TÍTULO: MATERNIDADE: UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL ALÉM DO DESEJO
REFERÊNCIA: ABRANCHES, M, R, J. Maternidade: sim ou não? Por quê?. Instituto
Superior de Estudos e Pesquisas. Dissertação de Mestrado, Centro de Pós-graduação de Psicologia, Instituto Superior de Estudos e Pesquisas, FGV, Rio de Janeiro, 1990.
SÍNTESE: A crença de que a maternidade é um instinto natural das mulheres é uma
construção social. Ao longo da história, os conceitos e práticas relacionadas à maternidade variaram de acordo com os contextos socioculturais. As mulheres hoje têm mais autonomia para decidir se e quando querem ter filhos. Estas mudanças são o resultado de vários factores, incluindo a conquista dos direitos reprodutivos, a participação das mulheres no mercado de trabalho e a consciência de projectos de vida para além da maternidade.
Criticando a visão de que a maternidade é um instinto natural: A autora rejeita a visão
de que a maternidade é uma vocação da mulher, enfatizando que a experiência da maternidade varia dependendo da história e da cultura. As representações sociais das mães moldam as expectativas e experiências das mulheres, mas não determinam as suas personalidades.
A reprodução como estrutura social: A crença no instinto materno é o resultado de uma
estrutura social que foi reforçada ao longo da história. Fatores como religião, cultura, políticas públicas e meios de comunicação contribuem para a idealização da maternidade como dever e missão da mulher. Mulheres Hoje: A crescente participação das mulheres no mercado de trabalho e a sua procura de autonomia e realização pessoal estão a desafiar os modelos tradicionais de maternidade. As mulheres exigem o direito de escolher se e como querem ser mães. A maternidade não deve ser considerada a única forma de desenvolvimento das mulheres.
Análise Crítica e Comentário:
A crença de que a maternidade é um instinto natural das mulheres é uma construção social. Os conceitos e práticas relacionados à maternidade mudaram ao longo da história dependendo do contexto sociocultural. As mulheres hoje têm mais autonomia para decidir se e quando querem ter filhos. Estas mudanças são o resultado de vários factores, incluindo a realização dos direitos reprodutivos, a participação das mulheres no mercado de trabalho e a consciência dos planos de vida para além da maternidade. A autora critica a visão de que a maternidade é um instinto natural, rejeita a visão de que a maternidade é uma vocação da mulher e enfatiza que a experiência da maternidade varia dependendo da história e da cultura. As representações sociais da maternidade moldam as expectativas e experiências das mulheres, mas não definem as suas personalidades. Reprodução como construção social: A crença no instinto materno é resultado de estruturas sociais estabelecidas ao longo da história. Fatores como religião, cultura, políticas públicas e meios de comunicação contribuem para a idealização da maternidade como dever e missão da mulher. Mulheres Hoje: A crescente participação das mulheres no mercado de trabalho e a sua procura de autonomia e realização pessoal estão a desafiar os modelos tradicionais de maternidade. As mulheres exigem o direito de escolher se e como se tornarem mães. A maternidade não deve ser vista como a única forma de as mulheres prosperarem.
Ser Mãe Ou Não Ser, Eis A Questão: Um Estudo Sobre Os Aspectos Da Romantização Da Maternidade e Da Maternagem Que Influenciam Na Decisão Das Mulheres de Terem Filhos Ou Não.1