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Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul


Campo Grande
2ª Vara Criminal
Autos 0018577-57.2016.8.12.0001
Autor: Ministério Público Estadual
Réu: André Elivelton Gabilane dos Santos e Marcos Fernando Barbosa

Este documento foi liberado nos autos em 15/07/2016 às 17:12, é cópia do original assinado digitalmente por OLIVAR AUGUSTO ROBERTI CONEGLIAN.
Cabrera

Vistos.

I – Não vislumbro na resposta apresentada, à fl. 118, nenhuma das

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hipóteses previstas nos incisos do art. 397 do Código de Processo Penal.

Assim, designo o dia 24 de agosto de 2016, às 15h30min, para a


audiência de tomada de declarações do ofendido, à inquirição de
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, realização de diligências
requeridas pelas partes e por fim o interrogatório.

Intimem-se o acusado e sua defesa, além das testemunhas,


requisitando-se, caso necessário. Ciência ao Ministério Público.

II – Em atenção à orientação do CNJ proferida na Revisão


Disciplinar n. 0002260-94.2011.2.00.0000, foi realizada neste momento a
tentativa de localização do atual endereço do réu Marcos Fernando Barbosa
Cabrera, por meio dos sistemas SIGO e Infoseg, que restaram sem êxito.

Defiro o pedido formulado pelo Ministério Público.

Cite-se o réu Marcos por edital.

Caso o réu Marcos não compareça para apresentar sua defesa,


ficam suspensos o curso do processo e o prazo prescricional (CPP, art. 366) a
partir do término do prazo para a apresentação da defesa, que passa a correr

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após findo o prazo fixado no edital, devendo os autos ser arquivados
provisoriamente pelo prazo de 40 (vinte e quatro) anos (Súmula n. 415 do
STJ), a contar do recebimento da denúncia, a fim de aguardar a sua

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localização.

III – O Ministério Público formulou Representação pela Prisão


Preventiva de Marcos Fernando Barbosa Cabrera, qualificado nos autos,
ante a suposta prática do crime tipificado no art. 157, § 2º, I e II, do Código

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Penal.

Vieram os autos conclusos.

É o breve relatório.
Decido.

Compulsando o feito, vislumbro estarem presentes as condições de


admissibilidade e requisitos necessários à decretação da segregação cautelar
do denunciado Marcos Fernando Barbosa Cabrera.

Pois bem. As condições de admissibilidade constam do art. 313 do


Código de Processo Penal, que assim dispõe:

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a
decretação da prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade
máxima superior a 4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput
do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal;

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III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de

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urgência;
IV - (revogado)
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva
quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou
quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la,

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devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da
medida.

Outrossim, saliento que as mencionadas condições não se revelam


cumulativas, de tal sorte que, verificadas quaisquer das hipóteses no caso
concreto, torna-se admissível a prisão preventiva.

Com efeito, trata-se de crime doloso cuja pena máxima privativa de


liberdade suplanta 04 (quatro) anos, estando, pois, preenchida a condição de
admissibilidade.

Igualmente, presentes o fumus comissi delicti e o periculum in


libertatis.

O fumus commissi delicti consubstancia-se na existência de provas


de materialidade e indícios suficientes de autoria da infração penal. Estes
encontram-se devidamente comprovados no caso em questão, consoante
extrai-se dos documentos de fls. 07-47.

Além disso, restou caracterizado o periculum libertatis, já que, em


um primeiro momento, a decretação da custódia cautelar se justifica para

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assegurar a aplicação da lei penal, garantia da ordem pública e conveniência
da instrução criminal.

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Com efeito, ao denunciado Marcos Fernando Barbosa Cabrera é
imputada a prática do crime tipificado no art. 157, § 2º, I e II, do Código
Penal.

O denunciado Marcos não foi encontrado para ser pessoalmente

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citado. Ainda, registra diversas outras passagens pela Delegacia de Polícia
pela prática de atos infracionais equiparados a crimes contra o patrimônio.

Por tais razões, é o caso de se decretar sua segregação cautelar.

Pelo exposto, decreto a prisão preventiva de Marcos Fernando


Barbosa Cabrera.

Expeça-se Mandado de Prisão com prazo de validade de 40


(quarenta) anos (art. 109, I, do Código Penal), a contar da data do
recebimento da denúncia, nos termos da Resolução n. 137 do CNJ.

Cumpra-se.

Campo Grande, 15 de julho de 2016.

(assinado por certificação digital)


Olivar Augusto Roberti Coneglian
Juiz de Direito

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