Você está na página 1de 10

UNIÃO DAS FACULDADE DOS GRANDES LAGOS - UNILAGO

Claudia Estela Angeloni


Juliana Rodrigues do Nascimento

RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO II

São Jose do Rio Preto SP


2023
UNIÃO DAS FACULDADE DOS GRANDES LAGOS - UNILAGO

Claudia Estela Angeloni

Juliana Rodrigues do Nascimento

RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

São Jose do Rio Preto SP

2023

Relatório apresentado a Professora Claudia Maria Ruiz

Disciplina Teorias Comportamental II

Do curso de Psicologia da Faculdade União

das Faculdade dos Grandes Lagos- Unilago


Resumo

Este relatório visa identificar a aprendizagem que corresponde ao processo de modificação de


comportamento do indivíduo, a partir das interações que estabelece com o meio ambiente.
Ela é estudada por diversas perspectivas teóricas, dentre as quais se destaca o Behaviorismo,
autores que fizeram importantes contribuições para a Análise Comportamental, assim como
suas aplicações práticas em diversas áreas, desde a educação até o atendimento terapêutico. O
presente trabalho teve como objetivo propor uma série de experimentos através do programa
Sniffy Pro- (rato virtual) em que foram onde recriados vários experimentos, estabelecidas
várias sessões ambientadas na caixa de condicionamento operante proposta por Skinner.
Foram realizadas 4 sessões com o sujeito em nível operante, treino ao alimentador para a
associação do som com a comida, modelagem e reforçador contínuo (C.R.F). Ao final, os
resultados apontam que os experimentos atingiram objetivos esperados e corroboram as
proposições feitas pela literatura do condicionamento operante.

PALAVRAS CHAVES: Aprendizagem; comportamento; modelagem, condicionamento


operante.
Sumario
1 Introdução..............................................................................................................................5
2 Métodos..................................................................................................................................5
2.1 Sujeito.................................................................................................................................6
2.2 Participantes e Ambientes...................................................................................................6
2.3 Procedimentos.....................................................................................................................6
2.3.1 Observação do nível operante..........................................................................................6
2.3.2 Treino ao Alimentador (som)...........................................................................................6
2.3.3 Modelagem (pressão a barra) ..........................................................................................6
2.3.4 Reforçamento Contínuo (C.R.F) .....................................................................................7
3. Resultados.............................................................................................................................7
3.1 Resultados Nível Operante.................................................................................................7
3.2 Treino alimentador (som)...................................................................................................8
3.3 Modelagem.........................................................................................................................8
3.4 Reforçamento Continuo......................................................................................................9
4 Discussão..............................................................................................................................10
5 Referências Bibliográficas....................................................................................................10
1.Introdução

O método behaviorista de J.B Watson de 1913, surge com a publicação do livro “A


Psicologia como o behaviorista a vê “
Sua teoria defendia que o indivíduo é o produto do ambiente onde está inserido e que a
psicologia deve ter como alvo de estudo o comportamento observável. Pois somente os
comportamentos observáveis concretamente seriam passíveis de serem comprovados
empiricamente em laboratório e estudado cientificamente.
Com o rigor que a ciência exige, Watson a priori recusava qualquer concepção de mente
como objeto de estudo pois em sua tese, tais conceitos depreciaria a psicologia ao status de
misticismo. Em seguida o behaviorismo radical nasce com o postulado de Skinner, que se
opõe ao Watson, quando defende que o homem não é totalmente passível ao meio e seus
comportamentos são influenciados pelas suas consequências.
O comportamento quando tem sua probabilidade de voltar a ocorrer aumentada depois das
consequências denominadas de reforço, que pode ser positivo ou negativo. O positivo quando
a consequência é a adição de um de um reforçador e negativo quando é retirado o estímulo
aversivo.
Ao contrário do reforço punição quando empregada o comportamento tem sua probabilidade
de ocorrência futura diminuída, podendo ser positiva quando é feita a adição de um estímulo
aversivo e negativa quando é retirado um reforçador. Para Skinner controlar um
comportamento a melhor opção seria através de reforços e não punições pois a punição
sugere uma resposta rápida de suspensão de um comportamento não desejado, porém gera
alguns efeitos indesejáveis, como fato de eliciar respostas emocionais e assim termos a
frequência desse comportamento aumentada na ausência do agente punidor. Skinner propõe
que aprendemos comportamento por meio da modelagem sem uso de punições.
A modelagem ocorre quando um comportamento novo é aprendido através de reforços e
extinções quando um comportamento que antes tinha uma consequência reforçadora deixa de
ser reforçado chamamos de extinção. Portanto um comportamento quando recebe reforço no
início tem um aumento na frequência e depois quando extinto esse mesmo reforço observa-se
a baixa da frequência até que comportamento deixa de existir por extinção do estímulo.
A modelagem em Oposição a extinção ensina novos comportamentos, seguindo a
aproximação sucessivas, reforçando os comportamentos desejados e quando se obtém a alta
frequência do comportamento inicia-se a extinção do mesmo reforço para iniciar o outro
reforço para um próximo comportamento que seja mais desejado, no fim é reforçado somente
o desejado e quando apreendido pelo indivíduo dizemos que o mesmo foi modelado.

2 Métodos
Para a coleta dos dados registrados neste relatório, foi utilizado o Sniffy Pro – The Virtual
Rat, um programa de computador que tem como proposta servir Como recurso didático
(ECKERMAN e TOMANARI, 2003) aplicado às aulas de Psicologia Experimental e
Behaviorismo Radical, durante as aulas práticas de Condicionamento operante desenvolvidas
no laboratório de informática.

2.1 Sujeito
Um rato virtual Sniffy Pro – The Virtual Rat,

2.2 Participantes e ambiente.


Participaram do experimento estudantes de psicologia do 3 semestre do curso de Psicologia
da Faculdade (Grandes - Lagos). No laboratório de estudos, com 15 computadores no total foi
utilizado um pen-drive, uma caneta, um fone de ouvido e um cronômetro, sendo utilizado
apenas um computador por dupla.

2.3 Procedimentos.
Os procedimentos feitos foram: (1) observação do nível operante, (2) treino ao alimentador,
(3) modelagem, (4) reforçamento contínuo (C.R.F).

2.3.1 Observação do nível operante


No nível operante foi observado os comportamentos do sujeito experimental apenas afim de
análise para registro, sem nenhuma interferência. Como os movimentos de andar, beber,
coçar, erguer, lamber, parar, virar e explorar o alimentador. Com duração de 15 minutos.

2.3.2 Treino ao alimentador (som)


Treino ao alimentador consiste em liberar a pelota do alimento assim que ele estiver próximo
a barra de alimentação, sendo assim quando a pelota de alimento for liberada emitirá um som,
sinalizando que a comida foi liberada. O sujeito experimental foi observado e condicionado
num período de 30 minutos, o final da sessão se deu quando o nível de associação foi levado
ao total de repetições possíveis para o condicionamento.

2.3.3 Modelagem (pressão a barra)

A modelagem foi feita através de reforços e extinções, sempre com aproximações sucessivas.
Teve uma duração de 15 minutos com repetições de 15 a 20 reforçadores a cada processo de
extinção. Durante todo o procedimento foram observados e registrados todos os
comportamentos referentes às aproximações sucessivas a cada minuto. Primeiro era reforçado
todo comportamento de se levantar de o rato em qualquer ponto até este comportamento ter
uma alta considerável na frequência. Depois este comportamento foi posto em extinção,
sendo reforçado apenas quando o rato se levantava nas paredes do fundo da caixa, quando a
frequência foi aumentada o reforço entrou em extinção novamente. Após o aumento da
frequência do comportamento de se levantar no fundo, eram reforçados apenas o de se
levantar próximo a barra e todos os outros comportamentos foram extintos. Por fim, foi
reforçado apenas o comportamento pressionar a barra e todos os outros foram postos em
extinção.

2.3.4 Reforçamento Contínuo (C.R.F)


Neste experimento foi retirado o reforço do comportamento de pressionar a barra e o sujeito
não ganhava mais a pelota de alimento. O procedimento durou em torno de 20 minutos,
sempre retornando quando necessário a modelagem anterior.
Foram registrados todos os comportamentos de pressão à barra a cada minuto. Além do
comportamento pressão a barra também foi registrado os comportamentos anteriores, nível
operante.

3. Resultados
3.1 Resultados Nível Operante
Foi observado somente o comportamento sem nenhum reforçador apenas a quantidades de
vezes que se repete um comportamento durante 15 minutos diretos
Foram observados que em 15 minutos, ele andou 97 vezes, coçou 55 vezes ergueu 36 vezes,
lambeu 13 vezes, parou 18 vezes, virou 39 vezes e explorou o alimentador 3 vezes.
O nível operante visou somente a medição e quantificação dos comportamentos, levando em
conta o comportamento do sujeito já existente.
3.2 Treino ao Alimentador (som)

Foram observados os 30 minutos a quantidade de frequência que ele apresentava com o


método de associar o som (estímulo-neutro) com o alimentador sendo reforçado a pelota de
alimento (estímulo reforçador incondicionado). (anexo p.7)
Ele demonstrou conforme a tabela abaixo uma frequência maior a cada minuto e depois
oscilava quando se passava mais de 40 segundo sem receber o reforço (alimento), mesmo
assim ele se dirigia ao alimentador.
Não houve uma frequência constante em quantificação, mas houve uma frequência moderada
a cada minuto.

3.3 Modelagem
Nesse nível foi feito um pareamento som/barra para que o rato aprendesse o comportamento
de pressionar a barra para ganhar alimentos.
Iniciou com reforçar apenas quando o rato estivesse em pé em qualquer lugar da caixa com
uma repetição de 15 vezes com uma duração de 5 minutos. Depois houve a extinção do
reforçador, os passos a seguir seria ele ficar em pé no fundo da caixa, houve uma repetição de
15 vezes e durou 6 minutos, novamente entrou em extinção o reforçador de alimento e o novo
comportamento seria, ele ficar em pé próximo a barra. Quando o rato ficava em pé próximo a
barra ele recebia a pelota, houve uma repetição de 15 reforçadores com uma duração de 9
minutos.
Aconteceu que o sujeito em determinado reforço não repetia o comportamento em um minuto
direto aí voltávamos ao comportamento anterior, que seria ficar em pé próximo ao fundo.
Quando ele já estava condicionado a este comportamento iniciávamos os próximos.
No comportamento final onde o sujeito tem que pressionar a barra levou a duração de 7
minutos, houve todas as extinções anteriores e ele sozinho pressionava a barra do
alimentador.
Para se chegar a este resultado houve em média 2 repetições ao comportamento anteriores
(cada um), não obtivemos resultados seguidos, mas sim uma série de repetições e extinções,
em uma duração de 40 minutos total.

3.4 Reforçamento Contínuo (C.R.F)


Iniciamos o experimento sem o alimentado no alimentador, o reforçamento contínuo previa
que o experimentador não tivesse interferência. Todos os reforços serão liberados
automaticamente pelo rato quando ele pressionar a barra.
Registramos todos os comportamentos que foram anteriormente observados no exercício do
nível operante, registrando a frequência de pressão à barra.
Com a ausência do reforço pelo experimentador ao rato houve uma diminuição de exploração
ao alimentador.

4. Discussão
O objetivo do trabalho foi verificar experimentalmente a eficiência de conceitos básicos
fornecidos pela literatura behaviorista.
Todos os conceitos, conforme orientação do professor quanto aos critérios de encerramento
de cada sessão, mostraram-se válidos.
As sessões de modelagem e CRF atestam a validade do conceito de reforço, uma vez que é
possível verificar a emissão constante do comportamento.
A sessão da extinção com o decrescimento da pressão à barra demonstra também a validade
do conceito. A ausência de reforço é suficiente para que o comportamento, aos poucos, não
ocorra. (e.g., Catania,1998/1999; Mackintosh, 1974; Skinner, 1938)
Vimos até agora que o comportamento produz consequências e é controlado por elas. Vimos
também que algumas delas aumentam a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer.
Classificamos essas consequências como reforçadoras. Portanto, consequência reforçadora,
em termos gerais, é um tipo de consequência que aumenta a probabilidade de que volte a
ocorrer o comportamento que a produziu. Novamente, temos uma relação entre o organismo
e seu ambiente, na qual o organismo emite uma resposta (um comportamento); esta produz
alterações no ambiente; e essas alterações modificam a probabilidade de tal comportamento
voltar a ocorrer. É por isso que falamos de uma interação entre o organismo e seu ambiente
quando nos referimos ao comportamento. Essa interação entre o organismo e o ambiente é
descrita, em termos técnicos, por uma contingência de reforçamento. A contingência de
reforçamento é expressa na forma se... então... – se o comportamento X ocorrer, então a
consequência Y ocorre (MOREIRA M, BORGES 2 ed. 2019 p. 51,52).

5. Referências Bibliográficas
Moreira, Márcio Borges. Princípios básicos de análise do comportamento [recurso eletrônico]
/ Márcio Borges Moreira, Carlos Augusto de Medeiros. – 2. Ed. – Porto Alegre: Artmed,
2019.e-PUB.
https://www.academia.edu/download/54585680/pre_aula_3_experimental.pdf
http://www.priberam.pt/dlpo/cognicao.
https://doi.org/10.1590/S0102-79722012000400016
Anexos;

Você também pode gostar