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AO JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE

JANEIRO

Processo nº: XXXXX

CONDOMÍNIO BOSQUE DAS ARARAS, pessoa jurídica de direito privado,


inscrito no CNPJ sob nº xxxx, endereço xxx, endereço eletrônico xxxx,
representado pelo seu síndico, MARCELO RODRIGUES (ata de eleição em
anexo), inscrito no CPF sob nº xxxx e RG sob nº xxxx, por meio de seu
advogado subscrito (proc. em anexo), vem, à presença de Vossa Excelência,
com fundamento no art.335 e seguintes do Código de Processo Civil,
apresentar:
CONTESTAÇÃO,
Em face de ação indenizatória ajuizada por João, pelas razões de fato e de
direito a seguir expostas.

I- PRELIMINARMENTE
Devemos nos atentar neste parágrafo as preliminares do art 301 do CPC,
qual sejam:

I - inexistência ou nulidade da citação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de


1º.10.1973)
II - incompetência absoluta; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
III - inépcia da petição inicial; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
1º.10.1973)
IV - perempção; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
V - litispendência; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
Vl - coisa julgada; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

VII - conexão; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)


Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
IX - compromisso arbitral; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
IX - convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de
23.9.1996)

X - carência de ação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)


Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.
(Incluído pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973

A hipótese deste parágrafo configura-se no inciso X qual seja carência da


ação, pois não possui legitimidade para para indenização, deve sempre
pensar na LIP - Legitimidade, Interesse processual e Possibilidade
jurídica do pedido
Não deve ser o condomínio responsável por tal pleito indenizatório tendo em
vista que o vaso caiu do apto 601, fica bem claro da questão sendo assim
ficando a ilegitimidade passiva é medida mais adequada, já que o deixa claro
que a unidade que lançou o objeto tinha sido identificada, não podendo o
condomínio responder pelo dano nos termos do art. 938do Código Civil.

III – IMPUGNAÇÃO DO MÉRITO

Há ausência do dever de indenizar em relação ao contestante


pois não houve sequer culpa deste.

ISTO POSTO, deve ser acolhida a preliminar, resultando na


prolação da sentença terminativa que extingue o processo sem
julgamento do mérito nos termo do art. 267, VI do CPC.

(1) Arguição de carência de ação por ilegitimidade passiva em razão da identificação da


unidade autônoma de onde foi lançado o pote vidro (0,30). Arguição de carência de ação por
ilegitimidade passiva em razão da identificação do erro causado pelos médicos do Hospital
Municipal X (0,30).

(2) Desenvolver a impugnação quanto à atribuição da responsabilidade civil ao Condomínio,


argumentando que: tendo em vista a identificação da unidade autônoma de onde foi lançado
o pote de vidro, é ao seu habitante que deve ser imputado o dever de indenizar (0,50), na
forma do Art. 938 do CC (0,10).

(3) Impugnar a pretensão de indenização por danos materiais (lucros cessantes), em especial,
aqueles verificados no período de 30 dias após a segunda cirurgia, já que inexistente nexo de
causalidade direto e imediato entre a queda do pote de vidro e tais danos, que foram
experimentados em decorrência de falha do primeiro procedimento cirúrgico. (0,50). Citar Art.
403 do CC (0,10).
(4) Impugnar a alegação relativa à existência de dano moral indenizável – a fim de atender ao
ônus da impugnação especificada (0,50), e subsidiariamente a sua fixação em valor inferior
àquele pedido na inicial (0,10).

Apesar de o autor planejar obter indenização, contudo, o condomínio não é


parte legitima para encontrar-se no polo passivo desta demanda, uma vez que,
é reconhecido que o pote de vidro foi lançado do apartamento 601, logo é parte
individualizada, sendo unidade autônoma, como dispõe o artigo 938 do código
civil:

“Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.”

Não restando também, dúvidas do conhecimento da improcedência da


obrigação de indenização do condomínio bosque das araras ao autor em
relação aos danos sofridos em decorrência da segunda cirurgia a qual João foi
submetido, visto que, os danos foram consequentemente de erro médico,
cometido por um ato falho da equipe de cirurgia do hospital do município X,
devendo este ser demandado, e não em decorrência a queda do pote de vidro,
uma vez que o autor afirmou que estava melhor e inclusive, já estava até
trabalhando, e que só após uns dias após a cirurgia, ele se sentiu mal, e
descobriu o erro médico. Sendo disponível pela legislação civil acerca desse
tipo de situação:

“Art. 403 do Código Civil. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor,
as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por
efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.”

Embora a situação esteja relacionada a queda do pote de vidro que foi lançada
do apartamento 601, unidade individualizada do condomínio, apenas deverá
ser determinado os resultados sofrido do primeiro evento, ou seja, os lucros
cessantes no valor de R$30 mil (trinta mil), e 50 salários-mínimos a título de
danos morais devido a violação de sua integridade física.

III - DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer:

Extinção do processo, sem resolução do mérito (0,20), pelo acolhimento da(s) preliminar(es)
de ilegitimidade (0,20), com indicação do Art 3º E/OU art. 267, inciso VI, do CPC (0,10).

Improcedência dos pedidos formulados na inicial (0,30), com indicação do Art. 269, I, do CPC
(0,10) e, eventualmente, fixação de indenização por danos morais em valor inferior àquele
sugerido na petição inicial (0,10)

Condenação em custas e honorários (0,30).


Protesto pela produção de provas (0,30)

a) a desconsideração do condomínio como parte legitima de acordo com o


artigo 938 do código civil;
b) o acolhimento da preliminar de decadência de ação por ilegitimidade
passiva, com consequente extinção do processo sem analise do mérito;
c) julgar parcialmente os pedidos do autor alegados na inicial;
d) a condenação do autor aos honorários advocatícios fixados em 20%.

IV – DAS PROVAS

Requerer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do


artigo 332 do CPC, em especial a prova:
Documental
Testemunhal
Pericial
Laudo médico

Nestes termos, pede-se deferimento.


Cidade, XX, de XXXX de 20XX.

Advogado
OAB/XX

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