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RATIFICAÇÃO DE VOTO
"É certo que a falta de pagamento de tributo pela contribuinte, vale dizer,
a inadimplência meramente culposa da pessoa jurídica, não é capaz de
legitimar a responsabilização pessoal de terceiros, exigindo-se, para
tanto, a prática de ato doloso.
O voto da Sra. Ministra Relatora, por seu turno, adota, como
premissa central, a ocorrência de tal espécie de inadimplemento
para concluir, como suficiente à pretensão de redirecionar o
executivo fiscal, a presença do sócio-gerente apenas no
momento da dissolução irregular".
Com todas as vênias, a "premissa central" do meu voto não é a invocada pela
Ministra REGINA HELENA COSTA, no sentido de que o só inadimplemento do tributo enseja a
responsabilidade tributária, importando em responsabilidade objetiva, no caso de dissolução
irregular da empresa.
A propósito, já no voto que proferi no Tema 962 dos recursos repetitivos,
julgado pela PRIMEIRA SEÇÃO do STJ, no dia 24/11/2021, prestigiei – tal como no presente
voto – o teor da Súmula 430 do STJ e a tese firmada no Recurso Especial repetitivo
1.101.728/SP (Rel. Ministro TEORI ZAVASKI, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe de 23/03/2009),
segundo as quais o mero inadimplemento do tributo não enseja a responsabilidade tributária,