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Autor:
Antonio Daud
Aula 02
25 de Agosto de 2021
Sumário
1. Introdução .................................................................................................................................................... 2
8. Resumo ....................................................................................................................................................... 33
Gabaritos ........................................................................................................................................................ 84
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SEJUSP-MG (Agente Penitenciário) Direito Administrativo - 2021(Pós-Edital)
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1. INTRODUÇÃO
Nesta aula estudaremos a Lei 12.846/2013, que trata da “responsabilização administrativa e civil
de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira”,
conhecida como Lei da Responsabilização da Pessoa Jurídica ou, simplesmente, Lei
Anticorrupção1.
Antes de detalhar suas regras, vale destacar que o grande objetivo da Lei Anticorrupção é punir a
pessoa jurídica pela prática de atos lesivos à Administração.
Suponha que os diretores de uma grande empresa privada tenham pago propina a
agentes públicos da Petrobras, por exemplo, para serem beneficiados em contratos com
aquela estatal.
Antes da Lei 12.846, a responsabilidade por tais atos dificilmente chegaria até a própria
empresa (pessoa jurídica), limitando-se a alcançar os diretores da empresa privada,
juntamente com os agentes públicos envolvidos no esquema (pessoas físicas). Estes
responderiam nas esferas civil (prejuízo causado e pelo ato de improbidade), penal (crime
praticado) e administrativa (no caso dos agentes públicos). Em todos estes casos, a
1
Atualmente regulamentada pelo Decreto 8.420/2015.
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Embora existam dispositivos específicos da esfera federal, como aqueles que se referem à
Controladoria-Geral da União (CGU).
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O Código Penal, além de outras leis esparsas, já pune os crimes praticados contra a
Administração Pública, alcançando, porém, as pessoas físicas. A Lei de Improbidade
Administrativa (Lei no 8.429, de 2-6-92) significou considerável avanço em termos de
combate à corrupção, porém punindo especificamente as pessoas físicas (agentes públicos
e terceiros que pratiquem atos de improbidade), ainda que determinadas penas possam
também ser aplicadas a pessoas jurídicas.
Ainda merece menção a chamada Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar no 135, de 4-6-
10), voltada para as pessoas físicas, para torná-las inelegíveis. Também a Lei de Licitações
(Lei no 8.666, de 21-6-93) define ilícitos administrativos e crimes, bem como as respectivas
sanções, em matéria de licitações e contratações efetuadas pela Administração Pública,
aplicando-se as sanções administrativas tanto a pessoas físicas como às jurídicas.
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DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. Item
19.1
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1.1. Abrangência
Logo em seu artigo 1º, o legislador previu que a Lei 12.846 dispõe sobre a responsabilização
objetiva de pessoas jurídicas (PJs), nas esferas administrativa e civil, pela prática de atos contra a
administração pública, nacional ou estrangeira. Significa, como detalharemos adiante, que as PJs
podem sofrer as penas da Lei Anticorrupção, tanto na esfera cível como na administrativa, mesmo
sem existência de culpa.
Estas pessoas jurídicas infratoras (ou seja, autoras dos atos lesivos) consistem nos sujeitos ativos
dos atos lesivos previstos na Lei Anticorrupção4.
Nesse sentido, é bastante ampla a noção das pessoas jurídicas abrangidas pelas suas disposições
(art. 1º, parágrafo único) 5 , as quais alcançam pessoas jurídicas nacionais ou estrangeiras,
sociedades empresárias ou simples, personificadas ou não, independentemente da forma de
organização ou modelo societário adotado. As regras abrangem também quaisquer fundações,
associações de entidades ou pessoas.
No caso de sociedades estrangeiras, elas devem ter sede, filial ou representação no território
brasileiro, podendo ser constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente6.
Portanto se uma empresa estrangeira com filial no Brasil, por exemplo, pratica um ato de
corrupção previsto na Lei contra um órgão público brasileiro, tal empresa estará sujeita às
sanções da Lei Anticorrupção.
Para evitar a adoção de artifícios fraudulentos para as pessoas jurídicas escaparem das sanções
legais, o legislador tomou o cuidado de frisar que subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica
4
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. Item
19.2
5
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. Atlas. P. 1037
6
No processo administrativa, a pessoa jurídica estrangeira será representada pelo gerente,
representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 26,
§2º).
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Do outro lado, o sujeito passivo do ato lesivo (vítimas diretas destas infrações) pode ser a
Administração Pública nacional ou estrangeira. No caso da Administração nacional, incluiu-se
tanto a Administração Direta como a Indireta.
Tratando-se, por outro lado, da administração pública estrangeira, além das administrações dos
próprios países, estão aqui incluídas as organizações públicas internacionais (como o Fundo
Monetário Internacional - FMI e a Organização Mundial de Saúde - OMS).
Portanto se uma empresa brasileira pratica ato lesivo contra um órgão público americano,
por exemplo, tal empresa estará sujeita às sanções da Lei Anticorrupção, ainda que o dano
não tenha sido causado ao Brasil.
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1.2. Responsabilidades
Como havíamos adiantado acima, o art. 2º da Lei Anticorrupção deixa claro que as pessoas
jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, tanto na instância administrativa como na esfera
civil (judicial), pelos atos lesivos previstos na Lei. Tais atos devem ter sido praticados em seu
benefício, seja exclusivo ou não:
Significa dizer que, para as PJs, a Lei facilitou a aplicação de sanções, uma vez que sua
responsabilidade depende apenas da comprovação da ocorrência do ato lesivo previsto na Lei
(detalhados adiante), o nexo de causalidade com a conduta da pessoa jurídica e o dano causado
à Administração Pública (isto é, o resultado da conduta lesiva), não se exigindo a comprovação
de culpa empresarial.
Apesar de o grande objeto da Lei Anticorrupção consistir na punição de pessoas jurídicas (PJ), a
responsabilização da PJ não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou
administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito (art.
3º). Neste caso, a responsabilidade destas pessoas físicas, por ser subjetiva (art. 3º, §2º),
dependerá da comprovação da existência de dolo ou culpa em suas condutas (diferentemente do
que se observa em relação à pessoa jurídica).
Por fim, vale destacar que responsabilização perante a Lei Anticorrupção não afeta a aplicação das
sanções previstas na Lei 8.666/1993 (art. 30, II), inclusive a multa.
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Antes de listar tais condutas, destaco que tais atos podem atentar contra:
nacional
patrimônio público
estrangeiro
compromissos internacionais
assumidos pelo Brasil
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Percebam que os atos lesivos relacionados a "licitações e contratos" guardam forte semelhança
com irregularidades previstas na própria Lei 8.666. A este respeito, a grande virtude da Lei 12.846
é viabilizar a sanção também da pessoa jurídica que se beneficia dessas condutas.
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Friso que a Lei Anticorrupção busca dissuadir a prática de atos de corrupção também em relação
a estados estrangeiros. Isto se deve ao fato de a publicação da lei ter ocorrido também em virtude
de o Brasil ser signatário da "Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção" da ONU.
Nesse mesmo sentido, considera-se agente público estrangeiro, quem, ainda que transitoriamente
ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos, entidades estatais ou
em representações diplomáticas de país estrangeiro, assim como em pessoas jurídicas
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro ou em organizações
públicas internacionais.
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Importante destacar que, caso a autoridade competente tome conhecimento destas infrações
acima e deixe de adotar providências para apuração, será responsabilizada penal, civil e
administrativamente (art. 27).
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Uma vez conhecidos os atos lesivos tipificados na Lei 12.846, passaremos a detalhar as sanções e
responsabilidades que podem resultar aos infratores.
De toda forma, vale adiantar que as sanções e responsabilidades podem ser agrupadas nas esferas
administrativa e judicial (cível):
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Responsabilização
Responsabilização judicial
administrativa
sanções: Sanções:
•multa adminsitrativa •perda de bens e direitos oriundos da
•divulgação da condenação infração
•suspensão / interdição das atividades
•dissolução compulsória
•proibição de receber subsídios,
doações ou empréstimos de entes
públicos
3. RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Na esfera administrativa, a empresa infratora estará sujeita a duas sanções, uma que irá pesar em
seu "bolso" e a outra que será desfavorável à sua imagem, a saber:
do faturamento bruto
0,1% a 20% do ano anterior ao da
sanções - esfera
instauração do PAR
administrativa
multa
se for possível estimar a multa nunca será
vantagem auferida inferior à vantagem
publicação
extraordinária da
condenação
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Quanto à multa , reparem que a regra geral consiste na aplicação de um percentual (0,1% a 20%7)
sobre uma base de cálculo (faturamento do ano anterior à instauração do processo).
No entanto, não sendo possível se conhecer o valor do faturamento bruto ou em qualquer caso
que não for possível aplicar tal regra geral, terá lugar a exceção do art. 6º, § 4º, que prevê a
aplicação de multa de R$ 6 mil a R$ 60 milhões.
Estes valores obtidos a partir da multa, preferencialmente devem ser revertidos em favor do ente
público lesado (art. 24).
Exemplo: se o ato lesivo foi praticado em desfavor do Banco do Brasil, a multa decorrente
daquela conduta deve ser, preferencialmente, destinada a seus cofres.
Neste caso, deverá ser publicado um resumo da decisão condenatória (chamado de "extrato de
sentença") em meios de comunicação de grande circulação, sendo ou (i) na área da prática da
infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, (ii) em publicação de circulação nacional.
Além disso, deverá ser afixado edital, pelo prazo mínimo de 30 dias, nas dependências da
empresa, de modo visível ao público, e na internet (art. 6º, § 5º).
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Estas sanções podem ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, de acordo com as peculiaridades
do caso concreto e com a gravidade e natureza das infrações (Art. 6º, § 1º), tendo lugar a aplicação
dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade na aplicação das sanções.
7
Apesar desta grande faixa, os artigos 17 e 18 do Decreto 8.420/2015 fixam, para o Poder Executivo
Federal, critérios mais objetivos para se chegar aos valores das multas (se houve interrupção do serviço
público, se houve reincidência da infração etc).
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Nesse sentido, para a gradação das sanções (especialmente na dosimetria da multa), a autoridade
administrativa deverá levar em consideração as seguintes circunstâncias (art. 7º):
gravidade da infração
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Seguindo adiante, vale salientar que, em geral, estamos diante de multas de valores elevados, o
legislador entendeu por bem exigir que a aplicação destas sanções seja precedida da
manifestação jurídica elaborada pelo departamento jurídico do órgão (Advocacia Pública, órgão
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https://www.gov.br/cgu/pt-br/assuntos/etica-e-integridade/empresa-pro-etica
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de assistência jurídica ou equivalente) - art. 6º, §2º. Trata-se, portanto, de um controle prévio
quanto à legalidade (conformidade) do processo administrativo de responsabilização.
A este respeito, o legislador dispôs que a aplicação das sanções não exclui, em qualquer hipótese,
a obrigação da reparação integral do dano causado (art. 6º, § 3º).
Exemplo: suponha que a empresa privada DesviaTudo S/A tenha fraudado uma licitação
da Petrobras, com o auxílio de um empregado da estatal, que recebeu uma propina, o
que acabou resultando na celebração de contrato desvantajoso para a estatal. Em razão
da fraude, a Petrobras deixa de assinar um contrato de R$ 10 milhões e adquire o mesmo
produto por R$ 15 milhões.
Esta diferença de R$ 5 milhões (ou seja, R$ 15 – R$ 10 milhões) representa um dano
causado aos cofres da estatal.
Neste caso, mesmo que a empresa DesviaTudo receba uma multa por aquela infração,
continuará obrigada a “devolver” a diferença de R$ 5 milhões.
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O artigo 25 da Lei estabelece o prazo prescricional de 5 anos para que as sanções sejam aplicadas.
Tal prazo é contado da data da ciência da infração ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado.
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Por fim, destaco que, muito embora tais sanções em regra sejam aplicadas pela Administração
Pública, se for constada omissão das autoridades competentes para promover a responsabilização
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administrativa, estas sanções podem ser aplicadas judicial por meio de ação ajuizada pelo
Ministério Público (art. 20).
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PJ Comissão
c) em relação a atos praticados contra a Administração de outros países, cabe à CGU instaurar
e julgar o processo (art. 9º).
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Além disso, mesmo que o PAR não tenha sido instaurado pela CGU, no âmbito do Poder Executivo
Federal ela poderá chamar para si o processo, isto é, avocar PARs instaurados por autoridades
máximas do Executivo Federal. Esta “avocação” permitirá à CGU conferir a regularidade do PAR
ou, até mesmo, corrigir seu andamento.
----
De toda forma, a instauração pode ocorrer de ofício ou mediante provocação (art. 8, caput, parte
final).
Como o PAR pode resultar na aplicação de penalidades duras, a exemplo de elevadas multas
administrativas, o legislador exigiu que ele fosse realizado por uma comissão de servidores – e
não por um único servidor –, com o intuito de assegurar maior imparcialidade à apuração. Tamanha
é a preocupação com a imparcialidade da apuração que a legislação exigiu que os integrantes da
comissão disciplinar sejam servidores estáveis – e não exoneráveis ad nutum –, como veremos
mais adiante.
Assim, percebam que, além da “autoridade máxima”, atuará também no PAR uma “comissão de
servidores”. A “autoridade competente” é responsável por instaurar o PAR, designar a comissão
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e, ao final dos trabalhos desta, decidir pela aplicação ou não da penalidade à empresa, com base
no relatório elaborado pela comissão.
Pela importância em provas, adiante iremos detalhar as regras aplicáveis à comissão processante.
➢ Comissão do PAR
A apuração administrativa deve ser realizada por uma comissão, designada pela autoridade
instauradora, composta por 2 servidores estáveis ou mais (art. 10, caput).
A missão desta comissão, como adiantamos pouco acima, consiste na elaboração de um relatório
sobre suas apurações, no prazo de 180 dias, contados da data da publicação do ato que a instituir.
Este relatório deve descrever os fatos que estão sendo apurados, a responsabilidade da pessoa
jurídica e, ao final, sugerir as sanções a serem aplicadas (sempre de forma motivada) - art. 10, §3º.
Como são muitas informações a serem examinadas pela comissão, é possível a prorrogação do
prazo de 180 dias, mediante ato fundamentado da autoridade instauradora (art. 10, §4º).
Ao final dos trabalhos, este relatório é remetido à autoridade instauradora para julgamento (art.
12).
Além deste trabalho de apuração, a Lei 12.846 conferiu outras 3 prerrogativas específicas à
comissão.
2) Além disso, a comissão poderá, como medida cautelar, propor à autoridade instauradora
que suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da investigação (art. 10, §2º). Neste caso, a
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comissão limita-se a propor a medida, sendo que a competência para efetiva expedição da
cautelar é da autoridade que instaurou o processo.
➢ Outras observações
Quando se observa, até mesmo em um processo administrativo, que a PJ abusou de sua
personalidade jurídica, a Lei 12.846 autoriza 1
sua desconsideração (art. 14)9. Estaremos diante,
assim, da desconsideração da personalidade jurídica.
Isto permitirá que os efeitos das sanções aplicadas à empresa (como por exemplo a multa) sejam
estendidos aos bens e patrimônios dos sócios daquela pessoa jurídica que possuam poder de
administração. Neste caso, deve-se oportunizar o contraditório e a ampla defesa a eles.
Segundo o dispositivo legal, tal desconsideração somente poderá ocorrer quando a personalidade
jurídica da empresa for utilizada para facilitar, dissimular ou encobrir a prática dos atos ilícitos
previstos na Lei 12.846 ou para provocar confusão patrimonial.
confusão patrimonial
----
Por fim, vale reforçar que a instauração de processo administrativo específico para ressarcimento
integral do dano não prejudica a aplicação imediata das sanções estabelecidas nesta Lei (art. 13).
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De modo similar ao previsto no artigo 50 do Código Civil Brasileiro.
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Caso o processo administrativo para apuração do dano seja concluído e este não seja pago, o
crédito apurado será inscrito em dívida ativa da fazenda pública (art. 13, parágrafo único).
Adiante trataremos do acordo de leniência, que pode beneficiar a empresa infratora, reduzindo
as sanções a que se sujeitaria.
5. ACORDO DE LENIÊNCIA
Leniência, do inglês "leniency", tem significado de clemência, indulgência, abrandamento.
De forma similar à "delação premiada" do direito penal10, a Lei 12.846 criou a figura do "acordo
de leniência" para beneficiar pessoas jurídicas que tenham praticado os atos lesivos estudados
(capitulados no artigo 5º) e desejem colaborar com as investigações.
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Nome popular da “colaboração premiada”, a exemplo daquela instituída pela Lei 9.807/1999.
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De um lado, a empresa que celebra o acordo terá significativa redução nas penalidades que
poderia sofrer (art. 16, §2º).
Por outro lado, ela deverá colaborar efetivamente com as investigações, permitindo (i)
identificação de outros envolvidos, quando couber, e (ii) obtenção célere de documentos que
comprovem o ato lesivo (art. 16, caput).
Empresa Administração
• redução das • pode identificar
sanções a que se demais envolvidos na
sujeitaria irregularidade
• obtém documentos e
provas com maior
celeridade
Este acordo de leniência, no entanto, não é novidade no direito administrativo brasileiro. Isto
porque, dois anos antes, a Lei do Cade11 (Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Lei )
também previu tal figura, na esfera administrativa, para aquelas empresas que praticassem
infrações à ordem econômica e desejassem colaborar com as investigações.
11
Lei 12.529/2011, art. 86. O Cade, por intermédio da Superintendência-Geral, poderá celebrar acordo
de leniência, com a extinção da ação punitiva da administração pública ou a redução de 1 (um) a 2/3
(dois terços) da penalidade aplicável, nos termos deste artigo, com pessoas físicas e jurídicas que forem
autoras de infração à ordem econômica, desde que colaborem efetivamente com as investigações e o
processo administrativo e que dessa colaboração resulte: (..)
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Dito isto, precisamos conhecer 3 principais aspectos dos acordos de leniência, a saber:
B) os efeitos gerados;
5
C) de quem é a competência para celebrá-lo;
Para que o acordo de leniência consiga, efetivamente, gerar os benefícios dele esperados, o
legislador estabeleceu 4 importantes requisitos, cumulativos (art. 16, §1º):
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Comentando um pouco mais estes requisitos, a partir da lista acima, percebam, inicialmente, que
a pessoa jurídica deve “confessar” sua participação na infração. Esta “confissão”, no entanto, não
ocorrerá se a Administração rejeitar a proposta de acordo (art. 16, § 7º). Ou seja, a “confissão”
somente ocorre caso o acordo de leniência seja realmente celebrado.
Para ser possível a celebração do acordo, a PJ deve, também, cooperar com as investigações
levadas a cabo pela Administração Pública, de modo permanente e pleno. Assim, sempre que
solicitada, deve comparecer ao processo, arcando com os custos envolvidos.
Além disso, aquela pessoa jurídica deve ter sido a primeira a se manifestar a respeito daquele
ilícito. Tal requisito tem lugar quando o ato lesivo é praticado por mais de uma pessoa, por meio
de um “concurso de agentes”. A despeito da literalidade do dispositivo legal, a regulamentação
conferida pelo Decreto 8.420/2015 e a doutrina têm defendido a aplicação deste requisito quando
for relevante.
Por fim, além de “confessar sua participação no ilícito”, a empresa deve cessar completamente
seu envolvimento na infração, desde a propositura do acordo (e não desde sua celebração).
Caso a pessoa jurídica descumpra obrigações assumidas no acordo, ficará impedida de celebrar
novo acordo pelo prazo de 3 anos, contados do conhecimento, pela administração pública, do
seu descumprimento (art. 16, §8º).
Vamos examinar os efeitos gerados pelo acordo tanto sob a ótica da pessoa jurídica (PJ) como da
empresa.
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Para a pessoa jurídica (PJ), sabemos que a celebração do acordo significa redução ou, até mesmo,
isenção de algumas das sanções a que se sujeitaria. Vejam que o acordo não significa que a
empresa estará livre de qualquer sanção, pois ela continuará sujeita às sanções que não forem
objeto de redução ou isenção.
Dito isto, a Lei prevê redução da multa administrativa em até 2/3. Isto significa que, apesar de ser
uma redução expressiva, ao menos 1/3 da multa continua sendo devido pela empresa.
Além destas isenções/reduções, o acordo de leniência da Lei 12.846 pode abranger também
irregularidades previstas na Lei 8.666/1993, de sorte que sua celebração teria o condão de impedir
a aplicação ou reduzir as sanções previstas nos artigos 86 a 88 da Lei 8.666/1993 (advertência,
multa, suspensão para licitar e contratar e declaração de inidoneidade).
Em relação ao dano aos cofres públicos causado pela conduta da empresa, ele não será perdoado
ou reduzido (art. 16, §3º). A legislação prevê que, sob hipótese alguma, o ressarcimento do dano
causado será objeto de redução.
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A multa, por outro lado, seria uma repercussão adicional, uma quantia que vai além do
dano causado, que poderia ser aplicada à empresa em razão da ilicitude da conduta. Esta,
sim, pode ser reduzida em virtude do acordo de leniência (redução de no máximo 2/3).
Seguindo adiante, destaco que, se a pessoa jurídica compõe um grupo econômico, seja de fato
ou de direito, os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às demais pessoas jurídicas do
grupo, desde que firmem o acordo em conjunto (art. 16, § 5º).
----
----
Agora percebam que, antes da efetiva celebração do acordo, ele consiste em uma mera proposta
de acordo, que ainda depende da anuência das partes envolvidas.
Enquanto ocorrem as tratativas entre a Administração e a pessoa jurídica interessada e até que
seja efetivamente celebrado, a proposta permanece sob sigilo, somente tornando-se pública após
a efetivação do respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo
administrativo (art. 16, §6º).
Caso seja efetivamente celebrado, o acordo interrompe o prazo prescricional dos atos ilícitos
previstos na Lei 12.846 (art. 16, §9º), que é de 5 anos (art. 25).
Por outro lado, caso rejeitada a proposta, lembro que não importará em reconhecimento da
prática do ato ilícito investigado.
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A Lei 12.846 atribui à Controladoria-Geral da União (CGU) a competência para celebrar os acordos
de leniência no âmbito do Poder Executivo federal e também em relação a atos lesivos praticados
contra a administração pública estrangeira (art. 16, § 10).
Portanto, estamos diante de um acordo que é celebrado na via administrativa, não requerendo
processo judicial, tampouco homologação perante o juiz.
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6. RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL
Como as esferas de responsabilidades, em regra, são independentes e cumulativas, a
responsabilização da pessoa jurídica na esfera administrativa não afasta a possibilidade de
responsabilização na esfera judicial.
Detalhe importante é que a Lei 12.846, por óbvio, não prevê responsabilidade penal pelos atos
nela contidos, de sorte que a responsabilização judicial resume-se à reponsabilidade na esfera
cível.
Portanto, a empresa que cometer um dos atos lesivos previstos artigo 5º poderão responder a um
processo administrativo (conhecido como PAR) e a um processo judicial na esfera cível.
Assim, na responsabilização judicial (sinônimo, aqui na Lei 12.846, de esfera cível), as ações
seguirão o rito da Ação Civil Pública (ACP), regulamentada pela Lei 7.347/1985 (art. 21).
➢ Legitimidade ativa
O art. 19 da Lei 12.846 estabeleceu legitimidade concorrente para a propositura da ação judicial,
sendo que podem ingressar judicialmente tanto o Ministério Público (MP) como a pessoa política
no âmbito da qual ocorreu o ato lesivo (isto é, União, Estados, Municípios e Distrito Federal).
Como destacado anteriormente (art. 20), sendo a ação proposta pelo MP, caso comprovado que
a autoridade administrativa foi omissa na apuração de infrações cometidas, o juiz poderá também
aplicar as sanções administrativas (multa e divulgação da condenação administrativa).
Parte da doutrina defende que, apesar de o texto legal não mencionar expressamente as
entidades da administração indireta (autarquias, fundações públicas e empresas estatais), não se
pode descartar tal possibilidade, na medida em que também são vítimas dos atos lesivos previstos
na lei, à semelhança do que ocorre nas ações por improbidade administrativa.
➢ Sanções
A Lei 12.846 prevê 4 sanções aplicáveis no âmbito judicial, a saber (art. 19, caput):
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Estas sanções podem ser aplicadas, isolada ou cumulativamente (Art. 19, § 3º) e, em relação a
duas delas, vale a pena tecer considerações adicionais.
Tratando-se da sanção de perdimento de bens, vale ressaltar que os valores e bens obtidos
devem, preferencialmente, ser revertidos em favor do ente público lesado (art. 24), assim como
ocorre com a arrecadação das multas administrativas.
A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando comprovado (Art. 19, § 1º):
I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover a
prática de atos ilícitos; ou
II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos
beneficiários dos atos praticados.
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A Lei das Estatais (Lei 13.303/2016), em seu artigo 94, determina que aplicam-se às estatais
brasileiras as sanções previstas na Lei 12.846/13, exceto aquelas relativas a (i) suspensão ou
interdição parcial de suas atividades, (ii) dissolução compulsória da pessoa jurídica e (iii) proibição
de receber incentivos, doações ou empréstimos.
-----
De toda forma, a condenação judicial torna certa a obrigação de reparar, integralmente, o dano
causado pelo ilícito, cujo valor será apurado em posterior liquidação, se não constar
expressamente da sentença (art. 21, parágrafo único).
➢ Indisponibilidade de bens
A Lei 12.846 prevê a medida cautelar de indisponibilidade dos bens da empresa acusada, quando
esta medida se tornar necessária para assegurar o efetivo pagamento da multa e a integral
reparação do dano causado (Art. 19, § 4º).
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(previstas no artigo 7º, como gravidade, situação econômica do infrator etc), ressalvado o direito
de terceiro de boa-fé.
➢ Prescrição
O artigo 25 da Lei estabelece o prazo prescricional de 5 anos para que as sanções sejam aplicadas,
também para as sanções judiciais. Tal prazo é contado da data da ciência da infração ou, no caso
de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
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Reparem que este cadastro tem caráter nacional, reunindo informações de todas as empresas
apenadas, compilando sanções aplicadas por entes públicos de todos os Poderes e todas as
esferas de Governo (U, E, DF e M).
O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações acerca das sanções aplicadas:
II - tipo de sanção
III - data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da sanção,
quando for o caso.
Caso a pessoa jurídica não cumpra o acordo de leniência, tal descumprimento também deverá ser
registrado no Cnep, até para que se possa controlar a vedação a novos acordos pelo prazo de 3
anos.
12
Bem como do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas – CEIS – que reúne dados das
sanções de suspensão para licitar e contratar e a declaração de inidoneidade com base na Lei 8.666/1993.
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8. RESUMO
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9. QUESTÕES COMENTADAS
1. CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJ PA) /TJ PA/Administrativa/2020
No que se refere ao acordo de leniência previsto na Lei n.º 12.846/2013, assinale a opção correta.
a) A proposta de acordo de leniência suspende o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos na
referida lei.
b) O termo final para a prática dos atos infracionais pela pessoa jurídica é a celebração do acordo
de leniência.
c) A celebração do acordo de leniência isenta a pessoa jurídica da sanção de multa.
d) O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o
dano causado.
e) A celebração dos acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal é de competência
exclusiva do Ministério Público Federal.
Comentários:
A Letra (A) está incorreta. De acordo com o art. 16, § 9º, da Lei 12.846/2013, quando o acordo de
leniência é celebrado, ocorre uma interrupção do prazo prescricional, e não uma suspensão. A
suspensão da prescrição faz cessar, temporariamente, seu curso. Uma vez superada a causa de
suspensão, a prescrição retoma seu curso, computando o tempo anteriormente decorrido. Já no
caso da interrupção, o tempo decorrido anteriormente é perdido. Em outras palavras, na
interrupção o prazo é “zerado”, diferentemente da suspensão. Uma vez que a causa de
interrupção é superada, o prazo prescricional tem um novo início. Vejamos o dispositivo legal
supracitado:
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:
A Letra (B) está incorreta, pois, conforme o art. 16, § 1º, II da Lei 12.846/2013, o termo final para
a prática da infração é a data em que se propõe o acordo de leniência e não a sua celebração.
Vejamos o referido dispositivo legal:
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A Letra (C) está incorreta. De acordo com o art. 16, §2º, da Lei 12.846/2013, ao celebrar o acordo
de leniência, a penalidade de multa será reduzida em até 2/3 do valor inicial. Assim, a pessoa
jurídica não ficará isenta dessa sanção.
A Letra (D) está correta. Segundo o art. 16, § 3º, da Lei 12.846/2013, a celebração do acordo de
leniência não desobriga a reparação integral do dano causado pela pessoa jurídica. Vejamos o
dispositivo supracitado:
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:
A Letra (E) está incorreta. O órgão competente para celebrar acordo de leniência no Executivo
federal não é o Ministério Público Federal, mas sim a Controladoria Geral da União. É o que diz o
art. 16, § 10, da Lei 12.846/2013. Vejamos:
Gabarito (D)
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A Letra (B) está incorreta. De acordo com o art. 6º, I, da Lei 12.846/2013, o percentual mínimo de
uma multa é no valor de 0,1% do faturamento bruto. Portanto, a assertiva peca, duplamente, ao
mencionar o percentual incorreto de 0,2% e que a base seria o faturamento líquido. Vejamos o
referido dispositivo legal:
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento
bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos
os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua
estimação; e
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A Letra (C) está incorreta, pois, segundo o art. 16, § 9º, da Lei 12.846/2013, quando o acordo de
leniência é celebrado, ocorre uma interrupção do prazo prescricional dos atos ilícitos, e não uma
suspensão. A suspensão da prescrição faz cessar, temporariamente, seu curso. Uma vez superada
a causa de suspensão, a prescrição retoma seu curso, computando o tempo anteriormente
decorrido. Já no caso da interrupção, o tempo decorrido anteriormente é perdido. Uma vez que
a causa de interrupção é superada, o prazo prescricional tem um novo início.
A Letra (D) está incorreta. A assertiva erra ao dizer que pessoa jurídica estrangeira está imune às
regras estabelecidas na Lei Anticorrupção. Conforme o parágrafo único do art. 1º da referida lei,
as disposições legais são aplicadas às sociedades estrangeiras que possuam sede, filial ou
representação no Brasil. Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
A Letra (E) está correta. A alternativa trouxe a literalidade do art. 10, § 2º, da Lei Anticorrupção,
que prevê uma das prerrogativas garantidas à comissão:
Gabarito (E)
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A Letra (A) está incorreta. De acordo com o parágrafo único do art. 1º da Lei 12.846/2013, as
fundações privadas, bem como associações de entidades ou pessoas, sociedades estrangeiras,
sociedades simples, personificadas ou não, são abrangidas pelas disposições da referida lei.
Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
A Letra (B) está incorreta, pois, segundo o art. 2º da Lei 12.846/2013, a responsabilidade civil das
pessoas jurídicas é objetiva, e não subjetiva. Portanto, a referida responsabilização não depende
da análise de dolo ou culpa da conduta lesiva.
A Letra (C) está incorreta. A alternativa erra ao afirmar que a sucessora poderá ressarcir valores
acima ao montante do patrimônio transferido na fusão. De acordo com o art. 4º, § 1º, da Lei
12.846/2013, essa responsabilização se dará até o limite do patrimônio transferido. Vejamos o
dispositivo legal supracitado:
Art. 4º (...)
A Letra (D) está incorreta. Conforme expresso no art. 6º, I, da Lei 12.846/2013, o percentual
máximo de uma multa é no valor de 20% do faturamento bruto. Portanto, a assertiva erra ao
mencionar o percentual errado e que a base seria o faturamento líquido.
A Letra (E) está correta. Segundo o art. 3º, § 2º, da Lei 12.846/2013, os administradores ou
dirigentes de sociedades empresárias possuem responsabilidade subjetiva por atos ilícitos
praticados. Portanto, a referida responsabilização depende da culpabilidade dessas pessoas.
Vejamos o dispositivo legal supracitado:
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Gabarito (E)
A Letra (B) está incorreta. A alternativa erra ao dizer que a celebração do acordo de leniência
afasta por completo a aplicação da multa. O que ocorre é uma redução em até 2/3 do valor inicial
da multa. É o que diz o art. 16, § 2º da Lei 12.846/2013. Vejamos:
A Letra (C) está correta, pois, conforme o exposto no art. 16, § 2º, da Lei 12.846/2013, a celebração
do acordo de leniência isenta a pessoa jurídica de duas penalidades. Uma delas é a publicação
extraordinária da decisão condenatória, item citado na alternativa. Além dessa sanção, a
formalização do acordo afasta a proibição da pessoa jurídica receber incentivos, subsídios,
subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições
financeiras públicas ou controladas pelo poder público. Vejamos o referido dispositivo legal:
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A Letra (D) está incorreta. A Lei 12.846/2013 não dispõe sobre afastamento dos dirigentes ou
administradores que causaram o ilícito. Sobre o tema, a referida lei traz em seu art. 3º, § 2º, que é
necessária a comprovação da culpabilidade para ensejar responsabilização deles
(responsabilidade subjetiva dos dirigentes).
A Letra (E) está incorreta. A Lei Anticorrupção não traz essa obrigatoriedade para a pessoa jurídica
signatária do acordo de leniência. Essa medida foi incluída pela Medida Provisória nº 703/2015,
entretanto teve sua vigência encerrada no ano de 2016. Deve-se atentar que a existência de
mecanismos e procedimentos internos de integridade, conforme o art. 7º, VIII da Lei 12.846/2013,
é um dos requisitos levados em consideração para a aplicação das penalidades previstas na
referida lei.
Acordo de isenção
leniência - proibição de receber benefícios, doações ou
efeitos empréstimos do poder público
Gabarito (C)
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a) não tem o condão de eximir a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano
causado na esfera cível.
b) é legítimo somente se houver comprovação de conduta culposa da pessoa jurídica envolvida
em ato de corrupção contra a administração pública.
c) é nulo de pleno direito, porque somente pode ser feito em sede de processo judicial.
d) isenta integralmente a multa aplicável pela conduta que for objeto do acordo e deve
obrigatoriamente ser mantido em sigilo até o término de seu cumprimento integral.
e) suspende o prazo prescricional para responsabilização dos atos ilícitos previstos na Lei
Anticorrupção, desde que seja ratificado pelo Ministério Público.
Comentários:
A Letra (A) está correta. De acordo com o art. 16, § 3º, da Lei 12.846/2013, a reparação integral
do dano causado não é afastada pela celebração do acordo de leniência.
A Letra (B) está incorreta. A alternativa erra ao afirmar que a responsabilização da pessoa jurídica
é subjetiva, ou seja, depende da comprovação da conduta culposa. Conforme o disposto no art.
2º da Lei 12.846/2013, a responsabilidade dessas pessoas é objetiva. Portanto, é legítima a
responsabilização das pessoas jurídicas mesmo sem comprovação de culpa.
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:
A Letra (D) está incorreta. A alternativa erra ao dizer que a celebração do acordo de leniência
isenta integralmente a multa aplicável. O que ocorre é uma redução em até 2/3 do valor inicial da
multa (art. 16, § 2º da Lei 12.846/2013).
A Letra (E) está incorreta. Segundo o art. 16, § 9º, da Lei 12.846/2013, quando o acordo de
leniência é celebrado, ocorre uma interrupção do prazo prescricional dos atos ilícitos, e não uma
suspensão.
Gabarito (A)
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( )Errado
Comentários:
A questão está correta. De acordo com o art. 16, § 8º, da Lei 12.846/2013, caso uma pessoa
jurídica descumpra o acordo de leniência, ela só poderá realizar um novo acordo após 3 anos. O
início da contagem desse prazo é o conhecimento pela Administração Pública do descumprimento
do referido acordo. Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte
Gabarito (C)
Comentários:
A questão está correta. De acordo com o art. 16, § 7º, da Lei 12.846/2013, a recusa realizada pela
Administração da proposta de acordo de leniência não importa uma “confissão” dos atos ilícitos.
Como podemos ver no caput do art. 16, a celebração do referido acordo é uma escolha da
Administração, um ato discricionário. Logo, seria impensável reconhecer a prática do ato ilícito
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somente pela recusa da celebração do acordo, sem o devido processo legal. Vejamos o referido
dispositivo legal:
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte
Gabarito (C)
Comentários:
A questão está incorreta. De acordo com o art. 16, § 9º, da Lei 12.846/2013, quando o acordo de
leniência é celebrado, ocorre uma interrupção do prazo prescricional dos atos ilícitos, e não uma
suspensão.
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Gabarito (E)
Dois detalhes presentes na questão podem ser observados nas redações do parágrafo único do
art. 1º e do caput do art. 5º da referida lei. Segundo esses dispositivos, às sociedades empresárias
e às sociedades simples, personificadas ou não, estão sujeitas as disposições presentes na Lei
Anticorrupção. Além disso, os atos que atentem contra compromissos internacionais assumidos
pelo Brasil são definidos, na Lei 12.846/2013, são considerados atos lesivos.
Gabarito (C)
( )Certo
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( )Errado
Comentários:
A questão está correta. De acordo com o art. 4º, § 1º, da Lei 12.846/2013, as únicas condenações
impostas a pessoa jurídica sucessora, nas hipóteses de fusão e incorporação societária, são o
pagamento das multas e à reparação integral dos danos. Vejamos o referido dispositivo legal:
As demais sanções previstas na Lei 12.846/2013, tais como suspensão ou interdição parcial de
suas atividades; proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos
de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou até dissolução
compulsória da pessoa jurídica, não são aplicáveis. Entretanto, nos casos de simulação ou fraude,
devidamente comprovados, as demais penalidades previstas na Lei Anticorrupção podem ser
aplicadas a pessoa jurídica sucessora.
Gabarito (C)
( )Certo
( )Errado
Comentários:
A questão está incorreta. Segundo o art. 4, § 2º, da Lei 12.846/2013, as sociedades empresárias
consorciadas são solidariamente responsáveis pelos atos previstos na Lei Anticorrupção.
Entretanto, essa responsabilidade se limita ao pagamento de multa e a reparação integral do dano
causado. Portanto, a alternativa erra ao dizer que as referidas pessoas jurídicas são responsáveis
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solidárias por atos de improbidade administrativa. Além disso, outro equívoco da questão é
afirmar que a responsabilização é irrestrita.
Art. 4º (...)
Gabarito (E)
Comentários:
A questão está incorreta. Segundo o art. 7º, VI, da Lei 12.846/2013, um dos requisitos que é levado
em consideração para a aplicação das sanções é a situação econômica do infrator. Relembrando:
gravidade da infração
vantagem auferida ou pretendida
se a infração chegou a ser consumada ou se foi apenas tentada
grau de lesão ou perigo de lesão
Gabarito (E)
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Comentários:
A Letra (A) está incorreta, pois a responsabilização das pessoas jurídicas independe de a pessoa
jurídica se beneficiar exclusivamente da prática do ato lesivo. Elas são responsabilizadas mesmo
que outras pessoas se beneficiem dos atos lesivos previstos na Lei Anticorrupção. É o que diz o
art. 2º da Lei 12.846/2013. Vejamos:
A Letra (B) está incorreta. A alternativa erra ao afirmar que a fusão societária afasta a
responsabilização da pessoa jurídica. De acordo com o art. 4º da Lei 12.846/2013, nas hipóteses
de alteração contratual, transformação, incorporação, cisão ou fusão societária, a responsabilidade
é mantida. Vejamos o referido dispositivo legal:
A Letra (C) está incorreta, pois a responsabilização individual das pessoas físicas que compõem a
pessoa jurídica não é um requisito necessário para a responsabilização da pessoa jurídica. São
responsabilizações independentes. É o que diz o art. 3º, § 1º, da Lei 12.846/2013. Vejamos:
Art. 3º (...)
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A Letra (D) está correta. Conforme o exposto no art. 4º, § 2º, da Lei 12.846/2013, a
responsabilização das consorciadas é limitada ao pagamento de multa e reparação integral do
dano causado. Vejamos o referido dispositivo legal:
Art. 4º (...)
A Letra (E) está incorreta. Não é necessário, para a responsabilização da pessoa jurídica, que a
cisão societária preveja tal obrigação. Segundo o parágrafo único do art. 1º da Lei 12.846/2013,
independente do modelo societário adotado ou da forma de organização da sociedade, a
responsabilização das referidas pessoas jurídicas é objetiva. Vejamos o dispositivo legal
supracitado:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
Gabarito (D)
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e) As sanções aplicáveis incluem a suspensão das atividades da pessoa jurídica, mas não preveem
a sua dissolução compulsória.
Comentários:
A Letra (A) está incorreta. A alternativa erra ao afirmar que a celebração do acordo de leniência
isenta integralmente o pagamento de multas. O que ocorre é uma redução em até 2/3 do valor
inicial da multa (art. 16, § 2º, da Lei 12.846/2013).
A Letra (B) está incorreta. De acordo com o art. 16, § 3º, da Lei 12.846/2013, a reparação integral
do dano causado não é afastada pela celebração do acordo de leniência.
A Letra (D) está incorreta. O órgão competente para avocar processos instaurados com
fundamento na Lei Anticorrupção, no âmbito do Poder Executivo federal, não é a Advocacia-Geral
da União, mas sim a Controladoria-Geral da União (CGU). É o que diz o art. 8º, § 2º, da Lei
12.846/2013.
A Letra (E) está incorreta, pois a dissolução compulsória da pessoa jurídica é uma sanção prevista
na Lei Anticorrupção. É o que diz o art. 19, II, da referida norma. Para que seja determinada a
dissolução compulsória, é necessária a comprovação de que a personalidade jurídica foi utilizada
para facilitar ou promover a prática de atos ilícitos ou ter sido constituída para ocultar ou dissimular
interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados. Vejamos o dispositivo
legal supracitado:
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos
de representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação
com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras:
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta
ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-
fé;
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Gabarito (C)
( )Certo
( )Errado
Comentários:
A questão está incorreta. Segundo o art. 4º, § 1º, do Decreto 8.420/2015, o procedimento, de
caráter sigiloso e não punitivo, destinado a apurar os indícios de autoria dos atos lesivos não é o
PAR, mas sim a investigação preliminar. Essa investigação é uma etapa prévia à instauração do
PAR, processo administrativo de responsabilização. O PAR propriamente dito não possui caráter
sigiloso, pois é necessária a ampla defesa e contraditório ao longo do processo. Além disso, ele
possui caráter punitivo, conforme expresso no art. 11, § 1º, da referida lei. Vejamos os dispositivos
supracitados:
§ 1º A investigação de que trata o inciso I do caput terá caráter sigiloso e não punitivo e
será destinada à apuração de indícios de autoria e materialidade de atos lesivos à
administração pública federal.
Art. 11. Da decisão administrativa sancionadora cabe pedido de reconsideração com efeito
suspensivo, no prazo de dez dias, contado da data de publicação da decisão.
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§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impostas sanções no PAR e que não apresentar
pedido de reconsideração deverá cumpri-las no prazo de trinta dias, contado do fim do
prazo para interposição do pedido de reconsideração.
Gabarito (E)
( )Certo
( )Errado
Comentários:
A questão está incorreta, pois, segundo o art. 2º da Lei 12.846/2013, a responsabilidade civil das
pessoas jurídicas é objetiva, e não subjetiva. Portanto, a referida responsabilização não depende
da análise de dolo ou culpa da conduta lesiva. Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Gabarito (E)
( )Certo
( )Errado
Comentários:
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A questão está correta. Segundo o art. 3º, § 2º, da Lei 12.846/2013, os administradores ou
dirigentes de sociedades empresárias possuem responsabilidade subjetiva por atos ilícitos
praticados. Portanto, a referida responsabilização depende da culpabilidade dessas pessoas.
Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Gabarito (C)
( )Certo
( )Errado
Comentários:
A questão está correta. Conforme exposto no o art. 17 da Lei 12.846/2013, poderá ser celebrado
acordo de leniência com pessoa jurídica responsável para apurar ilícitos administrativos previstos
na Lei 8.666/93, Lei esta que trata sobre licitações e contratos públicos. Vejamos o referido
dispositivo legal:
Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência com a
pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, com vistas à isenção ou atenuação das sanções administrativas
estabelecidas em seus arts. 86 a 88.
Além disso, a colaboração efetiva da pessoa jurídica é requisito fundamental para a celebração do
acordo de leniência. Segundo os incisos I e II do art. 16 da referida Lei, essa colaboração deve
resultar na identificação dos demais envolvidos na infração e na obtenção célere de informações
e documentos que comprovem o ilícito sob apuração. Vejamos os dispositivos supracitados:
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Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:
Gabarito (C)
( )Certo
( )Errado
Comentários:
A questão está incorreta. Segundo o art.18 da Lei 12.846/2013, a responsabilização na esfera
administrativa não afasta a responsabilização na esfera judicial, são instâncias independentes.
Vejamos o referido dispositivo legal:
Gabarito (E)
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A Letra (A) está incorreta. A alternativa erra ao afirmar que o agente público não possui o dever
de lealdade com a Administração Pública. Caso o agente pratique qualquer ação ou omissão que
viole esse dever ele pratica um ato de improbidade administrativa, conforme exposto no caput do
art. 11º da Lei 8.429/1992. Vejamos o referido dispositivo legal:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
A Letra (B) está correta. Conforme o exposto no caput do art. 22 da Lei 12.846/2013, o cadastro
nacional de empresas punidas será criado pelo Poder Executivo federal, sendo coordenado pela
Controladoria-Geral da União (CGU). Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Executivo federal o Cadastro Nacional de Empresas
Punidas - CNEP, que reunirá e dará publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou
entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo
com base nesta Lei.
A Letra (C) está incorreta, pois ocorrendo lesão ao patrimônio público, o agente público deverá
ser responsabilizado subjetivamente pelo integral ressarcimento do dano. O agente público tem
responsabilidade subjetiva, responde pelo dano perante o Estado ao qual serve, se tiver agido
dolosa ou culposamente, vale dizer, se tiver agido com o propósito de causar o dano, ou se tiver
agido com imprudência, negligência ou imperícia.
A Letra (D) está incorreta, pois não é necessário comprovar dolo ou culpa nos atos lesivos
praticados pelas pessoas jurídicas. De acordo com o art. 2º da Lei 12.846/2013, a referida
responsabilização é objetiva, ou seja, é necessário apenas o dano e o nexo de causalidade.
Vejamos o referido dispositivo legal:
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A Letra (E) está incorreta. De acordo com o art. 16, § 3º, da Lei 12.846/2013, a reparação integral
do dano causado não é afastada pela celebração do acordo de leniência.
Gabarito (B)
Comentários:
A Letra (A) está incorreta. A celebração do acordo de leniência é prevista na Lei 12.846/2013, em
seu art. 16. A indisponibilidade do interesse público são as restrições impostas a Administração
Pública para que ela não atue lesivamente aos interesses públicos. Logo, a alternativa erra ao
afirmar que essa celebração é nula. Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:
A Letra (B) está incorreta, pois é necessário, para a celebração do acordo de leniência, que a
pessoa jurídica admita sua participação no ato lesivo ilícito investigado. É o que diz o art. 16, § 1º,
III da Lei 12.846/2013. Relembrando:
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A Letra (C) está incorreta, pois, conforme o exposto no art. 16, § 9º, da Lei 12.846/2013, o prazo
prescricional dos atos ilícitos é interrompido com a celebração do acordo de leniência. Ele não é
suspenso.
A Letra (D) está incorreta. A alternativa erra ao afirmar que a celebração do acordo de leniência
isenta integralmente o pagamento de multas. O que ocorre é uma redução em até 2/3 do valor
inicial da multa. É o que diz o art. 16, § 2º da Lei 12.846/2013.
A Letra (E) está correta. De acordo com o art. 16, § 3º, da Lei 12.846/2013, a reparação integral
do dano causado não é afastada pela celebração do acordo de leniência.
Gabarito (E)
Comentários:
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O art. 1º da Lei 12.846/2013 traz em seu texto a abrangência da responsabilização das pessoas
jurídicas pela prática de atos previstos na norma. Podemos perceber que mesmos atos contra
administrações estrangeiras são passíveis de responsabilização pela Lei Anticorrupção. Vejamos o
referido dispositivo legal:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
Com base no exposto acima podemos afirmar que é possível a responsabilização, tanto
administrativa quanto judicialmente, no caso exposto na questão. O art. 9º da referida norma traz
de quem é a competência para apurar, processar e julgar esses atos ilícitos praticados contra as
administrações estrangeiras. No caso, essa competência é da Controladoria-Geral da União - CGU.
Gabarito (B)
Comentários:
As Letras (A) e (B) estão incorretas, visto que o acordo de leniência pode ser realizado pelo Estado
Alfa, pela autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública. Além disso, o referido acordo
é celebrado com base na prática de atos previstos na Lei Anticorrupção, e não na Lei de
Improbidade Administrativa.
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A Letra (C) está incorreta, visto que, conforme o art. 16, § 2º, da Lei 12.846/2013, a multa é objeto
de “ajuste”, isto é, de negociação, acordo. Vejamos:
A Letra (D) está correta. A questão trouxe uma situação em que a celebração do acordo de
leniência da pessoa jurídica XX fez com que a multa estipulada tivesse redução de 50% e a não
fosse aplicada a sanção de publicação extraordinária da decisão.
Fundamentada no art. 16, § 2º da Lei 12.846/2013, esse acordo foi celebrado em harmonia com a
legislação. O referido dispositivo legal diz que a celebração do acordo de leniência isentará a
pessoa jurídica das seguintes penalidades: publicação extraordinária da decisão condenatória e
proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou
entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo
prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. Além disso a multa deve ser reduzida em até
66% (dois terços).
A Letra (E) está incorreta. Não é necessária a supervisão do Poder Judiciário para a celebração do
acordo de leniência. No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-Geral da União - CGU
é o órgão competente para celebrar os acordos de leniência.
Gabarito (D)
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Comentários:
A Letra (A) está incorreta. Segundo o art. 16, § 3º, da Lei 12.846/2013, a celebração do acordo de
leniência não desobriga a reparação integral do dano causado pela pessoa jurídica. Vejamos o
dispositivo supracitado:
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:
A Letra (B) está incorreta, pois, de acordo com o art. 16, § 8º, da Lei 12.846/2013, são 3 anos o
prazo em que uma pessoa jurídica que descumprir o acordo de leniência ficará impedida de
celebrar um novo acordo. Vejamos o referido dispositivo legal:
A Letra (C) está correta. A assertiva trouxe a literalidade do art. 10 da Lei 12.846/2013. Vejamos:
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A Letra (E) está incorreta, pois, conforme o art. 11 da Lei 12.846/2013, o prazo de defesa da pessoa
jurídica no processo administrativo, não são 15 dias, mas sim 30 dias. Vejamos o dispositivo legal
supracitado:
Gabarito (C)
Questão que mesclou regras de vários assuntos, mas é possível tecermos comentários sobre a
alternativa, especialmente. Vamos lá!
A Letra (A) está correta. De acordo com o art. 16, § 7º, da Lei 12.846/2013, a proposta de acordo
de leniência rejeitada pela autoridade não faz com que a prática do ato ilícito seja reconhecida.
Para isso é necessário o devido processo legal.
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A Letra (B) está incorreta. A alternativa erra ao colocar o prazo de quinze anos. Segundo o art. 23,
I da Lei nº 8.429/92, o referido prazo para propor a ação é de até cinco anos após o fim do exercício
de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança. Vejamos o referido dispositivo
legal:
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:
A Letra (C) está incorreta, pois, segundo o art. 63, II, "b", da Lei de Responsabilidade Fiscal, é
facultado aos Municípios que possuem população inferior a cinquenta mil habitantes a divulgação
semestral do Relatório de Gestão Fiscal. Logo, a alternativa erra ao afirmar que essa atividade é
obrigatória e que o prazo é trimestral.
A Letra (D) está incorreta. A alternativa erra ao afirmar que a classificação do sigilo de informações
no grau ultrassecreto é de competência exclusiva do Presidente da República. Essa competência
não é exclusiva do Presidente da República. O art. 27 da Lei nº 12.527/2011 traz um rol dos
legitimados a realizar essa classificação. Vejamos:
a) Presidente da República;
b) Vice-Presidente da República;
A Letra (E) está incorreta. Realmente o referido ato de apropriar bens ou rendas públicas é um
crime de responsabilidade dos Prefeitos. Entretanto, o julgamento não cabe a Câmara dos
Vereadores, mas sim ao Poder Judiciário. O caput do art. 1º do Decreto-Lei 201/1967 traz a
seguinte redação:
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Gabarito (A)
A Letra (A) está incorreta. De acordo com o art. 16 da Lei 12.846/2013, ao celebrar o acordo de
leniência, a penalidade de multa será reduzida em até 2/3 do valor inicial. Assim, a pessoa jurídica
não ficará isenta dessa sanção.
A Letra (B) está incorreta, pois, segundo o art. 16, § 1º, III da Lei 12.846/2013, a confissão da
pessoa jurídica de sua participação no ilícito é um requisito essencial para a celebração do acordo
de leniência. Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a
apuração do ato ilícito;
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A Letra (C) está correta, pois a mera celebração do acordo de leniência não isenta a PJ da
obrigação de pagar os danos causados.
A Letra (D) está incorreta. Consoante ao exposto no art. 16, § 7º, da Lei 12.846/2013, a proposta
de acordo de leniência rejeitada pela autoridade não faz com que a prática do ato ilícito seja
reconhecida. Para isso é necessário o devido processo legal.
A Letra (E) está incorreta, pois, conforme o exposto no art. 16, § 9º, da Lei 12.846/2013, o prazo
prescricional dos atos ilícitos é interrompido com a celebração do acordo de leniência.
==1df510==
Gabarito (C)
Comentários:
A Letra (A) está incorreta, pois o prazo previsto de 180 (cento e oitenta) dias é prorrogável,
mediante ato fundamentado. É o que diz o art. 10º, § 4º da Lei 12.846/2013. Vejamos:
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§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados
da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os fatos
apurados e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma motivada as
sanções a serem aplicadas.
A Letra (B) está incorreta, pois, conforme o art. 11 da Lei 12.846/2013, o prazo de defesa da pessoa
jurídica no processo administrativo, não são 15 dias, mas sim 30 dias.
A Letra (C) está incorreta. Segundo o art. 13 da Lei 12.846/2013, a aplicação de forma imediata
das sanções não é prejudicada pela instauração de processo administrativo específico de
reparação integral do dano.
A Letra (D) está correta. A assertiva traz a literalidade do art. 14 da Lei Anticorrupção e o conceito
de desconsideração da personalidade jurídica. Quando ocorrer confusão patrimonial ou utilização
da personalidade jurídica para encobrir, facilitar ou dissimular atos ilícitos, a personalidade jurídica
poderá ser desconsiderada. Se isso ocorrer, a pessoa jurídica perde sua autonomia e é possível a
responsabilização pessoal dos sócios ou administradores em relação aos atos praticados de forma
fraudulenta.
A Letra (E) está incorreta, pois, de acordo com o art. 14 da Lei 12.846/2013, os efeitos da
desconsideração da personalidade jurídica são estendidos para os sócios e administradores da
pessoa jurídica. Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com
abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos
nesta Lei ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos das
sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com poderes de
administração, observados o contraditório e a ampla defesa.
Gabarito (D)
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Comentários:
A Letra (C) está correta. Segundo o art. 1º da Lei Anticorrupção, Lei 12.846/2013, a
responsabilidade administrativa e civil das pessoas jurídicas é objetiva, ou seja, independe de
comprovação de dolo ou culpa na prática do ato ilícito. Ainda no mesmo dispositivo, menciona-
se a abrangência dos atos responsabilizados. Atos contra a Administração Pública, seja nacional
ou estrangeira, são abrangidos pela referida norma. Vejamos o dispositivo legal supracitado:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
As demais alternativas estão incorretas, visto que afirmam situações contrárias ao artigo exposto
acima.
Portanto, o gabarito é a Letra (C).
Gabarito (C)
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A Letra (A) está correta. Ela trouxe a literalidade do o art. 16, § 3º, da Lei 12.846/2013. A mera
celebração do acordo de leniência não isenta a responsabilidade civil da pessoa jurídica que
cometeu o ato ilícito. A obrigação de pagar os danos causados persiste.
A Letra (B) está incorreta, pois somente com a efetivação do acordo de leniência que este se torna
público, como regra geral. A alternativa erra ao dizer que o momento seria após a publicação no
Diário Oficial. É o que diz o art. 16, § 6º, da Lei 12.846/2013. Vejamos:
A Letra (C) está incorreta. Consoante ao exposto no art. 16, § 7º, da Lei 12.846/2013, a proposta
de acordo de leniência rejeitada pela autoridade não faz com que a prática do ato ilícito seja
reconhecida. Para isso é necessário o devido processo legal.
A Letra (D) está incorreta. Segundo o art. 16, § 5º, da Lei Anticorrupção, Lei 12.846/2013, os efeitos
do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que integram o mesmo grupo
econômico. Deve-se atentar que para isso ocorrer, essas empresas devem firmar o acordo em
conjunto.
A Letra (E) está incorreta, pois, conforme o exposto no art. 16, § 9º, da Lei 12.846/2013, o prazo
prescricional dos atos ilícitos é interrompido com a celebração do acordo de leniência. Vejamos o
referido dispositivo legal:
Gabarito (A)
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Comentários:
A Letra (B) está incorreta, pois, conforme o art. 10 da Lei 12.846/2013, a comissão que conduz o
processo administrativo que apura a reponsabilidade da pessoa jurídica pelo ato praticado é
composta por 2 (dois) ou mais servidores estáveis. A alternativa erra ao mencionar que a
composição da referida comissão é de 5 (cinco) ou mais.
A Letra (C) está incorreta, pois, conforme o art. 11 da Lei 12.846/2013, o prazo de defesa da
pessoa jurídica no processo administrativo, não são 15 (quinze) dias, mas sim 30 (trinta) dias.
A Letra (D) está incorreta. Segundo o art. 13 da Lei 12.846/2013, a aplicação de forma imediata
das sanções não é prejudicada pela instauração de processo administrativo específico de
reparação integral do dano.
Art. 15. A comissão designada para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica, após
a conclusão do procedimento administrativo, dará conhecimento ao Ministério Público de
sua existência, para apuração de eventuais delitos.
Gabarito (E)
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d) A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com abuso do direito
para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos na Lei nº 12.846/13 ou para
provocar confusão patrimonial.
e) Os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica não serão estendidos aos seus
administradores e sócios, mesmo que estes não tenham poderes de administração.
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Suponha que a Sociedade Empresária XY fraudou licitação pública que transcorreu no âmbito do
Poder Executivo do Município Z, cometendo, assim, ato lesivo à administração pública, conforme
preceitua a Lei nº 12.846/13. Considerando o que dispõe tal Lei a respeito do processo
administrativo de responsabilização, é correto afirmar que
a) a competência para a instauração e o julgamento do processo administrativo de apuração de
responsabilidade da Sociedade Empresária XY não poderá ser delegada.
b) o processo administrativo para apuração da responsabilidade da Sociedade Empresária XY será
conduzido por comissão composta por 5 (cinco) ou mais servidores.
c) no processo administrativo para apuração de responsabilidade, será concedido à Sociedade
Empresária XY prazo de 15 (quinze) dias para defesa.
d) a instauração de processo administrativo específico de reparação integral do dano prejudica a
aplicação imediata das sanções estabelecidas na Lei nº 12.846/13.
e) a comissão designada para apuração da responsabilidade da Sociedade Empresária XY, após a
conclusão do procedimento administrativo, dará conhecimento ao Ministério Público de sua
existência, para apuração de eventuais delitos.
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GABARITOS
1. D 8. E 15. C 22. E 29. C
2. E 9. E 16. E 23. B 30. A
3. E 10. C 17. E 24. D 31. E
4. C 11. C 18. C 25. C
5. A 12. E 19. C 26. A
6. C 13. E 20. E 27. C
7. C 14. D 21. B 28. D
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