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Ao Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro/RJ

Processo nº...

Condomínio Bosque das Araras, CNPJ nº..., com sede na rua (endereço completo), vem, por
seu advogado que abaixo subscreve (procuração anexa), com endereço eletrônico..., nos autos
da Ação Indenizatória movida neste juízo que lhe move João, já devidamente qualificado nos
autos apresentar a sua CONTESTAÇÃO pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I. Preliminar processual – Ilegitimidade Passiva

Antes de discutir o mérito, deve ser verificado que o autor descumpriu os ditames do
artigo 292, inciso X, do CPC, ao colocar como réu o Condomínio Bosque das Araras, uma vez
que este não deve ser o responsável por tal pleito indenizatório, tendo em vista que o vaso caiu
do apto 601, ou seja, é de conhecimento do autor de que o pote de vidro foi lançado de
apartamento individualizado, isto é, de unidade autônoma reconhecida, o que se faz a
aplicação do Art. 938 do Código Civil, que prevê “aquele que habitar prédio, ou parte dele,
responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar
indevido”.

Dessa forma, o habitante da unidade autônoma é que deverá ser acionado, não o
Condomínio, uma vez que este somente seria parte legítima na impossibilidade de se
reconhecer de qual unidade quedou o objeto.

II. Mérito

O Condomínio não possui qualquer dever de indenizar o autor em relação aos danos
decorrentes da segunda cirurgia sofrida por ele, tendo em vista que, o dano que decorreu da
segunda cirurgia é resultado de erro médico cometido pela equipe cirúrgica do Hospital
Municipal X, não da queda do pote de vidro.

Ainda que materialmente relacionado ao evento, a queda do pote de vidro do edifício


somente se pode atribuir a consequências danosas do primeiro evento, quais sejam, os lucros
cessantes no valor de R$20 mil, de acordo com o do CC.

Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do


devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos
efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e
imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
Dessa forma, não há que se falar de qualquer indenização por parte do Condomínio.

III. Dos pedidos

Diante de todo o exposto, requer:


A) O conhecimento e provimento da presente peça defensiva, extinguindo, sem
resolução de mérito, a presente ação, nos termos do art.485, VI, do CPC.
B) Subsidiariamente, a redução da quantia pretendida em razão da ausência de nexo
causal entre o segundo dano experimentado pelo autor e a conduta atribuída ao réu conforme
art.944, do Código Civil.
C) Seja Condenado o autor nas custas processuais e honorários advocatícios a serem
arbitrados definidos no art. 20 parágrafo 3º, do Código de Processo Civil.
D) Protesta-se por todos os meios de prova admitidos em direito.

Termos em que, pede deferimento.

Local e data...

Advogado...
OAB...

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