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Resumo do 4º item do Programa (Obrigação Tributária)

1. Definição

A relação jurídica entre as pessoas e o Estado quanto à tributação é uma relação


de natureza obrigacional e corresponde a uma obrigação ilíquida do Direito Civil

2. Espécies

A obrigação tributária pode ser classificada em principal ou acessória.


Na obrigação principal o objeto é de natureza patrimonial, sempre sendo uma
quantia em dinheiro. E uma obrigação de dar, de adimplir o dever jurídico. Tem
como seu objeto o pagamento de tributo ou penalidade tributária. É marcada pelo
conteúdo patrimonial.
A obrigação acessória nunca é patrimonial, sendo uma obrigação de fazer, na
terminologia do Direito Civil. Decorre de legislação tributária, tendo por objeto as
prestações, positivas ou negativas, previstas no texto da lei.

3. Fato Gerador

O Código Tributário Nacional, em seu art. 114, institui que “o fato gerador da
obrigação tributária principal é a situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência”. Há uma diferenciação entre o fato gerador da obrigação
principal e o fato gerador da obrigação acessória.
O fato gerador da obrigação principal é aquela situação definida no texto legal
como necessária e suficiente para a sua ocorrência. Ou seja, para que a norma possa
incidir, é preciso que ocorra exatamente aquilo que ela prevê como situação gerador
de obrigação tributária.
O fato gerador de obrigação acessória é, na redação do art. 115 do Código
Tributário Nacional, “qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal”.

4. Sujeitos Ativo e Passivo

O sujeito ativo de uma relação tributária é o titular da competência para lançar e


cobrar o tributo. É o credor da obrigação, possuindo as prerrogativas para fazer uso
das ferramentas necessárias para cobrança, fiscalização, constituir o crédito
tributário por meio de lançamento, inscrição na dívida ativa e exigir o pagamento.
Em conformidade com o art. 119 do Código Tributário Nacional, o sujeito ativo
deve ser sempre uma pessoa de direito público, um ente político.
Por outro lado, o sujeito passivo da obrigação tributária é sempre pessoa, natural
ou jurídica, que está obrigada ao seu cumprimento, que tem o dever de prestar o
objeto da relação jurídica. O CTN distingue os sujeitos passivos da obrigação
principal e da obrigação acessória.
O sujeito passivo da obrigação principal “é a pessoa obrigada ao pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária”, conforme ensina Hugo de Brito Machado. Ele é
sempre obrigado a pagar um tributo ou uma penalidade pecuniária (multa). Esse tipo
de sujeito passivo ainda é subdivido em duas categorias: contribuinte, situação na
qual o contribuinte tem relação pessoal e direta com o fato gerador, e responsável,
quando a obrigação de pagar decorre de previsão normativa.
O sujeito passivo da obrigação tributária acessória depende exclusivamente de
previsão da legislação tributária, atribuindo a ele um dever formal de fazer, não
fazer ou tolerar.
Outra forma de classificar o sujeito passivo é entre direto e indireto. O sujeito
passivo direto tem relação de fato com o com o fato tributável. É aquele que aufere a
renda no caso do imposto de renda, por exemplo. Quando a lei atribui o dever de
pagar o tributo a outra pessoa, que não tem relação de fato com o tributo, tem-se o
sujeito passivo indireto.

Aluno: Leonardo Farias Prysthon Paiva


Matrícula: 15/0135530

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