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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO
FORO PLANTÃO - 00ª CJ - CAPITAL
VARA PLANTÃO - CAPITAL CRIMINAL
Rua Jose Gomes Falcao, 156, Barra Funda - Bras, São Paulo - 01139-010
- SP
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1508955-77.2019.8.26.0228 e código 1265859.
TERMO DE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
LIBERDADE PROVISÓRIA COM
MEDIDAS CAUTELARES

Processo Digital n°: 1508955-77.2019.8.26.0228

Classe – Assunto: Auto de Prisão Em Flagrante - Decorrente de Violência Doméstica
(Violência Doméstica Contra a Mulher)
Documento de Origem: CF, CF, BO - 2108411/2019 - 01ª DEL.DEF.MUL. CENTRO, 4703230 -
01ª DEL.DEF.MUL. CENTRO, 1294/19/109 - 01ª DEL.DEF.MUL.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO MARIA PATINO ZORZ, liberado nos autos em 14/04/2019 às 11:02 .
CENTRO
Autor: Justiça Pública
Indiciado CARLOS EDUARDO DE SOUZA MARTINS
Réu Preso

Aos 14 de abril de 2019, às 10:44, na sala de Audiências de Custódia do Foro

Plantão - 00ª CJ - Capital, Comarca de SÃO PAULO, Estado de São Paulo, sob a presidência
do(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). ANTONIO MARIA PATIÑO ZORZ, comigo Escrevente ao
final nomeado(a), foi aberta a Audiência de Custódia, nos autos do procedimento entre as partes
em epígrafe. Cumpridas as formalidades legais e apregoadas as partes, CARLOS EDUARDO DE
SOUZA MARTINS. O(A) autuado(a) declarou não ter defensor constituído, motivo pelo qual
o(a) MM.(a) Juiz(a) nomeou-lhe um dos Defensores da Defensoria Pública, estando presente o(a)
Dr.(a) LUIZ FELIPE AZEVEDO FAGUNDES. Iniciados os trabalhos, entrevistado(a)(s) o(a)(s)
autuado(a)(s), após contato prévio com seu(s) Defensor(es), tendo declarado por mídia. O(A)
dd.(a) Promotor(a) de Justiça, Dr(a). ALESSANDRA ANDREZ CABRERA JOÃO BOROWSKI, declara
por mídia. O(A) dd(a). Defensor(a) Público ou advogado(a) declara por mídia. Pelo(a) MM.
Juiz(a) foi dito que: Vistos. I. Trata-se de cópia de auto de prisão em flagrante de
Carlos Eduardo de Souza Martins, indiciado pela prática dos crimes de
LESÃO COPORAL – violência doméstica, DESACATO, RESISTÊNCIA e
INJÚRIA no ambiente da violência doméstica, em razão de fatos ocorridos no
dia 14 de abril de 2.019, nas circunstâncias de tempo e lugar indicadas no
boletim de ocorrência e nota de culpa. II. A despeito da Súmula vinculante nº
11 do Supremo Tribunal Federal, determino a manutenção das algemas no
averiguado, porque o número reduzido de policiais militares que atuam nas
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audiências de custódias, a compleição física dos policiais, que às vezes é
inferior ao do averiguado, o número de averiguados que às vezes é maior que o
dos policiais e o número de promotores, defensores, advogados, servidores e
público em geral que transitam por aqui, indicam a necessidade o uso de
algemas para garantir a segurança de todos. III. Nos termos da Resolução
213/2015 do CNJ e Provimento Conjunto nº 3/2015, da C. Presidência do

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Tribunal de Justiça de São Paulo e E. Corregedoria Geral de Justiça, o
indiciado foi entrevistado, advindo as manifestações do Ministério Público (pela
regularidade da prisão em flagrante e pela imposição de medidas protetivas) e
da Defesa (pela concessão de liberdade provisória e aplicação de medidas
protetivas). No âmbito da ciência do flagrante, nos termos do disposto no art.
310 do CPP (com a nova redação da Lei 12.403/11), passo a decidir. IV. Está
presente hipótese de flagrante delito, pois a situação fática encontra-se
subsumida às regras previstas pelo art. 302 do CPP. O auto de prisão em
flagrante encontra-se regular, material e formalmente em ordem, sendo
cumpridas todas as formalidades legais e respeitadas as garantias
constitucionais. Além disso, não se vislumbra qualquer nulidade,
irregularidade ou ilegalidade apta a justificar o relaxamento da prisão em
flagrante. Em cognição sumária, da análise dos elementos informativos
existentes nos autos, verifica-se que há prova da materialidade delitiva e
indícios suficientes de autoria delitiva, consoante se infere dos depoimentos das
testemunhas e da vítima. Consta dos autos que após discussão em família, o
indiciado atirou um copo contra o rosto da genitora, causando lesões, bem
como ofendeu a genitora, desacatou os policiais e opôs resistência. Tiveram os
policiais que conter os impulsos do indiciado, que estava muito alterado no
momento dos fatos. A despeito da manifestação da Defesa, quanto ao desacato,
o STJ firmou nova posição pela tipicidade de tal crime, portanto, não se
aplicando o quanto manifestado pela Defesa. V. A Lei 12.403/11, que alterou
dispositivos do Código de Processo Penal, estipulou que as medidas cautelares
penais serão aplicadas com a observância da necessidade de aplicação da lei
penal, necessidade para a investigação ou instrução penal e para evitar a
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prática de infrações, devendo a medida em questão, ainda, ser adequada à
gravidade do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais do
averiguado (art. 282 do CPP). A prisão preventiva será determinada quando as
outras cautelares se mostrarem insuficientes ou inadequadas para o caso
concreto (art. 282, § 6º, do CPP). No caso, ausentes, a meu ver, os requisitos
justificadores da medida cautelar extrema. Veja-se ainda que a ofendida não

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desejou que fossem apresentadas medidas protetivas. Todavia, merecem ser
aplicadas medidas cautelares previstas no art. 319, do CPP, consistente em
proibição de ausentar-se da comarca sem prévia autorização do juízo e
comparecimento mensal e obrigatório em juízo uma vez por mês Ademais,
considerando os elementos trazidos até aqui, especialmente levando-se em
conta o manifestado pela ofendida, que irá receber o indiciado em sua
residência e procurar tratamento, indefiro aplicação da medida protetiva.
Fixo o compromisso de comparecer a todos os atos do processo e não mudar de
endereço sem prévia autorização do juízo. Expeça-se alvará de soltura em
favor de Carlos Eduardo de Souza Martins. No mais, aguarde-se a vinda dos
autos principais, abrindo-se, oportunamente, vista ao Ministério Público. Não
havendo óbice na utilização de sistema de gravação audiovisual em audiência, todas as
ocorrências, manifestações, declarações entrevistas foram captados em áudio e vídeo, conforme
CD identificado, [anexado e autenticado pelos presentes neste termo]. Nada mais. Eu, Eduardo
Moraes, digitei.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA