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Curso Direito Tributário (Teoria e Exercícios) p/ AFRF (ESAF)

Prof. Alberto Macedo


Aula 09 – Responsabilidade Tributária

Conteúdo

1. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - INTRODUÇÃO ....................... 3


2. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR SUBSTITUIÇÃO ............... 4
3. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR TRANSFERÊNCIA ............. 7
3.1. RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES ........................................ 7
3.2. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS ........................................... 23
3.3. RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES ......................................... 28

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ADQUIRENTE DE
IMÓVEIS
(art.130)
POR SUBSTITUIÇÃO

art.150, §7º, CF88)


(art.128, CTN e

ADQUIRENTE OU
REMITENTE DE MÓVEIS
(art.131, I)

SUCESSOR E CÔNJUGE
MEEIRO
(art.131, II)

ESPÓLIO
RESPONSABILIDADE

DOS SUCESSORES
(arts.130 a 133) (art.131, III)
TRIBUTÁRIA

FUSÃO,
TRANSFORMAÇÃO,
INCORPORAÇÃO E
CISÃO (art.132, caput)

EXTINÇÃO DE EMPRESA
E CONTINUAÇÃO PELO
SÓCIO OU ESPÓLIO
(art.132, § único)
TRANSFERÊNCIA

AQUISIÇÃO DE FUNDO
POR

DE COMÉRCIO OU
ESTABELECIMENTO
(art.133)

ATOS EM QUE
INTERVIEREM OU POR
OMISSÕES
DE TERCEIROS (art.134)
(arts.134 e 135)

PESSOAL POR EXCESSO


DE PODERES
(art.135)

POR INFRAÇÕES
(arts.136 e 137)

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1. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - INTRODUÇÃO

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir
de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
parcial da referida obrigação.

Apesar de a RELAÇÃO do responsável tributário NÃO SER DIRETA, mas sim


decorrente de LEI, não tem o legislador ampla liberdade na instituição de
responsabilidade tributária, ficando limitado ao que dispõe o art.128, CTN,
em que a lei só pode estatuir responsabilidade tributária, DE MODO
EXPRESSO, a pessoa VINCULADA ao fato gerador da obrigação tributária.

Resumindo, para ser responsável tributário, não pode ter relação pessoal e
direta com o fato gerador (senão, seria contribuinte), mas a pessoa tem que
ter vinculação com o fato gerador, e sua responsabilidade tributária
decorrer, de modo expresso, de lei.

No sentido da necessidade de lei para estabelecimento de responsabilidade


tributária, REsp 223.836 RS:
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. AGENTE MARÍTIMO. TERMO
DE COMPROMISSO. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA INEXISTENTE.
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL.
1. O termo de compromisso firmado por agente marítimo não
tem o condão de atribuir-lhe responsabilidade tributária.
Aplicação do princípio da reserva legal, nos termos do art. 121,
inciso II, do CTN.
2. Aplicação da Súmula nº 192/TFR, segundo a qual, "o agente
marítimo, quando no exercício exclusivo das atribuições próprias, não
é considerado responsável tributário, nem se equipara ao
transportador para efeitos do Decreto-Lei nº 37 de 1966".
3. Recurso especial a que se nega provimento.

A doutrina classifica a responsabilidade tributária em:


(i) Por Substituição (art.128, CTN, e art.150, §7º, CF88):

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A responsabilidade tributária já nasce com a pessoa quando da ocorrência


do fato gerador.

(ii) Por Transferência (arts.129 a 138, CTN):


A responsabilidade tributária nasce com o contribuinte ou um responsável
tributário, mas é transferida a outra pessoa (responsável tributária)
posteriormente à ocorrência do fato gerador por conta de um acontecimento
previsto em lei. Por exemplo, morte, transferência do bem imóvel onerado
pelo tributo, alienação da empresa com dívida tributária etc.

2. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR SUBSTITUIÇÃO

Art. 128, CTN. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário
a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
parcial da referida obrigação.

Art.150, §7º, CF88. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação


tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso
não se realize o fato gerador presumido.

Nessas hipóteses, a responsabilidade tributária já nasce com a pessoa


distinta do contribuinte quando da ocorrência do fato gerador. É o que
ocorre, por exemplo, na retenção na fonte do IR, em que a pessoa jurídica é
responsável tributária pelo IRPF sobre os rendimentos de seus empregados;
ou na retenção na fonte do ISS, em que o tomador do serviço é responsável
por reter o ISS relativo ao serviço efetuado pelo prestador de serviço,
quando do pagamento do preço do serviço.

No caso da substituição tributária para frente, a responsabilidade tributária


já nasce com a ocorrência do fato gerador presumido.

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O STF entendeu constitucional o mecanismo da substituição tributária para


frente (fato gerador presumido) mesmo antes da EC 03/1993, que inseriu o
§7º ao art.150, CF88 (RE 213.396 SP).

Art.155, § 2.º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao


seguinte:
XII - cabe à lei complementar:
b) dispor sobre substituição tributária;

À luz desse comando constitucional, a LC 87/1996 prescreveu:

Art. 6º Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a


depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu
pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto
tributário.

§ 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto


incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam
antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor
decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas
operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor
final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.

Espécies de Substituição Tributária:


(i) Substituição tributária de operações antecedentes (diferimento)
(“para trás” ou regressiva) – o momento do pagamento do ICMS fica
diferido para momento futuro pela transferência da responsabilidade
tributária ao destinatário, desde que seja contribuinte do mesmo Estado.
Ocorre, por exemplo, com o produtor rural que vende frutas para a indústria
de sucos. O ICMS devido pelo produtor rural será exigido somente na
indústria.

(ii) Substituição tributária de operações e prestações concomitantes


– é a que ocorre quando a lei confere o dever de recolher o ICMS na
prestação do serviço de transporte ao contribuinte do ICMS que contratou
esse serviço de transporte.

(iii) Substituição tributária de operações subsequentes (retenção do


ICMS na fonte) (“para frente” progressiva) – é a que o Estado exige do

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fabricante ou importador o ICMS devido pelas operações subsequentes,


utilizando um valor presumido como base de cálculo dessas operações.

No acórdão abaixo, um caso de substituição tributária aplicada a outro


tributo que não o ICMS.
RE 393.946 MG
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL: SEGURIDADE. RETENÇÃO DE 11% SOBRE O
VALOR BRUTO DA NOTA FISCAL OU DA FATURA DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. Lei 8.212/91, art. 31, com a redação da Lei 9.711/98. I. -
Empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão-
de-obra: obrigação de reter onze por cento do valor bruto da
nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher a
importância retida até o dia 2 do mês subseqüente ao da emissão da
respectiva nota fiscal ou fatura, em nome da empresa cedente da
mão-de-obra: inocorrência de ofensa ao disposto no art. 150, §
7º, art. 150, IV, art. 195, § 4º, art. 154, I, e art. 148 da CF. II. - R.E.
conhecido e improvido.

O que foi confirmado no acórdão abaixo:


RE AgR 349.549 PR
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE
SOCIAL. RETENÇÃO EM NOTA FISCAL. LEI 9.711/98. 1. Como ficou
assentado no julgamento do RE 393.946, a forma de recolhimento
instituída pela Lei 9.711/98 tem como objetivo dificultar a sonegação
das contribuições para a Previdência Social. Não se criou nenhum novo
tributo, apenas conferiu-se a terceiro a responsabilidade pelo
recolhimento de exação já existente (arts. 128 do CTN e 150, §
7, da CF/88). 2. Longe de ofender o princípio da isonomia, essa
sistemática deu-lhe efetividade, ao coibir a sonegação de tributos e
garantir que todos os contribuintes recolham a contribuição à
Previdência Social, independentemente da forma de contratação da
mão-de-obra. Não existe, portanto, qualquer tratamento desigual em
razão da ocupação profissional do contribuinte. 3. Agravo regimental
improvido.

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3. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR TRANSFERÊNCIA

3.1. RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES

Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos
tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à
data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos
mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até
a referida data.

Se a obrigação tributária surge até a data dos atos referidos nas normas de
responsabilidade tributária por sucessão (arts.130 a 133), não importa se os
créditos tributários:
(i) estavam definitivamente constituídos nessa data; ou
(ii) estavam em curso de constituição nessa data; ou
(iii) não estavam ainda constituídos nessa data,
aplicar-se-ão as regras de responsabilidade por sucessão.

Por exemplo, se João foi proprietário de imóvel urbano de 01.01.2008 até


31.10.2010, quando veio a falecer (data de um dos atos referidos na seção
“responsabilidade dos sucessores”), mesmo que os créditos tributários
correspondentes (IPTU de 2008, 2009 e 2010) não estejam constituídos (ou
seja, não foram lançados) nessa data do falecimento, o espólio é
pessoalmente responsável pelos IPTU’s de 2008 a 2010, porque as
respectivas obrigações tributárias surgiram em 01.01.2008, 01.01.2009 e
01.01.2010 com a ocorrência dos respectivos fatos geradores, ou seja, antes
da data do falecimento (31.10.2010).

Essa responsabilidade tributária abrange não só o valor do tributo


(principal), mas também as multas moratórias. Nesse sentido:

REsp 295.222 SP
TRIBUTÁRIO. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 2º, § 8º, DA LEI 6.830, DE
1980, E DO ART. 131, III, DO CTN.
[...]
2. Ocorrendo a morte do devedor, o representante do espólio é
chamado ao processo como sucessor da parte passiva, dando
continuidade, com a sua presença, pela via da citação, a relação
jurídico-processual. 3. A multa moratória é imposição decorrente do

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não pagamento do tributo na época do vencimento. 4. Na expressão


créditos tributários estão incluídas as multas moratórias. 5. O espólio,
quando chamado como sucessor tributário, é responsável pelo
tributo declarado pelo "de cujus" e não pago no vencimento,
incluindo-se o valor da multa moratória.
6. Precedentes do STF: RE 74.851, RE 59.883, RE 77.187-SP e RE
83.613-SP. Precedente do STJ: Resp 3097-90/RS, Rel. Min. Garcia
Vieira, DJU de 1.11.90, pg. 13.245.
7. Recurso improvido.

3.1.1. ADQUIRENTES DE IMÓVEIS

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador


seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e
bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes
a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na
pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a
prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
rogação ocorre sobre o respectivo preço.

Se eu compro um imóvel e não tenho a certidão que comprova a quitação


dos tributos que sobre ele incidem (certidão negativa): IPTU, taxa de lixo e
contribuição de melhoria, todos com fatos geradores anteriores à minha
aquisição; então os créditos tributários correspondentes subrogam-se na
(transferem-se para) minha pessoa.

3.1.1.1. Certidão Negativa

Se o adquirente do imóvel possuir a certidão negativa dos tributos incidentes


sobre o mesmo (título com a prova de sua quitação), e posteriormente
aparecerem créditos apurados relativos a obrigações tributárias anteriores à
data da aquisição, esses créditos não poderão ser exigidos do adquirente
(ele não pode, nessa situação ser enquadrado como responsável tributário
por sucessão), mas sim do transmitente, que era contribuinte antes da
transmissão do imóvel.

3.1.1.2. Arrematação em Hasta Pública

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Se o imóvel vai a leilão público (hasta), o valor por ele pago (preço de
arrematação) vai ser utilizado para quitação dos tributos sobre ele devidos.

O adquirente recebe o imóvel desonerado de quaisquer ônus tributários


devidos até a data da realização da hasta.

Se o preço de arrematação não for suficiente para quitar todo o débito


tributário, não fica o arrematante responsável pelo eventual saldo devedor.

REsp 707.605 SP
TRIBUTÁRIO E FALÊNCIA – PROCEDIMENTO DE LIQUIDAÇÃO PARA
REALIZAÇÃO DO ATIVO DA MASSA – VENDA POR PROPOSTAS – ART.
118 DO DECRETO-LEI 7.661/45 – RESPONSABILIDADE PELO
PAGAMENTO DOS TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O IMÓVEL –
APLICAÇÃO DO ART. 130, PARÁGRAFO ÚNICO DO CTN.
[...]
2. Se a alienação se dá por leilão público, ficam sub-rogados no
preço da arrematação os créditos tributários eventualmente
pendentes sobre imóvel alienado, conforme determinação do
art.130, parágrafo único, do CTN.
3. [...], como se trata de espécie do gênero "hasta pública", a situação
se resolve, [...], com a sub-rogação (abatimento) do tributo
sobre o preço da venda. Precedente da Segunda Turma do STJ.
4. Recurso especial improvido.

ATENÇÃO: O adquirente pode ficar responsável pelas taxas incidentes sobre


o imóvel, mas não pelas taxas devidas em função da atividade que se
exerceu no imóvel (taxas pelo exercício do poder de polícia) como
taxa de fiscalização de estabelecimento e taxa de anúncios, por exemplo.

É que o adquirente adquire o imóvel e não o fundo de comércio que


eventualmente nele se desenvolveu.

3.1.2. RESPONSABILIDADE PESSOAL DO ADQUIRENTE OU


REMITENTE DE BENS MÓVEIS

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens
adquiridos ou remidos; (Vide Decreto Lei nº 28, de 1966). [...]

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ATENÇÃO:
REMISSÃO = PERDÃO
REMIÇÃO = RESGATE

A remissão no direito tributário é uma modalidade de extinção do crédito


tributário (art.156, IV, CTN)

A remição é o ato em que o devedor paga a dívida e resgata um bem. Está


presente no Código de Processo Civil como modalidade de aquisição de
bens, ao lado da arrematação e da adjudicação, no contexto da execução
judicial, em que, por exemplo, interessados, como o cônjuge, o descendente
ou o ascendente do devedor resolvem remir (resgatar) o bem ou bens
penhorados num processo de insolvência, depositando o preço por que
foram alienados ou adjudicados.

Apesar de não expresso no dispositivo, essa aquisição ou remição é de bens


móveis, pois a de bens imóveis foi regulada no artigo anterior.

Para obrigação tributária surgida antes da tradição (= transferência) do bem


móvel, o adquirente ou remitente do bem são responsáveis tributários; e
para obrigação tributária surgida após a tradição do bem móvel, o
adquirente ou remitente são contribuintes.

3.1.3. RESPONSABILIDADE PESSOAL DO ESPÓLIO, DO SUCESSOR E


DO CÔNJUGE MEEIRO

Art. 131. São pessoalmente responsáveis: [...]


II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos
devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação,
limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado
ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
abertura da sucessão.

ESPÓLIO = Universalidade de bens e direitos deixados pelo de cujus.

O espólio, apesar de não possuir personalidade jurídica, pode ser sujeito


passivo, e é representado pelo INVENTARIANTE.

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Momento 1 Momento 2 Momento 3

FG1 FG2

MORTE =
ABERTURA DA PARTILHA
SUCESSÃO

FG = FATO GERADOR

Em momento 1, nem há de cujus ainda:


O vivo é o contribuinte

Em momento 2, existe o espólio:


Para FG1:
DE CUJUS - CONTRIBUINTE
ESPÓLIO - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PESSOAL
(art.131, III, CTN)

Para FG2:
ESPÓLIO - CONTRIBUINTE
INVENTARIANTE - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA “SOLIDÁRIA”
(art.134, IV, CTN)

Em momento 3:
Para FG1:
DE CUJUS - CONTRIBUINTE
SUCESSOR E MEEIRO - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PESSOAL
(art.131, II, CTN)

Essa responsabilidade tributária do sucessor e do cônjuge meeiro é limitada


ao montante do quinhão, do legado ou da meação recebidos. Ou seja,

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se a dívida for maior do que eles têm para receber, não terão que usar seu
próprio patrimônio para quitá-la.

QUINHÃO = é parte do patrimônio deixado pelo de cujus.

LEGADO = é coisa determinada deixada pelo de cujus por intermédio de um


testamento.

MEAÇÃO = é a metade do patrimônio do casal que pertence ao cônjuge


meeiro. Não se confunde com a herança.

01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a


responsabilidade tributária, assinale a opção correta.
a) O transportador, ao firmar termo de responsabilidade por determinada
mercadoria, pode ser considerado, por ato da autoridade administrativa,
responsável pelo pagamento do ICMS.
b) O espólio, até a data da abertura da sucessão, e o sucessor, até a data da
partilha, no que se refere aos tributos devidos pelo de cujus, podem ser
considerados, respectivamente, responsável tributário e contribuinte.
c) Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção do imposto
de renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação pelo
pagamento do tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido.
d) Na substituição tributária progressiva, o dever de pagar o tributo recai
sobre o contribuinte que ocupa posição posterior na cadeia produtiva.
e) Na substituição tributária para frente não há recolhimento de imposto ou
contribuição antes da ocorrência do fato gerador, mas apenas a antecipação
de seu pagamento por responsável definido por lei.

Resolução

a) ERRADA. Ato da autoridade administrativa não pode fazer surgir


responsabilidade tributária, mas sim a lei.
b) ERRADA. O espólio, até a data da abertura da sucessão (art.131, III,
CTN), e o sucessor, até a data da partilha, no que se refere aos tributos
devidos pelo de cujus (art.131, II, CTN), ambos são responsáveis
tributários.
c) ERRADA. Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção
do imposto de renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação
pelo pagamento do tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido, DESDE

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QUE A LEI PREVEJA, basta ver a parte final do art.128, CTN: “excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação”.
d) ERRADA. Na substituição tributária progressiva (OU PARA FRENTE), o
dever de pagar o tributo recai sobre o contribuinte que ocupa posição
posterior ANTERIOR na cadeia produtiva.
e) CORRETA. Na substituição tributária para frente não há recolhimento de
imposto ou contribuição antes da ocorrência do fato gerador, mas apenas a
antecipação de seu pagamento por responsável definido por lei. É O FATO
GERADOR PRESUMIDO.

GABARITO: E

02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF)


Os créditos tributários relativos ao imposto territorial rural sub-rogam-se
na pessoa do adquirente do imóvel?
E se constar do título a prova de sua quitação, é o adquirente responsável
por esses créditos tributários?
Responde o espólio pelos tributos devidos pelo falecido até a data da
abertura da sucessão?
a) sim, sim, sim.
b) sim, não, sim
c) sim, não, não
d) não, não, não
e) não, não, sim

Resolução

Os créditos tributários relativos ao imposto territorial rural sub-rogam-se


na pessoa do adquirente do imóvel? SIM (art.130, caput, CTN).
E se constar do título a prova de sua quitação, é o adquirente responsável
por esses créditos tributários? NÃO (art.130, parte final do caput, CTN)
Responde o espólio pelos tributos devidos pelo falecido até a data da
abertura da sucessão? SIM (art.131, III, CTN).

GABARITO: B

3.1.4. RESPONSABILIDADE POR FUSÃO, TRANSFORMAÇÃO,


INCORPORAÇÃO E CISÃO

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3.1.4.1. Responsabilidade por Sucessão Abrange a Multa Tributária


De início, cabe ressaltar que a jurisprudência é firmada no sentido de que a
responsabilidade por sucessão empresarial (abrange não só o art.132, mas
também o art.133, CTN) abrange também os créditos tributários decorrentes
de multa.

Nesse sentido, o REsp 670.224 RJ:


TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. EMPRESA
INCORPORADORA. SUCESSÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO
SUCESSOR. CDA. APLICAÇÃO. ARTS. 132 E 133 DO CTN.
PRECEDENTES.
[...]
2. Os arts. 132 e 133 do CTN impõem ao sucessor a responsabilidade
integral, tanto pelos eventuais tributos devidos quanto pela
multa decorrente, seja ela de caráter moratório ou punitivo. A
multa aplicada antes da sucessão se incorpora ao patrimônio
do contribuinte, podendo ser exigida do sucessor, sendo que, em
qualquer hipótese, o sucedido permanece como responsável. É devida,
pois, a multa, sem se fazer distinção se é de caráter moratório ou
punitivo; é ela imposição decorrente do não-pagamento do tributo na
época do vencimento.
3. Na expressão “créditos tributários” estão incluídas as multas
moratórias. A empresa, quando chamada na qualidade de sucessora
tributária, é responsável pelo tributo declarado pela sucedida e não
pago no vencimento, incluindo-se o valor da multa moratória.
4. Precedentes das 1ª e 2ª Turmas desta Corte Superior e do colendo
STF.
5. Recurso especial não provido.

Coerente o acórdão, já que o patrimônio transmitido não é composto


somente de direitos, mas também de obrigações, entre as quais a multa se
insere.

Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,


transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável
pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. [...]

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A definição desses conceitos é encontrada na Lei nº 6.404/76, Lei das S.A.:

3.1.4.2. Fusão, Transformação, Incorporação e Cisão

(i) Fusão

Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais


sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em
todos os direitos e obrigações.

Sociedade
“A”

Sociedade
“C”

Sociedade
“B”

(ii) Transformação

Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade


passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo
para outro.

Sociedade Sociedade
“A” Ltda. “A” S.A.

Veja que, conforme o dispositivo, a rigor, não há qualquer transmissão


patrimonial, sendo a sociedade o mesmo contribuinte, que apenas mudou de
tipo societário. Mas, para efeito de concurso público, a transformação traz
uma espécie de responsabilidade tributária por sucessão empresarial.

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(iii) Incorporação

Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais


sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os
direitos e obrigações.

ANTES DEPOIS

Sociedade
“A”

Sociedade
Sociedade
“C” “C ”
Sociedade
“B”

(iv) Cisão

Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere


parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades,
constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou
dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.

§ 1º Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que absorver


parcela do patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos
e obrigações relacionados no ato da cisão; no caso de cisão com
extinção, as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da
companhia cindida sucederão a esta, na proporção dos patrimônios
líquidos transferidos, nos direitos e obrigações não relacionados.
[...]

Repare que a cisão não foi fato expressamente previsto pelo CTN como
ensejador de responsabilidade tributária por sucessão. Mas não poderia ser

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diferente, porque essa figura só foi surgir no direito positivo brasileiro pela
Lei das S.A., que foi concebida somente em 1976, posteriormente, portanto,
ao CTN.

A jurisprudência é pacífica nesse sentido:


REsp 852.972 PR:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO.
CISÃO DE EMPRESA. HIPÓTESE DE SUCESSÃO, NÃO PREVISTA NO
ART. 132 DO CTN. REDIRECIONAMENTO A SÓCIO-GERENTE.
INDÍCIOS SUFICIENTES DE FRAUDE.
[...]
2. Embora não conste expressamente do rol do art. 132 do CTN, a
cisão da sociedade é modalidade de mutação empresarial sujeita,
para efeito de responsabilidade tributária, ao mesmo tratamento
jurídico conferido às demais espécies de sucessão (REsp 970.585/RS,
1ª Turma, Min. José Delgado, DJe de 07/04/2008).
3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, desprovido.

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Cisão Parcial:

ANTES DEPOIS

Sociedade
“B”

Sociedade Soc.
“A ”
“ A”

Sociedade
“C”

Cisão Total:

ANTES DEPOIS

Sociedade
“B”

Sociedade

“ A”

Sociedade
“C”

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3.1.5. RESPONSABILIDADE POR EXTINÇÃO DE EMPRESA E


CONTINUAÇÃO PELO SÓCIO OU ESPÓLIO

Art.132, Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos


de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a
exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão
social, ou sob firma individual.

A ideia é que, se qualquer sócio, ou seu espólio, continuar a mesma


atividade da empresa extinta, não importa se essa nova empresa tem a
mesma razão social, se é firma individual (empresa individual no Código Civil
de 2002) ou mesmo se está irregular (art.126, III, CTN).

ATENÇÃO: Não é o sócio que responde, mas sim a empresa criada por ele
que continua a mesma atividade da empresa extinta.

3.1.6. RESPONSABILIDADE POR AQUISIÇÃO DE FUNDO DE


COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO COMERCIAL, INDUSTRIAL OU
PROFISSIONAL

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que


adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social
ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio,
indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão. [...]

1º) Não se trata de alienação da empresa, mas sim de conjunto de bens


corpóreos e incorpóreos que facilitam o exercício da atividade
mercantil. É a definição do conceito de fundo de comércio, que pode ser

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entendido como sinônimo de estabelecimento comercial, industrial ou


profissional.

A alienação tão somente da Razão social (= tipo de nome empresarial,


protegido por lei, composto pelo nome civil dos sócios, completo ou
abreviado, seguido da expressão “e Companhia” ou “e Cia.") não enseja a
sucessão tributária do art.133, CTN.

2º) Só se aplica a responsabilidade tributária deste dispositivo se o


adquirente continuar a exploração do estabelecimento.

3º) RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE:

INTEGRAL: Alienante para a exploração por mais de 6 meses ou em


definitivo.

SUBSIDIÁRIA: Alienante para a exploração por menos de 6 meses ou não


parou.

SUBSIDIÁRIA = Primeiro o Fisco tem de exigir os tributos do alienante. Se


restar fracassada essa opção, aí sim pode demandar o
adquirente.

4º) Só os tributos envolvidos com o estabelecimento comercial


adquirido cairão nessa regra de responsabilidade tributária. Por exemplo, o
adquirente irá responder pelo IPTU do imóvel do estabelecimento e pelo ISS
se o estabelecimento é prestador de serviço, mas não pelo Imposto de
Renda da empresa que lhe alienou o estabelecimento.

5º) Pessoa que se instala (locatária) em imóvel que antes tinha como
locatária outra pessoa devedora não está adquirindo fundo de comércio
ou estabelecimento dessa devedora, não ensejando a responsabilidade
tributária do art.133, CTN (REsp 108.873 SP).

3.1.6.1. Alienação Judicial em Processo de Falência ou de


Recuperação Judicial – Não Responsabilidade Tributária

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Art.133, § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na


hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de
recuperação judicial. [...]

Os parágrafos do art.133, CTN, foram inseridos pela LC 118/2005 com o


intuito de retirar um entrave ao funcionamento dos institutos da falência e
da concordata: o fato de a sucessão empresarial ser acompanhada da
responsabilidade tributária para o adquirente da empresa ou do fundo de
comércio.

Isso impossibilitava as empresas que estivessem passando por dificuldades


de tentar alienar parte de seu patrimônio para se recuperarem
financeiramente.

A prova de que o aspecto tributário era o principal entrave ao funcionamento


desses institutos é que a modernização da legislação a respeito (a
concordata foi substituída pela recuperação judicial) seu deu com a nova lei
de falências (Lei nº 11.101/2005) sendo aprovada exatamente na mesma
data em que foi aprovada a LC 118/2005. Essa nova lei de falências não
teria êxito se não fossem inseridas, concomitantemente, as alterações
necessárias no CTN que com aqueles institutos tivessem correlação.

Assim, o §1º do art.133 traz as situações em que não se aplica a


responsabilidade tributária por aquisição de fundo de comércio:
(i) Alienação judicial em processo de falência; e
(ii) Alienação judicial de filial ou unidade produtiva isolada, em processo
de recuperação judicial.

Mas, essas situações poderiam ensejar diversas fraudes, já que bastaria


uma empresa endividada vender suas filiais para pessoas vinculadas a seus
sócios, as quais ficariam livres de quaisquer ônus tributários, ficando a
empresa endivida só com a “parte podre”, as dívidas tributárias entre
outras, frustrando seus credores.

Por isso previu-se, no §2º, as hipóteses em que não se aplica o §1º anterior
e ocorre a responsabilidade tributária por aquisição de fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, como se vê abaixo.

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3.1.6.2. Vínculo do Adquirente com a Sociedade Falida ou em


Recuperação Judicial – Exceção à Não Responsabilidade Tributária

Art.133, § 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o


adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou
sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação
judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau,
consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação
judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em
recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão
tributária.

Parece bastante óbvio que não daria para admitir que um sócio da sociedade
falida ou em recuperação judicial, ou um parente próximo seu, adquirisse
filiais dessa sociedade sem arcar com a correspondente responsabilidade
tributária.

O dispositivo tenta ser mais abrangente para evitar as fraudes com um texto
aberto no inciso III, em que se se percebe, na situação fática, objetivo de
fraudar a sucessão tributária, já se deve caracterizar a responsabilidade
tributária do adquirente, não se aplicando o §1º.

Em consonância com o espírito da nova Lei de Falências, de, entre outras


coisas, evitar que o ônus tributário contribua para o fracasso do processo de
falência ou de recuperação judicial, foi inserido o §3º ao art.133, CTN, o qual
veda a utilização de recursos provenientes da alienação da empresa ou de
alguma unidade sua para pagamento de créditos tributários.

Art.133, § 3o Em processo da falência, o produto da alienação


judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá
em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de
1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser
utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de
créditos que preferem ao tributário.

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3.2. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

3.2.1. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS POR IMPOSSIBILIDADE


DE EXIGÊNCIA DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL PELO CONTRIBUINTE

Responsabilidade de Terceiros
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento
da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente
com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que
forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados
ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos
devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida
ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício,
pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante
eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de
penalidades, às de caráter moratório.

Essa responsabilidade pressupõe duas condições:


(i) O contribuinte não poder cumprir com sua obrigação

Essa responsabilidade, apesar de o caput do art.134, CTN, falar em


solidariedade, apresenta-se como subsidiária, pois o dispositivo só fala em ir
atrás dessas pessoas após esgotadas as possibilidades de o contribuinte
adimplir o crédito tributário.

NO ENTANTO, PARA EFEITO DE CONCURSO PÚBLICO, essa responsabilidade


é SOLIDÁRIA, mas somente podendo ser demandado o terceiro quando não
possível o cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte.

(ii) O terceiro participar do ato que caracteriza o fato gerador ou se omitir


indevidamente a respeito

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Se, por exemplo, o terceiro inventariante de um espólio verificar que o


espólio não possui recursos para o pagamento do IPTU relativo ao bem
imóvel que desse espólio faz parte, não terá o inventariante se omitido a
respeito, não se caracterizando a responsabilidade tributária do art.134, IV.

Com relação ao inciso V, cabe a atualização da nomenclatura com o advento


da nova Lei de Falências (Lei nº 11.101/2005):
Síndico => Administrador Judicial
Concordatário => Empresa em processo de Recuperação Judicial

Com relação ao inciso VI, um exemplo de omissão que enseja a


responsabilidade tributária para o terceiro Tabelião ou escrivão é ele não
exigir do contribuinte de ITBI, que comprou seu imóvel e vai levá-lo a
registro no cartório de imóveis, a comprovação do pagamento do referido
imposto antes de efetuar o registro da transmissão desse imóvel.

No tocante ao inciso VII, quando o CTN fala em “sociedades de pessoas”,


refere-se a sociedades cuja responsabilidade dos sócios é ilimitada, nos
termos da lei civil, pois não haveria sentido o sócio, por atos normais seus,
responder com seus bens pessoais perante dívidas da sociedade, já que, em
regra, o patrimônio dos sócios não se confunde com o da sociedade
correspondente.

O que pode acontecer é o sócio responder pessoalmente, não por ser sócio,
mas sim por ser sócio-gerente e ter agido com excesso de poder ou infração
de lei, contrato social ou estatuto, o que será visto, quando tratarmos do
art.135, CTN.

Art.134, Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em


matéria de penalidades, às de caráter moratório.

Espécies de multa (classificação doutrinária):


(i) Multa Moratória – é a decorrente de atraso no pagamento da obrigação
tributária;
(ii) Multa de Ofício (ou Punitiva) – é a decorrente de atos ilícitos isolados.

Pelo que dispõe o parágrafo único do art.134, só podem ser imputadas


aos responsáveis discriminados no art.134, as multas moratórias. As
multas punitivas, para serem aplicadas, dependem da caracterização de
infração, conforme os artigos seguintes (135 a 138).

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03- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF)


• O imposto territorial rural incidente sobre um imóvel, em cujo título
aquisitivo conste ter sido quitado, sub-roga-se na pessoa do respectivo
adquirente?
• Neste caso, o tabelião em cujas notas foi feita a escritura responde pelo
imposto?
• A incorporação de uma instituição financeira por outra, a bem da
segurança do sistema financeiro, e mediante o assentimento da autoridade
competente, extingue as obrigações da incorporada?
a) Sim, Sim, Sim
b) Sim, Sim, Não
c) Sim, Não, Sim
d) Não, Não, Não
e) Não, Sim, Não

Resolução

• NÃO. O imposto territorial rural incidente sobre um imóvel, em cujo título


aquisitivo conste ter sido quitado, sub-roga-se na pessoa do respectivo
adquirente, SALVO QUANDO CONSTE DO TÍTULO A PROVA DE SUA
QUITAÇÃO (art.130, CTN).
• SIM. Art.134, VI, CTN.
• NÃO. Na incorporação de uma pessoa jurídica de direito privado
(instituição financeira ou não) por outra, a pessoa jurídica de direito privado
que resultar da incorporação é responsável pelos tributos devidos até à data
do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas
ou incorporadas (art.132, CTN).

a) Sim, Sim, Sim


b) Sim, Sim, Não
c) Sim, Não, Sim
d) Não, Não, Não
e) Não, Sim, Não

GABARITO: E

3.2.2. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS POR EXCESSO DE PODER

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Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos


correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato
social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas
de direito privado.

Essa responsabilidade está relacionada à extrapolação, por parte das


pessoas ali referidas, no exercício da competência que lhes foi conferida.

Por exemplo, um gerente da empresa decide adquirir um imóvel para o


patrimônio da empresa, mas depois se descobre que ele não tinha o poder
para tomar essa decisão, conforme o contrato social da empresa.

Comprovado o excesso de poder, esse gerente é responsável tributário pelo


ITBI decorrente da aquisição desse imóvel, pois a obrigação tributária
correspondente resultou de um ato praticado com excesso de poder.

DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE


A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de entender aplicável a
responsabilidade tributária prevista no art.135, III, CTN, alcançando o sócio-
gerente quando houver dissolução irregular da sociedade.

REsp 1.104.064 RS
[...]
4. Doutrina abalizada situa a dissolução irregular como hipótese de
infração à lei, contida no caput do art. 135 do CTN, que prescreve as
condutas dolosas ensejadoras da responsabilidade pessoal do agente
[...]
5. Destarte, a liquidação irregular da sociedade gera a presunção da
prática de atos abusivos ou ilegais, uma vez que o administrador que
assim procede age em infração à lei comercial, incorrendo no item III,
do art. 135, do CTN, ressoando inequívoca a possibilidade de
redirecionamento da execução para o sócio-gerente, com a inversão
do ônus da prova. [...]

Esse entendimento, inclusive, originou súmula do STJ a respeito:

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Súmula 435, STJ:


Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de
funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos
competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal
para o sócio-gerente.

04- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF)


(1) Sub-roga-se no adquirente
(2) Sub-roga-se no alienante
(3) Responsabilidade pessoal
(4) Responsabilidade solidária
(5) Responsabilidade do mandante
Observadas as expressões numeradas de (1) a (5), verifique qual a
seqüência de números referente aos itens (i) a (iii).
(i) Crédito referente a taxa de prestação de serviços, não quitada, relativa a
imóvel transferido.
(ii) Responsabilidade dos pais por obrigação tributária principal de filho
menor por atos em que intervierem.
(iii) Responsabilidade tributária decorrente de ato do procurador, praticado
extra vires, isto é, além dos poderes que lhe foram conferidos.
a) (1) (4) (3)
b) (2) (3) (4)
c) (1) (2) (5)
d) (5) (4) (4)
e) (2) (3) (5)

Resolução

(i - 1) Crédito referente a taxa de prestação de serviços, não quitada,


relativa a imóvel transferido SUB-ROGA-SE NO ADQUIRENTE (art.130, CTN).
(ii - 4) Responsabilidade dos pais por obrigação tributária principal de filho
menor por atos em que intervierem é RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
(art.134, I, CTN).
(iii - 3) Responsabilidade tributária decorrente de ato do procurador,
praticado extra vires, isto é, além dos poderes que lhe foram conferidos é
RESPONSABILIDADE PESSOAL (art.135, CTN).

GABARITO: A

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3.3. RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES

3.3.1. INDEPENDE DA INTENÇÃO DO AGENTE

Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade


por infrações da legislação tributária independe da intenção do
agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos
efeitos do ato.

Em regra, no direito tributário, a responsabilidade por infrações tributárias é


objetiva.

Responsabilidade SUBJETIVA – depende da constatação de DOLO ou CULPA


por parte do agente.

DOLO - quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.


CULPA - quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia.

Responsabilidade OBJETIVA – independe da constatação de dolo ou culpa


por parte do agente.

Mas o “salvo disposição em contrário” do art.136 possibilita ao legislador


conferir subjetividade a responsabilidade tributária decorrente de algumas
infrações.

Exemplo disso é o §1º do art.44 da Lei federal nº 9.430/1996 (com a


redação dada pelo Lei nº 11.488/2007), que prevê a duplicação da multa de
75% do valor do imposto por falta de recolhimento, falta de declaração ou
em caso de declaração inexata, duplicação esta quando houver sonegação,
fraude ou conluio, que são todos comportamentos dolosos (arts.71, 72 e 73,
Lei nº 4.502/1964). É o que se chama de multa qualificada.

3.3.2. RESPONSABILIDADE PESSOAL DO AGENTE POR INFRAÇÃO

Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:

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I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou


contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de
administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do
agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de
dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem
respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus
mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de
direito privado, contra estas.

Na medida em que há gravidade na conduta do agente em certas situações,


para tais o CTN estabelece responsabilidade pessoal para ele, que agiu
contra a pessoa contribuinte. Assim, nesse caso, a pessoa contribuinte deve
pagar o tributo, e o agente infrator, a multa tributária.

Não aplicação da responsabilidade pessoal ao agente:


Infração praticada no exercício regular de administração, mandato,
função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa
emitida por quem de direito – é uma situação em que o agente é apenas um
executor das ordens previstas na sua empresa.

Infrações em cuja definição o dolo específico seja elementar:


Dolo específico é aquele em que o agente almeja uma finalidade específica
com a prática do delito.

E esse dolo específico será elementar quando estiver previsto na própria


definição da infração.

Por exemplo. No Código Penal, há o crime perigo de contágio venéreo,


previsto no art.130, (“Expor alguém, por meio de relações sexuais ou
qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou
deve saber que está contaminado”), com uma pena; e o mesmo crime com
a “intenção do agente transmitir a moléstia” (art.130, §1º), com outra pena.

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Infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:


Por exemplo, o tabelião que recebeu o dinheiro do cidadão que comprou um
imóvel para pagamento do ITBI, mas não recolhe o imposto, ficando com o
valor para si.

Descoberta a infração, será exigido o principal do ITBI do contribuinte


(adquirente do imóvel) e a multa tributária do tabelião.

3.3.3. DENÚNCIA ESPONTÂNEA

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da


infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido
e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de
apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida
de fiscalização, relacionados com a infração.

1º) Qualquer comunicação por parte do Fisco, desde que seja formal,
enseja a aplicação do parágrafo único do art.138.

2º) Não basta confessar; tem que efetuar o pagamento do tributo devido, da
multa moratória (só a multa punitiva é afastada com a denúncia
espontânea) e dos juros de mora.

3º) Descumprimento de obrigação acessória autônoma não está coberta


pela denúncia espontânea (REsp 322.505 PR).

4º) Parcelamento não se considera pagamento para fins de denúncia


espontânea. Se quiser se valer do benefício, deve depositar o montante
integral do tributo devido (REsp 284.189 SP).

05- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Responda de


acordo com as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional.
O benefício da denúncia espontânea da infração, previsto no art. 138 do
Código Tributário Nacional, é aplicável, em caso de parcelamento do débito,

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para efeito de excluir a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento de


multa moratória?
O síndico de massa falida responde pessoalmente pelos créditos
tributários correspondentes a obrigações tributárias que resultem de atos
praticados por ele, no exercício de suas funções, com excesso de poderes ou
infração de lei?
A responsabilidade pessoal do sucessor a qualquer título e do cônjuge
meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, está limitada à metade do quinhão do legado ou da meação?
a) Não, não, sim
b) Não, sim, não
c) Não, sim, sim
d) Sim, sim, não
e) Sim, sim, sim

Resolução

NÃO. É necessário o pagamento do montante integral e a multa moratória


não é albergada pela denúncia espontânea.
SIM. Art.135, I, CTN.
NÃO. A responsabilidade pessoal do sucessor a qualquer título e do
cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha
ou adjudicação, está limitada AO MONTANTE DO QUINHÃO, DO LEGADO OU
DA MEAÇÃO (art.131, II, CTN).

GABARITO: B

06- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF)


- No caso de menor que possua bens próprios, respondem solidariamente
com este nos atos praticados por terceiros os pais ou tutores respectivos.
- Pela multa tributária resultante de atos praticados com excesso de poderes
pelo mandatário, em benefício do mandante, responde perante o fisco,
pessoalmente, o procurador.
- Segundo o Código Tributário Nacional, a denúncia espontânea da infração,
acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, afasta a
responsabilidade pela multa.
Escolha a opção que considerar acertada.
a) As três assertivas são corretas.
b) As três são falsas.
c) São corretas as duas últimas, não a primeira.

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d) São corretas as duas primeiras, não a última.


e) Está correta apenas uma das três assertivas.

Resolução

- FALSA. No caso de menor que possua bens próprios, respondem


solidariamente com este nos atos praticados por terceiros os pais ou tutores
respectivos NOS ATOS EM QUE INTERVIEREM OU PELAS OMISSÕES DE QUE
FOREM RESPONSÁVEIS.
- CORRETA. Art.135, II, CTN.
- CORRETA. Art.138, CTN.

GABARITO: C

07- (PROCURADOR JURÍDICO DA CÂMARA DE VEREADORES


MUNICÍPIO SANTA BÁRBARA D’OESTE 2010 FMP-RS) Aquele que tem
relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador da obrigação tributária denomina-se
(A) sujeito ativo.
(B) responsável por substituição.
(C) responsável por transferência.
(D) responsável por antecipação.
(E) contribuinte.

Resolução

(A) ERRADA. sujeito ativo é aquele que ocupa o polo ativo da obrigação
tributária. Possui a capacidade tributária ativa.
(B) ERRADA. Responsável por substituição – aquele que quando da
ocorrência do fato gerador, já era originalmente responsável tributário, por
força de lei.
(C) ERRADA. Responsável por transferência – aquele que quando da
ocorrência do fato gerador, não era responsável tributário, passando a sê-lo
por conta de acontecimento previsto em lei.
(D) ERRADA. Responsável por antecipação = substituição tributária para
frente.
(E) CORRETA. Art.121, parágrafo único, I, CTN.

GABARITO: E

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Aula 09 – Responsabilidade Tributária

08- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Analisar.


I - Os empregados não podem ser pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poder.
II - No caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente os sócios no caso de
liquidação de sociedade de pessoas.
III - As hipóteses de responsabilidade de terceiros só se aplicam em matéria
de penalidade, as de caráter moratório.
IV - O adquirente é responsável tributário pelos tributos relativos aos bens
adquiridos.
Sobre as assertivas I, II, III, IV é certo afirmar que:
A todas são verdadeiras
B somente a I é falsa
C a I, a II e a III são verdadeiras
D somente a II é falsa
E todas são falsas.

Resolução

I – FALSA. Os empregados não podem ser pessoalmente responsáveis pelos


créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poder (Art.135, II, CTN).
II – VERDADEIRA. Art.134, VII, CTN.
III - VERDADEIRA. Art.134, parágrafo único, CTN.
IV - VERDADEIRA. O adquirente é responsável tributário pelos tributos
relativos aos bens adquiridos (art.131, I, CTN).

GABARITO: B

09- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010


ESAF) Em tema de responsabilidade tributária, julgue os itens a seguir:
I. sem prejuízo da responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo
Código Tributário Nacional, lei ordinária pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa sem vínculo com o
fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento
total ou parcial da referida obrigação;

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Aula 09 – Responsabilidade Tributária

II. a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data
do ato, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou
atividade;
III. os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito
privado e os administradores de bens de terceiros são pessoalmente
responsáveis pelos créditos da Fazenda Pública correspondentes a
obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de
poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.
Estão corretos:
a) apenas o item I.
b) apenas os itens I e II.
c) apenas os itens II e III.
d) apenas os itens I e III.
e) todos os itens estão corretos.

Resolução

I. ERRADO. sem prejuízo da responsabilidade tributária atribuída


diretamente pelo Código Tributário Nacional, lei ordinária pode atribuir de
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa
sem vínculo com o VINCULADA AO fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em
caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação
(art.128, CTN);
II. CORRETO. a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma
ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde
integralmente pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento
adquirido, devidos até a data do ato, se o alienante cessar a exploração do
comércio, indústria ou atividade (art.131, I, CTN);
III. CORRETO. os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas
de direito privado e os administradores de bens de terceiros são
pessoalmente responsáveis pelos créditos da Fazenda Pública
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com

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excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos (art.135,


III, CTN).

GABARITO: C

10- (ADVOGADO IRB BRASIL RESSEGUROS 2006 ESAF) Sobre a


responsabilidade tributária, tratada nos arts. 128 e seguintes do Código
Tributário Nacional, é incorreto afirmar-se que
a) o cônjuge meeiro é solidariamente responsável pelos tributos devidos
pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação.
b) o adquirente de um bem é pessoalmente responsável pelos tributos
relativos a este.
c) a pessoa jurídica de direito privado que resultar da fusão de outras é
responsável pelos tributos devidos até a data do ato por aquelas que tenham
sido fusionadas.
d) os administradores de bens de terceiros são solidariamente responsáveis
pelos tributos devidos por estes.
e) os diretores de uma sociedade empresária são pessoalmente
responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.

Resolução

a) INCORRETO. o cônjuge meeiro é solidariamente PESSOALMENTE


responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação (art.131, II, CTN).
b) CORRETO. o adquirente de um bem é pessoalmente responsável pelos
tributos relativos a este (art.131, I, CTN).
c) CORRETO. a pessoa jurídica de direito privado que resultar da fusão de
outras é responsável pelos tributos devidos até a data do ato por aquelas
que tenham sido fusionadas (art.132, CTN).
d) CORRETO. os administradores de bens de terceiros são solidariamente
responsáveis pelos tributos devidos por estes (art.134, III, CTN).
e) CORRETO. os diretores de uma sociedade empresária são pessoalmente
responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos (art.135, III, CTN).

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GABARITO: A

11- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 ESAF)


Assinale a opção correta.
“A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata restituição da quantia
paga, caso não se realize o fato gerador presumido” – art. 150, § 7º da
CRFB/88. O dispositivo referido veicula:
a) o instituto da substituição tributária para frente.
b) o lançamento por homologação.
c) um privilégio do crédito tributário.
d) hipótese de responsabilidade por sucessão.
e) sujeição passiva extraordinária.

Resolução

SEM COMENTÁRIOS.

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA FRENTE.

GABARITO: A

12- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e
com F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta.
( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente
responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do
legado ou da meação.
( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em
que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e
curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados.
( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação
ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos
até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
transformadas ou incorporadas.

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a) V, F, F
b) V, F, V
c) V, V, V
d) F, F, V
e) F, V, V

Resolução

(V) Art.131, II, CTN.


(F) Mesmo no caso de ser possível a NOS CASOS DE IMPOSSIBILIDADE DE
exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este, nos atos em que intervierem ou pelas
omissões de que forem responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos
devidos por seus tutelados ou curatelados (art.134, II, CTN).
(V) Art.132, CTN.

GABARITO: B

13- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Em atenção


ao tema substituição tributária, marque com V a assertiva verdadeira e com
F a falsa, assinalando ao final a opção correta correspondente.
( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal
Federal, o fato gerador presumido é provisório e, por isso, dá ensejo à
restituição ou complementação do imposto pago na hipótese de sua não-
realização ou realização em dimensão diversa da presumida.
( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal
Federal, o fato gerador presumido não é provisório mas sim definitivo, não
dando ensejo à restituição ou complementação do imposto pago, senão, no
primeiro caso, na hipótese de sua não-realização final.
( ) A substituição tributária progressiva, ou para frente, é técnica de
tributação introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda
Constitucional no 03, de 17 de março de 2003, e regulamentada pela Lei
Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996.
( ) Instituto que atende ao princípio da praticabilidade da tributação, a
substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por efeito o
diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente, pressupondo a
antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo devido de acordo com
uma base de cálculo estimada.
a) V, F, F, F

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b) F, V, F, V
c) F, V, V, F
d) V, F, V, V
e) V, F, V, F

Resolução

(F) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal


Federal, o fato gerador presumido NÃO é provisório e, por isso, NÃO dá
ensejo à restituição ou complementação do imposto pago na hipótese de sua
realização em dimensão diversa da presumida, MAS SOMENTE NA HIPÓTESE
DE SUA não-realização (RE 373.011-AgR RJ).
(V) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal
Federal, o fato gerador presumido não é provisório mas sim definitivo, não
dando ensejo à restituição ou complementação do imposto pago, senão, no
primeiro caso, na hipótese de sua não-realização final (RE 373.011-AgR RJ).
(F) Na verdade, ela já se baseava no art.128, CTN. Sua inserção no texto
constitucional pela Emenda Constitucional no 03/1993 só veio ratificar o
entendimento jurisprudencial dominante.
(V) Instituto que atende ao princípio da praticabilidade da tributação, a
substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por efeito o
diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente, pressupondo a
antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo devido de acordo com
uma base de cálculo estimada.

GABARITO: B

14- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante
e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
resposta correta.
( ) É permitido que lei ordinária atribua de modo expresso a
responsabilidade pessoal pelo crédito tributário a terceira pessoa sem
vínculo com o fato gerador da respectiva obrigação, sem prejuízo da
responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo Código Tributário
Nacional, nas hipóteses que menciona.
( ) Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito
privado, os mandatários, prepostos e empregados, entre outras pessoas
arroladas pelo Código Tributário Nacional, são pessoalmente responsáveis
pelos créditos da Fazenda Pública, correspondentes a obrigações tributárias

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resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,


contrato social ou estatutos.
( ) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data
do ato, se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
a) F, V, V
b) F, V, F
c) V, F, F
d) V, V, F
e) V, F, V

Resolução

(F) É permitido que lei ordinária atribua de modo expresso a


responsabilidade pessoal pelo crédito tributário a terceira pessoa sem COM
vínculo com o fato gerador da respectiva obrigação, sem prejuízo da
responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo Código Tributário
Nacional, nas hipóteses que menciona (art.128, CTN).
(V) Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito
privado, os mandatários, prepostos e empregados, entre outras pessoas
arroladas pelo Código Tributário Nacional, são pessoalmente responsáveis
pelos créditos da Fazenda Pública, correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos (art.135, CTN).
(F) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente
SUBSIDIARIAMENTE COM O ALIENANTE pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato, se o alienante
prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses, a contar da data
da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.

GABARITO: B

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15- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE FORTALEZA CE 2003


ESAF) Marque a resposta correta, observadas as pertinentes disposições do
Código Tributário Nacional.
a) O sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os serventuários da
Justiça, estes nos atos em que intervierem, respondem pessoal e
integralmente pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do
legado ou da meação.
b) Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o
cumprimento de obrigações tributárias, o síndico responde solidariamente
com a massa, nos atos em que ele intervier ou pelas omissões de que for
responsável, pelos tributos e correspondentes multas moratórias e punitivas,
devidos pela massa falida.
c) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação
ou incorporação de outra ou em outra não responde pelos tributos devidos
pelas pessoas jurídicas fusionadas, transformadas ou incorporadas.
d) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis subrogam-se nas pessoas
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.
e) Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

Resolução

a) ERRADA. O sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os


serventuários da Justiça, estes nos atos em que intervierem, respondem
pessoal e integralmente pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do
quinhão do legado ou da meação (Art.131, II, CTN).
b) ERRADA. Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o
cumprimento de obrigações tributárias, o síndico responde solidariamente
com a massa, nos atos em que ele intervier ou pelas omissões de que for
responsável, pelos tributos e correspondentes multas moratórias e punitivas,
devidos pela massa falida (art.134, V e parágrafo único, CTN).
c) ERRADA. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra não responde É

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RESPONSÁVEL pelos tributos devidos pelas pessoas jurídicas fusionadas,


transformadas ou incorporadas (art.132, CTN).
d) ERRADA. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador
seja a propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis subrogam-se nas
pessoas dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova
de sua quitação (art.130, CTN).
e) CORRETA. Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos (art.135,
II, CTN).

GABARITO: E

16- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)


Sobre o tema "responsabilidade tributária", é correto afirmar, em
consonância com o Código Tributário Nacional, que:
a) a responsabilidade por infrações da legislação tributária é excluída pela
denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, assim considerada aquela
que o sujeito passivo apresenta espontaneamente no prazo máximo de
trinta dias, contado da data de início do procedimento de fiscalização
relacionado com a infração, desde que não tenha sido lavrado auto de
infração pela fiscalização tributária.
b) sem prejuízo da responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo
Código Tributário Nacional, nas hipóteses que menciona, lei ordinária pode
atribuir de modo expresso a responsabilidade pessoal pelo crédito tributário
a terceira pessoa sem vínculo com o fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo totalmente a responsabilidade do contribuinte.
c) entre outras pessoas arroladas pelo Código Tributário Nacional, os
diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado
e os administradores de bens de terceiros são pessoalmente responsáveis
pelos créditos da Fazenda Pública correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
d) o sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os serventuários da
Justiça, nos atos em que intervierem, são pessoalmente responsáveis pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada
esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.

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e) a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por


qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data
do ato, se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

Resolução

a) ERRADO. a responsabilidade por infrações da legislação tributária é


excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso,
do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, assim considerada
aquela que o sujeito passivo apresenta espontaneamente no prazo máximo
de trinta dias, contado da data de início do procedimento de fiscalização
relacionado com a infração, desde que não tenha sido lavrado auto de
infração pela fiscalização tributária ATÉ ANTES DO INÍCIO DE QUALQUER
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO OU MEDIDA DE FISCALIZAÇÃO,
RELACIONADOS COM A INFRAÇÃO (art.138, CTN).
b) ERRADO. sem prejuízo da responsabilidade tributária atribuída
diretamente pelo Código Tributário Nacional, nas hipóteses que menciona,
lei ordinária pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pessoal pelo
crédito tributário a terceira pessoa sem COM vínculo com o fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo totalmente a responsabilidade do
contribuinte (art.128, CTN).
c) CORRETO. (art.135, CTN).
d) ERRADO. o sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os
serventuários da Justiça, nos atos em que intervierem, são pessoalmente
responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do
legado ou da meação.
e) ERRADO. a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma
ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde
integralmente SUBSIDIARIAMENTE COM O ALIENANTE pelos tributos,
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato,
se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses, a

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contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de


comércio, indústria ou profissão (art.133, II, CTN).

GABARITO: C

17- (AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO PR 2003 ESAF) Assinale


a opção que apresenta resposta correta, considerando-se disposição
expressa do Código Tributário Nacional.
a) Para fins de exclusão da responsabilidade por infração da legislação
tributária, considera-se espontânea a denúncia da infração, se o agente
apresentá-la à repartição fazendária competente, acompanhada do
comprovante de pagamento integral do tributo e dos juros de mora devidos,
no curso do prazo legal destinado à apresentação de impugnação ao
pertinente lançamento de crédito tributário efetuado pela fiscalização
tributária.
b) Em relação à solidariedade tributária passiva, é correto afirmar que a
isenção e a remissão de crédito tributário não exoneram todos os obrigados,
salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a
solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
c) O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da abertura da sucessão.
d) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens móveis e imóveis, e bem
assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens,
ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
e) Não é admitida a atribuição de responsabilidade tributária a empregados
de pessoas jurídicas de direito privado pelos créditos correspondentes a
obrigações tributárias das empregadoras, resultantes de atos por eles
praticados com excesso de poderes ou infração de lei.

Resolução

a) ERRADA. Para fins de exclusão da responsabilidade por infração da


legislação tributária, considera-se espontânea a denúncia da infração, se o
agente apresentá-la à repartição fazendária competente, acompanhada do
comprovante de pagamento integral do tributo e dos juros de mora devidos,
no curso do prazo legal destinado à apresentação de impugnação ao
pertinente lançamento de crédito tributário efetuado pela fiscalização

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tributária ANTES DO INÍCIO DE QUALQUER PROCEDIMENTO


ADMINISTRATIVO OU MEDIDA DE FISCALIZAÇÃO, RELACIONADOS COM A
INFRAÇÃO (art.138, CTN).
b) ERRADA. Em relação à solidariedade tributária passiva, é correto afirmar
que a isenção e a remissão de crédito tributário não exoneram todos os
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse
caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo (art.125, II, CTN).
c) CORRETA. O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos
pelo de cujus até a data da abertura da sucessão (art.131, III, CTN).
d) ERRADA. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador
seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens móveis e imóveis, e
bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais
bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação (art.130, CTN).
e) ERRADA. Não é admitida a atribuição de responsabilidade tributária a
empregados de pessoas jurídicas de direito privado pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias das empregadoras, resultantes de
atos por eles praticados com excesso de poderes ou infração de lei (art.135,
II, CTN).

GABARITO: C

18- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2003 ESAF) Julgue os


itens abaixo, relativos ao tema responsabilidade tributária, e marque, a
seguir, a opção que apresenta resposta correta.
I. O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da abertura da sucessão, ainda que os correspondentes créditos
tributários da Fazenda Pública estejam em curso de constituição àquela data
e se refiram a fatos geradores de obrigação tributária do de cujus, ocorridos
nos últimos cinco anos anteriores à abertura da sucessão.
II. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos,
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato,
subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou
iniciar, dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade
no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

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III. O adquirente responde solidariamente com o alienante pelos créditos


tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas
pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de
melhoria, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
IV. O síndico de massa falida é solidariamente responsável com ela pelos
créditos tributários correspondentes a obrigações tributárias que resultem de
atos praticados por ele, no exercício de suas funções, com excesso de
poderes ou infração de lei.
a) Apenas I e II estão corretos.
b) Apenas II e III estão corretos.
c) Apenas I e IV estão corretos.
d) Apenas II e IV estão corretos.
e) Apenas III e IV estão corretos.

Resolução

I. CORRETA. O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos


pelo de cujus até a data da abertura da sucessão, ainda que os
correspondentes créditos tributários da Fazenda Pública estejam em curso
de constituição àquela data e se refiram a fatos geradores de obrigação
tributária do de cujus (Art.131, III, CTN), ocorridos nos últimos cinco anos
anteriores à abertura da sucessão. ESTE ÚLTIMO ASPECTO SE REFERE AO
PRAZO DECADENCIAL QUE O FISCO TEM PARA EFETUAR O LANÇAMENTO
DO TRIBUTO. ESTÁ CORRETO, E VEREMOS ISSO MAIS DETALHADAMENTE
NA AULA 11.
II. CORRETA. Art.133, CTN.
III. ERRADA. O adquirente responde solidariamente com o alienante pelos
créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os
relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação (art.130, CTN).
IV. ERRADA. O síndico de massa falida é solidariamente PESSOALMENTE
responsável com ela pelos créditos tributários correspondentes a obrigações
tributárias que resultem de atos praticados por ele, no exercício de suas
funções, com excesso de poderes ou infração de lei (art.135, CTN).

GABARITO: A

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Aula 09 – Responsabilidade Tributária

19- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Tendo em


conta as disposições do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que a
responsabilidade do sucessor pelos créditos tributários incidentes sobre os
bens adquiridos é excluída
a) mediante cláusula contratual firmada entre o alienante e o adquirente.
b) quando o alienante cessar a exploração da atividade.
c) quando o alienante continuar na exploração da atividade.
d) apenas quanto à metade, se o alienante continuar na exploração da
atividade.
e) quando a alienação ocorrer por hasta pública.

Resolução

Art.130, parágrafo único, CTN.

O valor pago pelo bem já é utilizado para se quitar esses créditos tributários.

GABARITO: E

20- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Em relação ao tema responsabilidade por infrações da legislação tributária,
avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e
com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta.
( ) A denúncia espontânea da infração, acompanhada de pedido de
parcelamento do valor do tributo devido e dos juros de mora e apresentada
antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de
fiscalização, exclui a responsabilidade do agente.
( ) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da
legislação tributária depende da intenção do agente.
( ) A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações da legislação
tributária em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar.
a) V, F, F
b) V, V, F
c) F, F, V
d) F, V, V
e) F, F, F

Resolução

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Aula 09 – Responsabilidade Tributária

(F) A denúncia espontânea da infração, acompanhada de pedido de


parcelamento do valor PAGAMENTO do tributo devido e dos juros de mora e
apresentada antes do início de qualquer procedimento administrativo ou
medida de fiscalização, exclui a responsabilidade do agente (art.138, CTN).
A JURISPRUDÊNCIA NÃO ADMITE O PARCELAMENTO COMO REQUISITO
PARA A ACEITAÇÃO DA DENÚNCIA ESPONTÂNEA.
(F) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da
legislação tributária depende INDEPENDE da intenção do agente (art.136,
CTN).
(V) A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações da legislação
tributária em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar
(art.137, II, CTN).

GABARITO: C

21- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL TRIBUTÁRIO E ADUANA


2005 ESAF) A lei tributária pode atribuir responsabilidade solidária
a) a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação.
b) a diversas pessoas, cabível a invocação, por elas, do benefício de ordem,
não do benefício de divisão.
c) quando não haja comunhão de interesses relativamente à situação que
constitua fato gerador da obrigação principal.
d) restrita às hipóteses expressas no Código Tributário Nacional.
e) a quem tenha interesse comum no fato imponível, caso em que será
exigível o tributo, integralmente, de cada um dos coobrigados.

Resolução

a) CORRETA. a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva


obrigação (art.128, CTN).
b) ERRADA (art.128, CTN).
c) ERRADA. Comunhão de interesses relativamente à situação que constitua
fato gerador não necessariamente enseja vinculação a esse fato gerador.
d) ERRADA. O CTN permite que a lei ordinária de cada ente institua novas
hipóteses de responsabilidade tributária (art.128, CTN).
e) ERRADA. Interesse comum (solidariedade – art.124, CTN) no fato
imponível não necessariamente enseja vinculação a esse fato gerador.

GABARITO: A

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Questões Comentadas e Resolvidas nesta Aula

01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a


responsabilidade tributária, assinale a opção correta.
a) O transportador, ao firmar termo de responsabilidade por determinada
mercadoria, pode ser considerado, por ato da autoridade administrativa,
responsável pelo pagamento do ICMS.
b) O espólio, até a data da abertura da sucessão, e o sucessor, até a data da
partilha, no que se refere aos tributos devidos pelo de cujus, podem ser
considerados, respectivamente, responsável tributário e contribuinte.
c) Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção do imposto
de renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação pelo
pagamento do tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido.
d) Na substituição tributária progressiva, o dever de pagar o tributo recai
sobre o contribuinte que ocupa posição posterior na cadeia produtiva.
e) Na substituição tributária para frente não há recolhimento de imposto ou
contribuição antes da ocorrência do fato gerador, mas apenas a antecipação
de seu pagamento por responsável definido por lei.

02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF)


Os créditos tributários relativos ao imposto territorial rural sub-rogam-se
na pessoa do adquirente do imóvel?
E se constar do título a prova de sua quitação, é o adquirente responsável
por esses créditos tributários?
Responde o espólio pelos tributos devidos pelo falecido até a data da
abertura da sucessão?
a) sim, sim, sim.
b) sim, não, sim
c) sim, não, não
d) não, não, não
e) não, não, sim

03- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF)


• O imposto territorial rural incidente sobre um imóvel, em cujo título
aquisitivo conste ter sido quitado, sub-roga-se na pessoa do respectivo
adquirente?
• Neste caso, o tabelião em cujas notas foi feita a escritura responde pelo
imposto?

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Aula 09 – Responsabilidade Tributária

• A incorporação de uma instituição financeira por outra, a bem da


segurança do sistema financeiro, e mediante o assentimento da autoridade
competente, extingue as obrigações da incorporada?
a) Sim, Sim, Sim
b) Sim, Sim, Não
c) Sim, Não, Sim
d) Não, Não, Não
e) Não, Sim, Não

04- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF)


(1) Sub-roga-se no adquirente
(2) Sub-roga-se no alienante
(3) Responsabilidade pessoal
(4) Responsabilidade solidária
(5) Responsabilidade do mandante
Observadas as expressões numeradas de (1) a (5), verifique qual a
seqüência de números referente aos itens (i) a (iii).
(i) Crédito referente a taxa de prestação de serviços, não quitada, relativa a
imóvel transferido.
(ii) Responsabilidade dos pais por obrigação tributária principal de filho
menor por atos em que intervierem.
(iii) Responsabilidade tributária decorrente de ato do procurador, praticado
extra vires, isto é, além dos poderes que lhe foram conferidos.
a) (1) (4) (3)
b) (2) (3) (4)
c) (1) (2) (5)
d) (5) (4) (4)
e) (2) (3) (5)

05- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Responda de


acordo com as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional.
O benefício da denúncia espontânea da infração, previsto no art. 138 do
Código Tributário Nacional, é aplicável, em caso de parcelamento do débito,
para efeito de excluir a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento de
multa moratória?
O síndico de massa falida responde pessoalmente pelos créditos
tributários correspondentes a obrigações tributárias que resultem de atos
praticados por ele, no exercício de suas funções, com excesso de poderes ou
infração de lei?

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A responsabilidade pessoal do sucessor a qualquer título e do cônjuge


meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, está limitada à metade do quinhão do legado ou da meação?
a) Não, não, sim
b) Não, sim, não
c) Não, sim, sim
d) Sim, sim, não
e) Sim, sim, sim

06- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF)


- No caso de menor que possua bens próprios, respondem solidariamente
com este nos atos praticados por terceiros os pais ou tutores respectivos.
- Pela multa tributária resultante de atos praticados com excesso de poderes
pelo mandatário, em benefício do mandante, responde perante o fisco,
pessoalmente, o procurador.
- Segundo o Código Tributário Nacional, a denúncia espontânea da infração,
acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, afasta a
responsabilidade pela multa.
Escolha a opção que considerar acertada.
a) As três assertivas são corretas.
b) As três são falsas.
c) São corretas as duas últimas, não a primeira.
d) São corretas as duas primeiras, não a última.
e) Está correta apenas uma das três assertivas.

07- (PROCURADOR JURÍDICO DA CÂMARA DE VEREADORES


MUNICÍPIO SANTA BÁRBARA D’OESTE 2010 FMP-RS) Aquele que tem
relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador da obrigação tributária denomina-se
(A) sujeito ativo.
(B) responsável por substituição.
(C) responsável por transferência.
(D) responsável por antecipação.
(E) contribuinte.

08- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Analisar.


I - Os empregados não podem ser pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poder.

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II - No caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação


principal pelo contribuinte, respondem solidariamente os sócios no caso de
liquidação de sociedade de pessoas.
III - As hipóteses de responsabilidade de terceiros só se aplicam em matéria
de penalidade, as de caráter moratório.
IV - O adquirente é responsável tributário pelos tributos relativos aos bens
adquiridos.
Sobre as assertivas I, II, III, IV é certo afirmar que:
A todas são verdadeiras
B somente a I é falsa
C a I, a II e a III são verdadeiras
D somente a II é falsa
E todas são falsas.

09- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010


ESAF) Em tema de responsabilidade tributária, julgue os itens a seguir:
I. sem prejuízo da responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo
Código Tributário Nacional, lei ordinária pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa sem vínculo com o
fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento
total ou parcial da referida obrigação;
II. a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data
do ato, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou
atividade;
III. os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito
privado e os administradores de bens de terceiros são pessoalmente
responsáveis pelos créditos da Fazenda Pública correspondentes a
obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de
poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.
Estão corretos:
a) apenas o item I.
b) apenas os itens I e II.
c) apenas os itens II e III.
d) apenas os itens I e III.
e) todos os itens estão corretos.

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10- (ADVOGADO IRB BRASIL RESSEGUROS 2006 ESAF) Sobre a


responsabilidade tributária, tratada nos arts. 128 e seguintes do Código
Tributário Nacional, é incorreto afirmar-se que
a) o cônjuge meeiro é solidariamente responsável pelos tributos devidos
pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação.
b) o adquirente de um bem é pessoalmente responsável pelos tributos
relativos a este.
c) a pessoa jurídica de direito privado que resultar da fusão de outras é
responsável pelos tributos devidos até a data do ato por aquelas que tenham
sido fusionadas.
d) os administradores de bens de terceiros são solidariamente responsáveis
pelos tributos devidos por estes.
e) os diretores de uma sociedade empresária são pessoalmente
responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.

11- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 ESAF)


Assinale a opção correta.
“A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata restituição da quantia
paga, caso não se realize o fato gerador presumido” – art. 150, § 7º da
CRFB/88. O dispositivo referido veicula:
a) o instituto da substituição tributária para frente.
b) o lançamento por homologação.
c) um privilégio do crédito tributário.
d) hipótese de responsabilidade por sucessão.
e) sujeição passiva extraordinária.

12- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e
com F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta.
( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente
responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do
legado ou da meação.
( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em

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que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e


curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados.
( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação
ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos
até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
transformadas ou incorporadas.
a) V, F, F
b) V, F, V
c) V, V, V
d) F, F, V
e) F, V, V

13- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Em atenção


ao tema substituição tributária, marque com V a assertiva verdadeira e com
F a falsa, assinalando ao final a opção correta correspondente.
( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal
Federal, o fato gerador presumido é provisório e, por isso, dá ensejo à
restituição ou complementação do imposto pago na hipótese de sua não-
realização ou realização em dimensão diversa da presumida.
( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal
Federal, o fato gerador presumido não é provisório mas sim definitivo, não
dando ensejo à restituição ou complementação do imposto pago, senão, no
primeiro caso, na hipótese de sua não-realização final.
( ) A substituição tributária progressiva, ou para frente, é técnica de
tributação introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda
Constitucional no 03, de 17 de março de 2003, e regulamentada pela Lei
Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996.
( ) Instituto que atende ao princípio da praticabilidade da tributação, a
substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por efeito o
diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente, pressupondo a
antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo devido de acordo com
uma base de cálculo estimada.
a) V, F, F, F
b) F, V, F, V
c) F, V, V, F
d) V, F, V, V
e) V, F, V, F

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14- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante
e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
resposta correta.
( ) É permitido que lei ordinária atribua de modo expresso a
responsabilidade pessoal pelo crédito tributário a terceira pessoa sem
vínculo com o fato gerador da respectiva obrigação, sem prejuízo da
responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo Código Tributário
Nacional, nas hipóteses que menciona.
( ) Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito
privado, os mandatários, prepostos e empregados, entre outras pessoas
arroladas pelo Código Tributário Nacional, são pessoalmente responsáveis
pelos créditos da Fazenda Pública, correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
( ) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data
do ato, se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
a) F, V, V
b) F, V, F
c) V, F, F
d) V, V, F
e) V, F, V

15- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE FORTALEZA CE 2003


ESAF) Marque a resposta correta, observadas as pertinentes disposições do
Código Tributário Nacional.
a) O sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os serventuários da
Justiça, estes nos atos em que intervierem, respondem pessoal e
integralmente pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do
legado ou da meação.
b) Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o
cumprimento de obrigações tributárias, o síndico responde solidariamente
com a massa, nos atos em que ele intervier ou pelas omissões de que for

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responsável, pelos tributos e correspondentes multas moratórias e punitivas,


devidos pela massa falida.
c) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação
ou incorporação de outra ou em outra não responde pelos tributos devidos
pelas pessoas jurídicas fusionadas, transformadas ou incorporadas.
d) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis subrogam-se nas pessoas
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.
e) Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

16- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)


Sobre o tema "responsabilidade tributária", é correto afirmar, em
consonância com o Código Tributário Nacional, que:
a) a responsabilidade por infrações da legislação tributária é excluída pela
denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, assim considerada aquela
que o sujeito passivo apresenta espontaneamente no prazo máximo de
trinta dias, contado da data de início do procedimento de fiscalização
relacionado com a infração, desde que não tenha sido lavrado auto de
infração pela fiscalização tributária.
b) sem prejuízo da responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo
Código Tributário Nacional, nas hipóteses que menciona, lei ordinária pode
atribuir de modo expresso a responsabilidade pessoal pelo crédito tributário
a terceira pessoa sem vínculo com o fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo totalmente a responsabilidade do contribuinte.
c) entre outras pessoas arroladas pelo Código Tributário Nacional, os
diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado
e os administradores de bens de terceiros são pessoalmente responsáveis
pelos créditos da Fazenda Pública correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
d) o sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os serventuários da
Justiça, nos atos em que intervierem, são pessoalmente responsáveis pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada
esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.
e) a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial

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ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra


razão social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data
do ato, se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

17- (AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO PR 2003 ESAF) Assinale


a opção que apresenta resposta correta, considerando-se disposição
expressa do Código Tributário Nacional.
a) Para fins de exclusão da responsabilidade por infração da legislação
tributária, considera-se espontânea a denúncia da infração, se o agente
apresentá-la à repartição fazendária competente, acompanhada do
comprovante de pagamento integral do tributo e dos juros de mora devidos,
no curso do prazo legal destinado à apresentação de impugnação ao
pertinente lançamento de crédito tributário efetuado pela fiscalização
tributária.
b) Em relação à solidariedade tributária passiva, é correto afirmar que a
isenção e a remissão de crédito tributário não exoneram todos os obrigados,
salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a
solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
c) O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da abertura da sucessão.
d) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens móveis e imóveis, e bem
assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens,
ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
e) Não é admitida a atribuição de responsabilidade tributária a empregados
de pessoas jurídicas de direito privado pelos créditos correspondentes a
obrigações tributárias das empregadoras, resultantes de atos por eles
praticados com excesso de poderes ou infração de lei.

18- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2003 ESAF) Julgue os


itens abaixo, relativos ao tema responsabilidade tributária, e marque, a
seguir, a opção que apresenta resposta correta.
I. O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da abertura da sucessão, ainda que os correspondentes créditos
tributários da Fazenda Pública estejam em curso de constituição àquela data

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e se refiram a fatos geradores de obrigação tributária do de cujus, ocorridos


nos últimos cinco anos anteriores à abertura da sucessão.
II. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos,
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato,
subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou
iniciar, dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade
no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
III. O adquirente responde solidariamente com o alienante pelos créditos
tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas
pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de
melhoria, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
IV. O síndico de massa falida é solidariamente responsável com ela pelos
créditos tributários correspondentes a obrigações tributárias que resultem de
atos praticados por ele, no exercício de suas funções, com excesso de
poderes ou infração de lei.
a) Apenas I e II estão corretos.
b) Apenas II e III estão corretos.
c) Apenas I e IV estão corretos.
d) Apenas II e IV estão corretos.
e) Apenas III e IV estão corretos.

19- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Tendo em


conta as disposições do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que a
responsabilidade do sucessor pelos créditos tributários incidentes sobre os
bens adquiridos é excluída
a) mediante cláusula contratual firmada entre o alienante e o adquirente.
b) quando o alienante cessar a exploração da atividade.
c) quando o alienante continuar na exploração da atividade.
d) apenas quanto à metade, se o alienante continuar na exploração da
atividade.
e) quando a alienação ocorrer por hasta pública.

20- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Em relação ao tema responsabilidade por infrações da legislação tributária,
avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e
com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta.

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( ) A denúncia espontânea da infração, acompanhada de pedido de


parcelamento do valor do tributo devido e dos juros de mora e apresentada
antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de
fiscalização, exclui a responsabilidade do agente.
( ) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da
legislação tributária depende da intenção do agente.
( ) A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações da legislação
tributária em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar.
a) V, F, F
b) V, V, F
c) F, F, V
d) F, V, V
e) F, F, F

21- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL TRIBUTÁRIO E ADUANA


2005 ESAF) A lei tributária pode atribuir responsabilidade solidária
a) a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação.
b) a diversas pessoas, cabível a invocação, por elas, do benefício de ordem,
não do benefício de divisão.
c) quando não haja comunhão de interesses relativamente à situação que
constitua fato gerador da obrigação principal.
d) restrita às hipóteses expressas no Código Tributário Nacional.
e) a quem tenha interesse comum no fato imponível, caso em que será
exigível o tributo, integralmente, de cada um dos coobrigados.

Professor Alberto Macedo www.pontodosconcursos.com.br


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