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Sumário
Bem-vindo ao menu interativo. # Introdução 03
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aos respectivos conteúdos. #1 Histórico 04
1.1 Contextualização 04
#3 Aplicação Prática 11
Introdução
Somos movidos pela paixão aos nossos clientes, tratando como nossas as atividades
que nos delegam e demonstrando a nossa devoção pela integridade e entusiasmo
com que agimos.
Pela combinação de notório conhecimento normativo, distinta experiência in-house
e uso das plataformas tecnológicas que desenvolvemos, entregamos soluções
seguras e econômicas, em favor da conformidade, competitividade e resultados das
corporações.
Faz parte dos nossos pilares o compartilhamento de conhecimento com fim de
trabalharmos por um melhor mundo de negócios prezando pela efetividade,
governança e compliance.
Com as evoluções decorrentes do julgamento do RE 574.706, a edição do PARECER
SEI Nº 7698/2021/ME pela PGFN e agora, com a publicação da alteração do Manual
da EFD-Contribuições, versão 1.35, encerra-se um ciclo de decisões, posicionamento
e orientações que dá segurança ao contribuinte em pleitear o que lhe é de Direito.
Assim, com muita alegria e satisfação elaboramos o presente material em busca da
nossa missão de difundir conhecimento com nossos clientes e colegas.
#1 HISTÓRICO
1.1 Contextualização
1970
Faturamento, Receita Bruta, Receita Líquida, são conceitos
com forte essência financeiro-contábil que tem diversas
interpretações dadas pela legislação fiscal para ser utilizado
como Base de Cálculo para alguns impostos e contribuições.
A existência de diferentes conceitos para os mesmos termos
gera confusões, indefinições e dúvidas aos contribuintes e
motivou a discussão aqui retratada, chamada por muitos de
“A tese do século”. Na década de 1970, quando foi instituída a contribuição para
o PIS pela Lei Complementar nº 7/1970, a base de cálculo
A estimativa do governo federal é de um impacto direto
da contribuição era o faturamento, respaldada no art. 195 da
na ordem de R$ 350 bilhões decorrentes desse julgado,
Constituição Federal (antes da Emenda Constitucional 20/98).
portanto, quase 20% do PIB brasileiro.
Quando temos a legislação tributária trazendo conceitos
diferentes para o mesmo termo, percebemos um grande
desafio do contribuinte em absorver esses diferentes
conceitos e aplicá-los corretamente.
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#1 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
1990 2000
Em 1998, com a EC 20/98 o constituinte passa a permitir Já em 2002, com a criação da sistemática não cumulativa
que sejam utilizados como base para a contribuição, além para o PIS acirraram-se as discussões sobre o tema pois, o
do faturamento, a receita. Essa alteração e seus reflexos legislador passa a dispor que a incidência das contribuições
subsequentes, foram o primeiro passo para as diversas se dará sobre o “total das receitas compreende a receita
discussões existentes. bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta
própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela
pessoa jurídica” (Lei 10.637/02 art. 1º, §1º).
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#1 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
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#1 HISTÓRICO
1998
Em 1998, com o advento da lei 9.718/98, em especial,
com o disposto em seu art. 3º, §2, I, o legislador, à época,
dispôs que para efeitos tributários de formação de base de
cálculo deveriam ser excluídos da Receita Bruta os valores
referentes às vendas canceladas, descontos incondicionais, o
IPI e o ICMS-ST.
Ora, se é fundamental explicitar a permissibilidade da
exclusão de todos esses componentes da Receita Bruta
para se atingir a Base de Cálculo, isso significa que o
conceito de Receita Bruta é abrangente.
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#1 1.2 EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE RECEITA BRUTA
2014
Em 2014, a Lei 12.973/2014 veio alterar o texto no inciso O fisco insistia em concordar com a exclusão do IPI e ICMS/
I, acima mencionado, mantendo na previsão legal apenas a ST mas não concordava com a exclusão do ICMS das Bases
exclusão das vendas canceladas e descontos incondicionais do PIS e da COFINS.
concedidos, texto legal que vigora atualmente.
Sem entrar na seara do ICMS Destacado ou Recolhido, faz
À época, a Lei 12.973/2014 foi publicada com intuito de sentido que o ICMS (que é pago pelo consumidor final do
convergir a legislação fiscal com a legislação societária/ produto) também não faça parte das bases de cálculo, afinal
comercial, com intuito de alinhar alguns conceitos, dentre a empresa é mera repassadora, etapa por etapa, sendo o
eles o da Receita Bruta e pôr fim ao famigerado RTT. final contribuinte o consumidor da mercadoria ou produto.
Nesse sentido, na obra “Contribuições para seguridade
social”, José Antonio Minatel, afirma que:
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#2 A SAGA EXCLUSÃO DO ICMS DAS BASES DE PIS/COFINS
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#1 HISTÓRICO 1.2 EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE RECEITA BRUTA
Nos votos dos Ministros no julgamento dos embargos temos III) EQUIPARAÇÃO DAS TRATATIVAS DOS TRIBUTOS INDIRETOS
três principais pontos que foram aclarados: Outro argumento suscitado pelos Ministros do STF foi que, há
I) CONCEITO DE FATURAMENTO X RECEITA (BRUTA) expressa previsão para exclusão das bases do PIS e da COFINS do
IPI – Tributo Indireto Federal. Por terem a mesma sistemática, não
Sobre esse aspecto o STF decidiu que o faturamento, base
há que se falar em inclusão do ICMS – Tributo Indireto Estadual.
para as contribuições do PIS e da COFINS, não devem englobar
Ora, se por um lado entende-se que a sistemática adotada pelo
o ICMS pois não pode-se considerar dentro do seu conceito
tributo indireto federal não constitui faturamento da empresa,
ingressos que não lhes pertencem.
por que o estadual comporia o conceito de faturamento? Assim,
II) INDISPONIBILIDADE DO ICMS decidiu-se pela equiparação do conceito para tributos com
Complementarmente ao ponto anterior, os votos definem que, mesmas características de apuração.
o ICMS tem como destinatário final o Fisco Estadual, portanto,
não se inclui na definição de faturamento.
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#3 A SAGA EXCLUSÃO DO ICMS DAS BASES DE PIS/COFINS
Aplicação Prática
Superadas as discussões judiciais, havendo uma definição
dos pormenores da decisão sem qualquer ponto que possa
gerar dúvidas ou questionamentos, inicia-se o processo de
quantificação e aproveitamento da Exclusão do ICMS das bases
do PIS e da COFINS.
Temos, aqui, dois modelos distintos de procedimento. Os
que habilitarão judicialmente o crédito e os que procederão
a habilitação administrativa. A depender da opção adotada
pelo contribuinte cada cenário levará a caminhos diferentes na
habilitação do crédito do passado.
Um ponto em comum que merece atenção é sobre o momento
da incidência de Imposto de Renda e Contribuição Social (IRPJ/
CSLL) sobre o resultado dessa recuperação.
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#3 APLICAÇÃO PR ÁTICA
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#3 3.1 DO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
O art. 5º, §1º, I, do ADI/SRF 25/2003 traz previsão de tributação Ou seja, a previsão é que deve-se tributar no momento em que
para o momento do trânsito em julgado dos embargos à execução, o valor é líquido e certo e está definito na lide.
como podemos observar: Ocorre que muitos contribuintes têm optado pela realização
Art. 5º Pelo regime de competência, o indébito passa a ser nos termos da IN 1.717/17, fugindo dos precatórios e, com isso,
receita tributável do IRPJ e da CSLL no trânsito em julgado recorrido ao judiciário para protelar a data do reconhecimento,
da sentença judicial que já define o valor a ser restituído. trazendo a tributação para o momento da homologação do
PER ou da Dcomp, defendendo que, apenas esse momento
§ 1º No caso de a sentença condenatória não definir o valor
haverá a efetiva garantia do ingresso de tais valores ao
a ser restituído, o indébito passa a ser receita tributável
patrimônio. Defendem ainda que, oferecer à tributação antes
pelo IRPJ e pela CSLL:
da homologação por parte do Fisco gera risco de alteração
I – na data do trânsito em julgado da sentença que julgar dos valores com eventual glosa, portanto, tais valores apenas
os embargos à execução, fundamentados no excesso de seriam líquidos e certos no momento da homologação.
execução (art. 741, inciso V, do CPC); ou Outro argumento utilizado é que eventualmente podem não
II - na data da expedição do precatório, quando a Fazenda conseguir consumir tais créditos em sua totalidade antes que
Pública deixar de oferecer embargos à execução. prescrevam os 5 anos da utilização.
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#3 3.1 DO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
Em paralelo, para efeitos contábeis, o CPC 25 que trata do Nesse mesmo sentido se posicionou
reconhecimento dos ativos oriundos de discussões, prevê o IBRACON (Instituto dos Auditores
que eles devem ser contabilmente reconhecidos quando a
Independentes do Brasil), através da
realização do ganho é praticamente certa. Como no caso
houve repercussão geral não há mais dúvidas quanto ao
Circular 07/2021, onde orienta que,
direito do contribuinte de reaver tais valores. havendo controles suficientes para
33. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas
garantir a liquidez e certeza do valor,
demonstrações contábeis, uma vez que pode tratar-se o mesmo deve ser reconhecido nas
de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, Demonstrações Contábeis e serem
quando a realização do ganho é praticamente certa, observadas as regulamentações
então o ativo relacionado não é um ativo contingente tributárias do CPC 32.
e o seu reconhecimento é adequado.
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#3 3.1 DO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
Ou seja, se a empresa optar por apenas tributar no momento da Outro ponto que tem sido bastante discutido pelos contribuintes é
homologação da DCOMP ou Restituição deve, portanto, tratar o sobre a tributação da parcela referente à atualização da SELIC dos
valor contabilmente como líquido e certo também apenas neste créditos discutidos, que está sendo tratada no STF no Tema 962.
momento. Nesse ponto defende-se que a atualização é mera recomposição
patrimonial, não se tratando de renda tributável para fins de IRPJ/
Por outro lado, caso a empresa opte por tributá-lo no momento da
CSLL. A repercussão geral já foi declarada, sendo assim, novos
habilitação do crédito, por obvio, contabilmente o reconhecimento
capítulos ainda estão por vir.
também se dará nesse momento.
Superada a questão do IRPJ/CSLL passamos a observar as ações
Veja, se a administração está insegura quanto ao valor e vai
necessárias para efetivar-se a recuperação do PIS e da COFINS
discutir sua tributação apenas no momento da homologação,
indevidamente pagos.
por que trata-lo como líquido e certo para efeitos contábeis?
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#3 APLICAÇÃO PR ÁTICA
3.2 Dahabilitação
de decisão judicial
Possivelmente mais de 90% das discussões judiciais acerca do
tema foram em sede de Mandado de Segurança que, conforme
previsto na súmula 271 do STF, não admite processo de execução.
Assim, existem duas opções após o sucesso da lide:
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#3 APLICAÇÃO PR ÁTICA
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Simplificando procedimentos de
Trade & Tax no Brasil e na América Latina
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