Você está na página 1de 7

Universidade de Vila Velha

Gabriela Vervloet Da Cruz e Luana Lage da Motta Telles

Relatório de Análise Experimental do Comportamento

Vitória
2023
1. Introdução

A Análise Experimental do comportamento é uma ciência que proporcionou


dentro do ramo da Psicologia a ruptura com a Filosofia e assim o estabelecimento de
uma ciência do comportamento que visa a previsibilidade e controle/ modelagem.
Esta, objetiva entender a interação Estímulo -Resposta, as reações entre os
organismos e os ambientes. Ademais, as pessoas tem facilidade em enxergar
produtos e muita dificuldade em entender os processos ,e a ciência do comportamento
foca justamente em compreender esses desdobramentos que acarretam em
determinado produto/ resposta. Seguindo o método do Condicionamento Reflexo/
Condicionamento Clássico ou Pavloviano, que consiste em uma conexão nervosa
temporária entre um dos numeráveis fatores do meio ambiente com uma atividade
bem determinada do organismo, o qual gera uma resposta incondicionado (um
estímulo capaz de ativar/eliciar um reflexo). Portanto, para que a resposta
condicionado se mantenha, é necessário que periodicamente a reforcemos. Com base
nisso, modelamos o comportamento do rato virtual a fim de eliciar as respostas
desejadas.
Outrossim, nosso relatório teve como base a Psicologia comparativa, em que
foi realizada dada à semelhança funcional entre o comportamento-modelado do rato,
uma analogia às condições adversas em seres humanos. A utilização do rato virtual
para pesquisa comportamental ocorreu devido a logística, conveniência e
possibilidade de repetir um fenômeno (Análise da Mudança). Portanto, na modelagem
comportamental, entende-se por condições adversas situações perigosas, punitivas
ou irritantes.
Assim como o ambiente pode ser analisado em diferentes níveis,
comportamento pode ser entendido em diferentes graus de complexidade. O
comportamento não pode ser entendido isolado do contexto em que ocorre. Não há
sentido em uma descrição de comportamento sem referência ao ambiente, como não
há sentido, para a psicologia, em uma descrição do ambiente apenas. Os conceitos
de comportamento e ambiente, e de resposta e estímulo, são interdependentes. Um
não pode ser definido sem referência ao outro.
2. Método

2.1 Sujeito

Um rato virtual (Sniffy) - Rodolfo

2.2 Equipamento

Um computador (do laboratório 9 onde as aulas práticas foram realizadas), um


cronômetro do celular, uma planilha impressa e uma caneta.

2.3 Procedimentos

Foram feitos três procedimentos, sendo eles: Exame1, Intervenção(Modelagem) e


Exame2.

2.3.1.1 Exame 1

Tal exame consiste na observação de determinados comportamentos do rato, sendo


eles levantar, limpar-se, farejar, tocar e pressionar a barra, e enquanto o animal
realizava tais comportamentos, a dupla anotava na planilha impressa a quantidade de
vezes que o indivíduo manifestava cada comportamento a cada minuto. O mesmo
procedimento foi repetido e finalizado em 30 minutos.

2.3.1.2 Intervenção/Modelagem

O processo de modelagem no rato virtual começou a notar que o rato sem intervenção
realizava pouco a ação de apertar a barra; A partir de tal ponto, através do
contracondicionamento e reforço positivo, modificamos o comportamento do rato.
Inicialmente, todo vez que o rato se levantava, liberávamos um som associado a
comida. Posteriormente, o rato só passou a receber o reforço da comida e do som, ao
se levantar próximo à barra. Com isso a frequência em que o rato apertava a barra foi
gradativamente aumentando, até que chegou num ponto o qual a frequência que o
animal pressionava a barra era quase constante
2.3.1.3 Exame 2

Após a intervenção, foi feita outra análise de observação, identifica a do exame 1, em


que a partir da modelagem do comportamento do rato, a dupla registrou na planilha
impressa a quantidade de manifestações das atividades a cada minuto durante 30
minutos.

3. Resultado
Figura 1: Planilha do Exame 1

De início foi observado o comportamento do rato sem nenhum tipo de intervenção, no


exame 1 (linha de base). Pode-se observar que a quantidade de vezes que ele se
limpa, por exemplo, é grandiosamente maior do que a quantidade de vezes que ele
pressiona a barra. Tais quantidades se dão em, pressionar a barra (3), tocar (40),
farejar (200), levantar (99) e limpar-se (230).

Já após o processo de modelagem, observou-se um aumento significativo na


quantidade de vezes em que o rato pressionava a barra, mostrando que tal
intervenção teve êxito em seu objetivo. Para a comparação real, os números finais do
exame 2 foram pressionar a barra (231), tocar (17), farejar (38), levantar (87) e limpar-
se (23).

Figura 2: Comparativo do exame 1 e 2

Figura 3: Gráfico do registro desses números feito em sala

4. Discussão

Observamos o sujeito experimental em seu nível operante e tivemos como objetivos analisar
e registrar seu comportamento na linha de bases, modelar ele, e analisar e registrar o mesmo
comportamento após tal intervenção. Visto os resultados, e como citado na teoria de Skinner,
fica evidente que o comportamento é afetado por suas consequências e tendo como controlar
o ambiente, temos melhor condições de controlar também o comportamento.
Na primeira fase do experimento, ao observarmos o sujeito em seu nível operante sem
controlar as consequências de seus comportamentos, não notamos nenhuma alteração no
sujeito experimental nem em sua forma de se comportar ao longo do experimento. Foi
somente quando começamos a treiná-lo, condicioná-lo e controlar as consequências de seus
comportamentos que percebemos como é possível controlá-los por meio do controle das
consequências.
Selecionamos um sujeito em seu nível operante, sem qualquer modelagem ou associação de
estímulos, e o treinamos para que ele soubesse quando a comida seria disponibilizada e até
mesmo como obtê-la por meio de seus comportamentos. O início da modelagem demonstrou
como fazemos associações de estímulos por meio de pareamentos, aprendendo
comportamentos novos para serem incorporados ao nosso repertório comportamental.
Na fase final de modelagem, ensinamos um novo comportamento ao sujeito. Por meio de
reforços e extinções com aproximações sucessivas, pudemos observar como ocorre a
aprendizagem. O sujeito, que inicialmente não apresentava o comportamento desejado, foi
modelado e passou pelo processo de aprendizagem até finalmente exibir tal comportamento
e incorporá-lo ao seu repertório, como demonstrado no exame 2.
Portanto, confirmando a teoria de Skinner, o comportamento é a relação entre estímulo e
resposta, e o condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem eficaz de um
novo.
5. Referências

(Luísa Sales, Junho 2020, Imprensa da Universidade de Coimbra). Desautorizando-a-


psiquiatria-ativismos-politicas-de-saude-e-a-saude-como-um-ato-politico.pdf
(researchgate.net)
Skinner e as explicações mentalistas para o comportamento: uma análise histórico-cultural
(1931-1959). São Paulo: IPUSP, 2001.
MOREIRA, M. B. MEDEIROS, C. A. de. Princípios básicos de análise do comportamento.
Porto Alegre: Artmed, 2007.

Você também pode gostar