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Transformação Digital e Gestão Estratégica: uma Revisão Sistemática da Literatura

ArtigonoRevista da Economia do Conhecimento · Novembro 2021

DOI: 10.1007/s13132-021-00853-3

CITAÇÕES LER
17 4.261

4 autores:

Bruno Siano Rego Shital Jayantilal

universidade portucalense universidade portucalense

1PUBLICAÇÃO16CITAÇÕES 13PUBLICAÇÕES84CITAÇÕES

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João JM Ferreira See More Elias Carayannis

Universidade da Beira Interior Universidade George Washington

434PUBLICAÇÕES8.576CITAÇÕES 384PUBLICAÇÕES12.680CITAÇÕES

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Jornal da Economia do Conhecimento https://
doi.org/10.1007/s13132-021-00853-3

Transformação Digital e Gestão Estratégica: uma

Revisão Sistemática da Literatura

Bruno Siano Rêgo1· Shital Jayantilal2· João J. Ferreira3· Elias G. Carayannis4

Recebido: 27 de setembro de 2021 / Aceito: 26 de outubro de 2021

© O(s) autor(es), sob licença exclusiva da Springer Science+Business Media, LLC, parte da Springer Nature 2021

Resumo
Nos últimos anos, o conceito de transformação digital (DT) alcançou uma posição sólida e
de destaque na discussão dos elementos-chave que influenciam o desenvolvimento e a
sobrevivência das organizações contemporâneas. Integrar e explorar novas tecnologias
digitais é um dos maiores desafios que as empresas enfrentam atualmente. Nenhum
setor ou organização está imune aos efeitos da transformação digital. Por meio de uma
revisão sistemática da literatura, este estudo visa entender como a transformação digital
mudou as estratégias de negócios. Os resultados mostram que estudos que tratam da
relação entre DT e gestão estratégica são incipientes. A literatura existente foi
categorizada em seis áreas principais de pesquisa: (i) análise do ambiente externo, (ii)
análise do ambiente interno, (iii) formulação da estratégia, (iv) implementação da
estratégia, (v) avaliação e controle, e (vi) feedback e aprendizado. Este artigo estabelece as
bases para a compreensão das lacunas existentes na literatura e propõe uma futura
agenda de pesquisa.

Palavras-chaveTransformação digital · Gestão estratégica · Revisão sistemática da

literatura

* João J. Ferreira
jjmf@ubi.pt

Bruno Siano Rêgo

bruno.rego@sianorego.com.br

Shital Jayantilal
shital@upt.pt

Elias G. Carayannis
caraye@gwu.edu

1
Universidade Portucalense, Porto, Portugal
2
Universidade Portucalense & REMIT – Investigação em Economia, Gestão e Tecnologias de
Informação, Porto, Portugal
3
Universidade da Beira Interior & NECE – Unidade de Investigação em Ciências Empresariais, Covilhã, Portugal

4
Departamento de Gestão de Tecnologia e Sistemas de Informação, George Washington
University School of Business, Washington, DC 20052, EUA

Vol.:(012 13456789)
 Revista da Economia do Conhecimento

Introdução

O mundo está mudando significativamente, passando da era industrial para a era da

inteligência, onde os produtos conectados tiveram amplas consequências para a
sociedade e particularmente para as organizações (Sanchez,2017). O rápido
desenvolvimento da tecnologia digital trouxe mudanças profundas nas estratégias e
operações em diversos setores em todo o mundo. A transformação digital tem sido
descrita como a luta moderna para sobreviver à ameaça da disrupção digital (Li,2020
). O desafio da liderança não é desenvolver novas estratégias e modelos de negócios
e novos projetos organizacionais portando tecnologias digitais, nem realizá-los como
planejado, mas sim administrar com sucesso a transição entre o estágio atual da
organização para a condição futura desejada, avaliando frequentemente e recalibrar
o caminho e o destino da organização, usando inteligência emergente (Li,2018; Ross
e outros,2019).
As tecnologias de transformação digital emergiram como um paradigma dominante
crescente que deve ser considerado para permitir a viabilidade e o sucesso das organizações ao
longo do tempo. A transformação digital inclui uma variedade de tecnologias, como sistemas de
nuvem, big data, análise preditiva e tecnologias de plataforma interativa, que criam
oportunidades e desafios nas organizações de hoje (Jackson,2019).
No ambiente de negócios atual, as empresas estão sendo pressionadas a
repensar seus modelos de negócios, produtos e processos, diante dos desafios e
oportunidades apresentados pelo que é comumente conhecido como transformação
digital (Daspit,2017; Killian & McManus,2015; Onetti et al.,2012; Rogers,2016). A
transformação digital (DT) tornou-se cada vez mais importante, na última década,
tanto no mundo acadêmico quanto nas empresas (Babin & Grant,2019; Li e outros,
2018a,b; Lucas e outros,2013).
Ao realizar o SLR, podemos investigar as seguintes questões: Quais questões
relacionadas à transformação digital são consideradas quando as estratégias de negócios
são objetos de estudo? Como a transformação digital muda as estratégias de negócios?
Responder a essas questões de pesquisa traz uma contribuição que abrange tanto as
dimensões acadêmicas quanto as práticas. O estudo apresenta um quadro com os
estudos produzidos nesta área e suas principais conclusões, o que fornece uma visão
geral do que tem sido feito neste campo. Também são identificadas lacunas na literatura
e, consequentemente, uma sugestão para futuras linhas de pesquisa. Em termos práticos,
o estudo contribui para que organizações impactadas pela transformação digital
entendam que precisam realizar mudanças na estratégia de negócios.
Nesse cenário, tornou-se necessário entender como a transformação digital mudou as
estratégias de negócios. Para cumprir esse objetivo, foi realizada uma revisão sistemática
da literatura, analisando 45 artigos encontrados na base de dados Web of Science, com
foco em transformação digital e gestão estratégica.
Os resultados mostram que estudos que tratam da relação entre DT e gestão
estratégica são incipientes. Além disso, a revisão da literatura foi categorizada em
seis grupos temáticos principais: (i) análise do ambiente externo, (ii) análise do
ambiente interno, (iii) formulação da estratégia, (iv) implementação da estratégia, (v)
avaliação e controle, e ( vi) feedback e aprendizagem.

13
Revista da Economia do Conhecimento

A estrutura do presente artigo começa com a apresentação dos conceitos de

transformação digital e gestão estratégica. A seguir, apresenta a metodologia utilizada e
o processo de seleção da literatura utilizado. Por fim, são apresentados os resultados da
pesquisa, seguidos das conclusões.

Fundamentação Teórica: Transformação Digital e Gestão

Estratégica

A expressão “transformação digital” tem chamado a atenção de organizações de todos os

setores ao redor do mundo. Compreender este movimento e estar preparado para o
advento digital é uma medida estratégica de extrema relevância no contexto económico
altamente competitivo em que as organizações se inserem (Diogo et al.,2019).
A literatura aborda a transformação digital sob os mais variados pontos de vista. Em geral,
Frasco (2019) a define como um processo que visa melhorar uma determinada organização,
gerando mudanças significativas em suas características por meio de combinações de
tecnologias de informação, computação, comunicação e conectividade. Da mesma forma,
Nambisan et al., (2017, p.224) caracterizam a transformação digital como a “criação de
processos ou modelos de negócio, e consequente mudança na oferta do mercado, decorrente
do uso da tecnologia digital”.
De acordo com Fitzgerald e cols. (2014), a transformação digital de uma determinada empresa é
definida como o uso de novas tecnologias digitais, como mídias sociais, dispositivos móveis, análises
ou dispositivos incorporados, para permitir melhorias significativas nos negócios, como melhor
experiência do cliente, maximização das operações e criação de novos negócios modelos.
A transformação digital é um tipo específico de mudança estratégica (por exemplo,
Klarner & Raisch,2013; Rajagopalan & Spreitzer,1997), pois desloca a criação de valor em
uma determinada empresa, podendo alterar o escopo dessa empresa (Hess et al.,2016).
Ultrapassa a mera digitalização de recursos, e envolve a alteração das operações,
produtos e processos de negócio mais importantes, resultando na revisão de modelos de
negócio ou na sua substituição total por novos (Downes & Nunes,2013; Matt e outros,
2015). Como resultado, o valor comercial e suas receitas são criados por ativos digitais
(McDonald & Rowsell-Jones,2012).
Em um estudo recente, Vial (2019) enfatiza que a transformação digital é um fenômeno
multidimensional, alavancado pela tecnologia, que impacta a sociedade, a política e a
economia. A transformação digital é considerada uma mudança disruptiva na indústria
com potencial de negócios variado (Müller & Hopf,2017), e torna-se progressivamente
mais significativo para as empresas que operam em mercados dinâmicos e competitivos.
Nesse sentido, a transformação digital pode ser definida como uma transformação
organizacional que engloba tecnologias digitais e processos de negócios em uma
economia digital.
A transformação digital, no entanto, é muito mais do que uma mera reengenharia de processos.
Tem como foco a estruturação de novas operações de negócios para facilitar e alavancar totalmente as
habilidades centrais de negócios por meio de tecnologias digitais para obter uma vantagem
competitiva (Brynjolfsson & Hitt,2000). Transformação digital significa desenvolvimento, no sentido de
integrar não apenas máquinas e infraestrutura de TI, mas também pessoas (Spath et al.,2013). No
nível da organização, Vial (2019) sugere DT como um processo onde

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 Revista da Economia do Conhecimento

a combinação de tecnologias digitais (informação, computação, tecnologias de comunicação e

conectividade) criam e reforçam rupturas na sociedade e na indústria, desencadeando a
necessidade de respostas estratégicas nas organizações para o uso de tecnologias digitais que
alterem suas formas de criar valor para se manterem competitivas.
O campo de gestão estratégica/política de negócios foi desenvolvido nos últimos 25
anos sob uma subdisciplina substancialmente distinta em estudos de negócios (Hofer &
Schendel,1978; Shrivastava,1987). A gestão estratégica, no entanto, evoluiu como um
campo e, conseqüentemente, há um certo grau de heterogeneidade quanto às crenças de
seus membros (ou seja, definições, taxonomia, escolas de pensamento, etc.).
Apesar da situação descrita, existe razoável consenso sobre o modelo normativo do
processo de gestão estratégica. Vale ressaltar que esse modelo prescritivo de gestão
estratégica tem sido adotado por uma representação precisa das percepções dos
planejadores estratégicos na prática contemporânea (Gintner et al., 1985). O modelo mais
comumente adotado inclui três componentes principais: formulação da estratégia,
implementação da estratégia e avaliação da estratégia (controle) (David, 1995; Thompson
& Strickland,1995).
De acordo com Kazmi (2010), a gestão estratégica é o processo dinâmico de
formulação, implementação, avaliação e controle da estratégia para alcançar a
intenção estratégica da organização.
Outro modelo de processo de gestão estratégica, proposto por Wheelen e Hunger (2012),
inclui quatro etapas — monitoramento ambiental; formulação de estratégia; implementação,
avaliação e controle da estratégia; e o processo de feedback/aprendizagem.
A transformação digital é uma resposta estratégica às tendências da economia e da
tecnologia digital e, portanto, tornou-se estratégica (Fitzgerald et al.,2014; Hess e outros,
2016). Assim, na era da economia digital, a digitalização tornou-se a questão estratégica
para as empresas, em vez da questão técnica (Rogers,2016). Diante do desafio da
transformação digital e da necessidade de se manterem competitivos em seus próprios
setores, os líderes das empresas devem formular e executar estratégias que possam
englobar as implicações da transformação digital e criar um melhor desempenho
operacional (Hess et al.,2016).

Metodologia

De acordo com Greenhalgh (1997), uma revisão sistemática pode ser vista como uma visão
geral dos estudos primários que seguiram uma determinada metodologia e que é possível
replicar. Algumas de suas vantagens são a redução do viés de pesquisa, a confiabilidade e a
precisão das conclusões (Greenhalgh,1997). Esta pesquisa seguiu uma revisão sistemática da
literatura relacionando a transformação digital com a estratégia.
O processo de seleção da literatura seguiu as etapas ilustradas na Fig.1. Cada fase
teve como objetivo refinar o número de artigos de acordo com critérios bem pré-
definidos.

Fase 1: A pesquisa inicial da literatura começou em novembro de 2020 no banco de dados Web of
Science.

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Revista da Economia do Conhecimento

Termos de pesquisa: banco de dados Web of Science

- “Transformação Digital*” no 210 artigos

título
Critério de seleção
- Estratégia no tópico
- Categorias:Negócios,
Gestão e Economia
- Tipo de Documentos: Artigos

- Língua inglesa

Selecionado para análise

47 artigos

2 artigos excluídos

- 1 não era um artigo

- 1 não discutiu a

Transformação Digital

Amostra Final

45 artigos

Figura 1Fases do processo de busca sistemática

Para identificar artigos relacionados ao tema transformação e estratégia digital,

foram definidos os seguintes termos de busca: “transformação digital” no título e
“estratégia” no tema.

Fase 2: Nesta fase, foram incluídos apenas artigos escritos em inglês nas áreas de
Negócios, Gestão e Economia. A primeira busca resultou em 47 artigos
potencialmente relevantes.
Fase 3: Os 47 artigos selecionados foram analisados para definir a lista de
artigos relevantes. Dois foram excluídos da amostra porque uma publicação não
era artigo e outra não estava alinhada com o tema da pesquisa. Ao final, 45
artigos foram selecionados como relevantes e incluídos para desenvolver a
análise sistemática.

Resultados

A evolução temporal das publicações ilustra que o número total de publicações entre
2010 e 2016 foi mínimo, com uma única publicação em 2010, três em 2011 e outras duas
em 2013 e 2016 (Fig.2). A partir de 2017, as pesquisas em transformação digital e
estratégia se intensificaram, chegando a três publicações em 2017, quatro em

13
 Revista da Economia do Conhecimento

Figura 2Evolução temporal das publicações e citações

2018 e cinco em 2019. Até novembro de 2020, foram 27 artigos publicados sobre o
tema.
A mesma tendência é observada na evolução temporal das citações, com
baixo nível de citações entre 2010 e 2016, atingindo apenas 19 citações. A partir
de 2017, o número de citações aumentou, totalizando 351 citações entre 2017 e
2020. Vale destacar as 105 citações em 2019 e 196 citações em 2020.
Os artigos da amostra tiveram 370 citações, com média de citação de 8,22 e
desvio padrão de 17,06, o que mostra um considerável grau de variação: 24,44% dos
artigos não foram citados, 48,89% foram citados de 1 a 5 vezes, 6,67% possui de 6 a
10 citações, e 20% obtiveram mais de 10 citações.
Trinta e três periódicos publicaram os artigos utilizados na presente amostra. Mesa1
apresenta os periódicos com pelo menos 3 citações. Na presente amostra, o periódico
mais citado é o MIS Quarterly Executive, por conter os dois artigos mais citados da
amostra (Hess et al.,2016; Sebastião e outros,2017).
Os 45 artigos considerados incluem três artigos teóricos: revisões sistemáticas da
literatura e 42 empíricos, incluindo abordagens quantitativas, qualitativas e mistas.
Mesa2ilustra o número de estudos de cada tipo, citações e número médio de
citações por artigo. Abordagens qualitativas detêm os maiores números de citações,
bem como a maior média em estudos empíricos. Os métodos mistos apresentam o
menor nível de ocorrências e o menor número de citações por artigo.

Transformação Digital e Gestão Estratégica: Grupos Temáticos

Os resultados da avaliação são estruturados de acordo com a transformação digital

e o modelo de gestão estratégica (Wheelen & Hunger,2012). O modelo enfoca as
etapas que as organizações devem seguir durante o processo de gestão estratégica.
Selecionamos essa estrutura porque ela nos permite entender a conexão

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Revista da Economia do Conhecimento

tabela 1Lista dos 18 principais periódicos

Diários Nº de citações Nº de artigos Média Cit/Art

Executivo Trimestral MIS 200 6 33,3

Journal of Strategic Information Systems 24 2 12,0
Management Decision 23 3 7,7
Pesquisa e Aplicações de Comércio Eletrônico Jornal 23 1 23,0
Internacional de Gerenciamento de Tecnologia 15 1 15,0
Jornal Internacional de Pesquisa em Marketing 14 1 14,0
Business Horizons 12 3 4,0
Fundamentos da Gestão 10 1 10,0
Revista de Gestão Estratégica 5 1 5,0
Pesquisa e Prática em Gestão do Conhecimento 5 1 5,0
Revista de Gestão e Tecnologia Temas de 4 2 2,0
Empreendedorismo e Sustentabilidade Dimensão 4 1 4,0
Empresarial 4 1 4,0
Revisão de gerenciamento da Califórnia 3 1 3,0
Planejamento de longo prazo 3 1 3,0
Revisão de Competitividade 3 1 3,0
Previsão Tecnológica e Mudança Social 3 1 3,0
Economia Ecológica 3 1 3,0

entre transformação digital e gestão estratégica, já que a transformação digital é a

reinvenção de uma empresa — sua visão e estratégia, estrutura organizacional,
processos, capacidades e cultura. Tais transformações não mudam apenas nas
empresas, mas também em mercados e setores inteiros; ou seja, a transformação
digital representa uma mudança significativa no padrão básico de como as
organizações criam valor.
Em seguida, analisamos cuidadosamente os artigos que compõem esse banco de
dados do estudo antes de resumir cada um. Identificamos correspondentemente seis
grupos de temas de pesquisa (Fig.3): (i) análise do ambiente externo, (ii) análise do
ambiente interno, (iii) formulação da estratégia, (iv) implementação da estratégia, (v)
avaliação e controle, e (vi) feedback e aprendizado.

mesa 2Lista de tipo de estudos

tipo de estudo Nº de artigos Nº de citações Citações por
artigo

Empírico
qualitativo 36 324 9
quantitativo 4 25 6.25
Misturado 2 5 2.5
Teórico 3 16 5.34

13
 Revista da Economia do Conhecimento

Fig. 3Temas principais

Grupo 1: Análise do Ambiente Externo (N= 7)

Sete estudos contribuem para a compreensão da análise do ambiente externo (Tabela3).

Em geral, a análise do ambiente externo é a observação, análise e disseminação de
informações relacionadas ao ambiente externo de todas as pessoas importantes em uma
determinada organização. O processo de análise permite que uma organização
identifique fatores estratégicos que influenciam o futuro da organização. Uma das
atividades importantes na análise do ambiente externo é o estudo dos ambientes nos
quais a organização está inserida; a verificação das tecnologias/recursos disponíveis é um
fator importante nessa análise do ambiente externo (Dutta et al.,2020; Liu e outros, 2020).
Em outro artigo (Kaivo-oja et al.,2017), enfatiza-se a mudança do ambiente devido ao
crescimento da tecnologia em robótica e inteligência artificial.
Outro aspecto importante é como as empresas vão funcionar nesse novo
ambiente, como será a competição ou cooperação entre elas; o assunto é
apresentado em dois artigos (Barrane et al.,2020; Ilvonen et al.,2018). Nesse
contexto, a análise da indústria é um importante ponto de estudo e o estudo das
barreiras no setor devido à transformação digital é enfatizado em um artigo (Cichosz
et al.,2020). Compreender as mudanças do ambiente externo devido à adoção da
tecnologia digital ajudará a organização no futuro (Jackson,2019).

Grupo 2: Análise do Ambiente Interno (N= 8)

Oito estudos contribuem para o tema da análise do ambiente interno (Tabela4).

Outro tipo de análise realizada é a análise de ambiente interno, onde a organização
realiza um diagnóstico de seus pontos fortes e fracos, capacidades e competências,
e os aspectos sobre os quais a empresa tem total controle. Na análise do ambiente
interno, um dos aspectos mais relevantes está relacionado à cultura organizacional
(Saarikko et al.,2020), onde suas crenças são retratadas (Peter et al.,2020). A
transformação digital aumenta a necessidade de mudança

13
 Tabela 3 Análise do ambiente externo

Autor Citações Tipo de pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

Liu et ai. (2020) 0 qualitativo grandes dados industriais Como o big data industrial, Ele identifica três possibilidades de
transformação digital combinando demanda e big data industrial em organizações
Método de caso de atualização de recursos pensamento tecnológico, contribuir
tecnológicos para a implementação da
transformação digital?

Barrane et ai. (2020) 0 qualitativo Confiar Ele explora abordagens críticas Ele identificou onze estratégias para
Parte interessada em vários níveis adotado por inovadores organizações inovadoras que incluem o
Revista da Economia do Conhecimento

Desenvolvimento de novos
produtos Transformação digital
Indústria 4.0
organizações para construir um ambiente
de confiança entre as diversas partes
interessadas cooperando para o
desenvolvimento de novos produtos (NPD)
envolvimento precoce das partes
interessadas no processo de design,
desenvolvendo um relacionamento de
longo prazo e promovendo um ambiente
transparente usando tecnologias da
indústria 4.0

Cichosz et ai. (2020) 2 qualitativo Tecnologia Ele analisa as barreiras potenciais e Identifica cinco barreiras e oito
digitalização fatores de sucesso que os LSPs enfrentam fatores de sucesso que os LSPs devem
inovação digital no processo de implementação do DT buscar para o sucesso da
Sucesso da transformação implementação do Dt
Provedor de serviços logísticos (LSPs)

Dutta et ai. (2020) 3 qualitativo Integração Ele identifica quais tecnologias Necessidades do setor manufatureiro indiano
PME na indústria 4.0 ajudará os implementar com urgência
Manufatura fabricantes na Índia na tecnologias digitais e melhorar seu
Indústria 4.0 transformação da economia digital desempenho e manter-se relevante
digitalização neste mercado dinâmico
IoT
Digital
Transformação
atuação
Projeto

13
 Tabela 3 (contínuo)
Autor Citações Tipo de pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

13
Jackson (2019) 8 qualitativo transformação digital
Ensino superior
Ambidestria organizacional
Gerenciando a mudança
Exploração e Exploração
Gestão Estratégica
Ele analisa, por meio de
transformação, como os estudos
universitários podem gerenciar melhor a
mudança para novas competências e a
necessidade de inovação apresentada pelo
surgimento da tecnologia digital
Apresenta a necessidade de mudança
estudos universitários sobre
transformação digital usando a teoria
da ambidestria

Ilvonen et ai. (2018) 5 sistemático Proteção do conhecimento
Revisão do Redes de compartilhamento de
Literatura conhecimento Gestão do conhecimento
transformação digital
Indústria 4.0
Fabricação integrada por computador
Revisão da literatura
Kaivo-oja et al. (2017) 15 qualitativo robótica
Trabalhar
transformação digital
previsão
estudos futuros
Uma revisão de literatura, integrando
abordagens de domínios de
conhecimento básico, estratégia,
inovação e segurança da informação
gestão com o objetivo de identificar
os requisitos para proteção do
conhecimento na era da
transformação digital
Discute o futuro do trabalho e
robótica
O artigo apresenta uma agenda de pesquisa,
conectando as características da
transformação digital com os elementos da
gestão de riscos do conhecimento
Apresenta três consequências
de robótica e IA que devem ser
estudados em profundidade: gestão
de tecnologia; interfaces e
experiências do usuário; regulamentos
e boa governação
Revista da Economia do Conhecimento
 Tabela 4 Análise do ambiente interno
Autor Citações Tipo de pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

Ekman et ai. (2020) 0 qualitativo integração Investiga mais profundamente o Os dados mostram que as multinacionais no mercado digital

Digital complexidades da transformação digital transformação apresentam um conflito entre as

Externo em MNC e identifica como a sede e as necessidades da matriz e das subsidiárias, em um
Global subsidiárias podem navegar pelas processo contínuo de negociação entre ambas.
Quartel general complexidades do processo de DT Tentativas de transformação digital pela matriz são
interno inibidas pela influência de subsidiárias em busca
multinacional de autonomia própria
Multinacional
Revista da Economia do Conhecimento

Pedro e outros. (2020)
1 qualitativo
Subsidiária
Transformação
Estratégia de negócio Avalia a compreensão do digital Compreensão compartilhada de DT na Suíça
transformação digital estratégias de transformação por gestores em empresas permitiram a conceptualização da
digitalização empresas suíças transformação digital de forma a orientar os
estratégia digital gestores e trabalhadores das empresas
Desenvolvimento de negócios digitais Áreas

estratégicas de atuação

Kohli e Johnson (2011)
19 qualitativo Apresenta a organização necessária
mudanças; quem deve liderar o esforço de
digitalização e o papel do Chief Information
Officer (CIO) na execução de uma estratégia
digital em empresas retardatárias
O estudo de caso revelou que os CIOs devem
abandonar as atividades não essenciais de TI, por
meio da terceirização, para concentrar nas
atividades de negócios da organização e ampliar o
conhecimento de TI por meio dos demais líderes da
organização

Hansen e outros. (2011)
12 qualitativo Apresenta a metodologia PPM para definir Os dois casos relatados no artigo
o papel de liderança do SI de acordo com as áreas demonstrar que o uso da metodologia PPM
de negócios pode ajudar os líderes de negócios e SI a
descobrir rapidamente as opiniões e pontos
de vista das pessoas, criando assim um
debate sobre as alternativas para alcançar a
adesão a novas funções e responsabilidades
para a função SI

Liu et ai. (2011) 22 qualitativo Bancário Ele explora o processo de O estudo de caso revelou que o gerenciamento do
banco virtual desenvolvimento da transformação através de um recursos das organizações, através da análise de

13
Estratégia corporativa projeto de e-banking baseado no conceito de recursos/capacidades é essencial no processo de
Taiwan resource fit implementação do DT
 Tabela 4(contínuo)
Autor Citações Tipo de pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

13
Saarikko et al. (2020) 0 qualitativo transformação digital As empresas devem desenvolver competências Oferece cinco recomendações para empresas
digitalização no uso de tecnologia digital a considerar, ao formular estratégias
digitalização para fins comerciais digitalmente conscientes combinando
Internet das Coisas avanços tecnológicos com negócios práticos
Consciência Digital e cultura organizacional

Smith e Beretta (2020) 0 qualitativo Ele analisa como os membros da organização
responder a um modelo de organização
ambidestro projetado para acelerar a inovação
digital
O modelo híbrido implementado pela
empresa levou ao surgimento de novos
paradoxos no nível organizacional e ações de
enfrentamento dos membros da
organização acabaram afetando o modelo
organizacional híbrido de forma positiva e
negativa

Singh et al. (2020) 3 qualitativo Diretor digital Analisa como os CDOs devem ser Empresas que nomeiam um CDO para DT
transformação digital incorporado na estrutura da organização a implementação precisa incorporar esse executivo
Projeto de organização na organização. O estudo identifica o desenho da
Executivos organização que pode auxiliar os CDOs a realizar
atividades de DT em uma determinada empresa
Revista da Economia do Conhecimento
Revista da Economia do Conhecimento

em estruturas organizacionais (Kohli & Johnson,2011; Singh et al.,2020; Smith & Beretta,
2020) e mudanças nos papéis de liderança (Hansen et al.,2011). As organizações também
devem analisar os recursos internos disponíveis para mudanças relacionadas à
transformação digital (Liu et al.,2011).

Grupo 3: Formulação Estratégica (N= 11)

O maior grupo de artigos contém 11 estudos com foco na formulação de estratégias

(Tabela5).
A formulação da estratégia está relacionada ao desenvolvimento de planos de longo prazo
com base na análise interna e externa da empresa. A formulação da estratégia implica a missão,
seus objetivos, definição de estratégias e enquadramento de políticas. Na formulação da
estratégia, os gerentes devem fazer uma série de perguntas que possam apoiá-los em sua
definição. O nível de incerteza gerado pela transformação digital levou as organizações a
desenvolver diferentes tipos de estratégias, sendo o assunto abordado em diversos estudos
(Lanamaki et al.,2020; Manita et al.,2020; Mugge e outros,2020; Sebastião e outros, 2017; Tekic
& Koroteev,2019). Outros artigos estruturam frameworks para orientar as empresas no
processo de definição da estratégia na transformação digital (Gurbaxani & Dunkle,2019); dois
artigos enfatizam que as organizações pré-digitais podem implementar essas estruturas
(McGrath & McManus,2020; Chanias et al.,2019).
Também foram desenvolvidos frameworks para pequenas e médias empresas
(PMEs), assunto desenvolvido em dois artigos (Garzoni et al.,2020; Sanchez & Zuntini,
2018).

Grupo 4: Implementação Estratégica (N= 8)

Os principais argumentos em oito dos estudos permitem compreender melhor os processos de

implementação da estratégia (Tabela6).
A implementação da estratégia centra-se na concretização das estratégias e políticas
definidas. Uma vez definidas as estratégias, as empresas devem implementá-las, mas um
grande desafio é saber como essa implementação deve ser realizada (Li, 2020). Existem
várias abordagens de implementação, como discutem diferentes artigos, sugerindo
estruturas de implementação para estratégias de transformação digital (Moi & Cabiddu,
2020; Sanches,2020). Diferentes áreas da organização são afetadas pela transformação
digital e precisam se adaptar à nova realidade; um dos artigos sugere um framework para
a área de marketing (Moi & Cabiddu,2020).
Nesta fase, as estratégias são separadas em ações e projetos operacionais para que as
empresas possam navegar pelos desafios associados à implementação da transformação
digital; dois dos artigos desenvolvem arquétipos que podem ser usados como modelos
para a implementação da transformação digital (Fischer et al.,2020; Gray e outros,2013).
Outro artigo analisa o portfólio estratégico de algumas organizações para geração de
valor, incluindo estratégia de novos produtos e novos serviços (Jin et al., 2020). Outro
artigo desenvolve um estudo sobre o portfólio de estratégia no setor de cadeia de
suprimentos (Shashi et al.,2020).

13
 Tabela 5 Formulação de estratégia
13
Autor
Lanamaki et ai. (2020)
McGrath e McManus
(2020)
Garzoni et ai. (2020)
Mugge et ai. (2020)
Manita et al. (2020)
Tekic e Koroteev (2019)
Gurbaxani e Dunkle (2019)
Citações Tipo de pesquisa
0 qualitativo
2 qualitativo
1 qualitativo
1 Misturado
3 qualitativo
4 qualitativo
3 qualitativo
Palavras-chave Sujeito Contribuição
transformação digital Como a transformação digital se desenrola na indústria Os autores argumentam que, ao abordar a transformação digital de uma perspectiva prática
plataformas digitais nível por meio de pacotes de contrato de e relacional, é possível explicar o fenômeno em seu contexto: uma compreensão
Explicação contextual práticas locais mais profunda dos fatores que contribuem para a mudança, o que pode ser
indústria de táxi alcançado a partir da compreensão das mudanças materiais que se entrelaçam
Aplicativos móveis com as práticas históricas
teoria prática
Ele mostra como as organizações bem-sucedidas que foram As organizações devem adotar uma abordagem experimental incremental: digital
não nascido digital deve implementar estratégias para transformação para a descoberta. Eles devem procurar resolver os problemas existentes por
competir em um ambiente de economia digital meio da tecnologia digital e explorar seu forte conhecimento dos clientes, amplo escopo
operacional e profundo pool de talentos, enquanto aprendem seu caminho para um novo
modelo de negócios
tecnologias digitais Ele analisa como as tecnologias digitais alavancam mudanças A evidência do estudo apresenta uma abordagem escalável no processo de digitalização
Cadeia de valor nas empresas, nos processos de fabricação em de empresas capazes de promover padrões de mudança interativos para
consciência digital pequenas e médias empresas (PMEs) na alavancar a organização e recursos estratégicos, e tornar as empresas mais
transformação digital região da Apúlia (sul da Itália) competitivas no cenário digital
Colaboração digital
Indústria 4.0
transformação digital A pesquisa cobre as estratégias que as empresas usam, A transformação digital pode gerar benefícios econômicos substanciais. líderes
gestão da inovação tecnologias em que investem e, em particular, as precisam entender que a maturidade é um processo natural, mas não aparecerá
modelo de negócio ações que realizam para superar as resistências automaticamente. A maturidade digital envolve aprender a responder
Cultura corporativa organizacionais, comuns em toda transformação em adequadamente ao ambiente digital competitivo emergente
Mudar a gestão grande escala
auditoria Analisa a influência da digitalização na Demonstra que a tecnologia digital mudará o papel da auditoria como
digitalização auditoria de negócios, principalmente as mudanças no mecanismo de governança e limitará o papel arbitrário dos gerentes. Também enriquece o
Big Data processo de governança papel da auditoria de qualidade e aumenta a necessidade de mudar padrões de auditoria
Processo de auditoria de integrando novas tecnologias
inteligência artificial
transformação digital Orientado para a construção de uma estratégia Apresenta uma tipologia de estratégia para a transformação digital baseada em dois
tipologia tipologia para a transformação digital, assente num dimensões: (1) uso de tecnologias digitais e (2) prontidão do modelo de negócios
modelo de negócio pequeno número de determinantes, de forma a apoiar para operação digital
Tecnologia digital uma melhor compreensão e tomada de decisão
Tecnologias disruptivas estratégica
Apresentar uma estrutura para orientar o digital Cria uma estrutura para que os executivos avaliem os avanços da empresa em seis
processo de transformação e avaliar as jornadas dimensões críticas para uma transformação digital bem-sucedida
digitais através do tempo
Revista da Economia do Conhecimento
 Tabela 5(contínuo)
Autor Citações Tipo de pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

Chanias et ai. (2019) 24 qualitativo transformação digital
estratégia
está criando estratégias
Estudo de caso interpretativo
Serviços financeiros
Apresentar um modelo integrado da
processo/atividade ilustrando como as organizações
pré-digitais podem desenvolver uma estratégia de
transformação digital
O estudo revela que um DST está em permanente desenvolvimento, sem
final previsível. É sempre um alvo móvel. O DTS precisa ser constantemente trabalhado e
alterado, incorporando novos conhecimentos e percepção dos esforços de implantação
em andamento. Isso significa que novas abordagens podem ser necessárias para o seu
desenvolvimento. Por exemplo, uma abordagem ágil, baseada em “tentativa e erro”, é
melhor do que um processo de planejamento analítico prévio

Sanchez e Zuntini (2018) 4 qualitativo transformação digital Para formular uma estrutura que pode explicar recursos Possibilita a interpretação de teorias pensadas para pequenos e médios
estratégia digital capacidade e opções de gestão, de forma a empreendimentos. Essas análises fornecem alguma luz e inspiração para que
O Modelo das Cinco Forças responder ao novo ambiente digital empresas semelhantes entendam como podem mudar para se envolver na
Revista da Economia do Conhecimento

Competitivas transformação digital

Análise da cadeia de valor

Capacidades dinâmicas
teoria do ecossistema

Sebastião e outros. (2017) 59 qualitativo Analisar as estratégias adotadas pelo pré-digital Para se transformar em negócios digitais, as empresas pré-digitais devem adotar uma
empresas para se adaptarem aos novos desafios viagem de longa duração. Apresenta cinco recomendações para um caminho de sucesso. 1.
da era digital Defina uma estratégia digital. 2. Agir agora investindo em tecnologia operacional. 3. Desenhar
uma plataforma de serviços digitais. 4. Adote uma cultura de serviços

Hess et ai. (2016) 97 qualitativo Desenvolva 11 perguntas para apoiar os gerentes no Identificação de um conjunto de questões estratégicas que os gestores responsáveis pela área digital

definição de estratégias de transformação digital transformação deve considerar. Apresenta um conjunto de respostas possíveis

13
 Tabela 6 Implementação estratégica

13
Autor Citações Tipo de Pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

Moi e Cabiddu (2020) 0 qualitativo Capacidade de marketing ágil Ele fornece uma base empírica para projetar Ele sugere uma estrutura para a adoção de métodos ágeis
Capacidade de marketing uma nova capacidade de marketing conhecida como marketing
Marketing internacional capacidade de marketing ágil

Negócios digitais
Estudo de caso único

Li (2020) 0 qualitativo Ele demonstra que as abordagens lineares tradicionais
para preencher a lacuna da execução da estratégia são
cada vez mais substituídos por abordagens mais
interativas quando novas estratégias são projetadas e
recalibradas ao longo da execução
A transformação digital representa uma
reinicialização e carrega riscos substanciais para
uma empresa, com o objetivo de alcançar uma
melhoria substancial no desempenho e alterar sua
trajetória futura
Fundamental para o sucesso é a capacidade de
gerenciar a transição para novas tecnologias, novas
estratégias e modelos operacionais e novas formas de
organização, avaliando, ajustando e recalibrando
constantemente o caminho e o destino da
organização com base na inteligência

Correani et ai. (2020)
3 qualitativo
transformação digital Apresenta uma estrutura que pode ajudar as empresas Ele detalha a estrutura de um modelo que suporta
estratégia digital para implementar suas estratégias de transformação e, empresas que estão mudando digitalmente seus
Implementação estratégica assim, renovar seu modelo de negócios negócios e criando uma forte conexão entre a
formulação e a implementação da estratégia.
Esta estrutura funciona como um guia prático
que pode ajudar as empresas a navegar pelos
desafios associados à implementação de uma
estratégia de transformação digital

Fischer et ai. (2020)
2 qualitativo
transformação digital Desenvolve três estratégias de arquétipo para funcionar como Ele fornece orientação prática sobre como as empresas
Estudo de entrevista de gerenciamento de projetos de implementação de transformação digital podem desenhar projetos de transformação e
processos de negócios implementação digital, e como estes podem ser
Metaobjetivo ajustados às suas respostas individuais, usando os
arquétipo de estratégia arquétipos desenvolvidos
Revista da Economia do Conhecimento
 Tabela 6(contínuo)
Autor Citações Tipo de Pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

Jin et ai. (2020) 1 qualitativo transformação digital
Propostas de valor-chave
Propriedade dos dados
empresas existentes
Economias emergentes
Analisa estratégias digitais na manufatura
indústrias sob a perspectiva da propriedade
de dados
Propõe um portfólio de estratégias digitais, incluindo
nova estratégia de produto, novos serviços de estratégia
de valor agregado, estratégia personalizada, serviço
integrado à plataforma e serviço/plataforma de estratégia
de produto

Gray e outros. (2013) 10 qualitativo Demonstra como a TI é usada para criar novos
valor para a empresa do centro, bem como para
todo o ecossistema, quando avaliado por três
modelos de ponta, identificados por
Ele descreve como descobrir o cumulativo
valor de ponta na transformação digital, usando os
três modelos organizacionais de configuração de
valor
Revista da Economia do Conhecimento

pesquisadores de estratégia: cadeias de valor,

reservas de valor e redes de valor

Shashi et ai. (2020) 1 Revisão sistemática de
a literatura
Medição de agilidade Revisão sistemática da literatura sobre o fornecimento ágil Os resultados sugerem que a tecnologia deveria ser melhor
Barreiras cadeia (ASC) integrado na medição e métricas do ASC,
Fatores possivelmente contribuindo para o fluxo de busca da
digitalização cadeia de suprimentos ágil
Indústria 4.0
Resiliência
Revisão estruturada da literatura

Agilidade na cadeia de suprimentos

Sanches (2017) 4 qualitativo transformação digital
estratégia digital
O modelo das cinco forças competitivas
Análise da cadeia de valor
dinâmica do sistema
Ele procura formular uma estrutura para explicar Ele sugere uma estrutura para a implementação de
recursos, capacidades e opções de gestão estratégias
necessárias para responder ao novo
ambiente digital

13
 Revista da Economia do Conhecimento

Grupo 5: Avaliação e Controle (N= 5)

Cinco estudos discutem o processo de avaliação e controle (Tabela7).

A avaliação e o controle são projetados para a comparação do desempenho real com
metas previamente definidas. Este processo ajuda a identificar problemas nos planos
estratégicos implementados e fornece informações úteis para melhorar os planos futuros
e alcançar o desempenho. A avaliação pode ser desenvolvida usando diferentes
abordagens. Um dos artigos utiliza análise de resultados financeiros (Wang et al., 2020),
enquanto outros dois artigos estudam processos internos, ou seja, identificação de
recursos e capacidades necessárias para a geração de valor (Andriushchenko et al.,2020;
Caliskan et al.,2020).
Uma perspectiva adicional é aquela com foco no mercado/cliente, enfatizando as
necessidades do mercado/cliente, apresentada em um dos artigos (Jiang &
Katsamakas,2010). Outro artigo ilustra a perspectiva de aprendizado e crescimento,
avaliando os resultados relacionados às capacidades da equipe, sistemas de
informação e motivação, empoderamento e alinhamento (Scuotto et al.,2020).

Grupo 6: Feedback e Aprendizagem (N= 6)

Por fim, seis estudos fornecem contribuições sobre feedback e aprendizado (Tabela8).
Uma organização desenvolve estratégias e programas e deve promover ações
corretivas regulares ou decisões sobre os planos existentes. Esse processo de
feedback e aprendizado deve revisar todas as etapas anteriores da gestão
estratégica; um dos artigos enfoca a fase do ambiente interno (Kontic & Vidicki,2018
), enquanto outros dois artigos enfatizam a análise do ambiente externo (Kotarba,
2018; Reinartz e outros,2019). Também é fundamental analisar a fase de formulação
estratégica (ElMassah & Mohieldin,2020) e a fase de implementação da estratégia
(Lichtenthaler,2020; Sanches,2020).

Conclusões e Agenda de Pesquisa

O tema da transformação digital tem sido amplamente discutido em diversos setores

econômicos, e é foco de interesse crescente, tanto no meio acadêmico quanto no
mercado. Não foi estranho reconhecer que um número crescente de estudos relaciona a
transformação digital com a gestão estratégica. Para sobreviver à mudança e obter
vantagens competitivas, as organizações são estimuladas a selecionar e implementar
estratégias digitais. Assim, surge uma oportunidade para competir, valorizar e gerir o
conhecimento que detêm, o que é reconhecido como uma vantagem competitiva.
Embora existam estudos relacionando as práticas de gestão estratégica com a
transformação digital, poucos sistematizam a relação entre os dois temas,
justificando a necessidade de uma revisão sistemática da literatura. A revisão
sistemática realizada no presente trabalho revela que, embora os números sejam

13
 Tabela 7Avaliação e controle
Autor
Caliskan et ai. (2020)
Wang et ai. (2020)
Andriushchenko et al. (2020)
13
Citações Tipo de pesquisa
0 quantitativo
1 quantitativo
4 Misturado
Palavras-chave
digitalizações
mix de marketing
marketing de serviços
modelo de negócio
conflito cognitivo
Estratégia de transformação digital
Desempenho financeiro de longo prazo
Desempenho financeiro de curto prazo
Transformação digital da empresa
Desenvolvimento sustentável
Redução de riscos de transfusão
Pontos de bifurcação
tecnologias digitais
Paradigma interindustrial da
Internet das Coisas
Sujeito
Apresenta os impactos da indústria 4.0
na prestação de serviços. Elementos do mix
de marketing com uma estrutura holística
composta por diferentes critérios para a
transformação do mix de marketing
Investiga se a transformação digital
estratégia (DTS) pode melhorar o
desempenho da organização, relacionando
teorias DTS e gerenciamento de conflitos
para verificar a melhoria no desempenho da
organização
Procura combinar as visões existentes de
cientistas, a fim de reduzir riscos e identificar os
principais resultados que contribuem para a
transformação digital das empresas no
contexto do paradigma interdisciplinar
Contribuição
Ele fornece uma estrutura holística para avaliar
os esforços de marketing digitalizado, em vez de
discutir apenas os benefícios de gerenciamento.
Essa estrutura holística depende do mix de
marketing e foi enriquecida pela integração dos
24 critérios da indústria 4.0
Isso demonstra que existe um efetivo
ligação entre as teorias DTS e a gestão de conflitos
Revista da Economia do Conhecimento
através da teoria da tomada de decisão,
demonstrando o efeito tangível da estratégia de
transformação digital na tomada de decisão sobre o
desempenho da organização que foi considerada
dependente do conflito cognitivo dos membros da
equipe
A transformação digital de uma empresa é
considerado o estágio moderno da revolução da
informação cuja especificidade é ampliar a prática
do uso de dados de forma discreta (digital). A
digitalização afeta diferentes aspetos do
desenvolvimento social, mas as transformações
mais significativas são esperadas na indústria, com
atualizações qualitativas, incluindo a transição para
sistemas económicos de produção interindustrial
digital
 Tabela 7(contínuo)
Autor Citações Tipo de pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

13
Scuotto et ai. (2020) 1 quantitativo PME
Gerenciamento de processos de negócios
Empresas de moda
Orientação para inovação ambidestro
Transformação digital
Ele testa se o uso de plataformas de mídia social As conclusões provaram que as plataformas de mídia social
influencia positivamente a orientação ter uma influência positiva nas PMEs da moda
ambidestra para a inovação das empresas italiana para implementar a orientação ambidestra
de moda para a inovação

Jiang e Katsamakas (2010) 23 quantitativo E-books de diferenciação de Ele usa a teoria dos jogos para analisar o impacto Demonstra que, à medida que os consumidores consideram

produto de e-books nos mercados de livros e-books em suas decisões de compra, os preços sobem
indústria do livro acima de um limite de desutilidade do e-book e caem
bens de informação abaixo do limite
Bens digitais
Comércio eletrônico

Competição de canal
Análise econômica
Propriedade
Transformação
Revista da Economia do Conhecimento
 Tabela 8 Feedback e aprendizado

Autor Citações Tipo de pesquisa Palavras-chave Sujeito Contribuição

Sanches (2020) 0 qualitativo transformação digital Explica os recursos, Demonstra que existe uma
Universidade capacidades e escolhas de gestão oportunidade de reformular os
Ensino superior necessárias para que as estruturas desafios das universidades públicas
estratégia digital universitárias respondam aos por meio do uso de novas tecnologias.
Setor público desafios apresentados pelas Inspirado em Teece (2017) Capabilities
tecnologias emergentes na Structure, o processo deve envolver
transformação digital três fases de detecção
Revista da Economia do Conhecimento

(monitoramento do ambiente,
identificação de problemas,
oportunidades, entendimento do
mercado), apreensão (desenho de
novos modelos de negócios) e
mudança

Lichtenthaler (2020)
0 qualitativo
inovação digital Aproxime-se do edifício relevante
transformação digital blocos em iniciativas de
digitalização transformação digital para
atração do mercado desenvolver uma compreensão de
Renovação estratégica uma transformação bem-sucedida,
Impulso de tecnologia processos de digitalização e
inteligência artificial
Apresenta as etapas em formato digital
estratégias de transformação que
garantirão a ênfase no desafio de
encontrar o modelo de negócios
adequado para produtos e serviços
digitais

Reinartz et ai. (2019)
14 qualitativo digitalização Usando uma perspectiva de criação de valor O varejo como uma função não
Varejo objetiva, faz uma análise de desaparecem, mas os varejistas
Interface do cliente como a digitalização contribuiu tradicionais como instituições podem
Marcas para a erosão do varejo estar em perigo. Argumenta que os
plataformas institucional físico como a atuais constituintes (fabricantes de
principal opção do consumidor marcas-clientes) e os novos constituintes
(plataformas de varejo) terão importantes
funções de interface com o consumidor
final

13
 Tabela 8 (contínuo)
Autor Citações Tipo de pesquisa Palavras-chave
13
Kontic e Vidicki (2018) 5 qualitativo organização digital
Estratégia
Destreza digital
Transformação
cultura organizacional
Kotarba (2018) 10 Teórico transformação digital
modelo de negócio
Organização
Estratégia de gestão
organizacional
digitalização
Business Model Canvas
Comportamento do consumidor
Tendências sociais
Mudar a gestão
ElMassah e Mohieldin (2020) 3 qualitativo Localização dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável
transformação digital
dados grandes
E-governo
Tecnologia da Informação
Desenvolvimento Regional
Descentralização virtual
Sujeito
Avalia a prontidão de um
determinada organização para a
transformação digital
Apresenta o escopo do
mudanças na morfologia do
modelo de negócios das
organizações contemporâneas
ocorridas nas últimas décadas,
dado o massivo desenvolvimento
tecnológico, no contexto da
transformação digital (DT)
Ele analisa o impacto potencial de
transformação digital na
localização ODS em diferentes
partes do mundo
Contribuição
A estratégia mais adequada é
estratégia digital que foca na
eficiência operacional nos dados dos
clientes e/ou aprimoramento de
ferramentas colaborativas. O modelo
de negócios ideal é aquele movido por
dados
Deu mais transparência
sobre o fenômeno DT. É uma visão
estruturada do DT e fornece insights
sobre como o “digital” está alterando
nossos paradigmas de vida diária
Encontrar contribui para um relativamente
nova abordagem de pensamento em torno do
desenvolvimento sustentável
Revista da Economia do Conhecimento
Revista da Economia do Conhecimento

transformação digital

Início

tecnologias digitais

Resultando em

Rupturas
• Sociedade
• Economia
• Indústria

Alterando

influenciando Contexto
influenciando
influenciando

Organização Estratégia Avaliação

Exigente Exigente Exigente

Representado por
Cultura
Respostas Estratégicas
Representado por
Estrutura Resultando em

Transformação Digital Estratégica

Representado por
Processos Modelo de Gestão

Incluindo Incluindo
Representado por Incluindo
Recursos
Organização Nova Implementação
Novas estratégias
Transformação Formulários

Resultando em
Resultando em Resultando em

atuação

Alcançar

Sucesso/Sobrevivência em
economia digital

Grupo 1 – Análise do Ambiente Externo Grupo 2 – Análise do Ambiente Interno Grupo 3 – Formulação da Estratégia Grupo 4 – Avaliação e Controle Grupo 5 – Feedback e Aprendizagem

Fig. 4Principais assuntos presentes na literatura de transformação digital

crescente, os estudos sobre a relação entre transformação digital e gestão

estratégica ainda são incipientes.
As grandes áreas de investigação sobre transformação digital, dados os grupos acima
definidos, permitem-nos desenvolver um quadro de análise da transformação digital (Fig.
4).
Figura4resume as diferentes áreas de pesquisa. O entendimento das mudanças
no ambiente externo é essencial para uma análise dos fatores externos que
impactam o contexto em que a organização está inserida, fazendo com que a
estratégia da organização seja revista. Esse novo contexto influencia internamente a
organização, que precisa avaliar sua cultura, processos, estrutura e recursos para
estar preparada para a implantação das novas estratégias. O ambiente alterado
devido à transformação digital exige que a organização tenha novas respostas
estratégicas, que incluem novas estratégias, transformação organizacional e novas
formas de implementar estratégias. Através de mudanças na estratégia e na
organização, o resultado desejado é alcançado; ou seja, a organização é bem-
sucedida na nova economia digital.
A principal contribuição do presente artigo foi sistematizar o conhecimento sobre
transformação digital e gestão estratégica, ainda muito pouco explorado, conforme
demonstrado na revisão sistemática da literatura sobre esses assuntos. Entretanto, há
necessidade de trabalhos futuros conectando ambos os temas. A maior dificuldade deste
estudo foi o reduzido número de artigos que restringiu uma análise mais complexa, mas
também revelou que estudos nesta área precisam ser desenvolvidos, mostrando que são
um terreno fértil para pesquisas futuras (Tabela9), bem como que existe a possibilidade
de ampliar os estudos nessa área.

13
 Revista da Economia do Conhecimento

Tabela 9Recomendações para pesquisas futuras

grupo temático Recomendações para pesquisas futuras

Grupo 1: - Estudar como os resultados criados pelos recursos industriais de big data contribuem
Análise do ambiente externo ou restringem novos modelos de negócios
- Replicar o modelo de estratégia colaborativa em organizações sem fins
lucrativos e outras configurações de empresas sociais
- Investigar se existem diferenças nas barreiras e fatores de sucesso em DT
em médias e pequenas empresas
Grupo 2: - Examine como a necessidade de mudar digitalmente uma empresa influencia o
Análise do ambiente interno desenvolvimento de uma posição de CDO, o posicionamento do CDO na
hierarquia organizacional
- Um estudo etnográfico longitudinal pode fornecer melhores insights sobre as
sutilezas da transformação digital em uma organização

Grupo 3: - Como avaliar o progresso de uma transformação digital e se e quando uma

Formulação de estratégia transformação digital de uma organização pré-digital pode ser considerada
um “sucesso”
- Desenvolvimento de uma abordagem mais teórica na compreensão e
explicação da transformação digital
- Estudar o impacto da digitalização em pequenas empresas de auditoria que não
dispõem dos recursos das grandes empresas para deter tecnologias e desenvolver
novos serviços

Grupo 4: - Novas pesquisas são necessárias para identificar, medir, validar e

Implementação estratégica
Grupo 5:
Avaliação e controle
comparar as complexas relações entre os fatores-chave, processos,
mecanismos e contextos da transformação digital
- Análise de combinação entre maturidade digital e estratégia digital
combinada com o processo digital
- A pesquisa sobre as definições de estratégia digital e DTS e seus métodos
de medição precisam ser examinados da perspectiva da gestão estratégica

- Investigar se o tamanho da empresa pode representar uma proxy relevante

para aumentar a escala em uma economia digital

Grupo 6: - Pesquisa da relação de renovação estratégica que possa examinar a

Feedback e aprendizado conexão entre tecnologia e questões de mercado nos processos de
transformação, para além da digitalização
- Estudar a dependência da transformação digital em plataformas selecionadas
(por exemplo, quais consequências podem ocorrer na economia global se o
GPS for desconectado) ou os riscos das plataformas por causa de práticas
ilegais

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Nota do editorA Springer Nature permanece neutra em relação a reivindicações jurisdicionais em mapas
publicados e afiliações institucionais.

Bruno Siano Rêgoé doutorando em Gestão na Universidade Portucalense, Porto, Portugal, e a sua
investigação centra-se na inovação, comportamento organizacional e empregabilidade.

Shital Jayantilal (PhD em Gestão)é Professor Auxiliar na Universidade Portucalense, Porto, Portugal, e
atualmente dirige a Escola de Economia e Gestão da Universidade Portucalense. É investigadora do REMIT —
Investigação em Economia, Gestão e Tecnologias de Informação, Porto. Seus interesses de pesquisa incluem
estratégia, família empresarial e informações sobre tecnologia, tendo publicado em vários periódicos
internacionais e importantes conferências.

João JM Ferreira See Moreé Professor Associado da Universidade da Beira Interior (UBI), Portugal. É
doutor em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas pela Universidade Autônoma de
Barcelona (UAB), Espanha. Atualmente, é o coordenador científico da UBI Research Unit for Business
Sciences (NECE), Portugal. Editou ou coeditou vários livros sobre inovação e empreendedorismo

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 Revista da Economia do Conhecimento

e publicou mais de 200 artigos em jornais internacionais importantes, incluindo IEEE Transactions on
Engineering Management, Technological Forecasting and Social Change, Journal of Business Research, Journal
of Cleaner Production, Management Decision e Service Business. Ele é Editor Associado da Management
Decision, e seus interesses de pesquisa incluem estratégia, competitividade e empreendedorismo.

Elias G. Carayannisé Professor Titular de Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo

na George Washington University School of Business em Washington, DC. Ele também é
cofundador e codiretor do Global and Entrepreneurial Finance Research Institute (GEFRI) e
Diretor de Pesquisa em Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo, European Union
Research Center (EURC) na School of Business da George Washington University. As atividades
de ensino e pesquisa do Dr. Carayannis concentram-se nas áreas de parcerias estratégicas de
pesquisa e desenvolvimento entre governo, universidade e indústria, mapeamento tecnológico,
transferência e comercialização de tecnologia, política internacional de ciência e tecnologia,
empreendedorismo tecnológico e desenvolvimento econômico regional. Dr. Carayannis tem
várias publicações em revistas acadêmicas e profissionais,

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