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SANTA CATARINA
Processo n° 01234567-89.2022.8.24.0023
PAULA TOLLER DOS SANTOS, XXX (nacionalidade), XXX (estado civil), cantora,
portadora do RG n° XXXXXXXXXX, inscrita no CPF n° XXXXXXXXXXX, no
endereço eletrônico XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, n° XXX, bairro XXX,
cidade e estado XXX, CEP XXXX, vem, por seu procurador constituído mediante
procuração anexa, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.009 e
seguintes do CPC, interpor:
APELAÇÃO CÍVEL
Verifica-se que a presente apelação é tempestiva visto que foi interposta no decurso
estabelecido por lei, nos termos do artigo 219 e 1003, §5º, ambos do CPC, bem
como detém preparo recursal devidamente recolhido, no valor de R$ 583,58
(quinhentos e oitenta e três e cinquenta e oito reais), vide guia anexa.
OAB/X n° XXXXXX
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
I. DA SÍNTESE DA DEMANDA:
A apelante, Sra. Paula Toller dos Santos, cantora nacional, foi contratada
pela apelada, a empresa Hagi Promoção de Eventos, para cantar na festa de
formatura da turma de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina -
UNISUL, realizada no dia 15 de janeiro de 2022.
A Sra. Paula Toller dos Santos arguiu em contestação que não pôde arcar
com a obrigação firmada por motivos de caso fortuito e força maior,
configuradas na incapacidade médica para a execução da obrigação.
Alegou, ainda, que houve excesso no que tange à cláusula penal, já que o
valor estabelecido é superior ao teto legal estipulado no artigo 412 do Código
Civil.
Requereu, por fim, a extinção da obrigação sem perdas e danos ou, em caso
de entendimento divergente, a redução da cláusula penal aos limites legais.
Apesar do artigo 389 do Código Civil prever que, quando não cumprida a
obrigação, o devedor responderá por perdas e danos, o artigo 393, também
do Código Civil, por outro lado, dispõe a exceção da regra predita, in verbis:
Assim, nota-se que o caso fortuito ou força maior, sendo entendidos como
fatos adversos à vontade humana, cujo efeitos não se pode evitar ou impedir,
exime o responsável pelo inadimplemento do contrato de responder pelos
prejuízos causados, por estes não decorrerem de culpa do devedor.
Em consonância, é de jurisprudência:
Observa-se, em suma, que, por motivos de caso fortuito e força maior, houve
a quebra do nexo causal no que tange à conduta da parte apelante e o dano
pela outra experimentado.
OAB/X n° XXXXXX