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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CURSO DE PSICOLOGIA

RELATÓRIO DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO


COMPORTAMENTO

GABRIELLI CARDOSO MANSO N703679


MELYSSA MACHADO SARMENTO N7084C2

SÃO PAULO
2022
GABRIELLI CARDOSO MANSO N703679
MELYSSA MACHADO SARMENTO N7084C2

RELATÓRIO DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO

Relatório apresentado à professora


Silvia Cristina Alves da disciplina de
Psicologia Experimental do
Comportamento do curso de psicologia
da Universidade Paulista.

ORIENTADORA: PROFª SILVIA CRISTINA ALVES

SÃO PAULO
2022
Sumário

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................4
2 MÉTODO ..........................................................................................................6
2.1 Sujeito ..........................................................................................................6
2.2 Equipamento ..............................................................................................6
2.3 Procedimentos ...........................................................................................6
2.3.1 Observação do nível operante ............................................................6
2.3.2 Treino ao comedouro ..........................................................................6
2.3.3 Modelagem............................................................................................7
2.3.4 Observação do reforço contínuo.........................................................7
3 RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................8
4 CONCLUSÃO .................................................................................................1
4
5 REFERÊNCIAS ..............................................................................................15
6 ANEXOS .........................................................................................................1
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1. INTRODUÇÃO

A história do behaviorismo começou com J. B. Watson no ano de 1913, ele


defendia a ideia de que o homem é um produto do meio e que a psicologia
deveria se basear no estudo do comportamento observável, pois poderiam ser
levados a laboratórios para serem feitos experimentos com rigor e base cientifica.
Watson tinha como o objeto de estudo o comportamento, e tinha como objetivo
prever e controlar o comportamento, seu método se baseava na observação do
comportamento, reflexos condicionados, uso de testes e relatos verbais, eliminou
o conceito de instintos de suas pesquisas, pois pensava que todo
comportamento pode ser aprendido e não é herdado geneticamente. Por muitos
anos rejeitou as ideias de estudo da mente, pois achava que a metafisica era um
retrocesso ao pensamento cientifico, levando a psicologia mais próxima ao
misticismo do que da ciência.
Ivan Pavlov era um cientista que também fez pesquisas sobre o comportamento,
demonstrando os reflexos condicionados, para sua pesquisa utilizou um cão que
a medida do treinamento se percebia que salivava sempre que seu treinador
entrava na sala, já que o mesmo sempre trazia sua comida, percebendo que
mesmo que não houvesse de fato a comida o cão salivava sempre que via o
treinador, trazendo assim a hipótese de que um estimulo incondicionado (salivar
ao ver a comida) junto de um estimulo neutro (o treinador que traz a comida)
acaba por trazer um estimulo condicionado (salivar toda vez que vê o treinador).
Após Watson, o behaviorismo tomou o caminho de Skinner, que defendia que o
homem não é completamente passível ao ambiente e os comportamentos eram
influenciados pelas consequências, trazendo a relação entre o comportamento e
o ambiente via contingencias reforçadoras, ou seja, os comportamentos que são
reforçados são mais prováveis de voltarem a acontecer , sendo ele positivo
quando a consequência adiciona e negativo quando retirada de um estimulo
aversivo. A punição ocorre contraria ao reforço, já que a probabilidade de sua
ocorrência se torna menor, podendo ser tanto negativa quanto positiva também.
Skinner defende a ideia de que o reforço é o melhor modo de e controlar o
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comportamento.
A modelagem é utilizada para desenvolver um comportamento-alvo não presente
no momento. Tem como característica fundamental a imediaticidade do reforço,
quanto mais próximo o reforço estiver da resposta, mais eficaz ele será. O
reforço é o tipo de consequência que aumenta a probabilidade de o
comportamento acontecer no futuro, ele pode ser positivo, quando gera a adição
de uma recompensa, e negativo, quando gera a retirada de um estímulo
aversivo. A punição ocorre contrariamente ao reforço, é o tipo de consequência
que diminui a probabilidade de um comportamento voltar a acontecer, ela
também pode ser negativa, quando é retirado um reforçador ou positiva, quando
é feito a adição de um estímulo aversivo. A modelagem é definida como o reforço
diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento alvo até que a
pessoa exiba esse comportamento, o reforço diferencial envolve reforço e
extinção, e ocorre quando apenas um comportamento especifico é reforçado.
Como resultado a frequência do comportamento reforçado aumenta e a de todos
os outros diminui através da extinção. Ela ocorre em resumo, quando um
comportamento novo é ensinado através de reforços e extinções.

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2. MÉTODO

2.1 Sujeito
Para realizar o experimento foi utilizado o simulador operacional Sniffy, que
consiste em um rato virtual, semelhante ao rato Wistar utilizado em experimentos
com ratos reais, sendo capaz de levar o aluno ou profissional o mecanismo do
condicionamento clássico e operante e a experiência prática no planejamento e
na condução do experimento.

2.2 Equipamento
Um computador (utilizando o programa Sniffy), dois pen drives, lápis, caneta,
um cronômetro, 3 folhas de registro e um par de fones de ouvidos.

2.3 Procedimentos
Os procedimentos feitos foram: (1) observação do nível operante e (2) treino
ao comedouro.

2.3.1 Observação do nível operante


No procedimento de observação do nível operante que foi realizado no dia 29
de março, com início as 07:10 e termino as 07:25h, foi feita a observação dos
comportamentos do sujeito experimental e feitos registros dos mesmos a cada
minuto. Os comportamentos registrados eram os de farejar, limpar-se, levantar
e pressão a barra.

2.3.2 Observação ao comedouro


Realizado no dia 29 de março, tendo início as 08:35h e término as 08:44h,
feito após a observação do comportamento do sujeito em seu nível operante.
No inicio do experimento era liberada a comida toda vez que o sujeito
experimental estivesse de frente para o comedouro e a cada vez que a pelota
de alimento era disponibilizada, sendo pressionada a barra para que o som da
mesma fosse associada a cada vez que o alimento era disponibilizado
levando 9 minutos para que o rato fizesse a associação do som com o
alimento sendo disponibilizado. Foi acompanhado e registrado o número de
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vezes que disponibilizamos a pelota de alimento a cada minuto.
2.3.3 Modelagem
Procedimento feito no dia 03 de maio tendo início às 08:02h e término às
08:10h. A modelagem foi feita através de reforços e extinções, sempre com
aproximações sucessivas. Durante o procedimento foram observados e
registrados todos os comportamentos referentes as aproximações sucessivas
a cada minuto. Primeiro foi reforçado todo o comportamento de se levantar
até este comportamento ter sua frequência aumentada. Depois este
comportamento foi posto em extinção, sendo reforçado apenas quando o rato
se levantava nas na parede de trás da caixa. Após o aumento da frequência
do comportamento de se levantar atrás, eram reforçados apenas o de se
levantar próximo a barra e todos os outros comportamentos de se levantar
foram extintos.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao inicio do experimento foi observado o sujeito em seu nível operante com a


intenção de registrar quais comportamentos o mesmo apresentava. O
experimento durou 15 (quinze) minutos. Os anexos e figuras abaixo mostram
os comportamentos observados a cada minuto durante o tempo do
experimento.
Anexo 1,2,3 e 4: Observação do nível operante

PRESSAO A BARRA (NO)


2.5
FREQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO

1.5

0.5

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
TEMPO EM MINUTOS

Figura 1: Refere-se aos resultados obtidos durante a observação dos


comportamentos do rato em nível operante.

8
FAREJAR (NO)
10
FREQUÊNCIA DE COMPORTAMENTO

9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
TEMPO EM MINUTOS

Figura 2: Refere-se aos resultados obtidos durante a observação dos


comportamentos do rato em nível operante.

LEVANTAR (NO)
16
FREQUÊNCIA DE COMPORTAMENTO

14
12
10
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
TEMPO EM MINUTOS

Figura 3: Refere-se aos resultados obtidos durante a observação dos


comportamentos do rato em nível operante.

9
LIMPAR-SE (NO)
12
FREQUÊNCIA DE COMPORTAMENTO

10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
TEMPO EM MINUTOS

Figura 4: Refere-se aos resultados obtidos durante a observação dos


comportamentos do rato em nível operante.

Foi observado o sujeito experimental em nível operante, e se foi atingido o


objetivo de treina-lo ao comedouro, ou seja, faze-lo associar o som da barra
sendo pressionada com o alimento que era disponibilizado.
Na primeira etapa examinamos o sujeito em seu nível operante e não
controlamos os resultados de seus comportamentos, não foi observado
nenhuma mudança no animal e nem na maneira em que se comportava ao
decorrer do experimento. Apenas quando começamos a treiná-lo, condicioná-
lo, e a controlar os produtos de seus comportamentos pudemos ver como os
mesmos podem ser conduzidos se tivermos controle de suas consequências.
Pegamos um sujeito em seu nível operante, sem nenhuma modelagem ou
associação de estímulos, e o treinamos para que associasse o barulho da
sineta com a disponibilização de comida. Na fase de nível operante pudemos
observar o comportamento sem interferências do animal e no treino ao
comedouro vemos como podemos fazer com que um estimulo gere um novo
comportamento através de reforços positivos.
Na etapa da modelagem ensinamos um comportamento novo ao sujeito.
Através dos reforços e extinções com aproximações sucessivas vimos como
ocorre a aprendizagem. O sujeito que antes não apresentava o
comportamento desejado foi modelado e passou pelo processo de
aprendizagem para que pudesse apresentar determinado comportamento e o
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inserisse em seu repertório. Podemos também, assim como ensinar e
aumentar a frequência de um comportamento, diminuir sua frequência e
extingui-lo. Na etapa da extinção fizemos com que o comportamento de
pressão a barra não mais ocorra retirando o reforço, o sujeito que antes
reforçado a se comportar de determinada maneira, para de apresentar tal
comportamento quando percebe que não será reforçado. O efeito da extinção
não ocorre de maneira imediata, primeiramente o sujeito aumentará a
frequência do comportamento que se quer extinguir e logo após diminuirá o
número de respostas aos poucos até que não mais as apresentar. É nítido
que as consequências têm efeito sobre o comportamento do sujeito, com
maior probabilidade de controle do ambiente, temos maior probabilidade de
controlar do mesmo. Quando podemos controlar o ambiente e as
consequências de atos dos sujeitos nele inserido, podemos controlar seus
comportamentos e modelar tais sujeitos.

3.1. Discussão sobre a modelagem

A partir do experimento de modelagem, pudemos perceber um aumento


significativo na operação aprendida, sendo essa de pressionar a barra, e uma
alta diminuição nos outros comportamentos, como apresentados nos gráficos
a baixo.

PRESSAO A BARRA (NO) PRESSAO A BARRA (CRF)


FREQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO

FREQUÊNCIA DE COMPORTAMENTO

2.5 25

2 20

1.5 15

1 10

0.5 5

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
TEMPO EM MINUTOS TEMPO EM MINUTOS

11
FAREJAR (NO) FAREJAR (CRF)
10 7

FREQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO
FREQUÊNCIA DE COMPORTAMENTO

9
6
8
7 5
6 4
5
4 3
3 2
2
1
1
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
TEMPO EM MINUTOS TEMPO EM MINUTOS

LEVANTAR (NO) LEVANTAR (CRF)


16 9
FREQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO
FREQUÊNCIA DE COMPORTAMENTO

14 8

12 7
6
10
5
8
4
6
3
4 2
2 1
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
TEMPO EM MINUTOS TEMPO EM MINUTOS

LIMPAR-SE (NO) LIMPAR-SE (CRF)


12 4.5
FREQUÊNCIA DE COMPORTAMENTO

FREQUÊNCIA DO COMPOTAMENTO

4
10
3.5
8 3
2.5
6
2
4 1.5
1
2
0.5
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
TEMPO EM MINUTOS TEMPO EM MINUTOS

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A partir da comparação dos gráficos podemos perceber que o experimento de
modelagem alcançou seu intuito, já que ao invés de apenas fazer
aleatoriamente os demais comportamentos, o objeto de estudo começou a
pressionar a barra constantemente nesta nova observação (CRF), enquanto a
pressão a ela era quase nula na primeira observação (NO), sendo apertada
apenas por coincidência.

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4. CONCLUSÕES

A partir do experimento, vimos quais são as variáveis que determinam o


condicionamento operante e como acontece o processo de modelagem por
reforçamento contínuo e extinção operante. Através do exercício, observação
e prática das direções dadas em sala de aula vimos que o condicionamento
operante nos diz respeito aos comportamentos que produzem consequências
e são afetados por elas. O estudo deste tipo de condicionamento é de extrema
importância para que possamos entender como aprendemos e adquirimos as
habilidades que possuímos. A partir do seu entendimento podemos manipular
consequências e as respostas contribuindo para a modificação e
aprendizagem de novos comportamentos, como foi feito no experimento alvo
deste relatório. O programa rato virtual Sniffy Pro se mostrou uma alternativa
viável para aqueles que não têm a oportunidade de aplicar o condicionamento
operante nos ratos reais, pois vale como um exemplo de como se relacionam
os comportamentos e de como os dados são coletados e analisados. O Sniffy
Pro não substitui o rato real, é apenas uma alternativa para demonstração de
como se executa um esquema de condicionamento, e não possui validade
alguma para pesquisas científicas (Tomanari & Eckerman, 2003).

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5. REFERÊNCIAS

MOREIRA, M. B., &MEDEIROS, C. A. (2007). Princípios básicos de análise


do comportamento. Artmed: Porto Alegre,2007.
TOMANARI, G. Y., & ECKERMAN, D. A. (2003). O rato Sniffy vai à escola.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 19(2), 159-164, 2003.
MILTENBERGER, R.G. Modificação do comportamento: teoria e prática.
São Paulo, SP: CENGAGE, 2018.

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6.ANEXOS

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