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AJG

Inicialmente, afirma para os fins do art. 4º da Lei 1.060/50, com a redação dada
pela Lei 7.510/86, que não possui recursos suficientes para arcar com as custas do processo e
honorários de advogado, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.
Sendo assim, diante da documentação comprobatória do estado de necessidade,
satisfazendo desta forma as exigências do art.5º, LXXIV da CF/88, no que tange ao assunto ora
tratado e a Lei n. 1.060/50 artigo 4º, caput e § 1º. A autora, enquadra-se nas exigências
determinadas à concessão dos benefícios da justiça gratuita.
Ainda, segundo determina o artigo 4º, caput e § 1º, da Lei n. 1.060/50, in verbis:
Artigo 4º - A parte gozará os benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na
própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
§ 1º - Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição dos termos desta lei,
sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais.

Determina o referido texto legal, portanto, que a simples afirmação, na própria


petição inicial, de que a parte não pode arcar com as despesas do processo, faz com que lhe seja
deferida a assistência judiciária. Trata-se de presunção legal, que somente pode ser afastada se
efetivamente demonstrado fato contrário à situação de pobreza afirmada pela parte.
Não bastassem os explícitos termos da lei, é iterativa a jurisprudência pátria de
que são exemplos os arestos ora colecionados:

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ENSINO PARTICULAR. AÇÃO MONITÓRIA. ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA GRATUITA. PESSOA JURIDICA. COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE. DEFERIMENTO DO
BENEFÍCIO DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA. 1. A concessão do benefício da gratuidade judiciária é
permitida para pessoas jurídicas, desde que demonstrada a impossibilidade de arcar com as custas
processuais. Entendimento da Súmula nº 481 do STJ. 2. Comprovada pela parte autora a
necessidade em litigar sob o pálio do beneficio pleiteado, imperiosa a concessão da AJG. RECURSO
PROVIDO, EM DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 70062276894, Quinta Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marlene Landvoigt, Julgado em 06/11/2014)

Ademais com o advento do CPC foi positivado o entendimento acima descrito no


artigo 98, prevendo a possibilidade de gratuidade de Justiça para pessoas jurídicas com
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios. Portanto no caso concreto é possível deferir a gratuidade da Justiça para o _____.

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