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Melyssa Machado Sarmento

RA:N7084C2
Turma:PS6Q13

Fichamento - A entrevista de anamnese - Psicodiagnóstico (52-67)

A entrevista de anamnese é uma parte crucial do processo psicodiagnóstico,


onde o psicólogo é conduzido a mergulhar profundamente na vida do avaliando
para compreender suas questões e preocupações. Durante essa entrevista,
percebo que a abordagem precisa ser ativa, mas equilibrada, para garantir a
coleta de informações relevantes sem influenciar os relatos do informante. É
fascinante observar como as diferentes fases da vida, desde a infância até a
idade adulta, exigem abordagens específicas para investigar aspectos
relevantes de desenvolvimento, relacionamentos e desafios enfrentados.
Enquanto se ouve atentamente os relatos, deve-se construir uma imagem do
avaliando e suas circunstâncias, sabendo que essa percepção inicial pode
mudar à medida que o processo avança e tenho contato direto com o paciente.
A anamnese não é apenas uma coleta de fatos, mas também uma
oportunidade de estabelecer rapport e conforto com o informante, essencial
para o sucesso do processo.
Após mergulhar nesse texto, uma coisa ficou clara para mim: a escolha do
principal informante é uma peça-chave nesse quebra-cabeça. Principalmente
quando lidamos com crianças, é interessante chamar ambos os pais para a
primeira entrevista. Entendi que cada um pode trazer perspectivas
complementares e até revelar percepções diferentes sobre a criança, o que
pode ser super útil para entender a queixa de forma mais completa. Cada caso
é único, e a escolha do informante principal pode depender de uma série de
fatores, desde a demanda inicial até o interesse do próprio da
criança/adolescente no processo.
Não podemos esquecer também das fontes complementares de informação,
como exames, registros escolares e até produções artísticas, quanto mais
informações, melhor! Mas também percebi a importância de estar atento às
armadilhas da anamnese, como dados insuficientes ou divergentes, é como
montar um quebra-cabeça às vezes, tentando juntar todas as peças mesmo
quando algumas estão faltando.
E é claro, não podemos subestimar a importância dos conhecimentos teóricos
nesse processo, o psicólogo precisa ter uma bagagem sólida para guiar as
perguntas e interpretar as respostas de forma precisa. No geral, fiquei
impressionado com a complexidade desse processo, mas também com a
riqueza de informações que ele pode fornecer.
Fichamento - A história do examinando – Psicodiagnóstico V (57-66)

Ao longo de cada leitura tenho me deparado com a complexidade envolvida na


avaliação psicológica e, particularmente, com a importância da história do
paciente. Essa narrativa pessoal, compartilhada durante a entrevista clínica, é
como um mapa que nos guia para compreender não apenas os sintomas
visíveis, mas também as raízes e os contextos mais amplos que moldaram a
experiência do indivíduo. A história clínica e o exame do estado mental são
elementos cruciais da avaliação psicológica, fornecendo informações vitais que
servem como base para o processo de psicodiagnóstico. No entanto, é
importante lembrar que essa avaliação vai além da simples coleta de dados,
ela requer empatia e habilidade para interpretar essas informações dentro de
um contexto dinâmico.
Um dos desafios que enfrentamos como estudantes e psicólogos é lidar com
pacientes cujas funções cognitivas podem estar comprometidas, nessas
situações, a história clínica se torna ainda mais essencial, pois nos permite
começar a desvendar as camadas mais profundas da experiência do paciente.
Mesmo quando lidamos com pacientes capazes de se comunicar e colaborar, é
crucial reconhecer que a avaliação não se resume a uma simples coleta de
dados, ela envolve uma exploração cuidadosa dos padrões de comportamento,
das relações interpessoais e das experiências de vida do paciente.
À medida que exploramos a história pessoal do paciente, somos levados a
considerar não apenas os eventos específicos, mas também os padrões mais
amplos que permeiam sua vida. Desde a infância até a idade adulta, cada
estágio do desenvolvimento traz consigo desafios únicos que moldam a
personalidade e influenciam o funcionamento psicológico do indivíduo.
Portanto, é essencial investigar não apenas os sintomas presentes, mas
também os eventos significativos que ocorreram ao longo da vida do paciente.
Além disso, devemos estar cientes das diversas influências que moldam a
experiência do paciente, incluindo o contexto familiar, as relações sociais, a
história ocupacional e a sexualidade. Cada uma dessas áreas pode fornecer
insights valiosos sobre os fatores que contribuem para o bem-estar psicológico
do paciente e os desafios que ele enfrenta em sua vida cotidiana. A ideia de
complementar a história clínica com entrevistas familiares e materiais de
produção do paciente, como escritos literários ou obras de arte, destaca a
necessidade de considerar diferentes perspectivas e formas de expressão. Isso
me faz refletir sobre como cada indivíduo possui uma história única e como é
essencial explorar diversas fontes para obter uma visão completa de sua
experiência.
A avaliação dinâmica descrita no texto ressalta a importância de entender o
paciente dentro de um contexto histórico e teórico mais amplo, isso implica não
apenas analisar os eventos recentes, mas também investigar experiências
passadas e padrões de comportamento recorrentes. Essa abordagem permite
uma compreensão mais profunda das questões enfrentadas pelo paciente. A
divisão das problemáticas do adolescente em diferentes classes, com base nas
questões psicodinâmicas e vulnerabilidades prévias, é particularmente
interessante. Isso sugere que cada caso é único e requer uma avaliação
cuidadosa para determinar a melhor abordagem terapêutica.
A integração de teorias como as de Erikson e Freud oferece uma estrutura
sólida para essa análise, permitindo ao clínico explorar diferentes aspectos do
desenvolvimento humano. Em relação às crianças, a ênfase na abordagem
dinâmica dos dados de desenvolvimento é crucial. A compreensão da relação
entre os eventos atuais e as fases anteriores do desenvolvimento pode
fornecer insights valiosos sobre a origem dos problemas enfrentados pela
criança. A sugestão de utilizar entrevistas lúdicas para obter informações
adicionais é especialmente perspicaz, pois reconhece a importância do jogo na
expressão infantil.
Conclui-se que, a história do paciente é muito mais do que uma simples lista de
eventos passados, é uma narrativa rica e complexa que nos ajuda a
compreender a totalidade da experiência humana.

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