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FACULESTE
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Sumário
FACULESTE ............................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO............................................................................. 5
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 47
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INTRODUÇÃO
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escola. A segunda frente implica articular professores, funcionários, pais,
estudantes, coordenadores, supervisores, orientadores educacionais e a
comunidade local na construção de mecanismos de participação, visando
consolidar um novo processo de gestão, onde o exercício democrático seja o
motor de um novo poder e de uma nova cultura escolar.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
• Segundo período, via-se a (TI), com outra visão, como um apoio aos
propósitos gerais de uma organização, que auxiliava no gerenciamento de
diversas atividades;
• Mas foi a partir da década de 90 até os dias atuais, que a (TI), passou a ser
vista, e composta como um recurso estratégico, uma fonte de vantagem
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competitiva para garantir a sobrevivência e a permanência das organizações
e sua aplicabilidade constante nos processos administrativos.
As mudanças ocorrem muito rápidas, numa política global que transforma seus
mercados e fontes de serviços, do comercio físico ao virtual (e-commerce), da
terceirização de serviços (outsourcing) entre outros fatores. Diante dessa
problemática, surgem as necessidades das organizações se planejarem e criarem
estratégias voltadas para o futuro, tomando como base a Tecnologia da
Informação, constantes em todos os negócios empresariais.
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Vários autores têm apontado as multidisciplinaridades dos Sistemas de
Informações. Floyd (1988) citado por Albertin (2009, p. 2), propôs a mudança de
paradigma como algo urgente, considerando que os sistemas baseados em
computador (hardware e software), têm afetado cada vez mais um número maior
de áreas do mundo e que a disciplina de “engenharia de software” existe não tem
como lidar com esta situação de maneira sistemática. Para Earl (1987 apud
ALBERTIN, 2009, p. 2) uma nova área de pesquisa está aparecendo, combinando
potencialmente os campos de conhecimento sobre Sistema de Informações,
estratégias de negócios, comportamento organizacional, gerência de tecnologia e
economia industrial.
Para que uma organização atinja seus objetivos na economia atual, dentro de um
enlace tecnológico e digital, os líderes, ou seja, os antigos gerentes e os
especialistas funcionais em cada área de atuação, como por exemplo: marketing,
finanças, logísticas, gerenciamento de pessoal e etc., precisam efetuar suas
atividades de forma objetivas dentro de uma perspectiva eficiente e eficaz. A
Tecnologia da Informação pode solucionar problemas cada vez mais complexos e
suas contribuições para o sucesso e a sobrevivência das organizações é
primordial.
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Este nível de utilização oferece grandes oportunidades para as empresas que
têm sucesso no aproveitamento dos benefícios oferecidos por este uso. Ao mesmo
tempo, ele também oferece o desafio de identificar o nível de contribuição que esta
tecnologia oferece aos resultados das empresas.
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contribuição nos resultados organizacionais, buscando garantir o aproveitamento dos
benefícios oferecidos pela Tecnologia da Informação.
Nesse contexto, a Tecnologia de Informação (TI), terá que identificar encontrar e/ou
desenvolver, técnicas e sistemas de informação que apoiem a comunicação
empresarial e a troca de ideias e experiências. Para Rezende e Abreu (2000), as
empresas devem evoluir da empresa chamada tradicional para empresa baseada na
informação, que se diferem principalmente nos requisitos apresentados abaixo:
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Fonte: (SILVA, 2002).
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refere-se às instalações físicas, componentes de TI, serviços
de TI e gerência que fornecem suporte à organização inteira.
[...] os componentes da TI são o hardware de computador,
software e tecnologias de comunicações que são usados pelo
pessoal da TI para produzir serviços da TI. [...] Os serviços de
tecnologia incluem gerenciamento de segurança. As
infraestruturas da TI incluem esses serviços, além de sua
integração, operação, documentação, manutenção e
gerenciamento (2005, p.40).
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tecnologia contribuiu significativamente para o avanço desses
sistemas. A computação, que antes era considerada apenas
como um mecanismo que tornava possível automatizar
determinadas tarefas em grandes empresas e nos meios
governamentais, passou a ser vista como uma ferramenta
poderosa em qualquer organização.
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• A Informação: Refere-se a dados que foram organizados de modo a terem
significado específico e valor para o receptor. Por exemplo, a nota é um dado,
mas o nome de um aluno associado a sua nota é uma informação. O receptor
interpreta o significado e elabora conclusões e implicações da informação.
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Entretanto, o conhecimento não possui, exatamente, as mesmas características
da informação. A importância da informação, geralmente, está relacionada com o
tempo. Diferentemente, o conhecimento deve ser distribuído através da organização,
e sua essência está em ser compartilhado, adquirido e trocado para gerar novos
conhecimentos. Authier (1995 apud Albertin, 2009) ressalta que o conhecimento, de
modo geral, é aquilo graças ao qual elaboramos respostas e soluções para
problemas novos. O conhecimento pode ter dois significados aparentemente
diferentes:
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dependentes de contextos e formas de interação sociais
específicas" (1999, p.30).
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A combinação é o processo de sistematização de conceitos em um sistema de
conhecimento. Esse modo de conversão do conhecimento envolve a combinação de
conjuntos diferentes de conhecimento explícito – por exemplo, classificação,
sumarização, pesquisa e categorização das informações - com a utilização da
tecnologia de banco de dados, o que pode levar à criação de novos conhecimentos.
A relação entre os três conceitos existe e é natural, uma vez que dados,
informação e conhecimento são insumos básicos para os três modelos. O que muda
é a complexidade das ações despendidas.
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Por conseguinte, a inteligência está ligada ao conceito de processo contínuo, sua
maior complexidade está no fato de estabelecer relações e conexões de forma a
gerar inteligência para a organização, na medida em que cria estratégias para
cenários futuros e possibilitam tomadas de decisão de maneira mais segura e
assertiva.
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Fonte: (Turban, 2007).
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revolucionário e de novas oportunidades, na perspectiva tecnológica, o risco passou
a ser a utilização intensa da TI e seu retorno adequado, a utilização da TI pela TI, o
surgimento de impactos negativos pela falta de tratamento adequado dos aspectos
de assimilação e implementação da tecnologia, falta de alinhamento estratégico
coerente etc.
Uma das questões apareceu como relevante referia-se ao fato do que seria
mais adequado: a tecnologia adaptar-se à organização ou a organização a
tecnologia. A resposta, sem duvida, é que as duas concepções estão corretas e não
são excludentes.
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Assim surge a perspectiva atual, na qual as diretrizes organizacionais
fornecem sustentabilidade suficiente e imprescindível para a elaboração da
estratégia e a utilização bem sucedida de TI, ao mesmo tempo em que é
influenciada e alterada pela TI, que oferece novas oportunidades de atuação interna
e externa, muitas vezes de forma revolucionaria.
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termo “sistema de informação” normalmente é usado como sinônimo de “sistema de
informação baseado em computador”.
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Nos dias atuais, não se admite que uma organização queira fazer frente no
mercado global com vantagem, sem a utilização dessas ferramentas. Estes fatos
abrem lacunas para que os novos gestores, com novas visões busquem o
aperfeiçoamento contínuo para suas organizações. O desenvolvimento e a crescente
evolução das organizações é fruto da evolução do conhecimento e da informação,
por isso as transformações decorrentes do desenvolvimento tecnológico nas áreas
de informação e comunicação afetam significativamente a sociedade.
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Para acompanhar essa metamorfose, ou seja, a transformação, tanto as
pessoas/gestor quanto as organizações têm procurado formas mais rápidas para se
inserir nesse modelo atual de mercado. Esse modelo conhecido como „Era da
informação‟, a qual é necessário ter em mente a tecnologia de informação e os
sistemas de informação como grandes precursores e responsáveis pelo valor
adicional às tomadas de decisões no ambiente social e organizacional.
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- Se a TI é para ser um mecanismo para criar vantagem competitiva, então o
foco externo, as características de desenvolvimento de produto e serviço e a
orientação de marketing do “Sistema de Informação” resultante serão mais
reminiscentes da inovação do negócio que das aplicações tradicionais;
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considera que suas estratégias de negócios dependem da TI.
Albertin (2009, p.60) cita Ein-Dor e Segev (1978) argumentando que o objetivo
principal de um processo formal de Planejamento Estratégico de SI é a produção de
Sistemas de Informação Gerenciais consistentes com a política geral da
organização.
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O PODER DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) E A FORÇA DOS
NEGÓCIOS
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- Banco de dados distribuídos e acessíveis;
As Forças de Negócios:
- Globalização;
- Competitividade em nível mundial;
- Requerimentos de produtividade;
- Ambientes voláteis;
A maioria dos modelos usados nas pesquisas assume a relação direta entre
tecnologia e algumas medidas de desempenho, e essa visão é denominada modelo
básico e inclui investimento e desempenho organizacional.
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Internet, ou mesmo para coordenar sua linha de produção acreditando que isto é
suficiente para aproveitar os benefícios desta nova modalidade de negócios. Outras
empresas preferem a passividade, optando por não investir em TI baseadas na
intuição de seus executivos, que não visualizam os benefícios das ferramentas
digitais.
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internet simplesmente oferecessem as fontes tradicionais de vantagem competitiva -
como baixo custo, excelente atendimento ao cliente ou gerenciamento superior de
cadeia de fornecimento. Para a maioria das organizações, o primeiro passo para a
vantagem competitiva na economia digital é responder a seguinte questão: “Como a
TI, especialmente a internet pode me ajudar nos negócios?”. A resposta
normalmente envolve Sistemas de Informações Estratégicos.
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principais que poderiam colocar em risco a posição de uma organização em um
determinado setor, conforme descrição:
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reduzindo as diferenças entre os concorrentes. Ou seja, quando eu vejo um
excelente sistema on-line novo do meu concorrente, provavelmente preciso
acompanhar seus recursos para permanecer competitivo. Na maioria dos
setores, a tendência para internet de reduzir os custos variáveis em relação
aos custos fixos encoraja o desconto no preço. Essas duas forças encorajam a
concorrência de preços destrutivos em um setor.
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Para o mundo empresarial, essas variações geram consequências fundamentais,
causando preocupação diária aos empresários e executivos. Uma delas se refere ao
estágio de desenvolvimento tecnológico das empresas e/ou de seus processos
internos. O gerenciamento dos Sistemas de Informação (SI) é uma das funções
fundamentais dentro de uma organização, podendo atuar como um subsistema no
sistema organizacional. As influências externas na organização podem ocorrer por
meio das novas regulamentações governamentais, mudanças de tecnologia, e/ou
competições etc. O acompanhamento dessas mudanças necessita de mobilização
de todos os recursos, além o pessoal de informática. Frota (2010, p. 124).
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como as atividades são executadas e a natureza das interligações entre elas. Ela
afeta também o escopo competitivo e reformula a maneira como os produtos e
serviços atendem às necessidades dos clientes. Os seus efeitos básicos explicam
porque a Tecnologia da Informação adquiriu um significado estratégico e
diferenciase de outras tecnologias utilizadas nos negócios.
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funcionais da empresa. Para isso, é preciso considerar o montante de trabalho que
será exigido em cada fase e os eventuais imprevistos que possam surgir durante o
projeto. O componente humano de uma companhia corresponde ao conhecimento,
experiência e habilidades tanto dos profissionais de TI quanto dos usuários que
formam a memória da organização. Para que a tecnologia possa ser bem
empregada e ofereça um retorno satisfatório é preciso congregar os conhecimentos
dos profissionais, combinando as habilidades técnicas com os conhecimentos das
diversas áreas das organizações.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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consultas fichá-las, lê-las, construir seu texto dentro das normas preestabelecidas
dos padrões didáticos.
Este trabalho consistirá numa pesquisa qualitativa através de levantamentos
bibliográficos, conforme Oliveira (2002, p.117), tem a facilidade de descrever
determinado problema, analisando as variáveis e classificando os processos
experimentados, permitindo uma interpretação particular de cada pessoa e de
gestores envolvidos no enlace Tecnológico das corporações globais. A análise dos
dados será realizada a partir dos dados coletados em referências bibliográficas,
confrontada com os conceitos levantados no referencial teórico, caracterizando desta
forma a pesquisa como qualitativa.
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mais complexos. A figura a seguir exemplifica a interação organizacional em busca
do equacionamento dos problemas usando as ferramentas de TI.
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A ADMINISTRAÇÃO OU GESTÃO DA ESCOLA: CONCEPÇÕES E
ESCOLAS TEÓRICAS
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capitalista. No entanto, a administração enquanto atividade essencialmente humana
nasceu antes de a sociedade se organizar a partir do ideal capitalista. Nesse sentido,
outro autor, Vitor Paro, em seu livro Administração Escolar: introdução crítica, ao
discutir o conceito de administração como fenômeno universal, define o termo como
“a utilização racional de recursos para a realização de fins determinados”. Assim,
tanto os princípios, quanto as funções da administração estão diretamente
relacionados aos fins e à natureza da organização social em qualquer realidade e,
ao mesmo tempo, determinados por uma dada sociedade. Por exemplo, na empresa
capitalista, que tem como objetivo a acumulação do capital, a função da
administração é organizar os trabalhadores no processo de produção, com a
finalidade de ter o controle das forças produtivas, do planejamento à execução das
operações, visando à maximização da produção e dos lucros. Já numa sociedade
indígena, a comunidade organiza seus recursos de caça não para obter lucro, mas
com o objetivo de garantir sua sobrevivência com a abundância de carnes. Então,
vamos refletir sobre as maneiras de organização construídas pelos homens ao longo
de sua história mais recente. Para desenvolvermos esse exercício, apresentamos as
escolas de administração que traduzem concepções, políticas e formas de
organização e gestão. Quais são as escolas de administração?
IMPORTANTE
c) escola behaviorista;
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d) escola estruturalista. Discutiremos, também, o enfoque cultural como uma
alternativa mais abrangente para a análise da administração.
Escola clássica ou de administração científica
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a) Quanto mais dividido for o trabalho em uma organização, mais eficiente será a
empresa;
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Escola behaviorista
Essa escola não vê a organização em sua estrutura formal, mas foca toda sua
atenção para a organização informal, ou seja, para as relações sociais não previstas
em regulamentos ou organogramas. Segundo a Escola behaviorista, os princípios
administrativos adotados nas empresas podem ser empregados em qualquer tipo de
organização e os problemas administrativos devem ser tratados com objetividade.
Entre 1927 e 1932, o psicólogo industrial australiano George Elton Mayo prestou sua
contribuição à Escola das Relações Humanas através de uma pesquisa na Western
Eletric Co., na cidade de Hawtorne, onde as mulheres que lá trabalhavam,
executando tarefas rotineiras, eram submetidas a diferentes condições de trabalho.
Ele concluiu que o fato delas se sentirem “observadas” fazia com que aumentasse
sua motivação para o trabalho.
Escola estruturalista
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resistente a frustrações, com capacidade de adiar a recompensa e com desejo de
realização pessoal. Diferente das escolas clássica e de relações humanas, que
defendiam a harmonia natural de interesses, e da escola behavorista, que admitia
Relativismo é a teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento e
repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Ela parte do pressuposto de que todo
ponto de vista é válido. Subjetivismo Segundo a filosofia é o sistema que não admite
outra realidade senão a do sujeito pensante ou que acentua o caráter subjetivo do
conhecimento. Max Weber foi um intelectual alemão e um dos fundadores da
Sociologia. A existência do conflito, mas acreditava na sua superação por meio da
integração das necessidades individuais às organizacionais, os estruturalistas
apontam que o conflito, além de necessário, é inerente a determinados aspectos da
vida social, tendo em vista as tensões e os dilemas presentes nas organizações. Os
incentivos para o bom desenvolvimento do trabalho não podem ser apenas de
natureza econômica ou de natureza psicossocial, mas de ambas, pois elas se
influenciam mutuamente. O enfoque cultural: uma tentativa de contextualização da
administração A análise dessas escolas, que retratam a história das diferentes
concepções de administração, revela o norte político que as caracteriza. Como o
eixo de nossa análise é a administração escolar, falta uma concepção que considere
as particularidades da escola.
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uma “nova” alternativa para o processo político-administrativo da educação.
Entende-se por gestão da educação o processo político-administrativo
contextualizado, por meio do qual a prática social da educação é organizada,
orientada e viabilizada. (BORDIGNON; GRACINDO, 2001, p. 147). Tendo em vista a
análise feita pelos professores Genuíno Bordignon e Regina Gracindo, vamos optar
pelo uso do termo gestão como substitutivo para o de administração, quando
descrevemos os conceitos de gestão de sistemas e de gestão escolar. Você sabia
que as escolas vinculam-se a um sistema de ensino? Para compreendermos melhor
esse processo vamos apresentar alguns conceitos fundamentais.
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da administração empresarial. A escola como instituição social, deve ser
administrada a partir de suas especificidades, ou seja, a escola é uma organização
social dotada de responsabilidades e particularidades que dizem respeito à formação
humana por meio de práticas políticas, sociais e pedagógicas. Assim, sua gestão
deve ser diferenciada da administração em geral, e, particularmente, da
administração empresarial. De acordo com a legislação vigente, é competência dos
municípios atuar prioritariamente na educação infantil e ensino fundamental; dos
Estados assegurar o ensino fundamental e oferecer, prioritariamente, o ensino
médio. No caso do Distrito Federal, oferecer toda a educação básica. A União se
incumbe de manter sua rede de educação superior e profissional e de dar apoio
técnico e financeiro aos demais entes federados Analise a seguir o quadro com o
número de matrículas da educação básica no Brasil no ano de 2005.
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de 21 milhões de crianças até 5 anos. Elas não teriam também direito a creches e
pré-escolas? Leia o artigo 7 o e 208 da Constituição de 1998. Imagine agora os
milhões de jovens e adultos analfabetos ou que não concluíram o ensino
fundamental. Eles não têm direito a estudar? Esses dados revelam o grande esforço
a ser feito pela União, Estados, Distrito Federal e municípios para universalizar toda
a educação básica.
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4a e 8a séries do ensino fundamental e da 3a série do ensino médio, que fazem
provas de língua portuguesa e de matemática. Segundo dados do INEP,
participaram do SAEB, em 2003, cerca de 300 mil alunos, 17 mil professores e 6 mil
diretores de 6.270 escolas das 27 unidades da federação. As informações coletadas
nesse processo de avaliação, feito por amostragem, permitem montar um
diagnóstico sobre o sistema educacional no país, possibilitando assim aos governos
e gestores identificar potencialidades e fragilidades das políticas educacionais
delineadas local e nacionalmente e seus desdobramentos nas instituições
educacionais. Considerando as dimensões, particularidades e a diversidade dos
sistemas educativos, os resultados dessas avaliações tornam-se fundamentais para
que os governos e comunidade discutam, no âmbito de suas secretarias, as medidas
relativas aos problemas locais. Todavia, tais informações têm sido apenas
parcialmente utilizadas na proposição e na avaliação de políticas que objetivem a
melhoria da qualidade, eficiência e igualdade da educação brasileira. Incrementar
esse cenário avaliativo, buscando retratar, mais pormenorizadamente, as
especificidades de municípios e escolas e, desse modo, contribuir para a melhor
compreensão dos fatores condicionantes do processo de ensino e aprendizagem, é
um dos desafios com os quais se deparam o Ministério da Educação, as secretarias
estaduais e municipais e as escolas públicas. Nos estudos desenvolvidos, tem
assumido grande centralidade a criação de uma rede nacional de avaliação da
educação básica, envolvendo os esforços da União, dos Estados, dos municípios e
do Distrito Federal. Essa rede propiciaria uma maior articulação entre as diretrizes
gerais da educação nacional, as especificidades e o acompanhamento do processo
ensino-aprendizagem dos entes federativos. A construção da democratização da
escola pública: os paradoxos da gestão escolar As políticas de gestão para a
educação no Brasil, na última década, efetivaram-se a partir de ações de cunho
gerencial, para garantir otimização dos recursos e racionalização das ações
administrativas.
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redesenhar a escola pública e, particularmente, os processos de gestão
implementados no seu cotidiano. Questões como descentralização, autonomia e
participação foram ressignificadas por meio de uma visão restrita e funcional de
cidadania. Ocorreram processos de transferência de ações sem a partilha efetiva
das decisões e dos recursos. A partir dos anos de 1990 ocorreu, como já analisamos
a consolidação de um processo de reforma do Estado e da gestão, centrado na
minimização do papel do Estado no tocante às políticas públicas.
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personalização do poder, em que a chamada à participação converte-se em mais
uma estratégia de controle. Ainda que esse cenário continue existindo, é possível
encontrar algumas escolas que fazem alterações pontuais no seu cotidiano, sem,
contudo alterar a lógica cultural vigente; outras que permanecem na concepção
tradicional e autoritária; outras ainda que buscam ser inovadoras e inclusivas,
relacionando-se com a comunidade, fazendo suas escolhas e definindo
coletivamente os seus projetos.
Como dizia Rubem Alves, há escolas que são asas feitas para estimular o voo
e há escolas que são gaiolas que aprisionam a criatividade, os inventos, as
inovações e os sonhos daqueles que nela convivem. Compreender a lógica dos
processos de gestão em curso implica, portanto, redesenhar o horizonte político da
gestão democrática como princípio de luta em prol da efetiva autonomia,
compreendida como capacidade de cada povo de autogovernar-se. A efetivação
desse processo de democratização da gestão da escola pública implica, portanto, a
partilha do poder, a sensibilidade para conduzir a escola, a partir das demandas da
comunidade escolar, e a tomada de decisões e escolhas responsáveis e coletivas.
Tal perspectiva supõe um processo de luta política no sentido de alterar as relações
sociais mais amplas e, no caso das políticas educacionais, romper com a cultura
autoritária vigente, por meio da criação de canais de efetiva participação e
aprendizado democrático. Outro dado importante frente a esse processo de
construção de outro projeto de gestão refere-se à necessidade de rediscussão dos
marcos de formação e profissionalização dos profissionais da educação docentes e
não docentes, fortalecendo-os para atuarem como profissionais e educadores
sociais, em todos os espaços no interior da escola e na comunidade local. Vamos
discutir o papel dos profissionais da educação na construção da gestão escolar
democrática? O papel dos profissionais da educação frente à gestão escolar Os
profissionais da educação têm sido apontados como os responsáveis pela
ineficiência escolar. Por outro lado, a situação objetiva de trabalho desses
profissionais, professores e funcionários tem sido de precarização das suas
condições de trabalho e fragmentação das suas atividades.
REFERÊNCIAS
47
AUTHIER, Michel. As Árvores de Conhecimentos. São Paulo 1995.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de Informação com Internet.
4.ed. Rio de Janeiro: ltc,1999.
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SILVA, S. L. Informação e competitividade: a contextualização da gestão do
conhecimento nos processos organizacionais. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 2, p. 142151,
maio/ago. 2002.
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