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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2
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1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
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2 O MARKETING NO CENÁRIO DIGITAL
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compartilhamento, a integração omnichannel (onicanal), o marketing de conteúdo, o
CRM social (gestão de relacionamento com o cliente) e o papel das mídias sociais.
É importante explicar brevemente a trajetória dos conceitos de marketing
1.0, 2.0, 3.0 e 4.0. Para apresentar a evolução deste conceito, Kotler, Kartajaya e
Setiawan (2017) construíram uma espécie de linha do tempo e sua evolução ao longo
dos anos. Por esta razão, Kotler e Keller (2006, p.4) definem marketing como “o
processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas satisfazem desejos e
necessidades com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor
com outros”. Para desenvolver esse processo, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017)
identificaram que, numa primeira fase histórica, o objetivo estava centrado no produto,
ou seja, na venda e na apresentação como a principal fonte e estratégia para alcançar
o desejo das pessoas e suas necessidades. Esta primeira fase é classificada por
Kotler, Kartajaya e Setiawan como marketing 1.0.
No entanto, este aspecto do produto por si só não foi suficiente
para satisfazer os desejos e necessidades dos usuários; com a evolução da
sociedade, o papel do consumidor também mudou. Quando isso aconteceu, surgiu o
marketing 2.0, com foco no consumidor, seus anseios e suas precisões.
Em 2010, Kotler, Kartajaya e Setiawan identificaram uma nova mudança no
contexto social e econômico e, consequentemente, no comportamento do
consumidor. Nesse contexto, os autores perceberam que o cliente passa a se
reconhecer como um ser humano pleno, dotado de mente, coração e espírito. Ele
não quer comprar algo apenas para satisfazer sua necessidade, pois a compra é um
ato ligado às suas emoções e sentimentos. O produto passa ser compreendido e
vivenciado como capaz de suprir uma falta, sendo entendido como uma dimensão
formativa da sua subjetividade, por isso os estudos sobre o marketing passam a se
preocupar com a subjetividade e o modo de ser do consumidor. Portanto, o cliente
busca mais do que apenas um produto; busca uma ligação entre produto/marca
e necessidade. É neste novo contexto que Kotler, Kartajaya e Setiawan
(2017) estabeleceram o conceito de marketing 3.0.
Enquanto o contexto pós-moderno, identificado a partir do século XXI, mudava
rapidamente, esse termo foi revisado em 2017, quando Kotler, Kartajaya e
Setiawan (2017) lançaram a continuidade dessa trajetória, com o conceito de
marketing 4.0. Os autores descrevem essa evolução como um desdobramento do
marketing 3.0 que se refere ao fato de que “o marketing deve se adaptar à
natureza mutável das jornadas do consumidor na economia digital. O papel
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dos profissionais desta área é guiar os clientes por uma jornada da assimilação até se
tornarem defensores da marca” (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017, p. 12).
Essas percepções não são exclusivas de Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017).
Em 2010, Martha Gabriel lançava no Brasil a obra Marketing na era digital,
mencionando as profundas mudanças sofridas, catalisadas pelo avanço da internet
no ambiente digital. Em 2014, Walter Longo também analisou o marketing e a
comunicação na era pós-digital, identificando da seguinte forma: “a tecnologia deixou
de ser privilégio de poucos e permeou toda a sociedade” (LONGO, 2014, p. 14).
O cenário pós-digital se configura como a presença da tecnologia digital
difundida e ubíqua e na maioria das vezes nem percebemos que ela existe, até que
seja necessária.
Você não precisa ir muito longe entender o que Longo (2014) propõe. Um
exemplo é o caos e o impacto que a queda de um aplicativo como WhatsApp ou
Instagram tem na vida das pessoas. Até a forma de se comunicar sofreu profundas
transformações a partir do uso em massa de aplicativos com trocas de mensagens
instantâneas. O interessante nisso, como argumenta Longo (2014), é que essas
mudanças não se manifestam apenas na evolução do cenário digital. Eles também
são encontrados na história humana. Cada vez que uma inovação é absorvida pelas
pessoas e elas integram seu uso, ela transforma seu comportamento e sua cultura.
O mesmo aconteceu com o fogo, com a eletricidade e com os instrumentos nas
mídias sociais de navegação, por exemplo. No entanto, o que nos surpreende é o
impacto do avanço do cenário digital em tão pouco tempo. Nossa percepção do tempo
também mudou no cenário digital.
Segundo Gabriel (2010), ainda existe vida humana fora do digital, embora o
ambiente digital esteja ocupando cada vez mais espaço em nossas vidas. Então, para
entender o que é marketing digital e como usá-lo, você precisa entender como surgiu
o marketing tradicional. Utilizando a definição clássica de Kotler e Keller (2006) para
o conceito de marketing, Gabriel (2010) especifica que é uma atividade humana que
visa satisfazer necessidades e desejos por meio de processos de troca, e esse
processo de troca pode ser baseado em estratégias que utilizam tecnologias e
plataformas digitais ou não.
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Uma proposta é defendida por Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017). Os autores
definem o marketing 4.0 como uma abordagem que combina interações on-line e off-
line entre empresas e consumidores. Isso mostra que o conceito de marketing digital
não deve se limitar às ações realizadas por uma pessoa, empresa ou marca no
cenário digital, implicando em um planejamento estratégico muito mais amplo.
Para responder às perguntas iniciais deste capítulo, o marketing digital não se
trata de construir um site ou ter uma conta no Instagram. O termo marketing
digital refere-se aos esforços de marketing visando atrair, reter e construir
relacionamentos com os consumidores, seja para vender um produto ou serviço,
ou para ganhar reconhecimento da marca.
Nesse sentido, todos os princípios básicos do marketing tradicional se
aplicam ao marketing digital, como os 4 Ps (produto, preço, praça e promoção), mas
são ampliados para responder à complexidade do ambiente digital e ao novo perfil de
comportamento do consumidor. Em outras palavras, o marketing digital não é apenas
aplicar estratégias ou ferramentas, mas também entender que fatores culturais,
psicológicos, geográficos e econômicos influenciam as pessoas quando
compram ou vendem um produto ou serviço. Além disso, é importante estar ciente
que a relação que se estabelece entre a marca e o consumidor vai além da
aquisição do produto ou serviço; trata-se da conexão emocional com a marca
e dos valores e objetivos dos consumidores para o negócio.
Segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017), o marketing digital não veio para
substituir o marketing tradicional. Ao contrário, trata-se de marketing, ações que
coexistem e estão ligadas entre si. Segundo os autores:
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3 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE PUBLICAÇÃO EM MÍDIAS SOCIAIS
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Fonte: Rock Content (2020).
Uma dica para criar conteúdo promocional é criar vídeos curtos, que tendem a
gerar mais engajamento na mídia online. Um exemplo é usar o aplicativo Legend, com
versão gratuita. Essa ferramenta facilita a produção de vídeos animados com
qualidade (BRAGA, 2019).
As postagens que geram interação e engajamento nas redes virtuais
melhoram os relacionamentos e atraem novos públicos para o perfil da empresa.
Algumas sugestões para esse tipo de publicação são o uso de postagens em que uma
pessoa marca um amigo, o que gera mais interação e atrai mais pessoas para a rede
social digital da empresa. Outra opção é perguntar aos seguidores o que eles gostam,
pois os sujeitos estão mais que dispostos a compartilhar suas preferências. Para
ilustrar esse tipo de publicação, pense em uma empresa de turismo. Boas perguntas
seriam: “Que tipo de viagem você gosta de fazer?” Se você pudesse viajar para
qualquer lugar hoje, para onde iria? Você gosta de viajar sozinho ou com um
parceiro? (BRAGA, 2019).
Outra técnica a ser considerada ao postar conteúdo de qualidade nas mídias
sociais está relacionada ao design gráfico. Não é apenas para estratégias de
marketing digital, como construir um site ou e-mail de marketing. O design também
é importante para o conteúdo de mídia social digital. Conteúdo visual bem elaborado
para uma conta e suas postagens visam a gerar maior engajamento, cria uma
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identidade visual padronizada para o perfil da empresa, ajuda os seguidores
a entender o propósito da marca, projeta uma estética única e memorável, permitindo
que a empresa se diferencie a concorrência e, além disso,
melhora a memorização de conteúdo pelo público que recebe as publicações.
Para gerar uma imagem positiva da empresa entre seus seguidores, é
preciso se preocupar com a qualidade das publicações, pois, mais do que vender, a
empresa quer construir um relacionamento e ter um bom engajamento nas
plataformas digitais (GABRIEL, 2010).
Atualmente, existem diversos critérios e técnicas que auxiliam no
desenvolvimento de conteúdo de qualidade para as diversas redes sociais digitais
existentes. Para se conectar com o público nas plataformas digitais, é importante
que, no processo de planejamento e gestão da comunicação nesse espaço,
a empresa cuide também da produção dos conteúdos que serão disponibilizados
ao público. Além de números como visualizações e curtidas, posts bem elaborados
contribuem para a proximidade e comunicação com os seguidores, aspecto
qualitativo muito importante para a gestão da reputação da empresa nas mídias
sociais.
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Tenha empatia com o público: colocar-se no lugar do público ajuda você a
entender qual conteúdo é relevante.
Mantenha um diálogo aberto: você precisa perguntar e ouvir a opinião do
público sobre o que é importante para eles e para o negócio. É possível ter novas
ideias e manter um bom relacionamento com o público.
Conteúdo processado adequado para cada mídia social: recomendamos
investir em conteúdo único e exclusivo para cada plataforma digital, pois cada
uma possui um formato de conteúdo que gera mais engajamento.
Desenvolva diferentes formatos: diversificar o formato do conteúdo mantém o
público engajado sem causar tédio. Por exemplo, é possível usar formatos como
imagens, vídeos ou ilustrações em materiais com texto.
Gamificação de conteúdo: trata-se de transformar um material em um jogo para
que o público possa se divertir por meio de uma experiência interativa. Isso leva
a mais participação.
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recomendarem um perfil de mídia social, melhor a marca será classificada em
mecanismos de busca como o Google.
Outro impacto positivo é a promoção da marca, pois os seguidores, ao
compartilhar o perfil ou post da empresa, podem lembrar outras pessoas da existência
dela. Quando um consumidor recomenda um produto ou serviço a alguém, é provável
que o relatório seja aceito porque é recebido com mais segurança por um indivíduo
do que por uma empresa.
Quando as postagens são bem elaboradas, mostram que a organização teve o
cuidado de pesquisar e planejar o conteúdo postado e que se destina
a atender uma necessidade ou solucionar um problema do público consumidor.
Se despertar interesse e relacionamento, a publicação tende a aumentar o
engajamento do seguidor. Os benefícios dessas postagens são: reconhecimento da
marca, envolvimento do público, crescimento de clientes e vendas e aumento do
tráfego do site/blog.
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O Nubank também mostra quem são as pessoas que trabalham para eles e os
bastidores dos serviços prestados.
Em uma de suas publicações (Figura 2), a startup, retomando o tema Star
Wars, destacou um de seus valores, o fim da burocracia e abordou os fãs da saga.
Na postagem, seus colaboradores se fantasiaram de personagens e havia referências
à saga. O conteúdo demonstra humanização e empatia com o público, gerando
identificação e envolvimento nas redes sociais digitais.
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line. A influenciadora se tornou a representante da marca e atrai milhões de
seguidores nas redes sociais digitais.
A marca usa a técnica do storytelling em suas atuações nas redes sociais: a Lu
narra histórias, se posiciona e se emociona, gerando identificação e impacto positivo
perante o público. Um exemplo é sobre a atuação da Seleção Brasileira de Futebol,
quando a Lu comemora e chora as vitórias e derrotas da equipe (Figura 4).
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3.4 Estratégias de atração
Esse ponto de vista é corroborado por Rez (2016), identifica que, para fidelizar
o cliente, não basta apostar em estratégias publicitárias para atrair novos públicos. É
necessário conteúdo relevante para mantê-los voltando e se conectando com a
marca. Assim, o marketing de conteúdo atua em todas as etapas da jornada do
consumidor, durante o processo de compra e após se tornar cliente.
As técnicas de retenção incluem postagens em redes sociais e blogs, envio
de e-mails de marketing, newsletter, vídeos e qualquer material que
contenha informações relevantes e interessantes para o público.
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A experiência do usuário abrange a mais ampla variedade de interações do
consumidor com uma marca. No ambiente digital, essa experiência diz respeito não
apenas aos sites e aplicativos, mas também às formas de proporcionar utilidade
e acessibilidade ao usuário. Para Teixeira:
[...] a maioria das pessoas acredita que User Experience é somente encontrar
a melhor solução para os seus usuários, mas não é. UX é sobre definir um
problema que precisa ser resolvido, definir para quem esse problema precisa
ser resolvido e qual caminho deve ser percorrido (TEIXEIRA, 2014, p. 19).
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consumidor. O objetivo não é apenas vender um produto ou serviço, mas também
construir um diálogo de mão dupla e ouvir o público, transformando os usuários em
embaixadores da marca.
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construído. Para conseguir influenciar, em alguma medida, um grupo de
pessoas, pressupõe-se um destaque, prestígio; algum tipo de distinção em
meio ao grupo (KARHAWI,2017).
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O trabalho de um influenciador digital é ganhar confiança suficiente de seus
seguidores para impactar suas decisões futuras. Existe um universo amplo e
diversificado de influenciadores que podem contribuir com as estratégias de
comunicação da marca de uma empresa e apoiar suas vendas. No entanto, esta
profissão não pode ser considerada uma categoria homogênea.
De acordo com Ehrlich (2013), os influenciadores digitais podem ser
celebridades, líderes de opinião, blogueiros, clientes, fãs da marca, colegas
ou até mesmo familiares. Vários fatores podem determinar a escolha do tipo
de influenciador digital, por exemplo: os objetivos, a cultura da empresa, o
impacto potencial e o retorno do investimento que o profissional pode proporcionar.
Considere que os influenciadores digitais podem se enquadrar em duas categorias
principais, descritas abaixo:
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serem líderes/defensores de uma questão ou causa; possuem grande
respeitabilidade.
Público interno: são os funcionários da empresa, microinfluenciadores da
marca. São excelentes para ajudar a humanizar e difundir a cultura e os valores
da empresa. Tornam-se apoiantes da marca.
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adotam seu estilo. Dessa forma, os influenciadores digitais influenciam a decisão de
compra de quem os segue.
Os consumidores hoje procuram satisfazer suas necessidades e desejos com
base nas melhores alternativas do mercado. Consideram o valor pago em
comparação ao o que é oferecido, a comodidade concedida pelas empresas, o bom
atendimento (presencial e on-line) e o pós-venda. As empresas devem, assim,
adaptar-se a estes clientes cada vez mais exigentes para alcançar os resultados
esperados.
A análise do comportamento do consumidor envolve a investigação de suas
ações, sentimentos e pensamentos. As influências atuam sobre os consumidores e
definem suas mudanças de atitude e comportamento. Quando a empresa entende o
comportamento do consumidor, ela consegue criar produtos e serviços que agreguem
mais valor ao cliente, sabendo o que ele realmente precisa e como quer ser atendido
e impactado.
Segundo Dias (2003), os principais fatores influentes na decisão do consumidor
no mercado são os culturais, organizacionais, as condições pessoais, os
determinantes sociais, o contexto de mercado, a estrutura de poder na organização e
as características psicológicas dos indivíduos, conforme apresenta o Quadro 1.
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Avaliação das alternativas: uma vez identificada a necessidade e coletada a
informação, o consumidor identifica alternativas que possam satisfazê-la. Os
produtos alternativos são identificados primeiro e depois as marcas
alternativas. Os consumidores muitas vezes julgam os produtos racionalmente
e consciente. Desenvolva um conjunto de crenças sobre a marca.
Após identificadas todas as alternativas razoáveis, o consumidor deve avaliá-las
antes de decidir.
Decisão de compra: a intenção de compra é influenciada por fatores situacionais
e eventos imprevistos que podem alterar, portanto, a decisão é motivada pelo
risco percebido. Os critérios pelos quais os consumidores escolhem produtos e
marcas variam dependendo da situação. Você precisa de informações suficientes
para fazer uma escolha e tomar a decisão.
Comportamento pós-compra: após a compra do produto, os consumidores
conhecem o nível de satisfação ou insatisfação. Portanto, o trabalho das
empresas não termina quando o produto ou serviço é adquirido, mas continua no
período posterior à compra, para que a conclusão da venda seja
realmente efetiva e tenha suas necessidades atendidas. O feedback dos
consumidores é de extrema importância para as empresas saberem como seu
produto ou serviço chega no mercado e o que os clientes estão achando dele.
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podem representar uma vantagem competitiva, pois são, em muitos casos, percebidos
de forma mais confiável pelos consumidores.
Fonte: ArtsyBee/Pixabay.com
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Muitas empresas têm dificuldade de compreender como as pessoas interagem
nas mídias sociais digitais e falham muito no que concerne à publicidade on-line.
Então, primeiro, proponho entendermos as características gerais das mídias
sociais digitais mais utilizadas atualmente. Segundo Imme (2020), os brasileiros
passam aproximadamente 3:34 horas on-line por dia e as mídias sociais digitais mais
utilizadas são as seguintes:
YouTube: o meio mais utilizado em 2019, 95% dos internautas esteve
presente, interagiram, assistiram e primeiramente se inscreveram em canais de
conteúdo relevantes. Imme (2020) destaca o canal brasileiro Kondzilla como o
quarto maior canal do mundo, com 54,9 milhões de inscritos.
Facebook: segunda mídia mais utilizada no Brasil, tem 130 milhões de contas
ativas. Somos o terceiro país usuário e utilizamos a rede para relações e negócios
(IMME, 2020).
WhatsApp: o meio de mensagens instantâneas mais utilizado, cerca de 89% dos
internautas utilizam esse canal de comunicação, tanto para
relacionamentos quanto para negócios (IMME, 2020).
Instagram: de propriedade do Facebook desde 2012, esse meio permite
postagens de diversos tipos, como fotos, textos, histórias, vídeos, é mais ágil que
o Facebook como interação e conta com a presença nas redes sociais de um
público mais jovem. Possui IGTV, ferramenta que possibilita transmissão ao vivo
e vídeo desde 2018, e Instagram Cenas (semelhante ao TikTok) desde
2019 (IMME, 2020). Costa (2019) indica 69 milhões de usuários no
Brasil em 2019.
Twitter: sua funcionalidade é acompanhar as mídias sociais tradicionais
como uma “segunda tela”, ou seja, os comentários dos usuários enquanto
seguem seu programa favorito em outras plataformas, como filmes, séries e
esportes. Seu uso é amplo e sua particularidade é permitir uma
rápida atualização das informações. Costa (2019) indica 27,7 milhões de
contas ativas.
LinkedIn: mídia social digital principalmente para fins profissionais, são 29
milhões de brasileiros na rede (COSTA, 2019) atendendo o mundo dos negócios.
Pinterest: mídia social digital com a particularidade de ser um
“mural de referência”. Ainda segundo Imme (2020), pode servir como vitrine para
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tendências de moda, maquiagem, casamentos,
gastronomia e muitas outras áreas.
Skype: mídia para chamadas de vídeo e voz, envio de mensagens, bate-papo e
troca de arquivos.
Snapchat: foi o precursor dos stories, que agora são feitos pelo Instagram,
e que ainda tem seu lugar no mercado brasileiro. Costa (2019) observa haver
11,3% de usuários no Brasil, sendo a maioria jovens millenials.
CPC (custo por clique): valor a ser pago pelo anunciante por cada clique
realizado em seu anúncio.
CPM (custo por mil impressões): valor a ser pago pelo anunciante considerando
cada mil impressões (visualizações) do anúncio on-line.
CPV (custo por visualização): valor a ser pago pelo anunciante quando o vídeo
é visualizado por mais de 30 segundos ou interage com a mensagem.
CPA (custo por aquisição): valor a ser pago pelo anunciante quando ocorre a
conversão do usuário (realiza ações como cadastrar-se, comprar, saber mais).
CPE (custo por engajamento): valor a ser pago pelo anunciante quando o
usuário interage com o anúncio — compartilhar, clicar em um link, assistir a um
vídeo, curtir.
O anunciante deve ter em mente, quais são seus objetivos em relação a uma
campanha publicitária on-line nas mídias sociais e exatamente quanto planeja
investir; é assim possível definir a melhor forma de compra dos espaços publicitários.
Passo a passo
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Para começar, lembre-se sempre de que as campanhas de mídia social
devem estar conforme todas as propagandas de uma empresa, marca, produto
ou serviço. Seja on-line ou off-line, é importante ter em mente que o princípio da
comunicação integrada é que as diferentes ações e mídias estejam alinhadas com
o objetivo geral em relação à marca, conteúdo, personalidade e tom de voz.
Pensando nisso, a campanha publicitária on-line nas mídias sociais
digitais geralmente segue os seguintes passos (ROCHA; TREVISAN, 2020):
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Desenvolva o conteúdo: deve-se procurar sempre em produzir e publicar
conteúdo original, relevante, interessante e alinhado com o usuário, suas
necessidades e seu comportamento ao longo da jornada de compra.
Além disso, você deve tentar equilibrar conteúdo promocional e
não promocional; mesmo um e-commerce pode se dirigir ao público por meio
de conteúdos que não sejam simples publicações e anúncios de ofertas e preços.
Uma questão atualmente importante é pensar com cuidado no desenvolvimento
da hashtag da campanha (#), pois ela pode ajudar a promover a publicidade on-
line.
Agendamento de postagens: existem ferramentas nas plataformas de mídia
social que você pode usar para agendar postagens. É muito importante que haja
um planejamento do número de publicações em cada meio e sua frequência. Por
exemplo, o Twitter precisa de mais postagens e atualizações do que o Facebook.
Avalie sua campanha: é necessário utilizar as ferramentas que todas as
mídias sociais digitais oferecem para avaliar a campanha realizada, observando
seus gráficos, interações e conversões. Além disso, é fundamental avaliar se os
objetivos definidos são alcançados, sabendo que isso permitirá melhorar tanto o
conteúdo quanto a frequência de publicação, otimizando seu investimento.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAGA, I. Como fazer publicações de qualidade nas redes sociais. In: MONDE.
[S. l.: s. n.], 2019. Disponível em: https://monde.com.br/postagens-redes-sociais--
qualidade/.Acesso em: 07 fev.2023.
CONICK, H. How to win friends and influence millions: the rules of influencer
marketing. Marketing News, v. 52, n. 7, p. 36-45, 2018.
COSTA, T. Quais são as redes sociais mais usadas no Brasil em 2019? 2019.
IMME, A. Ranking das redes sociais: as mais usadas no Brasil e no mundo, insights
e materiais gratuitos. 2020.
REZ, R. Marketing de conteúdo: a moeda do século XXI. São Paulo: DVS Editora,
2016.
ROCHA, M.; TREVISAN, N. Marketing nas mídias sociais. São Paulo: Saraiva Uni,
2020.
ROCK CONTENT. 15 dicas sobre produção de conteúdo para redes sociais. In:
ROCK Content. [S. l.: s. n.], 2015. Disponível em: https://rockcontent.com/br. Acesso
em: 07 fev.2023.
SPINA, F. Por onde começar?: o ABC dos anúncios nas redes sociais. 2015.
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