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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

ALUNOS:
Isabel Cristina Nascimento Andrade
RA: 2093605
Mayara Moreira Marques
RA: 0555961

PIM III – Magazine Luiza

São Paulo
2020
NOMES DOS ALUNOS:
Isabel Cristina Nascimento Andrade
RA: 2093605
Mayara Moreira Marques
RA: 0555961

MAGAZINE LUIZA S/A

PIM III

Projeto Integrado Multidisciplinar III


para obtenção do título em Gestão
Financeira apresentado à
Universidade Paulista – UNIP

Orientador: Prof. Fábio Arten

São Paulo
2020
RESUMO

Este artigo trata da análise de demonstrações financeiras, através de indicadores


financeiros extraído do varejista Magazine Luiza. O objetivo deste estudo é analisar
esses indicadores através do desempenho das organizações do setor de varejo, de
2008 a 2017. Nesse contexto, o comércio varejista mostrou nos últimos anos uma
grande importância para o desenvolvimento econômico do Brasil. A natureza disso é
a pesquisa aplicada. No que se refere ao problema de abordagem, é um quantitativo
e pesquisa qualitativa. Em relação aos objetivos da pesquisa, é classificada como
exploratória e descritiva e para procedimentos técnicos, a pesquisa é tratada como
literatura e documentos. Em conclusão, verificou-se que a Magazine Luiza não
apresentou índices financeiros favoráveis, aumentando sua dívida e reduzindo sua
rentabilidade.

Palavras-chave: Magazine Luiza. Gestão Financeira. Contabilidade. Estatística


Aplicada.
ABSTRACT

This article deals with the analysis of financial statements, using financial indicators
extracted from retailer Magazine Luiza. The aim of this study is to analyze these
indicators through the performance of retail sector organizations from 2008 to 2017.
In this context, retail trade has shown in recent years a great importance for the
economic development of Brazil. The nature of this is applied research. Regarding
the problem of approach, it is a quantitative and qualitative research. Regarding the
research objectives, it is classified as exploratory and descriptive and for technical
procedures, the research is treated as literature and documents. In conclusion, it was
found that Magazine Luiza did not present favorable financial ratios, increasing its
debt and reducing its profitability.

Key-words: Magazine Luiza. Profitability Index. Accounting.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................6
REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................7
1 CONTABILIDADE....................................................................................................................7
Quadro 2 – Índices de liquidez.............................................................................................9
Quadro 3 – Índices de endividamento................................................................................10
Quadro 4 – Índices de rentabilidade..................................................................................11
2 FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA................................................12
3 ESTATÍSTICA APLICADA...............................................................................17
Gráfico 1 – Total de ativo...................................................................................................17
Gráfico 2 – Total do ativo circulante...................................................................................17
Gráfico 4 – Total do ativo não circulante............................................................................18
Gráfico 5 – Composição do ativo circulante de 2018.........................................................18
Gráfico 6 – Composição do ativo circulante 2017..............................................................19
Gráfico 7 – Composição do ativo circulante 2016..............................................................20
Gráfico 8 – Composição do ativo circulante do período.....................................................20
Gráfico 9 – Composição do ativo não circulante 2018.......................................................21
Gráfico 10 – Composição do ativo não circulante 2017.....................................................21
Gráfico 11 – Composição do ativo não circulante 2016.....................................................22
Gráfico 12 – Composição do ativo não circulante do período............................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................24
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.....................................................................25
6

1. INTRODUÇÃO

Fundada há 63 ano, em 1957, a Magazine Luiza nasceu como um sonho dos


fundadores, são eles Luiza Trajano Donato e Pelegrino José Donato, sonho este de
construir uma empresa que gerasse empregos para os próprios familiares. Esse
objetivo não só foi alcançado como superado, além de ser administrado hoje em dia
pela família. A empresa conta com mais de 40 mil colaboradores, uma empresa
consolidada e uma das maiores redes no ramo varejo no Brasil.
Sempre administrada de uma forma muito inteligente, vivendo muitos ciclos
transformadores e colocando as pessoas em primeiro ligar.
Hoje em dia, a Magazine Luiza, é muito mais que uma rede de lojas, mas sim uma
companhia dona de diversas outras empresas e redes que pode proporcionar
diversos produtos, serviços diferenciados e promoções a seus clientes. É muito
reconhecida pela sua gestão de pessoas, pelo seu relacionamento com seus
clientes e pelo seu constante crescimento, recebendo diversos premis por suas
conquistas e tornando-se referência para outras empresas.
A empresa Magazine Luiza possui um papel importante no comércio varejista do
país. E devido à sua importância, o presente trabalho tem como principal objetivo
analisar os índices financeiros e a saúde contábil da empresa. Assim é possível
mensurar a capacidade da empresa de desenvolver no mercado altamente
competitivo.
A partir disso, o presente trabalho, foi realizado por meio de uma metodologia
quanti-quali, realizando uma ampla pesquisa em artigos científicos e dados
estatísticos a respeito da empresa Magazine Luiza. Desse modo pode-se concluir
diversas observações em relação à sua financeira da organização, do ano de 2008 a
2017.
7

2. DESCRIÇÃO ORGANIZACIONAL

1 CONTABILIDADE
Quadro 1 – Demonstração Contábil

Nota
explicativ Controladora Consolidado
a

2017 2016 2015 2017 2016 2015

(Reapresent.) (Reapresent.) (Reapresent.) (Reapresent.)

Ativo

Circulante

Caixa e
equivalent
6 370.926 562728 590400 412.707 599.141 617.465
es de
caixa

Títulos e
valores
mobiliários
e outros

Ativos 1.259.55
7 e 28 818984 497623 1.259.553 818.984 497.623
financeiros 3

Contas a 1.233.98
8 575334 430549 1.241.290 581.001 435.225
receber 3

1.953.96
Estoques 9 1587299 1343741 1.969.333 1.596.743 1.353.092
3

Partes
relacionad 10 99.985 66296 88140 96.766 64.021 86.152
as

Tributos a
11 198.894 210657 333475 200.678 212.151 334.344
recuperar

Outros
75.754 47013 35531 77.290 47.802 36.614
ativos

Total do
5.193.05
ativo 3868311 3319459 5.257.617 3.919.843 3.360.515
8
circulante

Não
circulante

Títulos e
valores
mobiliários
e outros

Ativos 7 e 28 - 171 46728 - 171 46.728


8

financeiros

Contas a
8 4.741 3570 2595 4.741 3.570 2.595
receber

Tributos a
11 166.033 223604 177295 166.033 223.604 177.295
recuperar

Imposto de
renda e
contribuiçã
o

Social
12 219.321 241089 228602 223.100 242.010 229.347
diferidos

Depósitos
20 310.899 292187 248450 310.901 292.189 248.450
judiciais

Outros
42.464 49671 51977 44.387 52.273 54.291
ativos

Investimen
tos em
13 78.530 67022 56905 - - -
controlada
s

Investimen
tos em
controlada
s em

Conjunto 14 311.347 293830 297469 311.347 293.830 297.469

Imobilizad
15 567.085 559320 577811 569.027 560.067 578.571
o

Intangível 16 486.111 469724 463726 532.360 513.049 506.720

Total do
2.186.53
ativo não 2200188 2151558 2.161.896 2.180.763 2.141.466
1
circulante

7.419.513

Total do 7.379.58
6068499 5471017 6.100.606 5.501.981
ativo 9

Fonte: ri.magazineluiza.com.br. (consultado em 05/10/2020)

Por meio da análise de balanço pode-se perceber que a empresa possui altos
valores de ativos e que também que essa faz uso de capital de terceiros. Além
disso, pode-se perceber que a organização não tem recursos financeiros para ações
à longo prazo. Isso faz com que a saúde financeira da organização não seja positiva.

Quadro 2 – Índices de liquidez


9

Ano Liquidez Liquidez seca Liquidez geral


corrente AC-E/PC
AC+RLP/PC+ELP
AC/AP
2008 R$ 1,03 R$ 0,77 R$ 0,84
2009 R$ 1,09 R$ 0,81 R$ 0,85
2010 R$ 1,08 R$ 0,76 R$ 0,82
2011 R$ 1,23 R$ 0,49 R$ 0,83
2012 R$ 1,21 R$ 0,67 R$ 0,82
2013 R$ 1,16 R$ 0,66 R$ 0,86
2014 R$ 1,20 R$ 0,68 R$ 0,85
2015 R$ 1,17 R$ 0,70 R$ 0,84
2016 R$ 1,07 R$ 0,63 R$ 0,86
2017 R$ 1,27 R$ 0,80 R$ 1,12
Fonte: ri.magazineluiza.com.br (consultado em 05/10/2020)

A partir do quadro 1 é perceptível que no período de 2008 a 2017, o índice de


liquidez corrente revela que a empresa dispõe de condições de pagamento de curto
prazo. Isso porque todos os resultados se encontram com um valor acima de 1,0.
Além disso, é perceptível que o índice teve os menores resultados no ano de 2008
(R$ 1,23) e 2016 (R$ 1,07). Porém, os resultados do índice ainda foram positivos
para a organização. Já no ano de 2011 e de 2017, a empresa apresentou os
melhores resultados.

Por meio da análise do índice de liquidez seca, é possível perceber que a


situação da organização não é satisfatória. Isso porque, o índice da retirada dos
estoques foi menor que 1,0. O maior valor foi apresentado no ano de 2009, com um
valor de R$ 0,81. Já o menor valor foi no ano de 2011 com R$ 0,49. Isso mostra que
a organização não possui capital suficiente para pagar as suas dívidas de curto
prazo apenas com as duplicatas a receber e com o saldo disponível.

Por fim, por meio da análise da liquidez geral pode-se perceber que a
empresa não possui condições financeiras para cumprir com os seus pagamentos
financeiros de curto e longo prazo. Porém no ano de 2017, a empresa obteve um
10

aumento do índice, apresentando uma grande recuperação, com um valor de R$


1,12.

Quadro 3 – Índices de endividamento

Ano Composição do Participação do


endividamento CT (PC+ELP) /
PC/(PC+ELP) (PC)+ELP+
*100
2008 74% 96%
2009 70% 100%
2010 69% 99%
2011 60% 82%
2012 58% 85%
2013 63% 85%
2014 62% 87%
2015 58% 90%
2016 67% 90%
2017 77% 72%
Fonte: ri.magazineluiza.com.br (consultado em 05/10/2020)

Os índices de endividamento correspondem a obtenção e aplicação de


recursos, assim como o seu prazo. Por meio dos índices de endividamento é
possível perceber que a organização se encontra em uma situação desfavorável.
Isso porque a porcentagem do índice da organização se encontra maior que 50%.
Isso demonstra que a empresa está fazendo as suas atividades com grande parte
das suas dívidas precisando serem pagas em curto prazo. Isso afeta diretamente a
Liquidez Corrente da organização.

Além disso, há um alto índice de capital de terceiros sendo utilizados na


empresa. Isso também demonstra uma relação desfavorável para a organização.
Isso porque essa situação apresenta uma situação de risco para a empresa, de
modo a afetar a sua saúde financeira.

No quadro 3, pode-se perceber que os índices de rentabilidade de ativo (ROI)


apresentam uma situação negativa no ano de 2008, 2009, 2012 e 2015. Isso
11

demonstra que a organização não está gerando resultados financeiros satisfatórios


por meio de seus ativos. O pior desempenho da empresa ocorreu no ano de 2008 e
2009.

Porém a empresa apresentou um aumento no ano de 2013 e 2014. Isso fez


com que a empresa obtivesse uma recuperação financeira e aumentasse a
capacidade de se desenvolver no mercado.

Quadro 4 – Índices de rentabilidade

Ano Rentabilidade Payback Rentabilidade Payback


sobre ativo (ROI) sobre PL LL / (ROE)
LL / ATIVO PL
2008 -3,66% -88,46%
2009 -3,52% -1529,06%
2010 1,75% 57 anos 145,11% 1 ano
2011 0,33% 303 anos 1,88% 53 anos
2012 -0,16% -1,09%
2013 2,41% 41 anos 16,38% 6 anos
2014 2,45% 41 anos 19,25% 5 anos
2015 -1,19% -11,40%
2016 1,42% 70 anos 13,93% 7 anos
2017 5,24% 19 anos 18,76% 5 anos
Fonte: ri.magazineluiza.com.br (consultado em 05/10/2020).

Por meio do quadro 3 pode-se perceber que o retorno de investimentos sobre


ativos apresentou um número elevado, sendo em torno de 303 anos. O payback
com valor mais favorável foi encontrado no ano de 2017, sendo apenas 19 anos.

Além disso, o ROE (Retorno de Patrimônio Líquido) obteve uma rentabilidade


de 145,11% no ano de 2010, sendo o tempo de retorno do investimento de 1 ano.
Os efeitos da crise foram percebidos nos anos de 2008, 2009, 2012 e 2015, de
modo a demonstrar uma rentabilidade negativa.

Pode-se perceber também que a oferta de ações do mercado é o principal


método utilizado pela empresa para captar recursos. Assim a organização se
12

capitaliza e realiza expansões financeiras. Desse modo a organização se


desenvolve no mercado.

3. 2 FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA


O desempenho econômico responde pelo desempenho da organização,
assim como o mercado de atuação da empresa e os recursos humanos da
organização (BORTOLUZZI; ENSSLIN; ENSSLIN, 2001). Por isso é muito
importante que a organização faça análises a respeito da sua saúde financeira como
um todo.

Gestão financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos


Monetários derivados da atividade operacional da empresa, em
termos de suas respectivas ocorrências no tempo. Ela objetiva
encontrar o equilíbrio entre a “rentabilidade” (maximização dos
retornos dos proprietários da empresa) e a “liquidez” (que se refere à
capacidade de a empresa honrar seus compromissos nos prazos
contratados). Isto é, está implícita na necessidade da Gestão
financeira a busca do equilíbrio entre gerar lucros e manter caixa
(CHENG; MENDES, 1989).
Por isso, todas as empresas precisam fazer a análise da sua situação
financeira, a fim de, definir estratégias e se desenvolver no mercado. Em especial, a
empresa Magazine Luiza estabelece estratégias de longo prazo de modo a crescer
de forma sustentada, ao mesmo tempo em que visa cumprir metas e superar os
desafios do período atual.

Assim, a empresa tem como principal objetivo tentar “controlar” o momento


atual e realizar “previsões” acerca do futuro, levando em consideração a análise de
dados financeiros e estatísticos. Com o auxílio de planilhas eletrônicas,
metodologias estruturadas e sistemas de análises financeiras, a Magazine Luiza
consegue determinar – de forma inexata, mas parecida – o decorrer da economia do
mercado do varejo e do Brasil, que são os cenários os quais a empresa participa.

A criação de cenários e a realização de simulação são ferramentas eficientes


utilizadas pela Magazine Luiza. Todo o investimento e a distribuição de recursos da
organização perpassam a ideia dos diferentes cenários que a economia do Brasil
pode apresentar. Além disso, a empresa estabelece demonstrativos contábeis,
13

fluxos de caixas e outras análises mais precisas, mas que mostram somente a atual
situação da companhia.

O sistema de Business Intelligence também auxilia no diagnóstico da gestão


da empresa. Isso porque a análise de dados passados pode gerar informações
importantes para o cenário futuro da economia do país. A junção de dados
operacionais aliada à gestão econômica e financeira faz com que a empresa tenha
os dados necessários para dar continuidade às suas análises financeiras de forma
concisa e eficiente.

Além disso, a fim de controlar e planejar melhor o seu negócio em âmbito


contábil, a empresa Magazine Luiza faz uso de sistemas integrados, mais
conhecidos como ERP que atendem diversas especificidades, levando em
consideração os processos de planejamento e orçamento da companhia. Através
disso pode-se fazer revisão de estratégias, simulação de cenários e previsões
financeiras. E, assim, se configura os negócios de uma das maiores empresas de
varejo do país.

Isso porque através da tecnologia pode-se usar melhores práticas acerca dos
processos de gestão financeira, planejamento e orçamento. Tudo isso faz com que
se tenha o uso de ferramentas inteligentes para realizar projeções de fluxo de caixa,
diagnósticos, resultados econômicos e cenários de tendências. Assim, a gestão
financeira se tornou ainda mais eficiente.

Ademais, o “boom” da empresa Magazine Luiza mostrou nos últimos anos


deu-se principalmente por conta da sua boa gestão financeira. Essa foi formada por
uma gestão de departamento de tesouraria mais centralizada – de forma a ter o
controle a respeito da demanda dos recursos financeiros, tornando o setor um
parceiro de negócios da companhia.

A organização utiliza este tipo de gestão citado por Luciano Baladão, o


gerente de tesouraria da empresa: “Em uma organização grande, é difícil a opinião
da Tesouraria prevalecer em todas as áreas. Cada uma delas toma as decisões que
consideram as mais apropriadas, e depois é preciso correr atrás de recursos. Ao
mesmo tempo, precisamos ter eficiência na gestão de caixa, pois economiza
dinheiro e minimiza riscos”.
14

As principais atribuições acerca da área financeira da empresa dão-se pela


captação de funding que proporcione vantagens para a companhia, além de gestão
de dívidas e proteção de riscos e perdas. Toda essa gestão de recursos tem feito os
recursos da empresa aumentar.

Isso demonstra principalmente através do faturamento da companhia que


passou de R$ 600 milhões para R$ 9,1 bilhões em 11 anos. Essa melhoria deu-se
principalmente através de uma expansão orgânica e maiores aquisições da
indústria.

Vale ressaltar que esse crescimento também deu-se devido a compra de


duas grandes lojas varejistas brasileiras, a Maia e o Baú que adicionaram mais 240
lojas à Magazine Luiza. Assim a empresa conseguiu apresentar um número superior
a 30 milhões de consumidores.

Essa expansão da rede também fez com que a empresa estabelecesse uma
nova relação com os seus fornecedores, criando um sistema operacional que fosse
melhor para ambos os lados.

Essa criação fez com que a Magazine Luiza cobrisse todos os custos da área
financeira e diminuísse o risco das empresas, com a oportunidade de triplicar o seu
valor de mercado. Essa aproximação com o setor financeiro, juntamente com a
aplicação de estratégias, proporcionou melhores resultados para a companhia.

A aproximação da área financeira com a de tesouraria proporcionou maiores


retornos financeiros para a empresa, de forma a atender as necessidades da
organização e atingir metas. Além disso, o estabelecimento e o seguimento de
estratégias deram melhores resultados financeiros para a organização.

Dessa forma, essa especialização fez os funcionários realizarem uma melhor


gestão em relação aos recursos da empresa, de forma a conhecer melhor as suas
particularidades e compará-las com a concorrência. Esses foram os aspectos
chaves de crescimento da Magazine Luiza.

Vale ressaltar que a análise dos demonstrativos financeiros é muito


importante para auxiliar na gestão das finanças da organização. Isso porque através
do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, pode-se ter
as principais fontes de informações geradas para o setor contábil.
15

Assim, os gestores têm maior conhecimento sobre a situação a qual a


organização se encontra em termos financeiros, principalmente a respeito da
liquidez, a rentabilidade e da estrutura de capital. Com todas essas informações, os
gestores podem ter uma maior segurança em relação às suas tomadas de decisões.

Além disso, com essas informações, a empresa também pode atender melhor
às necessidades do mercado e ter uma maior excelência em relação aos resultados
empresariais. Identificando o desempenho da capacidade de pagamento da
empresa, a dependência em relação ao capital de terceiros, a rentabilidade do
capital investido e o grau de endividamento, o funcionamento do ciclo financeiro e
operacional torna-se mais eficiente e é mais fácil realizar análises verticais e
horizontais.

Tudo isso, justifica devido à importância das análises de medidas econômico-


financeiras que são utilizadas como ferramentas no processo de tomada de decisão.
Em relação à história econômica da empresa, antes a companhia Magazine Luiza
adotava uma estratégia mais agressiva em relação às finanças principalmente no
que diz respeito a sua estrutura de capital.

Isso aumenta a alavancagem financeira através de financiamentos e


empréstimos feitos pela organização, buscando recursos através de terceiros. Vale
lembrar que, a empresa também utiliza estratégias mais conservadoras em relação
aos índices de liquidez, no momento em que não obteve resultados positivos
operacionais no ano de 2015.

Já a partir do ano de 2016, a empresa adentrou em um círculo positivo em


relação à geração de resultados financeiros. Isso porque a companhia começou a
gerar lucro e caixa, de forma a diminuir o seu endividamento e as despesas
financeiras e aumentar seu índice de liquidez.

A partir disso, a empresa começou a realizar novos investimentos e a crescer.


Isso gerou e gera maior lucro e caixa; demonstrando um clico muito positivo de
resultados financeiros. Porém, é válido salientar que esses recursos mais positivos
são gerados por estratégias mais conservadoras em relação aos índices de liquidez
e de endividamento. Isso gera mais riscos e também retornos menores para os
acionistas que, em geral, desejam a implementação de estratégias mais agressivas.
16

Através de uma visão geral da empresa, a Magazine Luiza tem atingido um


excelente ápice de crescimento, de forma a aumentar o número de vendas de
mercadorias, e consequentemente a quantidade de lojas. Além disso, tem-se
realizado um maior investimentos na infraestrutura da empresa e no setor de
logística.

A compra de outras empresas do mesmo setor e a diversificação de produtos


vendidos na empresa também ajudou a organização a se desenvolver no mercado.
Além disso, a estratégia de transformar a companhia de modelo tradicional de varejo
em uma empresa quase que completamente digital, trabalhando principalmente em
plataformas digitais com alguns pontos físicos, gerou maior na eficiência operacional
e melhor desempenho financeiro, fazendo com que a empresa se tornasse uma das
principais empresas de varejo do país e do continente.

4. 3 ESTATÍSTICA APLICADA
Gráfico 1 – Total de ativo

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2018).

Gráfico 2 – Total do ativo circulante


17

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2018).


Gráfico 4 – Total do ativo não circulante

Total do ativo não circulante


R$2,210,000.00
R$2,200,000.00
R$2,190,000.00
R$2,180,000.00
R$2,170,000.00
Valor

R$2,160,000.00
R$2,150,000.00
R$2,140,000.00
R$2,130,000.00
R$2,120,000.00
R$2,110,000.00
2017 2016 2015
Ano

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2018).

Gráfico 5 – Composição do ativo circulante de 2018


18

Composição ativo circulante 2018


1%
2% 4% 7%

Caixa e equivalentes de caixa


Títulos e valores mobiliários e
24% outros ativos financeiros
Contas a receber
38%
Estoques
Partes relacionadas
Tributos a recuperar
Outros ativos
24%

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2018).


Gráfico 6 – Composição do ativo circulante 2017

Composição ativo circulante 2017


1%
2% 5%
15%
Caixa e equivalentes de caixa
Títulos e valores mobiliários e
outros ativos financeiros
Contas a receber
21%
Estoques
41%
Partes relacionadas
Tributos a recuperar
Outros ativos
15%

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2017).

Gráfico 7 – Composição do ativo circulante 2016


19

Composição ativo circulante 2016


1%
10%
3% 18%
Caixa e equivalentes de caixa
Títulos e valores mobiliários e
outros ativos financeiros
Contas a receber
15%
Estoques
Partes relacionadas
40% Tributos a recuperar
13% Outros ativos

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2016).


Gráfico 8 – Composição do ativo circulante do período

Composição ativo circulante do período


1%
2% 6% 13%
Caixa e equivalentes de caixa
Títulos e valores mobiliários e
outros ativos financeiros

20% Contas a receber


Estoques
40%
Partes relacionadas
Tributos a recuperar
Outros ativos
17%

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2019).

Gráfico 9 – Composição do ativo não circulante 2018


20

Composição ativo não circulante 2018


0%
8%

23% Contas a receber


10% Tributos a recuperar
Imposto de renda e contribuição
social diferidos
Depósitos judiciais
14% Outros ativos
Investimentos em controladas
Investimentos em controladas em
conjunto
26% 2% Imobilizado
2% Intangível
14%

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2018).


Gráfico 10 – Composição do ativo não circulante 2017

Composição ativo não circulante 2017


0% 0%
10%
22% Títulos e valores mobiliários e
outros ativos financeiros
11% Contas a receber
Tributos a recuperar
Imposto de renda e contribuição
social diferidos
Depósitos judiciais
13% Outros ativos
Investimentos em controladas
Investimentos em controladas em
26% conjunto
Imobilizado
2% Intangível
13% 2%

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2017).

Gráfico 11 – Composição do ativo não circulante 2016


21

Composição ativo não circulante 2016


2%0%
8%
Títulos e valores mobiliários e
23% outros ativos financeiros
11% Contas a receber
Tributos a recuperar
Imposto de renda e contribuição
social diferidos
Depósitos judiciais
12% Outros ativos
Investimentos em controladas
Investimentos em controladas
27% em conjunto
2% Imobilizado
14% 1% Intangível

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2016).

Gráfico 12 – Composição do ativo não circulante do período

Composição ativo não circulante do período


1% 0%
9%
23% Títulos e valores mobiliários e
outros ativos financeiros
11% Contas a receber
Tributos a recuperar
Imposto de renda e contribuição
social diferidos
Depósitos judiciais
13%
Outros ativos
Investimentos em controladas
Investimentos em controladas
26% em conjunto
2% Imobilizado
14% 2% Intangível

Fonte: Demonstração Contábil Magazine Luiza (2019).

Inicialmente foi feita uma análise com gráfico em colunas comparando, de


maneira que agrupasse (cores diferentes lado a lado são azul referente ao grupo
"controladora" e laranja ao grupo "consolidado") pelos anos do período considerado
(2016, 2017 e 2018), os valores dos ativos circulantes (Gráfico Total dos ativos
circulantes), dos ativos não circulantes (Gráfico Total dos ativos não circulantes) e
dos ativos totais (Gráfico Total dos ativos).
22

A fim de analisar como tais ativos são formados (suas parcelas) foi feita uma
análise das partes que os compõem percentualmente, e calculou-se as médias
dessas percentagens para os grupos "controladora" e "consolidado" para possibilitar
a representação de cada período. Por fim, fez-se o mesmo para o período como um
todo, fazendo as médias das composições em parcelas de todo o período
considerado (os três anos inclusos).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio dos estudos em relação à empresa dos anos de 2008 a 2017 pode-
se concluir que a organização se desenvolveu bastante. Em relação aos índices de
liquidez, a empresa manteve a sua capacidade de cumprir com as obrigações de
curto prazo. Porém, a respeito do índice de liquidez seca e geral comprovou que a
empresa assumiu uma posição muito negativa ao longo dos anos, se colocando em
uma situação de risco.

Em relação aos índices de endividamento foi possível perceber que a


empresa demonstrou uma alta porcentagem na composição do endividamento de
curto prazo. Assim a organização demonstrou uma situação negativa no ano de
crise. Já em 2017, a empresa alavancou a sua situação financeira novamente, como
nos anos anteriores.

A respeito da rentabilidade a empresa, essa obteve um impacto maior em


2008, com um ROI de -3,66% e ROE de -88,46%. Isso evidenciou um resultado
abaixo do esperado pela empresa. Porém, nos anos seguintes a organização
conseguiu se desenvolver bastante.
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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

BORTOLUZZI, Sandro César; ENSSLIN, Sandra Rolim; ENSSLIN, Leonardo.


Avaliação de desempenho multicritério como apoio à gestão de empresas: aplicação
em uma empresa de serviços. Gestão & Produção, v. 18, n. 3, p. 633-650, 2011.
Cheng, Â., & Mendes, M. M. (1989). A importância e a responsabilidade da gestão
financeira na empresa. Caderno de Estudos, (1), 01-10.

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