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da Informação
Material teórico
Fundamentos Gestão de T.I.
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Contextualização
Siqueira (2003), escreve que vivemos em uma sociedade, na qual, a presença das
novas tecnologias de informação, comunicação e entretenimento é cada vez maior, e com
elas, os conceitos de informação, conectividade e interatividade. A informação, crescendo
continuamente, predomina sobre a energia, e a imagem de representação é dada pelo
computador, ao invés de turbinas, silos ou as chaminés das fábricas. Ao trabalhar
poeticamente a proposta da leveza, Ítalo Calvino nos apresenta a ideia deste novo paradigma
ao dizer que neste mundo "não temos imagens esmagadoras como prensas de laminadores ou
corridas de aço, mas bits de um fluxo de informação que corre pelos circuitos sob a forma de
impulsos eletrônicos. As máquinas de metal continuam a existir, mas obedientes aos bits sem
peso". Agora, a acumulação de informação é a força orientadora do capitalismo pós-moderno,
assim como a acumulação do capital industrial foi do capitalismo moderno.
Para podermos dominar essas forças brutais, precisamos utilizar os princípios da gestão
moderna aplicada a TI de forma a padronizarmos e impormos nossos princípios e metas para
que dominemos a maior força que a humanidade tem ao seu dispor hoje, o da tecnologia da
informação. As mudanças causadas na humanidade são sem precedentes e sem retorno,
vejamos a partir desse excerto do artigo de Martin (2012), sob o ponto de vista da aplicação
da TI nos negócios:
Fundamentos Empreendedorismo
Empreender tem sido uma necessidade cada vez maior nos dias de hoje,
principalmente por causa da globalização e pela transferência dos empregos, não só de uma
região para outra, como também de um país para outro.
Natural: o que é realizador de uma ideia inovadora e o faz pela criação de uma empresa
própria, ou realizando inovações para empresas em que trabalham ou prestam serviço.
Forçado: a pessoa que é levada a empreender por ser a única alternativa que lhe resta. Por
exemplo, um torneiro mecânico demitido de uma fábrica pega o dinheiro de sua indenização
e compra um torno e passa a trabalhar na garagem de sua casa. Apesar de estar
empreendendo, não é de forma natural, mas por falta de alternativa no mercado de trabalho.
Correr riscos calculados - Montar uma empresa ou investir para melhorá-la implica riscos.
Gonçalves (2010) escreve que ser ousado é pré-requisito. Já para Franklin (2009), no entanto,
é fundamental calcular esses riscos para saber onde, como e quando você deve arriscar para
fazer sua empresa crescer. Aprender a correr riscos calculados significa avaliar as alternativas,
reduzir os riscos e controlar os resultados. Gonçalves (2010) ainda acrescenta que se, por
exemplo, você desejar investir em sua empresa para aumentar a produção e as vendas, deve
realizar uma pesquisa para saber se existe mercado para absorver esse volume de produção
adicional.
Estabelecimento de metas - Franklin (2009) afirma que estabelecer uma meta é muito
importante, pois especifica as condições, o tempo e onde se quer chegar. Já Gonçalves (2010)
diz que para atingir a meta, é interessante criar estratégias. Para o objetivo se transformar em
uma meta, o empreendedor precisa saber onde quer chegar e definir como e quando chegar.
Busca de informações - Gonçalves (2010) ensina que conversar com clientes, fornecedores
e concorrentes é essencial para posicionar melhor a empresa no mercado. Um empreendedor
sempre quer saber mais. Saber procurar e selecionar informações ajuda a melhorar o negócio.
O empreendedor precisa saber as opiniões dos consumidores sobre o seu produto, serviço.
Deve também visitar o concorrente, experimentar seu modelo e procurar a ajuda
especializada e técnica. É fundamental visitar o SEBRAE.
Fundamentos da inovação
Conforme o blog da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Inove (2009) apud Veras
(2009), a inovação é a introdução de algo novo em qualquer atividade humana. É vetor de
desenvolvimento humano e melhoria da qualidade de vida. Em uma empresa, inovar significa
introduzir algo novo ou modificar, substancialmente, algo existente.
A inovação pode ser de dois tipos, produto ou processos e faz parte da chamada
inovação tecnológica, nosso foco de estudo.
Produto: Inove (2009) apud Veras (2009) descreve como a introdução de um novo bem ou
serviço no mercado. A mudança substancial de um bem ou serviço já existente também é
considerado inovação. Para que um bem ou um serviço seja reconhecido como inovador, é
necessário que o mercado o acolha e passe a utilizá-lo. Portanto, é o volume de compras pelo
mercado que define se um produto é inovador ou não. O simples lançamento de um produto
novo, mesmo que tenha patente concedida, não significa que a empresa inovou.
Processos: Inove (2009) apud Veras (2009) define com a introdução de um novo método de
produção ou de distribuição, ou significativamente melhorados. A inovação de processos pode
viabilizar a fabricação e distribuição de produtos novos, a redução de custos de produção e
logística e melhoria na qualidade de produtos já existentes.
Veras (2009), escreve que outros tipos de inovação dizem respeito à atuação da
empresa em busca de perenização e sobrevivência no mercado em que atua,
Marketing: para Inove (2009) apud Veras (2009) é a implementação de um novo método de
marketing na empresa. Este novo plano mercadológico deve alterar significativamente a
concepção do produto, identidade visual (embalagem etc.) e forma de comercialização
(promoção, precificação etc.).
Novidade - Inove (2009) apud Veras (2009) escreve que no caso das Inovações Tecnológicas
é preciso um produto ou processo novo, ou pelo menos substancialmente modificados se
existente anteriormente.
Ganho - Qualquer tipo de inovação conforme Inove (2009) apud Veras (2009) deve
forçosamente trazer ganhos para a empresa, como aumento de vendas, rentabilidade, redução
de custos, aumento do portfólio de produtos, diversificação de mercado e mais
competitividade.
Inovação para o mercado ou para a empresa – Para Inove (2009) apud Veras (2009) é
possível inovar para o mercado e/ou para a empresa. O produto é novo para o mercado
quando é uma absoluta novidade, ou seja, o primeiro para os consumidores.
Inovação radical: representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço é
consumido. Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado, que modifica o
modelo de negócios vigente. Exemplo: evolução do CD de música para os arquivos digitais
em MP3. Atualmente, inovações radicais são produzidas, de forma geral, por software.
Fundamento de Gestão
ITIL – Conforme Pereira (2008, 6), o nome vêm do inglês, Information Technology
Infrastructure Library ou Biblioteca de Infra-estrutura de TI, nada mais é que um conjunto de
melhores práticas para a operação de serviços da Tecnologia da Informação.
Pereira (2008) escreve que a ideia não era criar um produto que pudesse ser
comercializado, o seu objetivo era apenas conceber um guia para orientar o governo frente à
falta de padrões e regras vivenciadas, até então, em seus projetos de TI.
Lourenço (2010) afirma que o Cobit fornece informações detalhadas para gerenciar
processos baseados em objetivos de negócios. O CobiT é projetado para auxiliar três
audiências distintas:
ISO 20000 – conforme a SGS (2012), a norma ISO 20000 foca as questões relacionadas à
gestão das TI através de uma abordagem helpdesk: os problemas são classificados, ajudando
a identificar questões atuais ou interligações. A norma também considera a capacidade do
sistema, os níveis de gestão necessários nas mudanças aos sistemas, orçamento financeiro,
controle e distribuição de software. A ISO 20000, norma internacional que teve a Norma
Inglesa BS 15000 como precursora, está perfeitamente alinhando a abordagem à gestão por
processos definida pela IT Infrastructure Library (ITIL) do Office for Government Commerce
(Reino Unido). A ISO 20000 apresenta duas partes principais:
Entrevista sensacional sobre inovação e empreendedorismo com Steve Jobs & Bill Gates –
Legendada em Português:
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=W0onwYWQJH0&feature=related,
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=Ag_zufuTmj8
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=T09DcLqtEjg
Referências
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Gestão de Tecnologia
da Informação
Material teórico
Fundamentos da Gestão de T.I.
Revisão Textual:
Profa. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini
Fundamentos da Gestão de T.I.
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Contextualização
Mais uma vez o ambiente onde esse drama se desenvolve é estratégico. Vamos
entender um pouco mais sobre a importância e uso da gestão da TI e suas implicações
acrescentando fundamentos.
Referências
Sergio Luis da Silva. Informação e competitividade: a contextualização da gestão
do conhecimento nos processos organizacionais. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ci/v31n2/12917.pdf
Material Teórico
Podemos afirmar que toda essa convergência é o que direciona as revoluções pelas
quais a informação tem passado de forma acelerada, em nosso tempo.
Aprendemos que a definição não pode ser restritiva levando em consideração apenas
os aspectos tecnológicos “software e hardware”, ou seja, seus aspectos tangíveis e intangíveis
deverão considerar que sob a luz da teoria dos sistemas, de forma indireta, TI é responsável
pela forma com que as pessoas realizando seus trabalhos em processos atuando sobre a
eficiência com que esse fluxo de informação é tratado. Ou seja, recursos computacionais
utilizados pela TI precisam estar compatibilizados em nível estratégico com os objetivos da
organização, para que haja eficácia nos processos e sistemas de forma que sua influência
ajude a estratégia do negócio.
Para gerir esse pool de artefatos, tecnologias, métodos e aplicá-los para o benefício das
organizações, o gestor deve ter em mente o seguinte ciclo que promove o sucesso:
Figura 1: Gestão do Conhecimento Empresarial
Fonte: flammarion.wordpress.com
A tecnologia da informação foi uma das áreas que mais evoluiu no mundo todo. Vejamos
rapidamente essa evolução:
Portanto podemos perceber que o uso da tecnologia da informação nas empresas tem o
viés de gerar vantagem competitiva mediante redução de custos e melhoria de processos.
Atualmente o foco está na melhoria da qualidade das informações que estão disponíveis
dentro da organização; o novo foco é a diferenciação entre empresas e o gerar barreiras de
entrada para evitar que competidores possam interferir, assegurando mercado para a
corporação. Então, a computação distribuída e a necessidade de interligação dos clientes por
causa da globalização colocam a tecnologia da informação em lugar de destaque na estratégia
empresarial.
Nos dias de hoje podemos afirmar que os Gestores de TI empregam quatro papéis:
A norma da ISSO, cuja contraparte no Brasil instituída pela ABNT sob a referência
NBR 17999, data de 2003, trata a informação como um ativo importante para os negócios,
portanto precisa de proteção adequada.
As informações devem ser protegidas durante seu ciclo de vida, ou seja: Manuseio,
Armazenamento, Transporte e Descarte.
• Interceptação: é como chamamos o acesso aos dados por pessoas não autorizadas.
• Interrupção: bloqueio ou quebra do fluxo de mensagens ao seu destino.
• Modificação: quando ocorre alteração dos dados ou mensagens por pessoas não
autorizadas, ou seja, ocorre violação da integridade.
• Personificação: quando alguém consegue acesso à informação, utilizando uma
identidade que não lhe pertence, o que caracteriza uma violação.
Quais as possibilidades para defender as informações e de que forma isso pode ser feito?
Segundo Gradvohl (2011, p. 14), das seguintes maneiras:
Gradvohl (2011, p. 16), ainda nos elucida que, quanto à centralização do controle da
informação podemos ter os seguintes controles:
• Acesso Centralizado: os responsáveis decidem quem pode ou não ter acesso a áreas
e entidades determinadas.
• Acesso Descentralizado: responsabilidade de controle passado pelas entidades ou
pessoas mais próximas dos gestores do departamento e em muitas vezes pelo usuário,
produzindo um relacionamento entre pontos conhecidos (sempre 2 pontos), porém isso
traz problemas como:
o Ausência de padronização
o Sobreposição dos direitos
o Brechas na segurança
• MAC ou Acesso Mandatório – MAC: a determinação de quem possui o acesso
baseado em regras como:
o Direito do usuário
o Suscetibilidade do objeto
o Necessidade de etiquetagem do dado ou informação baseada nas normas de
segurança e determinação de limites a quem autoriza
o Atributos:
Para sistemas que devem proteger informações extremamente relevantes.
Atribuição de protocolos/carimbos para os atores e o objeto.
Qual o nível de sensibilidade e prerrogativa que determinarão o acesso.
Multiplicidade de níveis de processamento.
o Normativas:
Que instala os níveis é o administrador.
Acessos e privilégios atribuídos pelo gestor.
Quem estabelece as autenticações é o gestor da informação.
A política e suas normas são aplicadas por um sistema.
o Tipos:
TBI - Time-Based Isolation, isolação baseada no tempo.
Regras determinam o acesso ao conteúdo.
Controle de Acesso Baseado em Regras.
ACL - Access Control List, lista de controle de acesso.
RBAC - Controle sobre o perfil para permitir ou não o acesso.
Access Control Matrix Controle baseado no acesso ao conteúdo.
Interface construída para restringir o acesso.
Tabela de Competência.
Vamos conhecer a definição de alguns instrumentos usados nos dias atuais para
incrementar a segurança da informação:
• Forma de detectar:
o Assinatura: compara dados do ataque com uma lista já existente.
o Anomalia: compara dados do ataque contra atividades cotidianas.
o Híbrida: utiliza a abordagem por Assinatura e por Anomalia.
Disponível em:
http://www.unioeste.br/editora/pdf/livro_gestao_tecnologia_maria_lucia_deito
s_protegido.pdf
Bom trabalho!
Referências
BERTINO, E.; SANDHU R. Database Security. Concepts, Approaches, and Challenges. IEEE
Transactions on dependable and secure computing. v. 2, n. 1, 2005, p. 2-19.
VERÍSSIMO, R. TI: uma visão prática sobre os sistemas integrados. 23 Agosto 2007.
Disponível em: http://webinsider.uol.com.br/2007/08/23/ti-uma-visao-pratica-sobre-os-sistemas-
integrados. Acesso em 9 de jul. 2012.
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Gestão de Tecnologia
da Informação
Material teórico
Gestão de Pessoas e Liderança
Revisão Textual:
Profa. Msa. Magnólia Gonçalves Mangolini
Gestão de Pessoas e Liderança
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Contextualização
Podemos perceber, dessa forma, que o trabalho em equipe pode ser entendido como
uma forma tática que a nossa espécie encontrou para garantir de forma efetiva o atingimento
de metas, objetivos e melhorar até mesmo o grau de término positivo de um projeto. Nos dias
de hoje trabalhar em equipe, além de incentivado, é uma forma de juntar o saber e a
competência de várias mentes para não apenas solucionar um problema ou a criar um
produto ou serviço, mas a visualizar o problema sob todos os ângulos e ampliar a perspectiva
de uma abordagem para solução mais inovadora, criativa e efetiva, gerando economia para a
empresa, satisfação para o cliente e inovação para o mercado.
Dessa forma, se faz necessário estudar questões que abrangem as relações de trabalho,
funções, absenteísmo, rotatividade (turn-over), desempenho e produtividade, bem como
assuntos relacionados a atitudes, valores, crenças, hábitos, motivação, liderança, habilidades
interpessoais, aprendizado, estresse, entre outros. Essas questões são essenciais para o bom
desempenho das equipes, pois quando a interação entre os indivíduos é atingida,
independentemente de suas características pessoais, ocorre à sinergia, “onde o todo é mais
que a simples soma das partes” (BERGAMINI, 2010:84).
2. Motivação e Liderança
“A motivação é a decisão consciente de direcionar o esforço em uma atividade para
alcançar uma meta que satisfaça uma importante necessidade” (HUNSAKER;
ALESSANDRA, 2009:192), ou seja, a motivação conduz a escolha de comportamentos, de
direção e o nível de esforço para que se consiga realizar algo com eficiência e eficácia.
Hoje, mais do que nunca, sabemos que o salário não é o principal motivador, mas sim
a oportunidade de aprender novas habilidades, orientação e feedback.
Além da motivação, a equipe precisa ter recursos e habilidades necessárias para fazer o
trabalho. Se o problema for falta de habilidade, nenhum incentivo irá resolver, será necessário
treinar. Se os recursos forem escassos, não vai adiantar colocar pressão para que se obtenha
resultado, será necessário colocar os recursos ou ferramentas necessárias.
Então, para que isso aconteça é preciso verificar quais são as necessidades que
incentiva e motiva a equipe.
• Fisiológicas (básicas): fome, sede, sono, abrigo. Quando essas necessidades são
satisfeitas completamente, o seu impacto no comportamento da equipe diminui e ela
fica livre para progredir para as outras necessidades.
• Segurança, que vai da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a
formas mais elaboradas de segurança, como um emprego estável, um plano de saúde
ou um seguro de vida.
• Sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um
grupo ou fazer parte de um clube. Podem ser satisfeitas no trabalho, mantendo bons
relacionamentos com os colegas e com participação nos eventos sociais
proporcionados pela empresa.
• Estima, dois tipos nos motivam: o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e
o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que
desempenhamos, que também inclui status, valorização e respeito. Pode ser satisfeita
no trabalho por meio de reconhecimento e recompensas.
• Auto-realização, esta necessidade se refere à motivação para realizar o potencial
máximo do ser, ou seja, o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser,
explorando suas possibilidades, nos motiva a continuar o autodesenvolvimento e o
aprendizado. No trabalho, pode ser satisfeita por meio de bolsa de estudos,
treinamentos e estímulos a criatividade de cada um de dentro de um projeto.
Podemos definir liderança com uma inflência interpessoal exercida numa dada
situação e dirigida através do processo de comunicação humana para a
consecução de um ou mais objetivos específicos. Os elementos que caracterizam
a liderança são, portanto, quatro: a imfluênica, a situação, o processo de
comunicação e os objetivos a alcançar (CHIAVENATO, 1999:558).
Um dos autores mais lidos na atualidade sobre liderança, afirma:
• Autocrático:
o Diretrizes fixas pelo líder sem a participação do grupo.
o O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas,
uma de cada vez, conforme a necessidade, sendo assim, imprevisíveis ao grupo.
o O líder determina a tarefa a ser executada e qual o companheiro de trabalho de
cada um.
o O líder é dominador e pessoal, tanto no elogios quanto nas critícas ao trabalho
de cada membro da equipe.
• Democrático:
o Diretrizes debatidas e decididas pelo grupo com a assistência e estímulo do líder.
o O grupo esboça as providências e técnicas para aexecução das tarefas,
solicitando ao líder aconselhamento se necessário. Sempre que solicitado, o
líder oferece duas ou mais alternativas, provocando o debate no grupo.
o A divisão da tarefa fica a cargo do grupo e cada membro escolhe seus
companheiros de trabalho.
o O líder é um membro normal do grupo, porém sem encarregar-se muito das
tarefas. É objetivo e limita-se aos fatos em suas críticas e elogios.
• Liberal:
o O grupo tem toda a liberdade para decidir, o líder participa minimamente.
o O líder tem participação limitada nos debates, apresentando materiais variados
ao grupo e fornecendo alguma informação se solicitada.
o O líder não participa da divisão de tarefas e nem na escolha do companheiro,
fica a cargo do grupo.
o O líder não avalia e nem regula o curso dos acontecimentos. Quando
perguntado, faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros.
Não existe um estilo certo de liderança e sim o estilo mais adequado para essa ou
aquela situação. Os líderes de verdade são capazes de utilizar o “estilo certo na hora certa”
com o objetivo de atender as exigências das questões apresentadas.
O líder precisa ser participativo, estar sempre presente e colocar as “mãos na massa”,
assim motivará e envolverá toda a equipe.
3. Trabalho em Equipe
O modelo de Tuckman é o mais conhecido e utilizado pelos administradores. Foi
desenvolvido pelo Dr. Bruce Tuckman, em 1965. Descreve como as equipes se desenvolvem
e amadurecem.
Ele dividiu a explicação do modelo em quatro fases, as quais todas as equipes recém-
formadas passam, a saber:
Vamos falar sobre alguns problemas que prejudicam o trabalho em equipe, definidos
por Lencioni (2003). São desafios que as equipes precisam superar para ter sucesso e
vivenciar o verdadeiro trabalho em equipe.
• Ausência de confiança: sem construir a confiança as pessoas têm medo de expor seus
erros e pontos fracos.
• Medo do conflito: com a ausência de confiança, as pessoas são incapazes de debater
sobre qualquer assunto, até mesmo os conflitos saudáveis são evitados, os quais geram
melhoria nos processos, nas relações, nas atividades.
• Falta de comprometimento: a falta do conflito saudável gera descomprometimento,
pois sem poder colocar abertamente suas opiniões, os integrantes da equipe aceitam as
decisões e não se comprometem verdadeiramente com elas.
• Evitar a responsabilidade: o descomprometimento faz com que as pessoas evitem as
responsabilidades, inclusive não conseguem chamar os seus colegas à
responsabilidade, o que afeta a produtividade da equipe.
• Falta de atenção aos resultados: o fracasso em cobrar a responsabilidade faz com que
as pessoas fiquem desatentas aos resultados, pensando somente em suas necessidades.
Então, quando estamos negociando, devemos ser cooperativos para evitar as situações
conflituosas e estabelecer um relacionamento saudável com o objetivo de ganhar vantagens
para ambas às partes.
“O conflito é um desacordo entre duas ou mais partes (...) que percebem que têm
preocupações incompatíveis” (HUNSAKER, ALESSANDRA, 2009:230). Surgem quando os
recursos são escassos, as metas são diferentes, o perfil de trabalho de cada colaborador
diverge, ruídos na comunicação, problemas com papéis e responsabilidades mal definidos,
diferenças pessoais, sentimentos negativos, entre outros.
As causas do surgimento dos conflitos podem ser várias, porém usualmente divide-se
em duas:
Segundo Walton (1972), os conflitos com causas reais envolvem divergências acerca
de políticas, normas, prioridades, recursos, papéis e relações entre as partes.
• Emocionais: são mais complexas, porque exigem mudanças nas percepções dos
envolvidos e o tratamento dos sentimentos.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI&feature=related
Veja esse vídeo sobre uma Lição de Liderança e Trabalho em Equipe, do filme Fomos
Heróis, muito interessante em uma metáfora muito atual para o mundo competitivo em que
vivemos.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=ZHfBLc6NKYs
Disponível em:
http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/BBBBB1A7E4AF57FF832574F800686F31/
$File/NT0003A3D6.pdf
Disponível em:
http://www.professorcezar.adm.br/Textos/AbordagemComportamental.pdf
Referências
COHEN, Herb. Você pode negociar qualquer coisa. Rio de Janeiro: Record, 1980.
KEMPER, Robert; KEMPER, Daniele. Negotiaton literature. Metuchen, NJ: Scarecrow, 1994.
LAX, David; SEBENIUS, James. The manager as negotiator. New York: Free,1996.
LENCIONE, Patrick. Os 5 desafios das equipes: uma fábula sobre liderança. Tradução:
Maurelle Brandt. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
Anotações
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Gestão de Tecnologia
da Informação
Material teórico
Governança e Projetos em TI
Revisão Textual:
Profa. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini
Governança e Projetos em TI
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Contextualização
Silva Filho (2006) versa que, até certo ponto, é natural àqueles que desenvolvem
novos sistemas iniciarem suas atividades de desenvolvimento antes mesmo que eles entendam
o que tem de ser feito, ou seja, antes mesmo que saiba qual é o problema a ser solucionado.
O resultado desse tipo de atitude é e tem sido o insucesso de projetos.
Renner (2008), citando Ricardo Viana Vargas do PMI board, diz que apesar do Brasil
ter um número limitado de profissionais certificados em práticas de gerenciamento de projetos,
cerca de cinco mil, e da América Latina responder por apenas 4% do total mundial, a
realidade é muito diferente em outras partes do globo.
A gestão de projetos fornece conceitos e melhores práticas para que sejam enfrentadas
as mudanças e riscos impostos pelo dia a dia da globalização e a necessidade de lançar
produtos e serviços em tempos cada vez menores, com cada vez mais qualidade e valor
agregado. Além disso, a gestão de projetos oferece ferramentas e técnicas para lidar com essas
mudanças. O responsável pela execução e gerenciamento dessas mudanças se chama gerente
de projetos.
De acordo com o PMBOK (2008) “um projeto é um empreendimento único que deve
apresentar um começo e um fim claramente definidos e que, conduzido por pessoas, possa
atingir seus objetivos respeitando os parâmetros de prazo, custo e qualidade”.
Subprojetos: em vários casos um projeto precisa ser dividido em partes devido a sua
grande complexidade ou característica de produção, isso auxilia em seu gerenciamento e
controle. Essas partes, que foram divididas, chamamos de subprojetos. Elas são muito
específicas e podem ser feitas por terceiros ou por equipes dedicadas. O mais importante é
que o subprojeto tratado isoladamente não faz sentido, ele precisa estar agregado ao projeto
principal. Imagine que a arquitetura e modelagem do banco de dados para uma aplicação
específica em tempo real seja tratada como subprojeto, ela não tem sentido em ser
desenvolvida se não houver o projeto de software que tratará estas informações em tempo
real, ou seja, não há outra utilidade para essa modelagem que não seja servir esse software,
ela não serve para outro software.
• Programas: usamos esse termo para designar quando vários projetos estão
concentrados em um conjunto de melhoramentos e táticas comuns. O mais
importante é que eles podem ter vida própria, além do projeto principal. Por
exemplo, vamos fazer um avião, uma das partes é a turbina, ela faz parte do
programa do avião, ou seja, a turbina pode ser desenvolvida para esse avião que
será construído, mas pode ser usada por outros projetos de aviões diferentes que
possam utilizar o mesmo propulsor.
• Escopo: A Gerência de Escopo assegura que o projeto inclua todo o trabalho necessário,
e tão somente o necessário, para complementar de forma bem sucedida o mesmo. Define
e controla o que está e o que não está incluído no projeto. A principal ferramenta é a
Estrutura Analítica do Projeto – EAP (em inglês, WBS – Work Breakdown Structure), que
identifica e decompõe os principais elementos do projeto.
• Tempo: Seus processos consideram a definição de atividades e seu sequenciamento
(identificação de relacionamentos de dependência entre elas), estimativas de recursos e
duração, desenvolvimento do cronograma e seu controle. Os processos da gerência de
tempo são executados em paralelo com a gerência de custos, uma vez que a duração de
uma atividade depende diretamente da quantidade de recursos alocados para a mesma.
• Custo: Contempla os custos dos recursos necessários a implantação das atividades. Ela
inclui os processos necessários para assegurar que o projeto será concluído dentro do
orçamento aprovado. Seus processos são a estimativa e orçamento dos custos e seu
controle. As principais técnicas e ferramentas utilizadas são: avaliação especializada de
consultores, estimativas por analogia de outros projetos, estimativas por desagregação de
custos (botton-up) ou modelos paramétricos.
• Qualidade: Garantir que o projeto irá satisfazer as necessidades para as quais ele foi
empreendido. A preocupação com qualidade deve ser estendida também para os
fornecedores de insumos do projeto, devendo ficar claro que as referências de qualidade
da organização devem ser seguidas nos projetos.
• Risco: propõe a identificação, análise e resposta aos riscos do projeto, considerando
riscos internos e externos. Os processos contemplam a identificação, qualificação e
quantificação dos riscos, desenvolvimento e controle de respostas, e monitoramento. A
abordagem geralmente utilizada é a análise dos resultados que devem ser evitados e a
monitoração de suas causas por meio do estabelecimento de gatilhos de aviso.
• Comunicação: Garantir a geração, coleta, distribuição, armazenamento, recuperação e
destinação final das informações sobre o projeto de forma oportuna e adequada. Previne
interpretações errôneas e garante que a informação correta esteja disponível para quem
dela necessite.
• RH: Contempla os processos requeridos para possibilitar o uso mais efetivo das pessoas
envolvidas no projeto. Os principais tópicos a serem destacados são: liderança,
negociação, comunicação, delegação, motivação, formação de equipes, gerência de
conflitos, treinamento, avaliação de desempenho, recrutamento e manutenção das
relações de trabalho.
• Aquisição: Inclui os processos necessários para a obtenção de bens e serviços externos a
organização executora, para a realização do trabalho. Possui as seguintes necessidades:
preparação das aquisições e contratações, obtenção de propostas, seleção de
fornecedores, administração e encerramento dos contratos.
• Integração: Compreende a coordenação entre os diversos elementos do projeto, através
de processos, ferramentas e técnicas. É executada durante todo o projeto, paralelamente
as demais gerências, integrando seus resultados no Plano do Projeto.
Então podemos perceber que cabe ao GP e a equipe determinar quais processos são
os adequados e o grau de exigibilidade de cada processo para cada empresa e para cada
projeto em específico.
Escopo
• Do produto: é aquilo que vai ser entregue como resultado do projeto, ou seja, um
produto, serviço ou qualquer outro resultado específico.
• Do projeto: é o conjunto das atividades que precisam ser realizadas para entregar
o escopo do produto.
• Requisitos: representam as características de algo que será entregue ou
executado. Portanto podemos ter, em uma visão macro, requisitos de produto e
requisitos de projeto. Uma das melhores formas de detalhar o escopo do projeto e
do produto é através do detalhamento de requisitos associados. Através deles você
consegue aumentar a precisão em documentar as necessidades e desejos dos
envolvidos (partes interessadas) no projeto. Devem atender as seguintes
características:
o Necessário: ele é essencial para o bom funcionamento da entrega ou do
projeto. Se não estiver presente, caracteriza uma deficiência;
o Completo: não exige complementos para ser atingido ou atendido, ou então
está relacionado a outros requisitos que o complementam e esta relação está
explícita e é de conhecimento e aprovada por todos quem interessa;
o Consistente: não contradiz outros requisitos ou outros aspectos relacionados
ao projeto;
o Não ambíguo: evita interpretação ambígua;
o Conciso: define uma única coisa que deve ser feita e só a coisa que deve ser
feita;
o Isento de implementação: define o que deve ser feito ou atendido, e não
como ocorrerá;
o Factível: é passível de ser atingido durante a execução do projeto, por um
custo dentro dos limites orçados, no prazo necessário e com os recursos
disponíveis;
o Verificável: pode ser quantificado de forma a ter o seu atendimento verificado
através de testes ou inspeções.
• Componentes: um documento de escopo bem definido deverá conter em sua
composição pelo menos:
o Critérios de aceitação
o Objetivos
o Premissas
o Restrições
Entradas
• Termo de abertura do projeto
Fornece a base para iniciar o detalhamento dos requisitos, pois contém a descrição
do produto e alguns requisitos em alto nível.
• Entrevistas
Utiliza conversas diretas com as partes interessadas, individualmente, no formato
de perguntas e respostas, que deverão ser registradas e aprovadas pelos
entrevistados.
• Dinâmicas de grupo
Reúnem especialistas e partes interessadas pré-qualificadas, com o objetivo de
levantar expectativas e atitudes relacionadas ao escopo do produto e/ou ao escopo
do projeto.
• Oficinas
Reúnem partes interessadas de diversas áreas e/ou funções, com o objetivo de
definir rapidamente requisitos que atendam a todos, reconciliando diferenças entre
os diversos requisitos associados. Técnica recomendada para levantamento de
funcionalidades complexas e que envolvem muitos interessados. Exemplos: JAD
(Joint Application Design) e QFD (Desdobramento da Função de Qualidade).
A técnica DELPHI
São elaborados questionários que são submetidos, de forma anônima, a
especialista no assunto. Estes deverão responder a um facilitador que repetirá o
envio aos envolvidos, em ciclos de perguntas e respostas, até coletar todos os
requisitos necessários.
Mapas mentais
Diagramas com estrutura de itens e subitens, assuntos e descrições, que
denotam linha de raciocínio semelhante ao cérebro humano.
Diagrama de afinidade
Organiza grande quantidade de ideias agrupando para revisão e análise.
• Questionários e pesquisas
Utilizados quando existe um universo muito grande de candidatos a entrevistas, e
não há tempo hábil para conversas individuais.
• Observações
Acompanhamento e observação dos profissionais em seu ambiente de trabalho,
onde a probabilidade de esquecimento de requisitos importantes é minimizada, e o
entendimento das necessidades fica facilitado.
• Protótipos
Validação de modelo funcional do produto anterior à sua construção. Permite ao
cliente visualizar e em algumas situações manipular o produto de forma simulada.
Saídas
Elaboração do Plano de Define como o projeto será executado, quais são os recursos,
1.3 Projeto financeiros e humanos alocados.
Fonte: http://desenv.tjms.jus.br/confluence/pages/viewpage.action?pageId=5505070
Tempo
• Definir as atividades: Trata-se da identificação das ações que precisam ser feitas
para produzir as entregas do projeto. Para tanto precisamos, após identificá-las,
criar a EAP – Estrutura Analítica do Projeto - que serve para identificar as entregas
no nível mais baixo da estrutura, a qual chamamos de pacote de trabalho. Uma
vez levantada junto às áreas uma lista de atividades que serão realizadas, passamos
a criação da EAP e inserimos seus tempos. Porém, para iniciarmos, precisamos
conhecer algumas técnicas para definir essas atividades.
• Decomposição: trata-se de subdividirmos os pacotes de trabalho em atividades
que, de acordo com o PMBOK®, são mais gerenciáveis, de forma que o trabalho e
as entregas estejam definidos até o nível de pacote de trabalho. Este nível é o mais
baixo na EAP antes do Deliverable e é onde o custo e o cronograma podem ter
uma estimativa mais confiável. Decompor envolve algumas atividades como:
o Identificar as entregas relacionadas à estruturação e organização da EAP.
o Quebrar os níveis mais elevados da EAP ampliando a granularidade, ou seja,
detalhando para níveis mais baixos.
o Atribuir os códigos de identificação (taxonomia) aos itens da EAP.
• Lista dos marcos: o marcos é datas chave no projeto e servem para designar ou
identificar um evento significativo e importante no projeto. Podendo ser uma
entrega, uma reunião ou uma homologação, início ou encerramento.
Figura 5: Fluxo para concluirmos a atividade para estabelecer a duração das atividades no projeto.
Fonte: http://ricardosatin.blogspot.com/2009/12/estimativa-de-duracao-de-atividades.html
O PMBOK® (2009:132) determina que os caminhos críticos tenham uma folga total
igual à zero ou negativa e as atividades do cronograma que estão no caminho crítico são
chamadas ― atividades críticas. Um caminho crítico é normalmente caracterizado por uma
folga total igual à zero no caminho crítico. Redes podem ter múltiplos caminhos quase críticos.
Ajustes às durações da atividade, relações lógicas, antecipações e esperas e outras restrições
do cronograma podem ser necessários para produzir caminhos com folga total zero ou
negativa. Uma vez que a folga total para um caminho da rede tenha sido calculada, a folga
livre, isto é, a quantidade de tempo que uma atividade pode ser atrasada sem atrasar a data
de início mais cedo de qualquer atividade imediatamente sucessora dentro do caminho crítico,
pode também ser determinada.
Figura 06: Caminho crítico em um projeto (em vermelho)
Fonte: http://teccrono.com.br/plan-desenvolvimento.html
• Compressão do Cronograma: conforme PMBOK® (2009), serve para encurtar
o cronograma do projeto sem mudar o escopo do mesmo, para respeitar as
restrições do cronograma, datas impostas ou outros objetivos do cronograma, as
técnicas de compressão do cronograma incluem:
o Compressão. Exemplos de compressão poderiam incluir a aprovação de horas
extras, recursos adicionais ou o pagamento para a aceleração da entrega das
atividades no caminho crítico. A compressão funciona somente para as
atividades onde recursos adicionais encurtarão a sua duração. A compressão
nem sempre produz uma alternativa viável e pode resultar num maior risco
e/ou custo.
o Paralelismo. Uma técnica de compressão do cronograma na qual fases ou
atividades normalmente executadas em sequência são executadas em
paralelo. Um exemplo é a construção da fundação de um prédio antes que
todos os desenhos arquitetônicos tenham sido terminados. O paralelismo
pode resultar na repetição de trabalho e aumento de risco. O paralelismo
funciona somente se as atividades podem ser sobrepostas para encurtar a
duração.
Dentre os diversos motivos para de adotar uma estratégia de serviços em ITIL, destaco:
O conceito de serviço em T.I. deve ser entendido como sendo um conjunto de objetos
relacionados, aprovisionados para suporte a um ou mais processo de negócios.
Diferentemente de processo, em serviços é sempre o usuário que interage.
Cliente: é quem paga pelos serviços. Caso TI seja uma área interna, os clientes podem
ser as unidades de negócios ou departamentos da empresa; caso TI seja um terceiro, prestador
de serviços, os clientes serão, então, as próprias empresas que o terceiro atenderá.
Segundo Pinheiro (2006,25), a implementação de uma central de serviços ITIL tem por
objetivos:
• Funcionar como o ponto central de contato (SPOC – Single Point of Contact) entre
os usuários e departamento de TI. A Central de serviços funciona como o 1º. Nível
de suporte aos usuários.
• Restaurar os serviços sempre que possível. A equipe de suporte deve estar
equipada com ferramentas e informações, tais como Erros Conhecidos, Base de
Conhecimento, para que possa oferecer soluções o mais rápido possível.
• Prover suporte com qualidade para atender os objetivos do negócio. É necessário
que a equipe esteja bem treinada para ter conhecimento de todos os serviços que
serão fornecidos e entender o impacto que eles têm para o negócio.
• Gerenciar todos os incidentes até o seu encerramento. A central de serviço será
responsável pelo processo de Gerenciamento de Incidentes, e será responsável
pelo tratamento de todos os incidentes. É de responsabilidade também da Central
de Serviços monitorar o cumprimento dos acordos estabelecidos nas ANS (SLA-
Acordos de Níveis de Serviços).
• Dar suporte a mudanças, fornecendo comunicação aos usuários sobre o
agendamento de mudanças.
• Aumentar a satisfação do usuário, provendo suporte com maior qualidade, estando
sempre de prontidão para o atendimento, buscando solucionar os incidentes de
forma mais rápida.
• Maximizar a disponibilidade do serviço.
Para o ITIL, existem 3 tipos de central de serviço, conforme Bom (2007, 38):
• Usuários não ligarem para Central de Serviços, mas tentarem buscar uma solução
diretamente com uma pessoa que conhece, ou que a ajudou da última vez.
• A equipe técnica não estar preparada para atender as necessidades do negócio ou
usuários.
• Nem todas as partes estão informadas sobre os serviços fornecidos e os níveis de
serviços acordados, resultando em frustração por parte dos usuários.
Para Pinheiro (2006) e o livro ITIL intitulado Service Delivery (2000), o Processo de
Gerenciamento de Incidentes tem como objetivos:
De acordo com o Livro ITIL Service Delivery (2000), leva em conta os seguintes
conceitos gerais:
Bom trabalho!
Referências
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Gestão de Tecnologia
da Informação
Material Teórico
Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
Fundamentos de Gestão de Infraestrutura
de TI
• Introdução
• Componentes de Infraestrutura
• TI Verde
• Virtualização
• Planejamento de TI – PDTI
Este guia de estudo demonstra a forma de organizar suas atividades para cumprir os
propósitos da Disciplina online e objetiva salientar algumas informações importantes sobre
esta Unidade, bem como sobre o estudo online em si.
Primeiramente, é necessária a conscientização de que a exigência – tanto de estudo quanto
de avaliação – da disciplina online é, no mínimo, a mesma que a presencial.
Assim, é necessário organizar seu tempo para ler atentamente o material teórico e assistir os
vídeos, se houver, inclusive do material complementar.
Organize-se também de forma a não deixar para o último dia a realização das atividades de
sistematização (pontuada) e fórum (não pontuado). Podem ocorrer imprevistos e, encerrada
a Unidade, encerra-se a possibilidade de obter a nota relativa a cada atividade.
Especificamente quanto à Unidade 5, o objetivo são os fundamentos de gestão de
infraestrutura de tecnologia da informação e governança de tecnologia da informação com
COBIT®, além dos fundamentos da TI verde e de como este conceito está mudando o
mundo de forma permanente e economizando milhões de dólares em recursos.
5
Unidade: Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
Contextualização
Sustentabilidade da Gestâo de TI
A TI verde é a nova maneira de pensar em tecnologia não apenas na produção, mas também
nas soluções para problemas como lixo tecnológico e impactos ambientais.
Da Silva (2012) escreve ainda que, de acordo com o Greenpeace, as grandes potências
mundiais já aderiram não somente no desenvolvimento de legislação sobre sustentabilidade, mas
também no que tange à filosofia de reduzir custos empregando soluções mais limpas quanto à
fonte de energia, equipamentos mais econômicos, que geram menor calor entre outras técnicas.
Nosso país também já adotou, mas empresas admitem que o atrativo principal para as
políticas verdes ainda é a redução dos custos, o posicionamento da marca e a reputação.
Mais de 70% das empresas brasileiras adotaram os benefícios da TI verde; um exemplo é a
AmBev, que implantou o sistema da TI verde e reduziu custos, evitou o descarte de mais de 15
mil máquinas no período de 2002 a 2010 e aumentou a vida útil dos computadores.
Vamos entender o que isso significa e ver como empresas como, Unilever, Cemig, Fleury,
Natura, Banco Bradesco, Banco do Brasil e Petrobrás fazem.
6
Introdução
Adaptado de http://intranet.ibat.ie/
7
Unidade: Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
Os serviços que uma empresa é capaz de fornecer aos seus clientes, fornecedores e funcionários
é uma função direta de sua infraestrutura de TI. Idealmente, esta infraestrutura deve suportar
os negócios da empresa e estratégia de sistemas de informação e as novas tecnologias da
informação têm um forte impacto sobre negócios e estratégias de TI, bem como os serviços que
podem ser prestados aos clientes.
A infraestrutura pode ser vista como a tecnologia ou como grupos de serviços e podemos
entender como serviços aquilo prestado pelo hardware e software, plataformas de computação,
telecomunicações, gerenciamento de instalações físicas, software de aplicação, gerenciamento
de dados, gestão de TI, padrões de TI, TI educação, treinamento, pesquisa e desenvolvimento.
A infraestrutura vista como uma perspectiva de plataforma de serviços destaca o valor para
o negócio fornecido.
Observe: Figura 2: Histórico evolucionário da Infraestrutura de TI
8
Podemos perceber 5 estágios na evolução da infraestrutura. Na primeira figura, vemos um
conceito típico da máquina eletrônica de contabilidade entre os anos 30 e 50 do século XX,
que era a utilização de grandes máquinas pesadas com software residente no hardware para
classificação, inclusão e comunicação de dados.
Na figura seguinte, vemos grandes máquinas de propósito geral, conhecidas como mainframes
e mais adiante microcomputadores, a partir do final da década de 50 do século passado e
vigente até os dias de hoje.
A terceira figura mostra um computador pessoal cujo início remonta aos anos 80 do
século XX, com o PC da IBM amplamente utilizado pelas empresas americanas. Foram
criados para serem sistemas autônomos e somente na década de 1990 é que puderam ser
conectados em rede.
A quarta figura refere-se à era cliente/servidor, com computadores que usam dados do
computador servidor e com clientes em rede, estes servidores proveem os clientes com
serviços e capacidades.
Por fim, a última figura mostra que em uma rede cliente/servidor com várias camadas, pedidos
de clientes para o serviço são manipulados por diferentes níveis de servidores.
A partir daí, podemos imaginar uma variação dessa figura, que seria o que chamamos de
modelo empresa da internet que usa a tecnologia de rede para internet como o TCP/IP, que
permite às empresas vincular diferentes dispositivos e também as redes locais LANs.
9
Unidade: Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
Isso foi possível porque numa CPU construída nos dias de hoje cabem muito mais transistores
que as anteriores; fora isso, o custo baixou drasticamente. Para se ter uma ideia, um processador
Intel pode conter até 1 bilhão de transistores e pode ser fabricado em grandes volumes com
transistores que custam menos de 10-4 centavos a unidade. Isso é um pouco menor do que o
custo de um caractere impresso num livro.
No futuro, a nanotecnologia, usará átomos e moléculas para criar chips de computador
milhares de vezes menores do que as tecnologias atuais permitem.
Os nanotubos, que são minúsculos tubos, cerca de dez mil vezes mais finos que um cabelo
humano, consistem folhas enroladas de hexágonos de carbono. Foram descobertos na década
de 90 do século passado por pesquisadores da NEC, com usos potenciais como fios minúsculos
ou em dispositivos eletrônicos e o potencial de servirem como condutores muito poderosos de
corrente elétrica.
O postulado do armazenamento digital em massa é um tipo de “lei” que demonstra que
enquanto a quantidade de informação digital produzida no mundo dobra a cada ano, o custo
de armazenamento de informação digital está caindo a uma taxa exponencial.
Para termos ideia, entre os anos de 80 e 90 do século XX, as capacidades dos discos rígidos
para PCs cresceram a uma taxa de 25% de crescimento a cada ano; porém, depois dos anos 90,
o crescimento acelerou para mais de 65% a cada ano.
Outro fato está associado ao fator custo de armazenamento de dados, que vem declinando
exponencialmente desde os anos 50 do século passado. Desde o primeiro dispositivo de
armazenamento magnético, que foi utilizado em 1955, o custo de armazenamento de um
kilobyte de dados caiu de forma exponencial, dobrando a quantidade de armazenamento digital
para cada unidade monetária gasta a cada 15 meses em média.
A Lei Metcalf e Economia de Rede, na década de 1970, descrevia que o valor de uma
rede crescia exponencialmente conforme ocorria o aumento na adesão à rede. A demanda
por tecnologia da informação tem sido impulsionada pelo valor social e de negócios das
redes digitais, que rapidamente multiplicaram o número de ligações reais e potenciais entre os
membros da rede.
Outro fator complementar à lei Metcalf diz respeito aos custos em declínio, tanto das
comunicações, quanto da Internet.
Uma das razões para o crescimento da população da Internet é o rápido declínio na
ligação entre ela e os custos de comunicação em geral. O custo por kilobit de acesso à
Internet caiu, e modems a cabo agora entregam um kilobit de comunicação por um preço
de menos de 2 centavos.
Por fim, há o fator normas e efeitos de rede, que são padrões de tecnologia, especificações
que estabelecem a compatibilidade dos produtos e a capacidade de se comunicar em uma rede,
proporcionar poderosas economias de escala.
Algumas das normas, arquiteturas e empresas importantes que moldaram a infraestrutura
de TI incluem ASCII, UNIX, o TCP/IP, Ethernet, Apple, IBM, Microsoft, Intel, o computador
pessoal, e a www.
10
Componentes de Infraestrutura
11
Unidade: Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
12
Isso permite às outras, que usam este serviço, a reduzirem seus investimentos em infraestrutura
de TI, investindo apenas em poder de computação, tanto quanto necessário, em média,
e pagando por energia adicional. Este acordo oferece às empresas agilidade muito maior e
flexibilidade na sua infraestrutura.
Computação autonômica é um esforço da indústria para desenvolver sistemas que podem
configurar, otimizar, reparar e se proteger contra invasores e vírus. Software de proteção com
atualizações de vírus automáticas é um exemplo de computação autonômica.
Computação de Borda é um multi-tier, esquema de balanceamento de carga para aplicações
baseadas na Web, em que partes do conteúdo do site e de processamento são executadas
por servidores menores e mais econômicos. Em uma computação de borda, o cliente solicita
o fornecimento de conteúdo como apresentações estáticas, códigos reutilizáveis, enquanto
componentes de lógica de banco de dados e de negócios são entregues pelos servidores
localizados na empresa.
Empresas implantando centenas ou milhares de servidores, muitas descobriram que
estão gastando mais em eletricidade para alimentar e resfriar seus sistemas do que quando
adquiriram o hardware. O consumo de energia pode ser reduzido por meio da virtualização e
de processadores multicore.
Virtualização é o processo de apresentação de um conjunto de recursos de computação
(como poder de computação ou armazenamento de dados), para que possam ser acessados de
forma que não se restrinjam à configuração física ou localização geográfica.
Virtualização de servidores permite às empresas executarem mais de um sistema operacional
ao mesmo tempo, em uma única máquina. A maioria dos servidores é executada em apenas
10% a 15% da capacidade, e virtualização pode aumentar as taxas de utilização do servidor
para 70% por cento ou mais.
Um processador de vários núcleos é um circuito integrado que contém dois ou mais
processadores. Essa tecnologia permite que os motores de processamento de dois ou mais
processadores com as necessidades de energia e dissipação de calor reduzidos para realizar
tarefas mais rapidamente do que um chip de recursos simples, com um núcleo de processamento.
13
Unidade: Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
14
»» Software EAI usa middleware especial que cria uma plataforma comum com a qual
todos os aplicativos podem se comunicar livremente uns com os outros. EAI exige
programação muito menor do que a integração ponto a ponto tradicional;
»» Tecnologia de serviços Web é fundada em XML, que foi desenvolvida como uma
linguagem de marcação mais poderosa do que a HTML, uma linguagem de descrição
de página especificando como o conteúdo aparece em páginas da web. Ao marcar
dados com tags XML, os computadores podem interpretar, manipular e trocar dados de
diferentes sistemas. Serviços Web se comunicam por mensagens XML via protocolos
padrão da Web, tais como:
• SOAP que é um conjunto de regras para a estruturação de mensagens que permite
que aplicativos passem dados e instruções para o outro;
• WSDL é um framework para descrever as tarefas realizadas por um serviço Web
e os comandos e dados que ele vai aceitar, de modo que ele possa ser usado por
outros aplicativos;
• UDDI permite que um serviço Web para ser listado em um diretório de serviços da
Web de modo que possa ser facilmente localizado.
TI Verde
Também chamada de computação verde, descreve o estudo e a utilização de recursos de informática
de uma forma eficiente. TI Verde começa com fabricantes produzindo produtos ecologicamente
corretos e incentivando os departamentos de TI das corporações a considerar opções mais amigáveis
como virtualização, gerenciamento de energia e hábitos de reciclagens adequadas.
15
Unidade: Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
O governo também propõem novas regras de conformidade que funcionarão para os centros
de dados com a futura certificação verde. Alguns critérios incluem a utilização de materiais de
baixa emissão de calor em sua produção (energia) e poluentes, reciclagem, uso de tecnologias
alternativas de energia e outras tecnologias tidas como verdes.
Todas as empresas estão cada vez mais dependentes da tecnologia e as empresas de pequeno
porte não são exceção. Nós trabalhamos em nossos computadores, notebooks e smartphones
durante todo o dia, conectados a servidores rodando 24 horas por 7 dias. Por ser o ciclo da
tecnologia tão rápido, estes dispositivos tornam-se obsoletos e, em algum momento – mais
frequentemente, mais cedo do que mais tarde – dispomos de equipamentos antigos e substituímos
por novos. Nós usamos grandes quantidades de papel e tinta para imprimir documentos.
Nesse processo, a maioria das empresas desperdiça recursos, na forma de energia, papel,
tempo e dinheiro, recursos que poderiam investir para desenvolver novos produtos ou serviços
ou para contratar e treinar funcionários. Mesmo que você não seja um ambientalista, é um bom
negócio para o seu ambiente de TI verde e cultura.
Como você pode ver, estas são quase duas áreas em polos opostos. Em nossa vida,
a tecnologia nos ajuda a fazer de tudo, desde enviar uma piada para nossos amigos por
email, ou avisar cidades sobre tsunamis e terremotos. Nós precisamos dela, e ela não vai
desaparecer tão cedo.
Por outro lado, um computador típico é composto de milhares de produtos químicos e se colocássemos
todos os computadores do mundo juntos, eles usariam grandes quantidades de eletricidade.
O computador contém mais de um Kg de chumbo e um verdadeiro coquetel de produtos
químicos, incluindo antimônio, arsênio, boro, fósforo, ácido nítrico, ácido fluorídrico e fluoreto
de hidrogênio, só para citar alguns.
Seu computador também é rico em recursos minerais: a eletrônica consome dez por cento da
produção mundial de ouro, dos quais apenas trinta por cento é recuperado a partir da sucata;
também usa muito cobre. Este coquetel tóxico e ineficiente é de onde o lixo eletrônico vem.
Isso é muito preocupante e tem a ver, principalmente, com a fome contínua da nossa
sociedade globalizada para novos componentes eletrônicos que nos lembra de que a Terra
têm recursos finitos.
Quando usamos minerais como ouro e prata e não recuperamos, esses minerais são deduzidos
da nossa oferta global. Eventualmente, as reservas vão ficar tão baixas que não vamos ter mais
esses recursos disponíveis, caso não reciclemos o que usamos.
Conforme estudos feitos pela Green IT, um computador desktop típico usa 868 kW de
eletricidade por ano. E praticamente todas as empresas no mundo desenvolvido tem um
computador de algum tipo. Muitas organizações têm milhares de computadores. Imagine o
seguinte: uma empresa com 20.000 computadores.
16
Se calcular as emissões de carbono de 20 mil computadores usando 868kW de eletricidade
por ano, equivale a 12.467 toneladas métricas de CO2, lembrando que a matriz energética
preponderante no mundo é carvão, que quando queima nas usinas gera esse gás também
conhecido como gás do efeito estufa. Essas emissões equivaleriam a:
Trocando Ideias
Trata-se de apenas uma empresa. Em casa, a maioria das pessoas, nos países desenvolvidos, é
suscetível a ter um computador, uma console de jogos ou uma TV. E muitas vezes eles vão ter todos
os três, ou mesmo vários computadores e várias TVs.
Se tomarmos a população de um país de vinte milhões de pessoas e assumirmos que três quartos
dela têm pelo menos um computador, teremos 15.000.000 computadores usando 13.020.000.000
KW por ano. Essa eletricidade custa o equivalente a 935.049 toneladas métricas de CO2.
Virtualização
Quando as pessoas falam sobre virtualização, elas geralmente estão se referindo à
virtualização de servidores, o que significa o particionamento de um servidor físico em
vários servidores virtuais, ou máquinas virtuais. Cada máquina virtual pode interagir de
forma independente com outros dispositivos, aplicações, dados e usuários, como se fosse
um recurso físico separado.
Diferentes máquinas virtuais podem executar sistemas operacionais diferentes e múltiplas
aplicações ao compartilhar os recursos de um único computador físico. E, vez que cada
máquina virtual é isolada a partir de outras máquinas virtuais, se uma falha ocorrer, não
afetará as outras.
Hypervisor
É um software que torna a virtualização possível. Este software, também conhecido como
gerenciador de virtualização, fica entre o hardware e o sistema operacional, e desacopla o
sistema operacional e os aplicativos do hardware.
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Unidade: Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
O hypervisor atribui a quantidade de acesso que os sistemas operacionais e aplicativos têm com
o processador e outros recursos de hardware, como memória e disco para operações de I/O.
A virtualização foi introduzida pela primeira vez na década de 60 do século XX, pela IBM,
para impulsionar a utilização de grandes sistemas de mainframe, dividindo-os em máquinas
lógicas virtuais separadas que podiam executar vários aplicativos e processos ao mesmo tempo.
Embora a virtualização tenha desaparecido dos holofotes por um tempo, agora é uma das
tendências mais quentes da indústria. Como organizações, visam a aumentar a utilização,
flexibilidade e custo-efetividade em um ambiente de computação distribuída, sistemas de
virtualização como Citrix, IBM, Oracle, RedHat, Microsoft e VMWare e muitos outros fornecedores
oferecem soluções de virtualização.
É uma tecnologia considerada verde porque poupa dinheiro. Estimativas indicam que a
maioria dos servidores x86 estão funcionando a uma média de apenas 10 a 15 por cento da
capacidade total.
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A virtualização reduz o número de servidores físicos, reduzindo a energia necessária para alimentá-
los e arrefecê-los. Economiza tempo, porque com menos servidores, você pode gastar menos tempo
com as tarefas manuais necessárias para a manutenção deles. Por outro lado, reunindo muitos
dispositivos de armazenamento em um único de armazenamento virtual, você pode executar tarefas
como backup, arquivamento e recuperação mais fácil e mais rapidamente. É também muito mais
rápido implementar uma máquina virtual do que implantar um novo servidor físico.
Por fim, e não menos importante, você irá reduzir dores de cabeça de gerenciamento de desktop,
porque a gestão, segurança e atualização de desktops virtualizados permitem que você gerencie a
partir de um usuário central, tornando mais fácil para manter desktops atualizados e seguros.
Porém, a virtualização não é uma mágica que funciona para tudo. Embora muitas soluções de
softwares e aplicativos sejam grandes candidatas para serem executadas virtualmente, as aplicações
que necessitam de uma grande quantidade de memória, capacidade de processamento ou de I/O,
talvez seja melhor estar ainda hospedadas em um servidor dedicado.
Centro de Dados
O consumo de energia no centro de dados é predominantemente gasto por meio de duas fontes
principais: servidores e refrigeração. O aumento de densidade dos componentes dos servidores é o
problema. Uma pesquisa do Gartner mostrou que mais de 69% dos centros de dados estão limitados
pela tríade energia, refrigeração e espaço.
Servidores que consomem menos energia também geram menos calor, exigindo menos energia
para refrigeração. Abordagens alternativas, incluindo armazenamento de gelo e energia geotérmica,
ou até mesmo aceitar a geração de calor e focar diretamente na redução do custo de refrigeração do
data Center são medidas avaliadas nos dias de hoje.
O estado da arte neste nicho é impulsionada em rede de software de gestão de energia tanto para
storages, servers e também em outra categoria fora dos centros de dados, para desktops.
Estações de Trabalho
Considerar a implantação de estações de trabalho de thinclient. Os thinclients não emplacaram
como uma forma de reduzir os custos de hardware e manutenção, mas com os custos crescentes da
energia, isso adicionou um argumento de venda eficaz. Thinclients utilizam cerca de metade da
eletricidade de um PC desktop típicos.
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E-Fax
Elimina a necessidade de aparelhos de fax papel e reduz a demanda de tinta e reduz a
conta de telefone.
Outros
Voz sobre IP ou VoIP reuniu recursos de voz e comunicação de dados com alguns benefícios
significativos. Entre eles, a redução da infraestrutura de cabeamento de telefonia e o custo da
operação contínua.
Hotelling reduz a metragem quadrada necessária por empregado, porque os trabalhadores
reservam o espaço somente quando eles precisam. Para muitos empregos como, vendas,
consultoria, serviços de campo, não requerem um escritório próprio gastando energia, iluminação
e refrigeração, usa-se apenas quando é preciso.
Teletrabalho é um conceito que está ganhando força no mundo todo, não só para a redução
de espaço, mas por que, de repente, as empresas estão pensando sobre as emissões causadas
pelos passageiros dos carros e ônibus que vão até o trabalho e voltam todos os dias. Tecnologias
de telefonia tornaram prática a operação de departamentos inteiros do lado de fora da empresa.
Planejamento de TI – PDTI
Jason Hiner, em 2011, num exercício junto a centenas de CIOs das empresas de tecnologia,
comentou em um grande seminário alguns itens que estão norteando estes profissionais chefes
da área de tecnologia da informação das empresas a se preocuparem e focarem seus esforços
nesses princípios. São eles:
»» A informação é tão importante, se não mais importante do que a tecnologia da informação;
»» Mais de 50% dos gastos anuais em projetos será direcionado para melhorar as condições
financeiras de uma empresa;
»» Mais de 50% de todas as informações da empresa e os gastos com TI devem apoiar
diretamente a geração das receitas ao invés de processos de despesas relacionadas
com negócios.
Também foram propostas as atividades que deveriam ser evitadas quando se faz um planejamento:
»» Rejeitar incompatibilidade anual entre as prioridades do CEO e é a maioria dos
projetos financiados;
»» Terminar o apoio de projetos que não vão melhorar a geração de receita;
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»» Abandonar prioridades do CIO que não suportam diretamente as prioridades do CEO;
»» Parar de recomendar megaprojetos de TI;
»» Abolir ambiente de pouca ou nenhuma responsabilidade com gastos com TI;
»» Encerrar aplicativos existentes que não produzem valor mensurável ao negócio;
»» Erradicar a fobia a cloud computing;
»» Premiar os níveis 1, 2 e 3 de suporte técnico;
»» Parar de esperar projetos não financiados.
Plano Diretor de TI
Planejamento de Tecnologia da Informação é uma disciplina dentro da Tecnologia da
Informação que se preocupa em fazer o processo de planejamento de investimentos de
tecnologia da informação e da tomada de decisão de um processo mais rápido, mais flexível e
melhor alinhado.
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Unidade: Fundamentos de Gestão de Infraestrutura de TI
Veja esta tabela a seguir para conhecer algumas das fases do PDTI:
Tabela 1: Fases e documentos componentes de um processo completo de construção de uma área de TI
antenada ao negócio da corporação no qual o PDTI é apenas o primeiro componente da segunda etapa.
Etapa 1
Missão e Macro Arquitetura de Operações
Metodologia
Arquitetura de Operação e objetos de Operação
Objetos de "Negócios" Arquitetura de Operação e objeto de Operação
Identificação das Macro Funções Planejadas para a Empresa
Etapa 2
Plano Diretor de Tecnologia de Informação
Arquitetura de Processos
Aplicações Estratégicas de Tecnologia de Informação
Workshop Informática Estratégica
Etapas do Trabalho de Pesquisa de usos estratégicos para a TI
Níveis de Sistemas a serem planejados
Arquitetura de Aplicações
Decomposições Primárias dos Processos Essenciais – Projeto Macro das Aplicações
Arquitetura de Dados – Metodologia para a Modelagem Corporativa de dados
Características Construtivas da Arquitetura de dados
Informações Gerenciais e de Integração
Componentes da Arquitetura Tecnológica
Arquitetura de Organização Componentes da Arquitetura Organizacional
Etapa 3
Programa de Implementação do Plano de Tecnologia
Planejamento Financeiro e Econômico do Plano de Tecnologia
Fonte: http://www.fj.com.br/consultoria-em-pdi.html
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Partindo da grande padronização que esse assunto possui hoje e sua consolidação em
nosso país, peço a você, aluno, que acesse esse documento para a construção de um PDTI.
Após sua leitura, você estará apto a entender, criticar e desenvolver um Plano de TI ou
colaborar em seu desenvolvimento em sua organização. Ele foi elaborado pelo SEBRAE para
favorecer um arranjo produtivo local para pequenas e médias empresas proporcionando
diretrizes para a implementação da TI de forma segura. Por favor, acesse em: http://www.
fiec.org.br/artigos/tecnologia/PDTI.pdf
Também é fundamental a leitura do documento que trata de um Modelo de Referência
de Plano Diretor de Tecnologia da Informação, disponibilizado pelo consultor e professor
Geraldo Loureiro, num trabalho feito para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
encomendado para a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Governo Federal.
Pode ser encontrado em: http://www.geraldoloureiro.com/wiki/images/d/da/Modelo_
Referencial_(PDTI).pdf
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Material Complementar
Para dar apoio aos seus estudos, coloquei um link contendo 40 questões de um simulado
sobre COBIT:
»» http://www.ebah.com.br/content/ABAAABQq4AI/simulado-cobit-apostila-trainning;
Vejamos um pouco mais sobre sustentabilidade nesse vídeo sensacional, “A história das
coisas”, disponível em:
»» http://www.youtube.com/watch?v=zlaiQwZ2Bto;
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Referências
GIARDINO, Andrea. Accenture aponta quatro grandes desafios para os CIOs, 2009,
Computerworld, Disponível em: http://cio.uol.com.br/gestao/2009/05/21/accenture-aponta-
quatro-grandes-desafios-para-os-cios/. Acessado em: 14 ago. 2012.
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Anotações
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www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000