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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ

Adriely de Melo Silva Texeira

Estéfany Costa de Lira

Lara Lívia Oliveira Pereira

A observação experimental do comportamento do Sniffy pré e pós reforços

Maceió/AL

2023
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ

Adriely de Melo Silva Texeira

Estéfany Costa de Lira

Lara Lívia Oliveira Pereira

A observação experimental através do comportamento pré e pós reforços

Relatório apresentado à professora


Carmen Bandini da disciplina de
Psicologia Experimental do curso de
Psicologia da Estácio de Sá.

Maceió/AL

2023
1. INTRODUÇÃO

Os estudos do Behaviorismo iniciaram-se no século 19, a partir de um


trabalho do psicólogo John B. Watson, intitulado de “Psicologia como um
comportamentista a vê”. Esse estudo teve como referências as teorias dos
filósofos russos Vladimir Mikhailovich Bechterev e Ivan Petrovich Pavlov. (Moreira;
Medeiros, 2007)

Ainda de acordo com Moreira e Medeiros (2007), entre 1920 até meados de
1950, o behaviorismo se tornou a escola dominante de psicologia, com o propósito
de estabelecer a psicologia como uma ciência objetiva e mensurável. Os
estudiosos e pesquisadores do behaviorismo estavam envolvidos em criar teorias
que pudessem ser descritas e medidas de forma clara e prática.

Depois de Watson,o behaviorismo tomou o caminho de Skinner que ficou


conhecido e foi denominado como behaviorismo radical. Skinner, diferente de
Watson, defendia que o homem não é totalmente passível ao ambiente e seus
comportamentos eram influenciados por suas consequências. Os
comportamentos cujas consequências eram reforçadoras tinham mais
probabilidades de voltar a ocorrer do que aqueles comportamentos que eram
punidos.

Sendo assim, um comportamento é reforçado quando tem sua


probabilidade de ocorrer aumentada depois de uma consequência, ou seja,
reforço é o tipo de consequência que aumenta a probabilidade de o
comportamento ocorrer no futuro. O reforço pode ser positivo ou negativo. Ele
é positivo quando a consequência é a adição de um reforçador e negativo
quando a consequência é a retirada de um estímulo aversivo.

A punição ocorre contrariamente ao reforço. Um comportamento é


punido quando tem sua probabilidade de ocorrência futura diminuída. Sendo
assim, punição é o tipo de consequência que diminuia probabilidade de que um
comportamento volte a ocorrer. Ela também pode ser negativa ou positiva,
sendo positiva quando é feito a adição de um estímulo aversivo e negativa
quando é retirado um reforçador.

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Segundo Skinner, a melhor opção para controlarmos o comportamento
de um individuo seria através de reforços e não punições. Quando se pune
alguém por um comportamento, temos rapidamente a supressão desse
comportamento.Porém, a punição gera alguns efeitos que não são
convenientes como o fato de eliciar respostas emocionais e termos um
aumento da frequência de tal comportamento na ausência do agente punidor.

Com isso, aprendemos comportamentos por meio da modelagem sem


precisarmos usar de punições. A modelagem, ocorre quando um
comportamento novo é ensinado através de reforços e extinções. Extinção é
quando um comportamento que antes tinha uma consequência reforçadora
deixa de ser reforçado, observamos então de início um aumento na frequência
de tal comportamento e depois abaixa dessa frequência até que o individuo
não mais apresente o comportamento.

A modelagem é o processo pelo qual se ensina novos comportamentos


seguindo aproximações sucessivas. Em outras palavras, consiste em reforçar
comportamentos quese aproximem do desejado e quando tiver uma alta
frequência do comportamento que está reforçando, inicia-se a extinção do
comportamento para assim reforçar o comportamento que esteja mais próximo
do desejado. Após reforços e extinções de comportamentos que se aproximem
daquele que se espera, já no final, é reforçado somente o desejado e quando o
indivíduo passa a apresentá-lo e não mais os que foram extintos dizemos que o
mesmo foi modelado. Sendo assim o objetivo do trabalho foi observar através
de experimentos o comportamento do Sniffy pré e pós reforços.

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2. MÉTODO

Participante

Um rato virtual (Sniffy Pro 2.0).

Equipamentos

Um computador (utilizando o programa Sniffy Pro), um pen drive, canetas,


cronômetro, folhas de registro.

Procedimentos

Os procedimentos feitos foram: (1) observação do nível operante, (2) treino ao


comedouro,(3) modelagem (pressão à barra) e (4) reforço contínuo.

3. Observação do nível operante

No procedimento de observação do nível operante, foi feita a


observação em média 15 minutos dos comportamentos do sujeito experimental
(farejar, andar, coçar-se, levantar, parar, virar e pressionar abarra) e registrado
em uma tabela de registros fracionados minutos por minutos em frequência de
comportamentos emitidos. Após a observação das frequências foram
calculadas cada respostas chegando assim no total, logo após foi construida
uma figura que pode ser vista no campo de resultados com os dados de
respostas dos comportamentos emitidos.

4. Treino ao comedouro

Feita após a observação do comportamento do sujeito em seu nível


operante. O procedimento foi feito com o primeiro minuto sendo reservado
apenas para observação do comportamento do rato. A partir do segundo
minuto,era liberada comida toda vez que o sujeito experimental estivesse de
frente para o comedouro e a cada vez que as pelotas de alimentos eram
disponibilizadas, para que o rato fizesse a associação com o alimento que estava
sendo disponibilizado. Foi acompanhado e registrado o número de vezes que
disponibilizamos as pelotas de alimentos a cada minuto.

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O tempo total da sessão foi em torno de 1 hora e 30 minutos sendo assim
finalizada quando a barra barra vertical “Sound food” da janela “Operant
Association” estava no nível máximo.

5. Modelagem

A modelagem foi feita através de reforços e extinções com aproximações


sucessivas. Durante todo o procedimento foram observados e registrados todos
os comportamentos sendo eles aproximações da barra, levantar-se atrás da
caixa e os pressionar a barra em busca das pelotas de alimentos a cada minuto
no total de 15 minutos, finalizando assim a sessão.

6. Resultados

De início foi observado o Sniffy em seu nível operante com a intenção de


registrar quais comportamentos o mesmo apresentava. O experimento durou 15
(quinze) minutos. A figura 1 abaixo mostra os comportamentos observados a cada
minuto durante o experimento.

FIGURA 1- Observação de nível operante


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6
5
FREQUÊNCIA

4
3
2
1
0
FAREJAR ANDAR COÇAR LEVANTAR PARAR VIRAR PB

COMPORTAMENTOS

Foi observado conforme a frequência na figura 1 que o sujeito experimental


pressionou a barra poucas vezes, farejou, levantou-se, andou, coçou-se, parou,
virou-se. Após a observação do nível operante iniciamos o experimento de treino
ao comedouro com a finalidade do Sniffy associar o pressionamento da barra,
com a comida sendo liberada.

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Conforme nota na figura 2 abaixo o registro de reforço continuo, foi
registrado todo os comportamentos do rato até que este comportamento tivesse
uma alta considerável nas frequências. Depois este comportamento foi posto em
extinção, sendo reforçado apenas quando o rato levantava-se nas laterais da caixa
e atrás. Quando se teve um aumento esperado na frequência do comportamento
de se levantar nas laterais e atrás, o comportamento de se levantar nas laterais foi
posto em extinção e somente o de levantar atrás da caixa era reforçado. Após o
aumento da frequência do comportamento de levantar-se atrás,eram reforçados
apenas o de levantar-se próximo a barra e todos os outros comportamentos de
levantar-se foram extintos. Por fim foi reforçado apenas o comportamento de
pressionar a barra e todos os outros foram postos em extinção. Onde o
comportamento de levantar do sujeito experimental era reforçado com uma pelota
de alimento.

FIGURA 2- Registro de reforço contínuo (CRF)


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12

10
FREQUÊNCIA

0
FAREJAR ANDAR COÇAR LEVANTAR PARAR VIRAR PB

COMPORTAMENTOS

Sendo assim foi possível concluir que através da observaçãoi do sujeito


experimental em seu nível operante onde tivemos como objetivos treiná-lo ao
comedouro, ou seja fazê-lo associar o pressionamento da barra
Observamos o sujeito experimental em seu nível operante e tivemos como objetivos:
treiná-lo ao comedouro, ou seja, fazê-lo associar o som com o
Sendo assim, foi possivel notar através das observações que as consequências
têm efeito sobre o comportamento do sujeito. Com maior probabilidade de controle do
ambiente, temos maior probabilidade de controle do mesmo. Se podemos controlar o
ambiente e as consequências de atos dos sujeitos nele inserido, podemos controlar seus
comportamentos e modelar tais sujeitos. Podemos não só modelar comportamentos
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como, através de reforços e extinções, aumentar ou diminuir a probabilidade de que
eles ocorram, mas para o caso de diminuir sua probabilidade, o melhor para se utilizar é
a extinção. Com ela podemos suprimir respostas sem que haja tantos efeitos não
desejados. Observamos o sujeito experimental em seu nível operante e tivemos como
objetivos: (a) treiná-lo ao comedouro, ou seja, (b) fazê-lo associar o som com o
alimento sendo disponibilizado, (c) modelá-lo para que aprendesse a pressionar a barra
para ganhar alimento para que depois pudéssemos (d) ver o efeito da extinção e o (e)
efeito da punição nos comportamentos. Visto os resultados, e como citado na teoria de
Skinner, fica evidente que o comportamento é afetado por suas consequências e tendo
como controlar o ambiente, temos melhor condições de controlar também o
comportamento

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