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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do ___ (Juizado Especial Cível/Vara Cível) do
Foro da Comarca de Município/Estado
FULANO DA SILVA, estado civil (ou existência de união estável), profissão, CPF
nº. xxx.xxx.xxx-xx, nacionalidade, endereço eletrônico: XXXXXXXXXXXXX, domiciliado e residente na
Rua xxxxxxxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxxxxxxx, cidade de xxxxxxxxxx , vem, perante Vossa
Excelência, por seus procuradores signatários, instrumento de mandato em anexo, ajuizar
a presente AÇÃO DE COBRANÇA CUMULADA COM DANOS MORAIS contra CURSO
XXXXXXXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
XX.XXX.XXX/0001-00, endereço eletrônico xxxx@mail.com.br, com sede na Avenida XXXXXXX, XXXX,
na cidade de XXXXXXXXXXX/XX, onde deverá ser citada, forte no art. 5°, X, da Constituição
1. Dos Fatos
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irritados com a frustração de sequer chegar perto daquilo que havia sido contratado e
prometido pelo vendedor.
Em virtude disto, o autor tentou conversou com os responsáveis pelo
curso e com a pessoa que o vendeu, postulando o reembolso do valor pago, mesmo que de
maneira proporciona, na medida em que seriam XX aulas.
Todavia, a demandada informou acerca da impossibilidade de devolver
a quantia adimplida, mesmo que de maneira proporcional, além de informar que a maior
parte do valor era referente ao material para o curso, o que se mostra algo
verdadeiramente absurdo, uma vez que se trata de um único livro.
Logo, não restando outra saída ao consumidor/autor, diante da
flagrante propaganda enganosa realizada pela demandada, vem a juízo para postular a
devolução do valor gasto para a realização do curso, além da condenação referente aos
Danos Morais, em virtude dos dissabores e aborrecimentos causados ao autor.
2. DAS PRELIMINARES
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O art. 6º do CDC, por sua vez, refere que são direitos básicos do
consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo regras ordinárias de experiências”.
Da exegese do artigo vislumbra-se que para a inversão do ônus da prova
se faz necessária a verossimilhança da alegação, conforme o entendimento do Juiz, ou a
hipossuficiência do autor.
Portanto, são 02 (duas) as situações presentes no artigo em tela,
necessárias para a concessão da inversão do ônus da prova, quais sejam: a verossimilhança
e (ou) a hipossuficiência.
A relevância da inversão do ônus da prova está em fazer com que a
pessoa de boa-fé torne-se mais consciente de seus direitos e o fornecedor mais
responsável e garantidor dos bens que põe no comércio, assim como as compras que de
fato são efetivadas em seu estabelecimento comercial.
No caso em tela, tanto a (i) verossimilhança quanto a (ii) hipossuficiência
estão presentes. (i) A primeira se fundamenta no fato de o requerente comprovar de forma
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inequívoca que contratou o curso, bem como promoveu o pagamento das parcelas e
tentou o cancelamento, com o pedido de devolução, face a propaganda enganosa.
(ii) A segunda é flagrante, na medida em que o autor não tem a
oportunidade de provar que o curso NÃO É EFICAZ, bem como não passa de mera
propaganda enganosa, na medida em que estaríamos diante de prova negativa, a qual é
impossível de ser realizada.
Enfim, todos os requisitos legais estão preenchidos, sendo que a
inversão do ônus da prova deve ser deferida, devendo a ré provar que o curso é válido e
eficaz, bastando provar em audiência que algum aluno do curso é capaz de ler 200 páginas
em 20 minutos de um livro de Ovídio Batista, por exemplo.
Nesse sentido entendem os tribunais, conforme veremos a seguir:
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3. DO MÉRITO
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da indenização por Danos Morais, por frustrar uma expectativa real por parte do
contratante/consumidor.
4. Dos Pedidos
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propaganda completamente enganosa, ou seja, que o autor poderia ler 200 páginas em
apenas 20 minutos.
Todavia, tendo o Código de Defesa do Consumidor adotado o sistema
de responsabilidade objetiva, é salutar a existência de uma teoria unitária, fundada
essencialmente no que o consumidor mais deseja: qualidade e responsabilidade.
Outrossim, o art. 20, inciso II, também do Código de Defesa do
Consumidor, se enquadra perfeitamente no caso em tela, tendo a seguinte redação:
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No caso sub judice, estamos diante de flagrante abalo moral por duas
situações claras. (i) Primeiro pelo fato de o autor ter se decepcionado completamente
com o curso, ao ver que o método era absurdo.
Além disso, frustrou-se deveras, na medida em que havia ingressado
no curso para potencializar o estudo para concursos, sendo o que de fato aconteceu foi
apenas a perda de tempo e o gasto completamente desnecessário.
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O Dano Moral é aquela ação ou omissão que afeta a paz interior de cada
um. Atinge o sentimento de cada pessoa, a paciência, o bem-estar, a honra, enfim, tudo
aquilo que não tem valor econômico, mas que lhe cause angústia, transtorno, que tira sua
tranqüilidade.
Por isto, lesados os direitos de personalidade do consumidor e sendo
responsabilizados objetivamente os causadores, é corolário lógico a indenização pelo dano
moral.
A indenização por dano moral, portanto, tem caráter satisfativo-
punitivo. Satisfativo quando a verba condenatória satisfaz a vítima de forma plena, isto é, o
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Para ter uma base do valor que deve ser imputado a ré, necessário
tomar como parâmetro a jurisprudência adotada pelo Superior Tribunal de Justiça e pelos
Tribunais Estaduais:
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART.
535 DO CPC. INEXISTÊNCIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS. REVISÃO DO JULGADO. SÚMULA 7⁄STJ.
VALOR INDENIZATÓRIO. FIXAÇÃO. RAZOABILIDADE. AGRAVO
IMPROVIDO.
(...)
Desse modo, diante dos argumentos apresentados pela parte
recorrente, não se vislumbra, em face da quantia afinal fixada pelo
acórdão recorrido no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), a título de
danos morais, razão para provocar a intervenção deste Tribunal, em
virtude de defeito na prestação de serviço educacional oferecido
pela parte ora recorrente, diante da falta de informação sobre o
curso ministrado pela instituição de ensino ao consumidor. Ante o
exposto, nego provimento ao agravo em recurso especial. Publique-
se. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 715.860 - SP (2015⁄0121096-8)
RELATOR : MINISTRO MARCO AURÉLIO BELLIZZE
Decisão - DJe: 01/07/2015 – Publicado em 03 de junho de 2015.
2 CARNEIRO, Odete. Da responsabilidade civil por vício do produto e serviço, pág. 37.
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5. Dos pedidos
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Cidade, Data.
p.p. Advogado
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