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Nomes e números:

Daniela Monteiro | 2201509; Rita Cerqueira | 2201807; Rita Guerra | 2201525


Licenciatura:
Recursos Humanos
Ano Letivo:
2022/2023
Semestre:
2º Semestre
Unidade Curricular:
Ferramentas dos Processos de Gestão de RH
Docente:
Marlene Silva
Índice

Introdução....................................................................................................................................4

1. Transformação Digital..........................................................................................................5

2. Transformação Digital nas Empresas...................................................................................6

3. Transformação Digital na Gestão de Recursos Humanos.....................................................7

4. Aplicação do Questionário.................................................................................................11

4.1. Apresentação e Análise dos Resultados......................................................................11

Reflexão Final............................................................................................................................12

Bibliografia................................................................................................................................13
Introdução

No âmbito da Unidade Curricular de Ferramentas dos Processos de Gestão de RH, foi-nos


proposto um desafio sobre um tema bastante atual e com um peso bastante significativo no mundo
organizacional. Este traduz-se na elaboração de um estudo que se pode subdividir em duas partes fulcrais
para entendermos o tema em si.

A primeira parte deste trabalho consiste numa exploração teórica acerca da Transformação digital,
a sua história, o seu progresso, bem como a sua importância, tanto para a área em que nos inserimos,
Recursos Humanos, tanto para outras áreas e para uma organização em geral.

A seguinte parte, dedica-se a um estudo prático composto pela utilização de um inquérito e a


análise das suas respostas, dadas por profissionais, que decidiram partilhar a sua perspetiva acerca de
alguns aspetos integrados no tema da Transformação Digital.

A transformação Digital é um tema que tem cada vez mais sido estudado e explorado por muitos
autores, mas principalmente, pelo amplo conjunto de organizações que optaram por adotar este processo.

A transformação digital acarreta consigo vários estigmas, nomeadamente para pessoas que
viveram a maior parte das suas vidas sem a existência deste conceito. Este processo digital implica
diversas mudanças que dividem opiniões, a nível profissional.

A verdade é que a transformação digital tem cada vez mais ganho voz perante tudo o que podemos
imaginar e, em especial, no contexto organizacional, onde, para garantirem o seu lugar, muitas empresas
terão que passar por grandes processos de mudança. No entanto, neste estudo verificamos que, apesar de
ser uma minoria, há empresas que não pretendem aderir a este processo.

No mundo atual, podemos compreender que a Era Digital contínua a ter impacto e bastante
influência no nosso quotidiano e o que se espera é que esta realidade se aprofunde mais e mais,
prolongando as mudanças que serão necessárias para cada tendência que aparecerá ao longo do tempo.

Com este trabalho pretendemos dar a devida relevância à transformação digital, apresentando
dados teóricos e dados de um estudo fornecido pelo Instituto de Informação em Recursos Humanos. No
entanto, gostaríamos, igualmente, de realizar a partilha de um inquérito, seguida de uma análise do
mesmo.

No fundo, o nosso objetivo passará por comparar o que obtivemos neste nosso inquérito com o que
realmente é estudado e fundamentado pela teoria. Uma vez que é um tema com bastante relevância e
utilidade, esperamos encontrar informação credível e fidedigna para a elaboração do nosso trabalho.
1. Transformação Digital

“O termo transformação digital foi utilizado pela primeira vez há vinte anos por Patel e

McCarthy (2000) e foi associado originalmente ao processo de digitalização” (Rodrigues, 2022,


p.4).

“A sua primeira definição conceptual foi proposta em 2004 por Erik Stolterman e Anna Fors, para
quem a transformação digital pode ser entendida como as mudanças que a tecnologia digital causa ou
influencia em todos os aspetos da vida humana” (Stolterman & Fors, 2004, p. 689, citado por Rodrigues,
2022, p.4).

Existem diferentes perceções acerca do conceito de transformação digital, sendo que muitas vezes
este conceito é confundido com o conceito de digitalização. No entanto estes possuem significados
distintos e representam ideais diferentes.

Mahraz, Benabbou e Berrado (2019) indicam que, para uma melhor compreensão sobre a
disrupção digital atual é necessário definir e diferenciar esses termos, pois o uso dos mesmos tem causado
incertezas porque diversos autores os tratam de forma permutável.

De acordo com, Mahraz, Benabbou e Berrado (2019):


A transformação digital é o fenómeno de disrupção, com mudança estrutural nos meios de produção e
serviços, causado pela digitalização e pelo digital engagement, de impactos tecnológicos, económicos,
culturais, sociais e ambientais sobre indivíduos, sociedade e organizações.

Muitos autores trataram da definição e conceitualização de transformação digital, pelo que o


conceito, a certa altura, se limitou mais ao setor empresarial como se pode ver em

A transformação digital pode traduzir-se como uma mudança de mentalidade das empresas, com o
objetivo de se tornarem mais modernas e ágeis e também como forma de acompanharem os avanços
tecnológicos e tendências de mercado que não param de surgir.

“A transformação digital é a integração das tecnologias digitais nas operações de empresas e


serviços públicos, bem como o impacto das tecnologias na sociedade” (Parlamento Europeu, 2021).

“A transformação digital pode ser encarada como uma perspetiva da teoria da solução, uma teoria
alternativa legítima para investigação em sistemas de informação”. (Majchrzak et.

al, 2016).

“A transformação digital é o fenómeno pelo qual as organizações transformam-se utilizando e


adotando novas tecnologias de informação, com a finalidade de reestruturar ou simplesmente melhorar o
seu negócio” (Fitzgerald et al., 2013, citado por Jorge, 2020, p.3).
“Após a análise de diversas definições encontradas na literatura do conceito de transformação
digital, destacam-se os elementos mais referenciados pelos autores, como a utilização de tecnologias,
mudanças organizacionais, desenvolvimento e inovação, novos modelos de negócio, experiência do
cliente e vantagem competitiva. Um outro ponto é que, a transformação digital envolve uma utilização
crescente de tecnologias digitais que irão potencialmente provocar mudanças nas organizações,
promovendo a inovação e o desenvolvimento, a criação de novos modelos de negócio ou a reformulação
dos existentes, e que, por sua vez, irão melhorar a experiência do cliente” (Singh & Hess, 2017,
Rodrigues, 2022, p.6).

De acordo com Jorge (2020), com base na premissa de criação de valor, direta ou indiretamente
através da utilização da informação e da digitalização, as organizações iniciaram os processos de
transformação digital com o objetivo de conseguir ter uma visão mais clara do ambiente que as rodeia e
também de si próprias.

Ao longo dos últimos tempos tem sido notória a valorização da informação, esta aliada às novas
tecnologias transformam a maneira como interagimos e observamos o mundo, o que radicalmente muda a
forma de fazer negócio.

“No decorrer da última década, assistimos ao aparecimento de novas tecnologias que têm
proporcionado uma crescente digitalização com repercussões na forma de viver, estar e comunicar em
sociedade e, mais especificamente, nas organizações. Através de um processo de transformação digital, de
uma forma transversal, os trabalhos ficaram mais ricos e exigentes, permitindo verdadeiras oportunidades
de desenvolvimento profissional” (MacDougall, 2014, p.2).

“Com a massificação da internet e da World Wide Web nos anos 90 assistimos a uma alteração de
paradigma na comunicação entre consumidores e empresas, surgindo conceitos como o e-commerce e o
e-business que no início vieram apenas melhorar a eficácia e eficiência dos processos tradicionais, mas
que atualmente são os catalisadores de novos modelos de negócio, produtos e serviços” (Châlons and
Dufft, 2017, citado por Jorge, 2020, p.3).

“Este fenómeno foi ganhando importância à medida que os consumidores foram aumentando a
utilização das novas tecnologias, e consequentemente alteraram as suas expetativas quanto ao serviço
prestado pelas empresas, exigindo mais comodidade e uma melhor experiência de utilização do serviço”
(Fitzgerald et al., 2013, citador por Jorge, 2020, p.3).

“A crescente utilização da informação e tecnologias de comunicação, levou a uma utilização da


Internet com os mais variados propósitos, que originaram assim a transformação digital” (Fonseca, 2019,
citado por Soares, 2022, p.29).

“Na definição dos passos a dar para uma transformação digital é importante atribuir
responsabilidades e, como tal, torna-se fundamental implementar uma estratégia capaz de orientar todos
os procedimentos necessários. Se uma abordagem a uma transformação digital for feita sem entusiasmo,
pode conduzir ao aumento das dificuldades operacionais” (Bonnet et al., 2014 citado por Oliveira, 2020,
p.16).
“Implementar uma estratégia de transformação digital implica esforços. A capacidade de explorar
novas tecnologias espelha a abordagem da empresa num mundo cada vez mais tecnológico. Acompanhar
a tecnologia significa ainda criar valor e diferenciação, significa adaptar a organização à mudança através
de alterações de estruturas organizacionais, processos e habilidades para usar e explorar novas
tecnologias” (Hess et al., 2016 citado por Oliveira, 2020, p.16).

“A transformação digital pode ser complexa, esta característica é uma das mais utilizadas para a
descrever e por complexa depreende-se, algo que compreende uma grande quantidade de elementos
distintos” (Morakanyane et al., 2017)

“A transformação digital impõe uma mudança completa nas organizações, que é fomentada pela
necessidade de transição e adaptação às tecnologias digitais, que se encontram em constante evolução,
refletindo desta forma a necessidade da criação de novos modelos de negócio” (Osmundsen et al., 2018).

A Transformação Digital aborda a integração das tecnologias digitais nas organização e o impacto
das mesma na sociedade, a sua utilização permite que o ser humano e as máquinas estejam ligados e
cooperem entre si.

“O termo Transformação Digital (TD) tem vindo a ganhar um relevo cada vez mais presente e
crucial na sociedade, advindo da evolução digital. Esta evolução começou a verificar-se a partir do final
da década de 1990” (Sukhova, 2016, citado por Soares, 2022, p.29)

“Esta fusão, mediada por tecnologias como a Internet das Coisas – “Internet of Things” (IoT), a
Inteligência Artifical (IA) ou os Sistemas Cyber-Físicos promovem informação que é criada em tempo
real” (Silva, 2020, p. 22).

“Com a necessidade de agilizar processos de trabalho para responder às mudanças exigidas pelo
mercado, a transformação digital surge como facilitador de todos os aspetos da vida organizacional”
(Oliveira, 2020, 21).

Para Rogers (2016) os domínios da transformação digital são cinco: os clientes, a competição, os
dados, a inovação e o valor.

De acordo com o autor mencionado anteriormente, as empresas criadas antes da era digital
necessitam de ter a perceção de que os seus planos estratégicos precisam de ser revistos e atualizados,
considerando que as tecnologias digitais estão a redefinir conceitos e práticas antigas, alterando o seu
modo de operar para chegar ao sucesso.

“A transformação digital é considerada uma jornada, um processo a longo prazo, que permite a
adaptação contínua das organizações que assim dispõem de mais tempo, para readaptarem as suas
estruturas organizacionais que suportam a transformação digital” (Mirković et al., 2019; Morakanyane et
al., 2017, citado por Rodrigues, 2022, p.7).

“Para que o êxito da transformação digital seja assegurado é fundamental desenvolver um trabalho
de forma contínua e permanente” (Morakanyane et al., 2017, citado por Rodrigues, 2022, p.7).
2. Transformação Digital nas Empresas

A transformação Digital é uma realidade vivenciada atualmente, mas que já tem um longo
histórico na sociedade, bem como no mundo empresarial. Nos últimos anos, as ferramentas digitais
assumiram um papel crucial no quotidiano, fazendo cada vez mais parte da rotina das empresas, tendo um
afincado impacto nos seus negócios.

A constante e acelerada evolução digital está a transformar, de forma muito profunda, a economia
e a sociedade, abrindo portas a um mundo mais interconectado e inteligente, um mundo onde emergem
constantemente novas formas de relacionamento dentro do contexto empresarial, entre produtores e
consumidores, bem como entre o Homem e a máquina.

As empresas são forçadas a otimizar os seus processos, de forma a acompanhar as diversas


transformações que vão ocorrendo digitalmente. Estas aperfeiçoam os mesmos através de serviços
automatizados e de Softwares, que possibilitam a agilização das operações internas, melhorando os
resultados e a interação com os seus potenciais clientes, o que é fundamental para a sua sobrevivência no
atual mercado.

Cada mercado apresenta as suas especificidades, sendo que estas devem ser claramente
consideradas no momento de adotar o mundo da digitalização.

Para o contexto organizacional, a transformação digital apresenta promessas de um visível


aumento da produtividade, entre outros fatores que acarretam a responsabilidade de promover o sucesso
de uma entidade. Portanto, para que isto se suceda as empresas devem preparar-se para este novo
paradigma. É fundamental, que as empresas proporcionem o desenvolvimento de competências do seu
Capital Humano, para os avanços digitais que vão ocorrendo ao longo do tempo. Apostar numa boa e
intensa formação é uma das possíveis respostas para as transformações recorrentes na área digital.

Com a tecnologia, os consumidores assumiram, então, uma nova perspetiva no processo de


compra do produto ou serviço fornecidos pela organização. Com a nova disposição comunicacional, a
partir de, a título de exemplo, redes sociais e sites de busca, os clientes assumem, assim, o poder de
decisão no momento de compra. Estes procuram as opções que mais se adequam às suas preferências,
através da internet, o que antes este procedimento era apresentado pelas mídias tradicionais. A distância
entre o público e a marca sofre também alterações, influenciadas pela digitalização dos processos, tendo
esta vindo a ser encurtada, tornando o diálogo mais próximo e instantâneo.

Entender o que é a transformação digital é um passo fundamental que as empresas devem tomar,
para conseguirem acompanhar a evolução e chegar ao sucesso do seu negócio. Mais do que,
simplesmente, incorporar a digitalização nos setores da empresa, esta mudança é aliada a uma
reestruturação da abordagem e atuação da empresa no mercado, no qual se encontra inserida.
Significando, que é necessário que toda a linha empresarial esteja consciente da importância e
responsabilidade em adotar a tecnologia nos seus processos, estando ciente que esta pode causar fortes
impactos na vida, quer dos funcionários que nela colaboram, quer dos seus potenciais clientes.
Variadíssimas empresas alcançaram o seu sucesso previamente ao advento da Internet. Adaptadas
a um padrão de comunicação e abordagem único, estas enfrentam dificuldades ao resistirem às mudanças
provocadas pela transformação digital, tendo algumas chegado ao extremo e ter tido que abandonar o
negócio.

No entanto, a reinvenção é uma boa oportunidade, uma vez que é possível a adaptação da estrutura
organizacional para esta nova realidade proposta pelo mercado. Porém, torna-se imprescindível enxergar
com amplitude as inovações trazidas pela tecnologia, englobando a mesma à cultura da empresa e
desafiando os colaboradores a participarem deste processo.

A geração Z, nascida a partir de 1994, são um tipo de público que já nasceram dentro do grande
avanço tecnológico. Uma das principais características desta geração é ser multifuncional, sendo capaz de
processar informações mais rapidamente. O facto de o mundo digital já ser familiar a esta geração, a
mesma apresenta níveis de exigência mais elevados, cobrando mudanças e dinamismo, de forma
frequente. Sendo assim, a Inovação é um aspeto que tem de estar sempre presente nas linhas orientadoras
de um negócio, pois é necessário que este se adapte às necessidades das gerações, nomeadamente as mais
jovens.

Os principais benefícios da transformação digital para as empresas

A tecnologia tem vindo a proporcionar para o negócio diversos benefícios, a partir dos quais se
pode tirar bastante proveito, para manter ou chegar ao sucesso.

Aumento da eficiência

Com a chegada da transformação digital foi possível o aumento da compreensão de toda a


estrutura organizacional, substituído processos que eram, anteriormente, elaborados manualmente por
fluxos de trabalho automatizados. Assim, garante-se um maior controlo sobre as práticas, o que possibilita
uma redução de custos de produção.

Aumento da satisfação do cliente

Cada vez mais, a satisfação do cliente é um desafio com grande peso para as empresas. Existe uma
maior preocupação em conseguir atender às demandas por inovação e a melhor qualidade no atendimento
do cliente. Esta tarefa requer atenção e esforço de toda a estrutura empresarial.

Com a transformação digital verificou-se uma nova tendência de consumo, sendo esta a permissão
que as compras passassem a ser realizadas, pelos consumidores, a qualquer hora e lugar.
Vantagem competitiva

Um cenário de vantagem competitiva é, também dos um dos grandes benefícios, que as empresas
puderam tirar proveito. As empresas que investem no digital, conseguem proporcionar aos seus
funcionários e, principalmente, aos seus clientes uma perceção inovadora, que por sua vez torna o seu
negócio mais apelativo e mais valorizado. Este cenário é aliado a uma formatação e reorganização de
todos os processos internos pautados pelos recursos tecnológicos.

Simplificação dos processos

Ao incluir a tecnologia na estrutura central da estratégia, as empresas têm que reconsiderar os


processos internos. Com a utilização de ferramentas específicas é possível evitar operações mecânicas,
colocando os colaboradores como peças essenciais na inovação dos processos.

Deste modo, os funcionários assumem uma função estratégica para a empresa, uma vez que
poderão trazer novas abordagens de como otimizar determinados processos e garantir melhores
resultados.

Implementação da Transformação Digital numa empresa

Como já se tem vindo a observar, a transformação digital impactou a forma como os consumidores
interagem com as empresas ou marcas, tendo o poder de decisão dos clientes aumentado face ao das
mesmas. Neste sentido, constata-se que existe um amplo leque de benefícios em adotar esta
transformação, com uma grande finalidade, garantir melhores resultados e uma maior interação com o
público.

Planear o que será transformado na empresa

O primeiro grande passo a ser tomado para uma empresa conseguir chegar à verdadeira
transformação digital está bastante envolvido com o planeamento.

Em primeiro lugar, devem ser definidos objetivos e metas para serem alcançados, ou seja, deve ser
tido em conta em que ferramentas a empresa pretende adquirir e investir, que setores da empresa vão
sofrer alterações devido à sua digitalização. Delimitar o que a empresa pretende alcançar com esta
mudança é, igualmente, crucial neste processo.

A ausência da elaboração de um plano, poderá proporcionar erros, que apesar de serem comuns,
podem, mais tarde, afetar negativamente a qualidade da transformação e prejudicar, claramente, os
resultados.
Estudar as ferramentas e possibilidades tecnológicas

Entender quais os recursos e ferramentas, oferecidos pela transformação digital, bem como saber
quais é que melhor se adaptam ao negócio de uma empresa é fundamental.

Numa empresa, para que se proceda à transformação digital, é importante estudar e explorar as
tendências atuais do mundo digital. É necessário que haja um acompanhamento apropriado acerca do que
está, de momento, a ser oferecido pelo mercado. No entanto, deve haver um alinhamento entre estas
ofertas e o que se adequa às necessidades reais da empresa em questão.

Adaptar as plataformas

Para elevar a eficiência de uma empresa e gerar dados estatísticos que sejam compatíveis às suas
necessidades, é desejável que as plataformas tenham interação e dialoguem entre si, proporcionando uma
visão ampla e sistémica de todos os processos internos.

Deste modo, deve ser desenvolvido um verdadeiro ecossistema que faça sentido para o modelo de
negócio da empresa.

3. Transformação Digital na Gestão de Recursos Humanos

Atualmente, muito se fala, em transformação digital e processos organizacionais digitalizados. A


transformação digital já chegou à grande maioria das empresas. Há quem tema por esta mudança, mas
também é apreciada por muitas pessoas. A tecnologia tem, deste modo, o poder de automatizar tarefas
rotineiras, quebrar barreiras, assim como auxiliar os profissionais a focarem-se no acréscimo de valor às
organizações.
A transformação digital dos Recursos Humanos é mais do que a desmaterialização de processos e
automatização de outros. Caracteriza-se ser uma ferramenta diferenciadora no que toca à atração e
retenção de talento, pela sua capacidade de conceber dados e a sua interpretação, permitindo recolher
informações importantes para o negócio e para a gestão das equipas.
Por outro lado, a pandemia foi um fenómeno impulsionador da transição digital, um paradigma
que já estava bastante popularizado, mas pouco implementado entre as organizações. Porém, em Portugal,
os dados do “Barómetro da Economia Digital” de 2022, realizado pela ACEPI (Associação da Economia
Digital), em parceria com a IDC, evidenciam que as empresas portuguesas estão a aumentar os seus
níveis de adesão e maturidade digital, contudo ainda um longo caminho a percorrer. “Segundo o estudo,
em 2022 apenas 62% das empresas em Portugal indicavam ter presença na Internet sendo que, no que
respeita a empresas que utilizam as redes sociais, o indicador está acima da média da UE, com 58%.” (RH
Magazine, 2023).
Na área de Recursos Humanos, é importante perceber que é um departamento transversal a toda a
empresa, visto que é responsável pela gestão de pessoas das mais diversas áreas. Desta forma, a
importância da transformação digital neste departamento irá impulsionar a comunicação entre
departamentos, facilitando o trabalho das restantes áreas em inúmeros aspetos, no que se refere à gestão
de capital humano. “Do recrutamento e seleção à formação e avaliação de desempenho, passando pela
gestão de faltas, férias e despesas, até à motivação, são várias as oportunidades que a transformação
digital traz à gestão de pessoas, em particular, e às empresas, em geral. Os benefícios vão muito além dos
processos.” (Miguel Santos, s/data). Tomemos então como exemplo as seguintes oportunidades:

INFORMAÇÃO /CONTROLO DE DADOS NO RECRUTAMENTO E SELECÇÃO


No recrutamento e seleção, o controlo de dados que permitam retirar informações, de uma forma mais
rápida, como por exemplo o número de candidatos, o tempo de contratação, vagas por departamentos ou
número de processos em curso ou interrompidos. Desta forma, fornece um nível de conhecimento muito
mais detalhado, tornando mais ágeis estes processos.
O objetivo com a aplicação da digitalização neste processo passa, não só por aumentar a produtividade
e a eficiência, através da identificação de forma mais ágil de potenciais candidatos. Entre os benefícios
na adoção desta prática, a segurança dos dados, armazenamento simples, procura rápida, redução do
papel ou a diminuição de erros, também estão presentes.

GESTÃO DE FÉRIAS E FALTAS


Muitas empresas ainda recorrem a tabelas de Excel para gestão de férias e ausências, o que não está
incorreto. Todavia, é possível fazer a integração deste registo em ferramentas
que possibilita um domínio mais simplificado, de maneira a facilitar o processo, para a gestão assim
como para o próprio trabalhador.
A digitalização irá não só economizar tempo e simplificar o processo de comunicação, como também
permite uma visão geral e simplificada de todos os pedidos e aprovações num só “lugar”, em tempo real,
com vista de incompatibilidades e alertas.

GESTÃO DE DESPESAS
Os gestores deparam-se constantemente com desafios no que toca ao controlo e gestão de custos,
existindo uma dificuldade em obter uma visão clara, holística e simplificada sobre as despesas referentes
a cada trabalhador e a cada centro de custo.
Este é fator fulcral para que seja possível reportar à administração, uma visão clara sobre os custos com
o pessoal, detalhado por gastos, remunerações, ajudas de custos, encargos, horas extras etc, o que
permite um maior controlo. Esta é mais uma oportunidade impresncindível que irá facilitar o processo
entre departamentos, desde o trabalhador ao seu gestor, passando pelas áreas de RH e Financeira,
permitindo assim uma comunicação mais acelerada.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E SISTEMA DE PREMIAÇÃO 
Possuir um modelo de avaliação de desempenho é a forma mais concreta de identificar necessidades e
valorizar o capital humano da empresa.
Através de ferramentas específicas, desenhadas de acordo com as necessidades de cada empresa, é
possível diagnosticar a performance dos trabalhadores, identificando necessidades e oportunidades de
formação, e atribuição de prémios, de acordo com o sistema de premiação definido pela empresa.

MOTIVAÇÃO
Quando se aborda este tema pode ter diversas vertentes, sejam essas financeiras, pessoais, de liderança
ou progressão de carreira. Neste sentido, a digitalização pode ser uma ferramenta preponderante para
motivar os colaboradores a sentirem que desempenham atividades de forma mais produtivas. 

FORMAÇÃO
Dar continuidade de formação aos colaboradores da empresa é fulcral para manter a motivação dos
mesmos, garantindo assim a não estagnação e o crescimento da organização.
Como exemplo da transformação digital, abordemos as aplicações low code ou business intelligence.
Por isso, quando tomada a decisão de fazer um investimento a nível digital, a empresa tem de capacitar
o seu capital humano não só para compactuar e contribuir a ideia, mas também para promover a
continuidade de todo o processo de evolução.
Com o mercado atual, cada vez mais competitivo, principalmente no que diz respeito à gestão de
pessoas, importa salientar as vantagens da digitalização nesta área de Recursos Humanos.

“Em Portugal, como se encontra o processo de transformação digital nos departamentos de recursos
humanos?
Que vantagens veem os portugueses na mudança, ou melhor, na transformação digital?

O IIRH (Instituto de Informação em Recursos Humanos) realizou um estudo, em parceria com a


SAP SuccessFactors, acerca da digitalização na função RH.
Os resultados obtidos revelam que o processo de transformação digital se encontra em
desenvolvimento na maioria das organizações onde os participantes no estudo desenvolvem a sua
atividade profissional (78%). Apenas 2% dos inquiridos afirmaram que o processo de transformação
digital nas suas organizações se encontra concluído, contrastando com os 2% que indicaram que o
processo de digitalização nunca será realizado nas suas empresas. Já 18% dos profissionais referiram que
a digitalização de processos nas suas organizações não foi, até à data do inquérito, iniciada. Nas empresas
em processo de transformação digital são, maioritariamente, a direção de sistemas de informação (40%) e
a direção- -geral (32%) que o lideram. Os profissionais que participaram no estudo consideram que a
função RH deve estar envolvida no processo de transformação digital (98%). No entanto, os profissionais
com um grau de implicação reduzido no referido processo (49%) suplantam os que apresentam um maior
envolvimento (45%). Conjuntamente com os recursos humanos, devem estar envolvidos também, no
processo de transformação digital, segundo as respostas dos inquiridos, o marketing e a comunicação
(32%), o departamento de IT (28%) e a respetiva área de negócio (20%). Para 79% dos participantes, a
transformação digital tem um impacto elevado ou muito elevado na função RH. Em transformação
encontram-se o processamento salarial (64%), o portal do colaborador (55%), o recrutamento (52%), a
avaliação de desempenho (46%), a formação (45%) e os “analytics” (31%). A tipologia de instrumentos
mais utilizada é, ainda, a ERP (69%). Apenas 17% faz uso da solução SaaS na função RH. Os números
não enganam. A transformação digital é uma realidade incontornável no seio das empresas e é
considerada “fundamental” para 99% dos inquiridos, que afirmaram que melhora os processos intrínsecos
aos recursos humanos, otimizando-os e reduzindo custos, melhora a eficiência e a eficácia das
organizações, constituindo-se como uma “evolução natural”, associada à sobrevivência das empresas.
Entre as vantagens associadas à digitalização apontam-se um “melhor acesso à informação” (85%), a
“redução de custos com processos administrativos” (75%), uma “melhor comunicação” (68%), a
“descentralização dos processos” (62%) e a “relação direta com o colaborador” (56%). O custo elevado
das ferramentas digitais (68%), a complexidade do projeto (46%) e a falta de adesão dos colaboradores
(31%) são considerados os fatores que mais condicionam a implementação da transformação digital nas
organizações. As direções mais avessas à sua execução são a direção-geral e a direção administrativa e
financeira (30%). Contrariamente, a direção de sistemas de informação é a mais recetiva à implementação
da transformação digital (32%), seguida da direção de recursos humanos (31%).
Questionados acerca dos processos de recursos humanos a digitalizar nos próximos seis meses, nas
suas organizações, os participantes indicaram a formação (40%), o recrutamento (34%), a avaliação
(33%), os “analytics” e o portal do colaborador (26%). Segundo o estudo organizado pelo IIRH, são mais
os profissionais que referem que, nas suas empresas, foi criada uma nova função no decurso de um
projeto de transformação digital (84%).
Participaram no estudo 235 profissionais, que, entre os meses de maio e julho de 2018,
responderam ao inquérito desenvolvido pelo IIRH e alocado numa plataforma “on-line”. Os participantes
desenvolvem a sua atividade profissional em empresas com menos de 100 colaboradores (31%), em
organizações que têm entre 250 e 750 trabalhadores (21%), entre 100 e 250 funcionários (17%), em
empresas que apresentam mais de cinco mil colaboradores (12%), em organizações cuja dimensão se
situa entre os 750 e os dois mil trabalhadores (10%) e entre os dois mil e os cinco mil colaboradores
(11%). A maioria dos profissionais (67%) trabalha em empresas com presença internacional.” (RH
Magazine, 2018).
Atualmente, a transição para uma sociedade digital é um dos quatro desafios estratégicos do nosso
país. Esta é uma mudança que necessita de conhecimento e, por isto, é importante que seja aconselhada
por profissionais da área. Também, é necessário estudar quais os processos a serem automatizados na
empresa em questão, quais as ferramentas mais adequadas para os departamentos, tendo em conta os seus
níveis de maturidade digital e por fim, promover esta mudança dentro da organização. O sucesso e a
continuidade de qualquer ferramenta irão depender dos seus recursos humanos.
4. Aplicação do Questionário
FALTA o ultimo grafico
4.1. Apresentação e Análise dos Resultados

Para um estudo mais elaborado acerca do tema “Transformação Digital”, decidimos partilhar um
questionário, do google forms, composto por algumas questões pertinentes sobre o mesmo. Uma vez que
partilhamos em vários locais, como as redes sociais, nomeadamente, o Linkedin, obtivemos 14 respostas.

De forma a conseguirmos apresentar uma análise de resultados bastante completa do questionário


que partilhamos, optamos por relacionar as respostas que obtemos com a exploração teórica previamente
realizada e apresentada neste documento.

As questões mais relevantes para esta análise são as seguintes:

“Considera que a função de RH deve estar envolvida no processo de transformação digital?”

Iniciamos formalmente este questionário com o intuito de entendermos se os nossos participantes


perspetivam que a função de Recursos Humanos deve estar envolvida no processo de transformação
digital.
Deste modo, dos 14 participantes do inquérito, obtivemos 13 respostas (92,9%) positivas.
Significando que 13 dos participantes indicam que a função de RH deve ser incluída neste processo de
Transformação. O restante participante (7,1%), indicou que esta função não deve estar envolvida no
processo.
Um estudo realizado pelo IIRH revela, pela maioria dos seus inquiridos, que a função de RH deve
estar envolvida no processo da transformação digital. Porém, profissionais com um grau de implicação
reduzido no referido processo contradizem os que apresentam um maior envolvimento.
De acordo com a nossa pesquisa inicial, a transformação digital tem um peso cada vez mais
significativo no desenvolvimento das empresas. As mudanças necessárias para este processo podem ser
bem-vidas e desejadas por muitos profissionais. No entanto, existem, ainda, pessoas que não se sentem
tão confortáveis e temem esta evolução tecnológica que se tem verificado ao longo dos anos.

Na sua organização, em que fase está o processo de transformação digital?

Esta questão foi útil para podermos compreender a prioridade que as organizações atribuem à sua
adaptação ao mundo digital. No inquérito, dos 14 inquiridos, 5 indicaram que o processo de
transformação digital, na organização onde labora, se encontra na fase inicial. De seguida, 8 dos
participantes indicaram que a sua organização se encontra na fase de desenvolvimento no que diz respeito
ao processo de Transformação Digital. Por último, o restante participante indica que o processo de
transformação digital, na sua organização, se encontra concluído.
Segundo o estudo realizado pelo IIRH, constatamos que as respostas dos nossos participantes se
assemelham às dos inquiridos deste mesmo estudo. Sendo que a maioria, tal como os nossos inquiridos,
indicam que a sua organização se encontra na fase de desenvolvimento. Tendo isto em conta, uma
minoria identificou a fase de conclusão para situar a sua organização relativamente ao processo de
transformação digital.
Com estes dados, podemos verificar que a grande parte das organizações ainda se encontra em
adaptação a esta nova era digital. Tendo isto em conta, podemos afirmar que bastantes empresas
aderiram, talvez por falta de opção, às mudanças necessárias para se garantirem no mercado atual, que se
caracteriza pela inovação tecnológica e digitalização de processos. Ainda assim, pelo estudo do IIRH,
retiramos que existem empresas que não têm como opção a adesão ao processo de transformação digital.

Quais os departamentos que devem estar envolvidos na transformação digital?

Ainda neste inquérito, tivemos a oportunidade de questionar os participantes acerca dos


departamentos que devem estar incluídos no processo de transformação digital. Tendo em conta, que cada
participante poderia escolher mais do que uma opção, recolhemos que o departamento Financeiro obteve
12 votos, o departamento de Gestão foi votado, igualmente, 12 vezes, o departamento de Marketing
obteve 14 votos, o de RH obteve 13, o de Logística obteve 9, e o departamento de Produção e o
departamento de Tecnologias de Informação obtiveram 7.

De acordo com a nossa pesquisa, teoricamente, a transformação digital foi um marco


importantíssimo para a maioria dos setores. A transformação digital de processos, ao promover uma
maior eficiência e excluir tarefas rotineiras, traduz-se numa grande mais-valia para os diversos
departamentos de uma organização. Ao aderir às mudanças requeridas pela transformação digital, a
organização deve garantir que os processos de cada departamento se irão alinhar, de forma que não haja
discrepâncias no modo de atuação dos mesmos.

O estudo fornecido pelo IIRH, indica que a transformação digital deve ser tida em conta nos
departamentos de Marketing e Comunicação e no departamento de Tecnologias de Informação. Podemos
recolher deste estudo, que os inquiridos entendem que o departamento de Marketing é um do
departamento que deve ter um maior envolvimento com o processo de transformação digital, assim como
no nosso questionário. Já o departamento de Tecnologias de Informação foi, no nosso inquérito, um dos
menos votados.
Reflexão Final
Bibliografia

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 Lopes, S. 2023. Transformação digital dos RH: como tornar a tecnologia num aliado da gestão de
pessoas?. RH Magazine. https://rhmagazine.pt/transformacao-digital-dos-rh-como-tornar-a-
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 Confederação Empresarial de Portugal.2018. Revista de Empresários e Negócios: Transformação


Digital. http://cip.org.pt/wp-content/uploads/2018/09/IND_115_LRv2.pdf

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 Silva, L.F.T.J. (2020). A revolução 4.0 e o Futuro do Trabalho: um estudo exploratório em empresas
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 Rodrigues, C.I.A. (2022). Transformação Digital nas pessoas, sociedade e organizações:


Desenvolvimento de uma aplicação para o acompanhamento da evolução profissional dos alunos de
Marketing e Negócios Internacionais (estudo de caso). (Dissertação de Mestrado, ISCAC)
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 Soares, B. (2022). Transformação Digital na Administração Pública Portuguesa: o Impacto das


Estratégias de Inovação, Modernização e Transformação Digital. (Dissertação de Mestrado, ISCAC)
Disponível em:
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/43454/1/B%c3%a1rbara_Soares.pdf

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