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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACULDADE DE TECNOLOGIA

E CIÊNCIA

Caio Felipe Santo Vasconcelos

Hallef Nunes Torres

RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Itabuna

Junho/2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO FACULDADE DE TECNOLOGIA E
CIÊNCIA

Caio Felipe Santo Vasconcelos

Hallef Nunes Torres

RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Relatório apresentado ao curso Bacharel em


Psicologia da UniFTC na Unidade Itabuna, a
professora: Tharcylla Gama Machado, para obtenção
de nota na matéria Psicologia Experimental.

Itabuna

Junho/2020
SUMÁRIO

1. Introdução------------------------------------------------------------------------------- 4

2. Método-----------------------------------------------------------------------------------5

2.1 Sujeito-----------------------------------------------------------------------------------5

2.2 Equipamentos---------------------------------------------------------------------------5

2.3 Procedimentos--------------------------------------------------------------------------5

2.3.1 Experimento 1------------------------------------------------------------------------5

2.3.2 Experimento 2 e 3 -------------------------------------------------------------------6-10

2.3.3 Experimento 4-----------------------------------------------------------------------10

2.3.4 Experimento 5 ----------------------------------------------------------------------10-12

3.Resultados e Discussões ---------------------------------------------------------------13-14

4. Conclusão--------------------------------------------------------------------------------15

5. Referências-------------------------------------------------------------------------------16
1. INTRODUÇÃO

Este presente trabalho tem como objetivo demonstrar através de uma pesquisa “laboratorial”,
como um organismo, nesse caso um rato, é afetado quando está diante de um
condicionamento do comportamento.

Inicialmente, buscamos usar o condicionamento clássico, onde existe a expectativa do ratinho


condicionar seu comportamento através do barulho da barra, toda vez que ele executar o
comportamento escolhido pelos pesquisadores.

Logo em seguida, mudamos as configurações com o intuito de extinguir o comportamento


condicionado, fazendo com que em um período de isolamento o rato em pesquisa
discriminasse seu comportamento.

Enfim, utilizamos no rato o comportamento operante, quando o organismo é condicionado


através da consequência recebida pelo comportamento.
2. MÉTODO

2.1 Sujeito

Rato branco tendo como reforço a comida.

2.2 Equipamento

Caixa de Skinner, computador com programa Sniffy: the virtual rat, celular, caneta, caderno e
uso da plataforma Zoom.

2.3 Procedimentos

Foi proposto 5 experimentos que permeou o condicionamento respondente, onde ocorreu


emparelhamento de estímulos, extinção comportamental e condicionamento operante com
modelagem.

2.3.1 Experimento 1: Aquisição básica de uma CR: uma resposta condicionada

Após ter realizado a configuração desejada, foi analisado e feito anotações do comportamento
do rato, logo em seguida selecionamos um comportamento específico e começamos a oferecer
o reforço cada vez que o comportamento era apresentado pelo rato.

- Anotações do Experimento 1:

O rato explorava e caminhava pela caixa, se coçava e escala pelas laterais. Escolhemos o
comportamento de escalada e apertamos a barra quando o comportamento surgia.

Rato: Explorou, escalou, pressionamos a barra que fornecia o alimento, comeu, escalou,
pressionamos a barra, comeu, se coçou, escalou, pressionamos a barra, comeu, se coçou,
escalou, pressionamos a barra, comeu, caminhou pela caixa, escalou, pressionamos a barra,
comeu, caminhou, escalou, pressionamos a barra, comeu, ele pressionou a barra, comeu,
pressionou a barra, comeu, pressionou a barra, comeu, caminhou pela caixa, se coçou,
caminhou, escalou, pressionamos a barra, comeu.

Assim foi feito por um espaço de tempo até que foi percebido que havia ocorrido o
condicionamento, ou seja, quando ele começou a escalar com mais frequência para receber o
alimento e começou a pressionar a barra para se alimentar.

2.3.2 Experimento 2 e 3: ​Aceleração e isolamento dos comportamentos condicionados e


extinção.

1º Tentativa:

Ainda com o mesmo rato, ele manteve sua dinâmica quanto ao caminhar, escalar e se coçar na
caixa. Enquanto mantivemos o pressionar da barra a cada escalada que se apresentava.

​Rato condicionado na 1º tentativa.

Em seguida houve o isolamento, onde a caixa é fechada e ocorreu uma aceleração dos
comportamentos, ao mesmo tempo que isso ocorria era registrado os gráficos em que se
observava se ocorria uma generalização ou discriminação dos processos.
O gráfico indicou uma quase extinção, ou seja um estímulo delta, em A1, porém ao abrir a
caixa foi verificado que o rato havia morrido.
Gráfico após isolamento na 1º tentativa

Foi nos apresentado um problema e diante deste foi criado a hipótese: Será que se o tempo de
condicionamento for menor, ele irá sobreviver para o 4º experimento?

2º Tentativa: ​Alteração da variável independente, tempo de condicionamento, na busca


da variável dependente, sobrevivência do rato.

Fizemos a testagem das hipóteses.


Neste cenário, e suas respectivas alterações, o rato manteve os comportamentos de se coçar,
explorar, escalar e caminhar pela caixa.
Ao final do isolamento, mais uma vez ele morreu e os gráficos apontaram uma generalização
sem nenhum estímulo delta.
Foi percebido que o gráfico de sensibilidade a dor estava alto, portanto foi criado uma nova
hipótese: Se a intensidade do choque for menor e condicionarmos um comportamento que é
menos apresentado, para que se alimente menos, ele irá sobreviver para o 4º experimento?
​Rato no início da segunda tentativa

3º Tentativa: Alteração da variável independente, intensidade do choque e mudança de


comportamento a ser reforçado, e busca da variável dependente, sobrevivência do rato.

Fizemos a testagem da hipótese.


Neste cenário, e suas respectivas alterações, o rato manteve os comportamentos de se coçar,
explorar, escalar e caminhar pela caixa.
Selecionamos o comportamento de “se coçar”, pois era o menos apresentado, portanto
receberia menos alimento.
Novamente o rato morreu após o isolamento e os gráficos não possuíam estímulo delta.
Criamos uma nova hipótese: Se mantivermos a escolha do “se coçar”, porém iniciarmos em
uma intensidade de choque no máximo, colocar no médio quando condicionar, colocar no
mínimo na fase aceleração diminuir e logo depois isolar?

4 º Tentativa: Alteração da variável independente, intensidade do choque, e busca da


variável dependente, a sobrevivência do rato.

Fizemos a testagem da hipótese.


Neste cenário, e suas respectivas alterações, o rato manteve os comportamentos de se coçar,
explorar, escalar e caminhar pela caixa.
A sensibilidade a dor aumentou de forma mais rápida.
Sensibilidade a dor elevada devido a maior intensidade do choque​.

Novamente o rato morreu após o isolamento, porém os gráficos apresentaram sequências


significativas de discriminações que chegaram ao estímulo delta.

Sequência gráficas da discriminação e estímulos deltas alcançados.


Rato morto após isolamento e apresentação dos estímulos delta*
*Imagens semelhantes da morte do rato foi gerada nas outras tentativas.

Diante das tentativas, foi percebido que as variáveis interferiram nos resultados apresentados
e na produção dos gráficos, mas nenhuma das alterações das variáveis independentes
modificaram a variável dependente almejada: a sobrevivência do rato para o experimento 4.
A extinção só ocorreu na 1º e na 4º tentativa.

2.3.3 Experimento 4: Recuperação Espontânea

Não foi possível realizar, pois como já supracitado, o rato morreu após o experimento 3.

2.3.4 Experimento 5: ​Fenômenos operantes básicos: treinamento para o uso do


alimentador e modelagem

Após a mudança das configurações do programa, seguiu-se as orientações, e cada vez que ele
se aproximava do comedouro, pressionamos a barra para emitir o reforço.

Rato: ​Explorou, se aproximou do comedouro, pressionamos a barra, ele comeu, caminhou


pela caixa, se coçou, caminhou, se coçou, se aproximou do comedouro, pressionamos a barra,
ele comeu, ele pressionou a barra, comeu, pressionou a barra, comeu, caminhou,voltou em
direção ao comedouro, pressionou a barra, comeu, caminhou, pressionou a barra, comeu, se
coçou, caminhou pela caixa, voltou ao comedouro, pressionou a barra, comeu, pressionou,
comeu, pressionou, comeu, caminhou, pressionou a barra, comeu, se coçou, caminhou,
pressionou a barra, caminhou, se coçou, caminhou, se coçou, caminhou, pressionou a barra e
comeu.

Rato no início do reforçamento para uso do comedouro

Diante disso foi visto que ocorreu a modelagem do comportamento, pois ele começou a emitir
a resposta de pressionar a barra sempre que queria se alimentar, ou seja, o reforço positivo
aumentou a probabilidade dele pressionar a barra toda vez que queria o alimento, portanto o
condicionamento operante e consequentemente a modelagem.

Rato condicionado e já pressionando a barra para receber alimento no comedouro


Rato com modelagem alcançada
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Perante os dados apresentados foi visto que houve diferenças gráficas e comportamentais no

rato referente ao condicionamento respondente e operante e isso aponta uma validação das

teorias skinnerianas.

A metodologia de ambos os experimentos permitiu a modificação e alteração das variáveis do

experimento, no entanto o condicionamento respondente apresentou particularidades.

Em relação ao comportamento respondente, como já supracitado, houve alteração das

variáveis independentes para a busca de uma variável dependente. Foi observado também

uma extensão maior do tempo para a associação do som com o alimento ofertado, pois o

emparelhamento de estímulos era paralelo a diversos outros estímulos como, intensidade do

som, intensidade do choque e afins, e a cada variável independente que era modificada,

ocorria alteração no resultado da variável dependente almejada que nos experimentos citados

era a sobrevivência do rato para o experimento seguinte.

Quanto a representação gráfica foi visto que devido a demanda maior do tempo para o

emparelhamento e êxito no condicionamento respondente, o rato desenvolvia uma

sensibilidade maior a dor que era gerada pela intensidade do choque e a associação do som

com a presença do alimento era feita em uma quantidade maior do tempo.

Foi observado pouca presença de discriminações que chegassem a delta na fase de

isolamento. Ou seja, o rato generalizava bem mais do que discriminava.

Em relação ao comportamento operante e a modelagem foi visto uma rapidez e eficiência

maior no aprendizado, isso foi devido à presença do reforço e pelo resultado apresentado

houve um aprendizado em um espaço menor de tempo e uma modelagem mais rápida.


Ainda que não tenha sido aplicado punições nesse experimento, do comportamento operante e

modelagem, foi possível verificar que a presença do reforço gera uma contingência propícia a

uma aprendizagem gradual e satisfatória, o que leva a uma consequência natural desse

aprender (Skinner 1972).


4. CONCLUSÃO

Por conseguinte, pode-se frisar que apesar da separação didática do termos e conceitos para a
análise funcional dos experimentos, todos os processos são holísticos, afinal os arranjos das
contingências podem sofrer alterações, caso o experimentador assim decida, bem como
interfere nos resultados para as testagens das hipóteses criadas.

O comportamento e a análise funcional deste é ampla e complexa. Na realização destes


experimentos pode-se observar uma reprodução e possibilidade de examinar as teorias que
embasam a Psicologia Experimental.

Como já citado e discutido, o manejo das variáveis independentes e suas inferências nas
variáveis dependentes pode gerar diversos resultados que transpassa a ideia maniqueísta de
correto ou errado, mas a verificação da diversidade que a Psicologia Experimental e a Análise
Funcional propõe e agrega nos estudos do comportamento.
5. REFERÊNCIAS

MOREIRA. M.B e MEDEIROS. C.A. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Ed.


Artmed.2007.*

SKINNER. B.F. Sobre o Behaviorismo. Editora Cultrix. São Paulo. 2009.*

MARTIN. G; PEAR.J. Modificações de Comportamento o que é e como fazer. 8ºed. São


Paulo. Roca, 2015, cap5. *

*Referências extraídas dos slides que foram usados como apoio para construção do relatório

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