUER MAIS NENHUM
EMPRÉSTIMO), liga e diz que é para devolver o dinheiro que o contrato será quitado.
7° - A pessoa idosa devolve o dinheiro e seu contrato não é quitado, e para resolver
essa fraude ela vai gastar tempo, dinheiro, saúde, e precisará ajuizar uma ação para
poder ter seus direitos amparados, visto que por via administrativa os bancos não estão
resolvendo nada.

DA INFRAÇÃO À RESOLUÇÃO CMN 4.949/2021

76 -O sistema financeiro nacional, criado através da Lei 4.595/1964, possui


como um dos seus pilares o Conselho Monetário Nacional, responsável, entre outras
coisas, disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias
em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias
por parte das instituições financeiras, expedindo regulamentos de observância cogente.

77 - Atualmente, encontra-se em vigência a Resolução CMN 4949/2021, a qual


se propõe, sem prejuízo das garantias do Código de Defesa do Consumidor, a

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disciplinar as relações entre as instituições financeiras e os seus clientes e usuários de
produtos ou serviços.

78 - Dentre as disposições contidas no art. 4º da referida norma, o qual versa


sobre os deveres da instituição financeira, encontramos as seguintes disposições de
observância obrigatória pelas instituições:

“II - integridade, conformidade, segurança e sigilo das transações, bem como


legitimidade das operações contratadas e dos serviços prestados III - prestação,
de forma clara e precisa, das informações necessárias à livre escolha e à
tomada de decisões por parte de clientes e usuários, explicitando, inclusive,
direitos e deveres, responsabilidades, custos ou ônus, penalidades e eventuais
riscos existentes na execução de operações e na prestação de serviços.”

79 - Conforme comprovam os documentos anexos, deixou a instituição


financeira de cumprir as obrigações que lhe competem, uma vez que realizou operação
crédito, em nome do Autor, sem que tal negócio fosse por ele demandado. Visto que
jamais assinou contrato com a instituição financeira, ainda que eletronicamente, e não
existindo qualquer documento, de titularidade do autor, autorizando a contratação por
terceiro, o contrato é nulo, uma vez que jamais teve o Autor qualquer intenção de
contratar um novo empréstimo junto ao BANCO PAN, pois ele SÓ QUERIA
DIMINUIR AS PARCELAS DO SEU PRIMEIRO E ÚNICO CONTRATO LEGAL JUNTO
AO BANCO PAN. A prova disso é o fato do Autor ter devolvido o valor para a Ré
no intuito que o contrato fosse quitado, mas na verdade a Ré estava era DANDO
O GOLPE NO AUTOR, ou seja, o BANCO PAN ESTÁ LUCRANDO, A RÉ WL
CASAQUI SERVICOS ADMINISTRATIVOS LTDA, FACILITA SOLUÇÕES
ADMINISTRATIVAS LTDA, TRIUNFO CONSULTORIA, THAIANNE SALES DE

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OLIVEIRA, RECEBERAM POR REALIZAREM OS EMPRÉSTIMOS, ENQUANTO
SOMENTE O AUTOR CONTINUA NO PREJUÍZO.

80 - Uma relação jurídica contratual tem que existir requisitos para sua validade,
não conseguimos vislumbrar nenhum aqui, o ocorrido é caso de polícia, como
dissemos anteriormente, o Ministério Público de Minas Gerais deveria denunciar
TODOS OS CASOS ONDE ENVOLVEM PESSOAS IDOSAS E EMPRÉSTIMOS NÃO
SOLICITADOS.

81 - Ressalta-se que neste tópico não estamos sequer a debater o elemento


subjetivo do negócio jurídico, materializado na intenção ou não do Autor realizar esse
negócio, mas sim de um elemento objetivo, ou seja, a simples manifestação da
vontade, ainda que defeituosa.

82 - Outrossim, e não menos importante, a instituição apresentou documento


com suposta “assinatura eletrônica”, mesmo a que o Autor jamais tenha assinado, por
qualquer modo, contrato com o BancoPan, o que levanta maiores suspeitas. Aquele
conjunto de letras e números seria uma assinatura? Quem teria assinado? Como se
valida tal documento? Poderia qualquer pessoa assinar por terceiro, sem estar munido
de procuração? Quantas fraudes podem ocorrer à custa de procedimentos duvidosos e
inseguros aplicados por esta instituição financeira! São questionamentos e
constatações pertinentes quando nos deparamos com uma situação tão absurda como
a que agora analisamos.

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83 - Ressalta-se que qualquer sistema de assinatura eletrônica deve ser capaz
de autenticar a referida assinatura, do contrário estaríamos expostos a qualquer fraude
tosca.

84 - Neste sentido destacamos trecho retirado do website Serasa certificado


Digital, o qual nos traz importante esclarecimento sobre o tema:

“Afinal, o que é assinatura digital? Basicamente, a assinatura digital é uma


espécie de identidade no mundo virtual. Com ela, é possível firmar
compromissos em documentos digitais com tecnologia capaz de identificar o seu
emissor. [...] Qual é a diferença entre assinatura digital e assinatura eletrônica?
Ambas modalidades de assinaturas são feitas no mundo virtual. No entanto, elas
funcionam de formas diferentes e não têm a mesma validade jurídica. Entenda! •
Assinatura digital Em primeiro lugar, a assinatura digital só pode ser realizada
por meio de certificado digital no padrão ICP-Brasil. Essa certificação dá mais
segurança ao processo porque ele utiliza tecnologia criptográfica para preservar
a identidade do signatário.” Além disso, a assinatura digital só é válida quando
apresenta as seguintes características: a integridade: o documento não pode ser
alterado. Caso contrário, a assinatura será invalidada; a autenticidade: por meio
de chave privada, apenas o autor consegue assinar os documentos digitais. Em
teoria, isso atesta que quem assinou o documento é mesmo quem afirma ser; o
irretratabilidade: assinou está assinado e não dá para voltar atrás. Como o autor
usa uma chave privada para cifrar o documento, ele não pode negar a
autenticidade depois; a validade jurídica: o documento assinado digitalmente é
oficial e com força na lei. Na prática, isso significa que ele não pode ser anulado
ou alterado sem motivos plausíveis e pautados na lei. • Assinatura eletrônica -
Por outro lado, a assinatura eletrônica não exige que o signatário tenha um
certificado digital. Nessa modalidade, a segurança é determinada por outros
fatores que podem ser verificados pela internet. Geralmente, o sistema utilizado
para esse fim faz a conformação de evidências por meio da comprovação da

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identidade do signatário. Entre as mais relevantes, destacam-se a
geolocalização, o endereço IP do equipamento utilizado, a fotografia, a
apresentação de documentos oficiais e a assinatura manuscrita. Diferentemente
da assinatura digital, se a assinatura eletrônica for contestada por algum motivo,
o signatário precisa comprovar a autenticidade. Ou seja, ela tem apenas a
presunção de veracidade, mas que pode ser contestada com a apresentação de
provas legais.”

85 - Resta claro, após a explicação, a ausência de validade da pretensa


assinatura eletrônica mágicamente apresentada.

86- Por descumprir as obrigações que competem à instituição financeira,


enquanto componente do sistema financeiro nacional, não pode prevalecer, em
desfavor da Autora, essa farsa que tanto lhe onera. Visto que não há verdadeira
assinatura no contrato, e que a instituição financeira jamais contactou a Autora, faz-se
necessário a declaração de nulidade do contrato existente.

DA INFRAÇÃO AO DISPOSTO NA INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES 28/2008

87 - Dispõe a instrução normativa INSS/PRES 28/2008, em ser art. 3º, sobre os


requisitos para fins de autorização para realização de desconto em folha de
pagamentos, nestes termos:

“art. 3. Os Titulares de bene|cios de aposentadoria e pensão por morte, pagos


pela Previdência Social, poderão autorizar o desconto no respectivo benefício
dos valores referentes ao pagamento de empréstimo pessoal e cartão de crédito
concedidos por instituições financeiras, desde que: II. mediante contrato firmado

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e assinado com apresentação do documento de identidade e/ou Carteira
Nacional de Habilitação - CNH, e Cadastro de Pessoa Física - CPF, junto com a
autorização de consignação assinada, prevista no convênio; e III. a autorização
seja dada de forma expressa, por escrito ou por meio eletrônico e em caráter
irrevogável e irretratável, não sendo aceita autorização dada por telefone e nem
a gravação de voz reconhecida como meio de prova de ocorrência.”

88 - Conforme exposto na colecionada instrução normativa, compete à


instituição financeira, que deseja realizar desconto de operação de crédito em benefício
previdenciário, a obrigação de obter da contratante a devida autorização, o que não
ocorreu no presente caso.

89 - Prossegue a instrução normativa em seus ditames:

“§ 10. Será dispensada a apresentação do termo de autorização digitalizado de


que trata o § 9o deste artigo quando produzido de forma eletrônica, caso em que
deverá ser enviado arquivo contendo os requisitos de segurança que garantam
sua integridade e não repúdio." (Incluído pela Instrução Normativa no 100
/PRES/INSS, de 28/12/2018)”

90 - Ressaltamos, neste ponto, a necessidade de observância dos requisitos de


segurança para obtenção da autorização eletrônica, estando esta disposição em
conformidade com a norma emanada pelo CMN. Por fim, traz a instrução normativa
alerta para as instituições financeiras, assim dispondo:

“ Art. 6o A inobservância do disposto no art. 5o implicará total responsabilidade


da instituição financeira envolvida e, em caso de ilegalidade constatada pelo

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INSS, a operação será considerada irregular e não autorizada, sendo motivo de
exclusão da consignação.”

91 - Considerando que a instituição financeira não se desincumbiu das


obrigações mínimas, quais sejam, a obtenção de assinatura no contrato e a
autorização para consignação do mútuo em folha, salientando que o documento
apresentado contendo uma suposta assinatura não condiz com a realidade, uma vez
que a Autora jamais assinou tal contrato, resta demonstrado que instituição financeira
não atentou para as obrigações que lhe são impostas, tais como os procedimentos
capazes de atestar a integridade e não repúdio dos documentos apresentados.

92 - Dado o exposto, não pode vigorar as consignações de tais operações.

DO DEFEITO NO NEGÓCIO JURÍDICO E DAS DISPOSIÇÕES QUE PROTEGEM O


CONSUMIDOR DO ABUSO COMERCIAL

93 - O Código Civil, em ordem com os princípios que regem as relações


baseadas em direitos, segurança jurídica e expectativas lícitas, apresenta em seu bojo
uma lista de defeitos que podem macular os negócios jurídicos, sendo a maioria ligada,
por um modo ou outro, a ausência de boa-fé por uma das partes.

94 - Esta é, pois, a hipótese presente neste caso, o qual apresenta claramente o


vício do dolo. Conforme exposto no código civilista, ocorre o dolo nos negócios
jurídicos bilaterais, quando o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato

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ou qualidade que a outra parte haja ignorado seja determinante para a celebração do
negócio.

95 - Nas palavras de André Azevedo Sette, assim podemos entender o instituto


do dolo:

“...o dolo é o expediente utilizado para induzir o declarante a manifestar a sua


vontade ou praticar ato, de forma diversa que o faria, caso não ocorresse, que
aproveita ao autor do dolo ou a terceiro. O dolo e o erro em muito se
assemelham; entretanto, enquanto neste o engano é espontâneo, naquele é
induzido, provocado, advém do embuste do outro contratante, de sua malícia, de
sua manha no sentido de ludibriar a vítima, ou também no fato de terceiro”
(SETTE, Andre Luiz Menezes. Direito dos Contratos).

96 - Temos por claro, no presente caso, a incidência do dolo por parte da Ré


BANCO PAN, a qual induziu o Autor a acreditar em uma narrativa que não possuía
conexão com os fatos.

97 - Outrossim, a instituição financeira não se portou como terceiro de boa-fé,


visto que grossa vista fez para os elementos obrigatórios na celebração de contrato de
empréstimo consignado, indo desde a cientificação do Autor quanto às características
da operação (o que seria suficiente para conhecimento da realidade e não celebração
do negócio jurídico) até a simples observância dos requisitos de segurança para
contratação, a qual, tal como os demais elementos, teria sido suficiente para impedir a
celebração do negócio.

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98 - Sobre a prática desleal ou abusiva nas relações de consumo, nos traz
importante ensinamento, em sua obra sobre direito consumerista, Antônio Carlos Efing:

“Uma prática abusiva representa, assim, uma conduta do fornecedor tendente a


agravar o desequilíbrio (isto é, vulnerabilidade) da relação jurídica de consumo,
uma imposição de superioridade e vontade do fornecedor que se traduz, na
maior parte das vezes, na supressão do direito de livre escolha do consumidor.
Em outras palavras, prática abusiva é aquela atuação do fornecedor no mercado
de consumo que afeta moral e patrimonialmente o consumidor, podendo vir,
inclusive, a lhe causar danos substanciais. Por esta razão, o legislador do
Código de Defesa do Consumidor direcionou o comando negativo do art. 39 do
CDC ao fornecedor: Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços,
dentre outras práticas abusivas: (...)” Prossegue o autor: “O inc. IV, do art. 39,
por sua vez, determina que não pode o fornecedor explorar eventual fraqueza do
consumidor advinda pela idade, saúde, conhecimento e condição social, para
forçar que o consumidor adquira determinado produto ou serviço. Este inciso
não só reconhece a vulnerabilidade do consumidor como ilustra circunstâncias
em que , além de vulnerável, o consumidor será hipervulnerável, merecendo um
tratamento diferenciado. Como já tivemos a oportunidade de afirmar, o
consumidor de produtos ou serviços de crédito é, em regra, fragilizado ao
extremo em virtude de seu profundo desconhecimento técnico, condição
agravada em relação ao consumidor bancário analfabeto, economicamente
necessitado (o principal público do crédito popular), idoso ou acometido por
grave problema de saúde. Desta forma, é corrente a atuação abusiva das
instituições financeiras em violar deveres de lealdade, cooperação e informação
(entre outros) e prevalecer-se da fraqueza e da ignorância do consumidor
bancário, tendo em vista seu pouco conhecimento, condição social, idade ou
estado de saúde, para impingir-lhe produtos e serviços. É de extrema
importância, portanto, que aqueles que atual no mercado de crédito ou na sua

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fiscalização tenham em mente a peculiar realidade do consumidor bancário. “.
(EFING, Antônio Carlos. Contratos e Procedimentos Bancários pag. 411/414)

99 - Seja nos defeitos previstos no Código Civil, ou nas disposições protetivas


do Código de Defesa do Consumidor, há amplo arcabouço de institutos que podem
amparar o Autor em seu pleito, visto o nítido abuso contra si cometido, tanto no
comportamento e prática adotada pelas WL CASAQUI SERVICOS ADMINISTRATIVOS
LTDA, FACILITA SOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS LTDA, TRIUNFO CONSULTORIA,
THAIANNE SALES DE OLIVEIRA, quanto na omissão interessada adotada pela
instituição financeira O RÉU BANCO PAN.

100 - Face ao exposto, não há como se manter válido e eficaz dois contratos
que a um só tempo violam tanto o Código Civil, quanto o Código de Defesa do
Consumidor.

DA RESCISÃO CONTRATUAL

101 - A liberdade de contratar é um dos princípios, ou talvez o mais importante


no mundo dos contratos, nela está inserida a autonomia da vontade do indivíduo em
fazer ou não um negócio jurídico. O conceito da autonomia da vontade como “o poder
de estipular livremente, como melhor lhes convier, mediante acordo de vontade,
a disciplina de seus interesses, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica”
é o que afirma Maria Helena Diniz (2011, p. 40-1).

Código Civil art. 421. “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos
limites da função social do contrato. ” Deste modo, pode-se afirmar que tal
princípio, significa a liberdade das partes de contratar, de escolher o tipo e o

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objeto do contrato e de dispor o conteúdo contratual de acordo com os
interesses a serem auto-regulados.

102 - De acordo com o Código Civil, o Art. 145. São os negócios jurídicos
anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. O Art. 147. Nos negócios jurídicos
bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que
a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o
negócio não se teria celebrado.

103 - No presente caso, o Autor se vê no seu direito de desistir do contrato que


NEM ASSINOU E OU AUTORIZOU, visto que essas contratações apresentam vícios,
pois ocorreu o Dolo: que é o meio empregado para enganar alguém. Ocorre dolo
quando o sujeito é induzido por outra pessoa a erro sobre o objeto do contrato, como
de fato aconteceu com o Autor, visto que as conversas entre ele e a atendente do
BANCO PAN, Sra. Melissa, lhe induziu a acreditar que se tratava de uma diminuição
das parcelas do contrato junto ao banco pan, de R$265,00, para o valor de R$240,00.

104 - Sendo assim, diante da falta de informações claras e precisas sobre os


NOVOS contratos de empréstimos consignados, o Autor se vê no meio de uma fraude,
onde foi totalmente enganado sobre o tipo de negócio que estava fazendo, sendo
totalmente induzido ao erro de acreditar que existia a possibilidade baixar suas
parcelas para o valor de R$240,00.

105 - Diante de todas as alegações acima, o Autor requer a rescisão contratual


dos referidos contratos de empréstimos consignados junto ao BANCO PAN, sem
qualquer ônus para o mesmo, a quitação dos contratos, visto que devolveu os dinheiros
para a TRIUNFO CONSULTORIA - THAIANNE SALES DE OLIVEIRA, requer também
a restituição de todas as parcelas já descontadas, em dobro, até a resolução da

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demanda e indenização pelos danos morais e materiais sofridos. Vale esclarecer que
todas as conversas de whatsapp entre o Autor e a atendente do Banco Pan estão
juntadas no processo, para provar toda sua alegação.

DA OMISSÃO DE INFORMAÇÕES BÁSICAS AO CONSUMIDOR DO CONTRATO


CELEBRADO

106 - No presente caso, fica evidente que a Autora não detinha informações
suficientes do contrato, pois, ela não tinha conhecimento que estava fazendo um
empréstimo consignado, e sim que estaria fazendo uma simulação para verificar se
conseguiria um juros melhor em cima do empréstimo que ela já possui com outro
banco.

107 - Sendo assim, se evidencia violação e garantias fundamentais do


consumidor disposto no CDC. Vejamos:

Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o


atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade,
saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da
sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de
consumo, atendidos os seguintes princípios:

(...)

III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e


compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal),

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sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e
fornecedores;

(...)

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.

(...)

Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.

§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter


publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo
por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza,
características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer
outros dados sobre produtos e serviços.

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

(...)

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o


consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé
ou a eqüidade;

(...)

Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas
pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de
produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar
substancialmente seu conteúdo.

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(...)

§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com


caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao
corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.

108 - Ora, é nítido que o Autor foi induzido ao erro, pois sequer sabia que o
negócio jurídico se tratava de dois empréstimos novos, achava o tempo todo que
quitaria o empréstimo com parcelas de R$265,00, passando as parcelas para
R$240,00.

109 - Sendo assim, deve-se ser reconhecido a falta de informações prestadas


ao Autor de forma clara e precisa como determina o artigo 6°, V, do CDC, e a violação
dos dispositivos supracitados, consequentemente ser reconhecida a nulidade do
presente contrato, declarado-o rescindido.

DA FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO E DA RESPONSABILIDADE CIVIL


OBJETIVA

110 - Desta sorte não restam dúvidas que a situação em tela gera transtornos ao
Autor que ultrapassam o mero aborrecimento, quando não há boa fé por parte das
empresas Rés em omitir informações no momento da celebração do contrato dizendo
que seria uma possibilidade de juros mais baixos, o que na verdade dos fatos foram
realizados dois contratos, um já resolvido (como já dito anteriormente) e este contrato
que é objeto da presente lide, o que a Autora jamais quis, devendo ser aplicado o
disposto no art. 6º, VI, do CDC., que prevê como direito básico do consumidor, a

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prevenção e a efetiva reparação pelos danos morais sofridos, sendo a
responsabilidade civil nas relações de consumo OBJETIVA, desse modo, basta apenas
a existência do dano e do nexo causal.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,


coletivos e difusos;

111 - A Carta Política da República, no seu art. 37, § 6º, levante o Princípio da
Responsabilidade Objetiva, pelo qual o dever de indenizar encontra amparo no risco
que o exercício da atividade do agente causa a terceiros, em função do proveito
econômico daí resultante, senão vejamos:

Art. 37, § 6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direitos privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa.

112 - Neste sentido, estabelece o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor


que:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.

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113- Assim, é insofismável que as Rés feriram o direito do Autor, ao agir com
total descaso, desrespeito e negligência, configurando má prestação de serviços, o que
causou danos de ordem financeira, domiciliar, social e psíquica do Autor, o que foi
descrito acima sobre seus medicamentos e estado de saúde após o ocorrido. Deste
modo, amparado pela lei, doutrina e jurisprudência pátria, a Autora, deverá ser
indenizada pelos danos que lhe forem causados.

DO DANO MORAL

114 - Excelência, não se pode aceitar que a má prestação dos serviços de forma
contínua seja um mero aborrecimento do cotidiano que as Rés tendem a argumentar. A
realidade é que a situação apresentada na presente ação já transcende esta barreira,
razão pela qual a parte autora busca uma devida reparação por todos os danos,
aborrecimentos, transtornos causados pelas Rés, que agem com total descaso com as
pessoas idosas.

115 - A Magna Carta em seu art. 5º consagra a tutela do direito à indenização


por dano material ou moral decorrente da violação de direitos fundamentais, tais como
a intimidade, a vida privada e a honra das pessoas:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;

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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;

Outrossim, o art. 186 e o art. 927, do Código Civil de 2002, assim estabelecem:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.”

107 - Também, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º, protege a


integridade moral dos consumidores:

Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:

VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,


individuais, coletivos e difusos.

116 - Assim sendo, a Autora é a consumidora final da efetiva relação, dada a


sua natureza ser de consumo. As Rés respondem objetivamente pelo risco, devendo
arcar com os danos morais causados ao Autor que teve o dissabor de experimentar
problemas e falhas na prestação de serviços das Rés.

DO QUANTUM INDENIZATÓRIO

117 - No que concerne ao quantum indenizatório, forma-se o entendimento


jurisprudencial, mormente em sede de dano moral, no sentido de que a indenização

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pecuniária não tem apenas cunho de reparação de prejuízo, MAS TAMBÉM CARÁTER
PUNITIVO OU SANCIONATÓRIO, PEDAGÓGICO, PREVENTIVO E REPRESSIVO: a
indenização não apenas repara o dano, repondo o patrimônio abalado, mas também
atua como forma educativa ou pedagógica para o ofensor e a sociedade e intimidativa
para evitar perdas e danos futuros.

118 - Impende destacar ainda, que tendo em vista serem os direitos atingidos
muito mais valiosos que os bens e interesses econômicos, pois reportam à dignidade
humana, a intimidade, a intangibilidade dos direitos da personalidade, pois abrange
toda e qualquer proteção à pessoa, seja física, seja psicológica. As situações de
angústia, paz de espírito abalada, de mal estar e amargura devem somar-se nas
conclusões do juiz para que este saiba dosar com justiça a condenação dos ofensores.

120 - Conforme se constata, a obrigação de indenizar a partir do dano que o


Autor sofreu no âmbito do seu convívio domiciliar, social e profissional, encontra
amparo na doutrina, legislação e jurisprudência de nossos Tribunais, restando sem
dúvidas a obrigação de indenizar.

121 - Assim sendo, deve-se verificar o grau de censurabilidade da conduta, a


proporção entre o dano moral e material e a média dessa condenação, cuidando-se
para não se arbitrar tão pouco, para que não se perca o caráter sancionador, ou muito,
que caracterize o enriquecimento ilícito.

122 - Portanto, diante do caráter disciplinar e desestimulador da indenização, do


poderio econômico das empresas promovidas, das circunstâncias do evento e da

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gravidade do dano causado ao Autor, mostra-se justo e razoável a condenação por
danos morais das Rés num quantum indenizatório de R$ 30.000,00 (trinta mil reais)

DOS PEDIDOS

Em razão de todo o exposto, pede o Autor:

1 - Reconhecer a aplicação da COMPETÊNCIA DO DOMICÍLIO DO AUTOR;

2 - A citação dos réus para integrar o feito, sob pena de sofrer os efeitos da revelia.

3 - Concessão da medida de tutela de urgência, nos termos do artigo 300 do Código de


Processo Civil, para a imediata suspensão dos descontos, pelo BANCO PAN, dos
valores mensais decorrentes do negócio jurídico combatido, visto que os valores já
foram devolvidos, sendo um empréstimo com desconto de R$532,00, e o outro
empréstimo com o valor de R$132,00, a fixação pelo douto juízo de astreintes de modo
a coibir o descumprimento da decisão judicial pertinente, nos exatos termos requeridos
e conforme artigo 77 do Código de Processo Civil;

4 - seja determinada a nulidade dos contratos, objeto da presente lide, vigentes entre o
autor e o BANCO PAN, por vícios que inibem a sua existência, ou sejam estes
declarados rescindidos, caso entendidos como existentes, sem ônus para o autor;

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5 - sejam as rés condenadas ao pagamento de indenização ao Autor por danos morais,
em razão do ilícito praticado e dos transtornos dele decorrente, no importe de
R$30.000,00.

6 - sejam as instituições Rés condenadas a ressarcir o Autor quantos aos valores já


descontados de seu benefício previdenciário em dobro, dos contratos aqui combatidos,
conforme determina o CDC.

7 - dada a dificuldade na produção de provas, além daquelas já colecionadas, a


Inversão do ônus probatório, conforme artigos 4o, inciso I e 6o, inciso VIII, todos do
CDC, mormente no que concerne ao relato de inexistência de assinatura/aquiescência,
de lavra da autora, quanto a celebração de contrato junto a instituição financeira ;
Principalmente para que o BANCO PAN apresenta os Contratos de empréstimos,
informe também todos os dados de IP, geolocalização que viabilizaram o negócio
jurídico, bem como os contratos junto aos correspondentes bancários que passou
todos os dados do Autor para que esses contratos fossem realizados, WL CASAQUI
SERVICOS ADMINISTRATIVOS LTDA, FACILITA SOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS
LTDA, TRIUNFO CONSULTORIA, THAIANNE SALES DE OLIVEIRA, POIS PARA
SER CORBAN - CORRESPONDENTE BANCÁRIO - TEM QUE EXISTIR
AUTORIZAÇÃO EXPRESSA PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL.

8 - a concessão do benefício da justiça gratuita ao Autor, conforme documentos em


anexo, amparado pelo artigo 99,§3, CPC e legislação complementar;

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9 - Condenar as Rés nas custas e honorários SUCUMBENCIAIS, tendo em vista
prática abusiva praticada por elas, a fim de responder não só a efetiva reparação do
dano, mas também ao caráter preventivo pedagógico do instituto, no sentido de que no
futuro o fornecedor de serviços tenha mais cuidado e zelo com o consumidor, sem,
contudo, caracterizar em hipótese alguma enriquecimento ilícito por parte dos
Requerentes, pois o Princípio da Razoabilidade das indenizações por danos morais é
um prêmio aos maus prestadores de serviços, públicos e privados, portando, os
honorários deve ser fixados na importância mínima de 20% sobre o valor da
condenação, consoante o art. 85 do CPC;

10 -Reconhecer a FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO das Rés no que tange ao


fornecimento de informações adequadas para o Autor, induzindo-a ao erro, agindo
com dolo de prejudicá-la, após o reconhecimento, anular os contratos vinculados em
nome e CPF do Autor.

11 - O Autor manifesta não ter interesse em audiência de conciliação, visto que, as


audiências estão restando infrutíferas, só atrasando o processo.

12 - Protesta o Autor pela produção das provas por todos os meios admitidos em
direito, em especial a perícia digital do IP e geolocalização do suposto contrato digital,
para informar de qual localidade e de qual aparelho celular foi efetivada toda
contratação, oitiva da atendente do Banco Pan, Sra. Melissa, que fez todas as ligações
para o Autor, conforme podemos verificar nas mensagens de whatsapp juntada no
processo como prova crucial de toda essa contratação eivada de vícios.

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Dá-se à presente causa, o valor R$52.691,00

Nestes termos, pede deferimento.

Contagem, 02 de maio de 2023

Viviane Cornélio Prado

OAB/MG: 195842

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