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INSTITUTO SUPEIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE LETRAS
REPARTIÇÃO DE ENSINO DE LINGUA FRANCESA
TRAVAIL DE PRATIQUE DE FRANÇAIS
THÈME :

LES MUSICIENS QUI FONT DE LA MUSIC “ KUDURO ” SONT

ELABORADO PELO GRUPO Nº 1


ESPECIALIDADE: LINGUÍSTICA FRANCESA
2º ANO/ REGULAR
PERIODO: TARDE

A DOCENTE
__________________________
MARIA ANTÓNIA

Benguela, Maio 2023


INSTITUTO SUPEIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DE BENGUELA
DEPARTAMENTO DE LETRAS
REPARTIÇÃO DE ENSINO DE LINGUA FRANCESA

ELABORADO PELO GRUPO Nº 1


FRANCES 2º ANO/REGULAR
ANO LECTIVO: 2022/2023
PERIODO: TARDE

ELEMENTOS DO GRUPO
Mário António João--------------------------------------------------16
Segunda Daniel Chingombe--------------------------------------17

Benguela, Maio 2023


PANSAMENTO

Não considere nenhuma prática imutável. Mude e esteja pronto a mudar novamente.
“B.F. Skinner”
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a docente da disciplina em causa, por ser uma


instrutora paciente, que muito tem feito em transmitir-nos os seus conhecimentos, para
nos levar a adquirir a competência do saber-fazer;

Dedicamos ainda à todos os colegas de turma e não só, apelando a leitura do


trabalho, porque contribui/contribuirá para o enriquecimento de nossos
conhecimentos;

Aos nossos familiares pelo apoio, que nos têm depositado, desde os apoios
emocionais até ao financeiro;

Aos nossos amigos, e à todos aqueles que desde o início da nossa


formação têm dado o seu apoio e ajuda possível.
AGRADECIMENTO

Amavelmente agradecemos à Deus por nos ter dado força, aos colegas que
contribuíram direta e indiretamente para a realização deste trabalho, também o nosso
muito obrigado vai endereçado a professora da cadeira de Psicologia Pedagógica pela
sua paciência, compreensão e orientação.

O nosso muito obrigado.


ÍNDICE

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 7
DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................................. 8
1. CONCEITOS ..................................................................................................................................... 8
1.1 Objeto de estudo: ......................................................................................................................... 8
1.2 Métodos: ......................................................................................................................................... 8
2. BEHAVIORISMO METODOLÓLGICO ............................................................................................. 9
2.1 O condicionamento respondente.......................................................................................... 11
3. BEHAVIORISMO RADICAL ............................................................................................................. 12
3.1 O condicionamento operante.................................................................................................. 12
3.1.1 Reforço (positivo ou negativo) e Punição ....................................................................... 14
3.1.2 Extinção .................................................................................................................................... 15
3.1.3 Generalização ......................................................................................................................... 16
3.1.4 Discriminação ......................................................................................................................... 16
4. BEHAVIORISMO: SUA APLICAÇÃO ............................................................................................ 17
5. O PROBLEMA DO CONTROLE ..................................................................................................... 17
CONCLUSÃO.............................................................................................................................................. 19
BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................................... 20
INTRODUÇÃO
O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em um
artigo (1913) que apresentava o título "Psicologia como os behavioristas a vêem". O
termo inglês behavior significa comportamento, daí se denominar esta tendência
teórica de behaviorismo. Mas, também utilizamos outros nomes para designá-la, como
comportamentismo, teoria comportamental, análise experimental do comportamento.

Watson, postulando então o comportamento como objeto da psicologia, dava a


esta ciência a consistência que os psicólogos da época vinham buscando. Um objeto
observável, mensurável, que podia ser reproduzido em diferentes condições e em
diferentes sujeitos. Essas características eram importantes para que a Psicologia
alcançasse o status de ciência, rompendo definitivamente com sua tradição filosófica.

É importante esclarecer, desde o início, que o Behaviorismo, apesar de colocar


o comportamento como o objeto da Psicologia, considera que "só quando se começa
a relacionar os aspectos do comportamento com os do meio é que há a possibilidade
de existir uma psicologia científica" (KELLER, F. S. e SCHOENFELD, W. N. Princípios
de Psicologia. São Paulo: Herder e EDUSP, 1970).

Portanto, o Behaviorismo dedicou-se ao estudo do comportamento na relação


que este mantém com o meio ambiente onde ocorre. Mas como comportamento e
meio são termos amplos demais para poderem ser úteis para uma análise descritiva
nesta ciência, os psicólogos desta tendência chegaram aos conceitos de estímulo e
resposta (teoria SR : abreviatura dos termos latinos Stimulus e Responsio).

Estímulo e resposta são portanto as unidades básicas da descrição e o ponto


de partida para uma ciência do comportamento.

O homem começa a ser estudado como produto do processo de aprendizagem


pelo qual passa desde a infância, ou seja, como produto das associações estabelecida
durante sua vida entre estímulos (do meio) e respostas (manifestações
comportamentais).

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DESENVOLVIMENTO
1. CONCEITOS
O nome Behaviorismo tem origem no termo em inglês Behavior, que
significa comportamento.

O Behaviorismo, também chamado de Comportamentismo ou


Comportamentalismo, tem como objeto de estudo o comportamento. Essa teoria
psicológica defende que a psicologia humana ou animal pode ser objetivamente
estudada por meio de observação de suas ações, ou seja, observando o
comportamento.

Os Behavioristas acreditam que todos os comportamentos são resultados de


experiência e condicionamentos. As figuras influentes do Behaviorismo incluem os
psicólogos John B. Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento
clássico e ao condicionamento operante, respectivamente.

1.1 Objeto de estudo:


• Os principais objetos de estudo da psicologia behaviorista de Watson eram os
elementos do comportamento, ou seja, os movimentos musculares do corpo e as
secreções glandulares. Sendo uma ciência do comportamento, a psicologia tratava
exclusivamente dos atos, ou respostas, passíveis de descrição objetiva, sem o
emprego de terminologia subjetiva ou mentalista.

1.2 Métodos:
• Aplicação direta dos métodos naturais:

• Observação, com e sem o uso de instrumentos,

• Métodos de teste,

• Método de relato verbal,

• Método do reflexo condicionado.

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A Psicologia comportamental não possui um único conjunto de teorias, seus
estudos são debatidos por diversos autores. Os principais tipos de Behaviorismo são
o Behaviorismo metodológico, influenciado pelo trabalho de John B. Watson, e o
Behaviorismo radical, que foi iniciado pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner.

Os behavioristas acreditam que os comportamentos podem ser aprendidos por


meio do condicionamento. Isto é, as condições do ambiente têm influência direta no
comportamento do indivíduo ou animal. O condicionamento clássico está ligado à
escola do Behaviorismo metodológico (ou behaviorismo clássico), enquanto que o
condicionamento operante, faz parte dos estudos do Behaviorismo radical, como
veremos mais adiante.

2. BEHAVIORISMO METODOLÓLGICO
O Behaviorismo Metodológico, atribuido a John B. Watson, surgiu em oposição
à introspecção e ao mentalismo. Watson argumentava que qualquer observador pode
medir objetivamente o comportamento publicamente observável justamente porque,
diferentemente dos processos cognitivos, que são privados, o comportamento é
público. Duas pessoas podem observar o mesmo comportamento - por exemplo, um
rato virando à direita num labirinto - e concordar com o que observam. Em seu
manifesto de 1913, afirmou: "A psicologia, como um behaviorista à vê, é um ramo
puramente objetivo da Ciência Natural. Seu objetivo teórico é a previsão e o controle
do comportamento. A introspecção não é parte essencial de seu métodos [...] o
behaviorista, em seus esforços para conseguir um esquema unitário das respostas
animais, não reconhece uma linha divisória entre homem e besta." (1913, p. 1, colchetes
adicionados).

Esse comportamento surge a partir de um estímulo presente no ambiente


externo ao indivíduo, ou seja, os estímulos ambientais são as causas dos
comportamentos. No behaviorismo clássico se adota o estímulo (representado pela
letra S) e a resposta (representada pela letra R) como partes integrantes do
comportamento.

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Watson não negava o papel da hereditariedade sobre o condicionamento dos
organismos. Pelo contrário, alicerçou a construção de seu behaviorismo sobre o que
para ele eram fatos, hereditariedade e hábitos:

"A psicologia que eu devo tentar construir tomaria como ponto de partida,
primeiro, o fato observável que organismos, como homem e animal, realmente
ajustam-se ao seu ambiente por meio de equipamentos [tais como] hereditariedade e
hábito. Esses ajustamentos podem ser muito adequados ou podem ser tão
inadequados que o organismo mal mantém sua existência; segundo, que certos
estímulos guiam os organismos a realizar as respostas." (p. 167).

Em seguida, tomando seu trabalho com pássaros como exemplo ele


prossegue:

"Para entender mais completamente a relação entre o que era hábito e o que
era hereditariedade naquelas respostas, eu peguei pássaros jovens e os criei. Desta
maneira, eu fui capaz de estudar a ordem de aparecimento dos ajustamentos de
hereditariedade e sua complexidade, e em seguida o início da formação do hábito."
(p. 167).

Ou seja, para Watson os organismos não apenas possuem um equipamento


que assegura a hereditariedade, para ele é tarefa do behaviorista separar o efeito da
hereditariedade (genético) do efeito do hábito (condicionamento).Watson arguia que
toda atividade humana era condicionada e é condicionável, a despeito da variação na
constituição genética.

Watson, ainda segundo Freire (2004), negaria todas as tendências inatas,


sendo que o homem herdaria apenas as estruturas do corpo e seu funcionamento.
Não haveria a herança de características mentais como inteligência, habilidades,
instintos, talentos ou dons especiais. Os diversos comportamentos seriam explicados
a partir da influência do ambiente, sendo o condicionamento num sistema de estímulo
e resposta o determinante comportamental.

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2.1 O condicionamento respondente
O comportamento reflexo é um comportamento involuntário (reflexo) e inclui as
respostas que são eliciadas ("produzidas") por modificações especiais de estímulos
do ambiente. Por exemplo, a contração das pupilas quando uma luz forte incide sobre
os olhos, a salivação quando uma gota de limão é colocada na ponta da nossa língua,
o arrepio da pele quando um ar frio nos atinge, as famosas "lágrimas de cebola", etc...

Esses comportamentos reflexos são involuntários, como já dissemos, e


eliciados pelos estímulos especiais do meio. Mas também podem ser provocados por
outros estímulos que, originalmente, nada têm a ver com o comportamento, devido à
associação entre estímulos.

Assim, se um estímulo neutro (aquele que originalmente nada tem a ver com o
comportamento) for pareado (associado) um certo número de vezes a um estímulo
eliciador (aquele que elicia o comportamento), o estímulo previamente neutro, irá
evocar a mesma espécie de resposta.

Para deixar isso mais claro vamos a um exemplo: "Suponha que, numa sala
aquecida, sua mão direita seja mergulhada numa vasilha de água gelada.
Imediatamente a temperatura da mão abaixar-se-á, devido ao encolhimento ou
constrição dos vasos sangüíneos. Isto é um exemplo de comportamento
correspondente. Será acompanhado de uma modificação semelhante, e mais
facilmente mensurável, na mão esquerda, onde a constrição vascular também será
induzida. Suponha agora que sua mão direita seja mergulhada na água gelada certo
número de vezes, digamos em intervalos de três ou quatro minutos; e, além disso,
que você ouça uma cigarra elétrica pouco antes de cada imersão.

Lá pelo vigésimo pareamento do som da cigarra com a água fria, a mudança


de temperatura poderá ser eliciada apenas pelo som - isto é, sem a necessidade de
molhar uma das mãos". Neste exemplo de condicionamento respondente, o
rebaixamento de temperatura da mão eliciado pela água fria é uma resposta
incondicionada (não foi condicionada), enquanto o rebaixamento da temperatura
eliciada pelo som é uma resposta condicionada (aprendida).

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3. BEHAVIORISMO RADICAL
O Behaviorismo radical, corrente comportamentalista de Skinner, surgiu em
oposição ao behaviorismo metodológico.

Essa abordagem considera que os comportamentos observáveis eram


manifestações externas de processos mentais invisíveis, como o autocontrole, o
pensamento, entre outros. Porém, defende que era mais conveniente estudar os
comportamentos observáveis. Com isso, ele pretende dizer que as emoções não dão
origem à nossa conduta, pois também fazem parte do modo de agir. Ou seja, o
comportamento não é consequência do livre arbítrio, mas sim das consequências dos
seus atos, sejam positivos ou negativos.

Skinner contribuiu grandemente com a criação do Condicionamento Operante,


um método de aprendizado que ocorre através de reforços (positivos ou negativos) e
punições. O objetivo é entender a relação entre os comportamentos de um animal ao
seu ambiente.

3.1 O condicionamento operante


O comportamento operante é o comportamento voluntário e abrange uma
quantidade muito maior da atividade humana - desde os comportamentos do bebê de
balbuciar, agarrar objetos, olhar os enfeites do berço, até os comportamentos mais
sofisticados que o adulto apresenta. Como nos diz Keller (op. cit.), o comportamento
operante "inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que,
em algum momento, têm um efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor. O
comportamento operante opera sobre o mundo, por assim dizer, quer direta, quer
indiretamente".

A leitura que você está fazendo deste livro; escrever; pedir para o táxi parar
com o gesto da mão; pilotar um avião, fazê-lo explodir; tocar um instrumento; namorar,
são todos exemplos de comportamento operante.

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O condicionamento deste tipo de comportamento, o operante, tem seus
fundamentos na Lei do Efeito, de Thorndike . Segundo Keller, em essência, essa lei
enuncia que "um ato pode ser alterado na sua força pelas conseqüências".

Assim, se deixarmos um ratinho privado de água durante 24 horas, ele


certamente apresentará o comportamento de beber água assim que tiver
oportunidade. Ora, o ratinho, no seu habitat, quando quer beber água emite algum
comportamento que lhe permite realizar seu intento. Esse comportamento foi sem
dúvida aprendido e mantido pelo efeito que proporcionou: matar a sede.

Sabendo disso, podemos reproduzir essa situação num laboratório, só que


neste caso nós determinaremos a resposta que desejamos que o organismo emita
para conseguir o efeito esperado, de matar a sede.

Colocamos então nosso ratinho na " caixa de Skinner" onde ele encontrará
apenas uma barra que, quando pressionada, aciona um mecanismo (camuflado para
o ratinho) que faz com que uma pequena haste traga à caixa uma pequena gota de
água.

Que resposta esperamos do nosso ratinho? Que pressione a barra. Como isto
ocorre pela primeira vez? Por acaso, por mero acidente, o ratinho, na exploração da
caixa, encosta na barra, faz surgir pela primeira vez a gotinha de água, que é lambida
devido à sede. Para saciá-la, ele continuará buscando a água e irá repetir o seu
comportamento até que o ato de pressionar a barra esteja associado ao aparecimento
da água.

Neste caso, do condicionamento operante, o que propicia a aprendizagem dos


comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante, no sentido
de satisfazer-lhe alguma necessidade, ou melhor dizendo, a relação que se
estabelece entre uma ação e seu efeito.

Este condicionamento operante pode ser representado da seguinte maneira: R


-> S, onde R é a resposta (pressionar a barra), a flecha significa "leva a" e S é o
estímulo reforçador (a água), que tanto interessa ao organismo.

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Esse estímulo reforçador é chamado de reforço. E é mantido o termo estímulo
por ser ele o responsável pela ação, apesar de ocorrer depois do comportamento.
Assim, agimos ou operamos sobre o mundo em função das conseqüências que nossa
ação cria. O estímulo de nossa ação está em suas conseqüências.

Pense no aprendizado de um instrumento. Nós o tocamos para ouvir seu som.


Ou, outros exemplos ainda, como: dançar para estar próximo do corpo do outro, mexer
com a garotinha para receber seu olhar, abrir uma janela para que entre a luz.

3.1.1 Reforço (positivo ou negativo) e Punição


Os reforços são divididos em positivos ou negativos, ambos têm o objetivo de
estimular a repetição de comportamentos que tem como consequência uma
premiação positiva.

 Reforço positivo: quando algo bom é adicionado, por exemplo alimento


cai na caixa, para ensinar um novo comportamento.
 Reforço negativo: quando algo ruim é removido, por exemplo, uma
corrente elétrica é interrompida, para ensinar um novo comportamento.

Já as Punições têm o objetivo de cessar ou diminuir a frequência de um


comportamento, pois sua consequência é algo ruim.

Punição: Quando algo ruim é adicionado, por exemplo, multa de trânsito, para
ensinar a parar um comportamento.

A punição, por sua vez, é a aplicação de um estímulo aversivo. Aversão


que reduziria a probabilidade do comportamento.

A punição pode ser também positiva (caso em que consiste em se inserir no


ambiente um estímulo aversivo, como, por exemplo, um puxão de orelha)
ou negativa (caso em que consiste na retirada de um estímulo reforçador do
ambiente ou uma recompensa, como na proibição que uma criança receba de assistir
televisão).

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3.1.2 Extinção
Assim como podemos instalar comportamentos, podemos "descondicionar uma
resposta". Skinner trabalhou nesse processo de eliminação dos comportamentos
indesejáveis ou inadequados e denominou-o extinção.

O salto do condicionamento operante para a extinção foi curto. Se é o esforço


ou o efeito que mantém um comportamento operante, com certeza a ausência desse
reforço fará desaparecer a resposta. Deixamos então de paquerar uma menina
quando, depois de várias investidas, ela nem nos dirige o olhar, ignora-nos.

Outra forma de extinção do comportamento é a chamada punição. A extinção,


pela suspensão do reforço, é uma maneira demorada de "eliminar" uma resposta.
Quando se trata de eliminar um comportamento muito inadequado e que possa trazer
perigo ao próprio organismo é preciso usar uma técnica mais eficiente. Sabendo que
todo o organismo tende a fugir de estímulos aversivos, indesejáveis, é possível dosar
a intensidade desses estímulos para, sem agredir o organismo, desestimulá-lo a
continuar emitindo uma determinada resposta.

Se você retornar um pouco no tempo, na história de sua vida, lembrar-se-á das


palmadas e dos castigos que recebeu de seus pais, quando emitia um comportamento
indesejável. Essas palmadas e castigos eram punições pela emissão do
comportamento e tendiam a levar o comportamento ao seu desaparecimento.

É preciso um certo cuidado para não confundir o reforçamento negativo com a


punição. No caso do reforçamento negativo, um comportamento está sendo instalado
para evitar um estímulo desagradável; no caso da punição, um determinado
comportamento estará sendo eliminado através da emissão de um estímulo aversivo.

Assim, nosso ratinho, que havia aprendido a bater na barra para obter água
(reforçamento positivo) e em seguida aprendeu a bater nela para eliminar o choque
(reforçamento negativo), poderá agora ter seu comportamento de bater na barra
eliminado se, cada vez que fizer isso, liberamos um choque (punição) ou, ainda, se
nunca mais lhe for apresentada a gotinha de água (extinção).

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3.1.3 Generalização
Este conceito completa a nossa compreensão de teoria do reforço como uma
teoria de aprendizagem. Quando estamos treinados para emitir uma determinada
resposta, em uma dada situação, poderemos emitir esta mesma resposta em
situações onde percebemos uma semelhança entre os estímulos. Quando
percebemos a semelhança entre estímulos e os aglutinamos em classes estamos
usando a nossa capacidade de generalizar. Ou seja, uma capacidade de responder
de forma semelhante a situações que percebemos como semelhantes.

Esse princípio de generalização é fundamental quando pensamos na


aprendizagem escolar. Nós aprendemos na escola alguns conceitos básicos, a fazer
contas e a escrever certas palavras. Graças à generalização, podemos transferir
esses aprendizados para diferentes situações, como dar troco e recebê-lo numa
compra, escrever uma carta para a namorada distante e aplicar conceitos de Física
para consertar aparelhos eletrodomésticos.

Na vida cotidiana, também aprendemos a nos comportar em diferentes


situações sociais dada a nossa capacidade de generalização no aprendizado das
regras e normas sociais.E aqui vale a pena falar de uma outra capacidade que temos,
importante tanto no aprendizado escolar quanto no aprendizado social: a
discriminação.

3.1.4 Discriminação
Se a generalização é a capacidade de percebermos semelhanças entre
estímulos e responder de maneira semelhante ou igual a todos eles, a discriminação
é o processo inverso, é a capacidade que temos de perceber diferenças entre
estímulos e responder diretamente a cada um deles.Poderíamos aqui pensar no
aprendizado social. Há, por exemplo, normas e regras de conduta para festas:
cumprimentar os presentes, ser gentil, procurar manter diálogo com as pessoas,
agradecer e elogiar a dona da casa. No entanto, as festas podem ser diferentes: mais
informais; familiares, pomposas, em casa do patrão de seu pai. Somos então capazes
de discriminar esses diferentes estímulos e nos comportar de maneira diferente em
cada uma das situações.

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4. BEHAVIORISMO: SUA APLICAÇÃO
A principal área de aplicação dos conceito apresentados tem sido a educação.
São conhecidos os métodos de ensino programado e o controle e organização das
situações de aprendizagem, bem como a elaboração de uma tecnologia de ensino.

Entretanto, outras áreas também têm recebido a contribuição das técnicas e


conceitos desenvolvidos pelo behaviorismo, como a área de treinamento de
empresas, a clínica psicológica, o trabalho educativo de crianças excepcionais, a
publicidade e outros mais. Na verdade, a análise experimental do comportamento
pode auxiliar-nos a descrever nossos comportamentos em qualquer situação,
ajudando-nos a modificá-los.

5. O PROBLEMA DO CONTROLE
Há certas regras empíricas de acordo com as quais o comportamento humano
vem sendo controlado há muito tempo e que constituem uma espécie de arte pré-
científica. O estudo científico do comportamento alcançou o ponto em que pode
proporcionar técnicas adicionais, Na medida em que os métodos da ciência
continuarem a ser aplicados ao comportamento, poderemos esperar que as
contribuições técnicas se multipliquem rapidamente. Se pudermos julgar a partir da
aplicação da ciência em outros problemas práticos, o efeito sobre os assuntos
humanos será tremendo.

Negação de controle. Uma solução proposta é insistir em que o homem é um


agente livre e eternamente além do alcance das técnicas controladoras.
Aparentemente já não é possível buscar refúgio nessa crença. (...)

Todos nós controlamos, e somos todos controlados. À medida que o


comportamento for mais profundamente analisado, o controle virá a ser mais eficaz.
Mais cedo ou mais tarde o problema deverá ser encarado.

Recusa de controle. Uma solução alternativa é a rejeição deliberada da


oportunidade para controlar. O melhor exemplo disso vem da psicoterapia. Muitas
vezes o terapeuta tem consistência de eu poder sobre o indivíduo que vem a ele em
busca de auxílio. A solução de Rogers é diminuir ao máximo o contato entre paciente
e terapeuta a ponto de que o controle parece ter desaparecido. Entretanto, recusar-

17
se a exercer controle e deixá-lo assim para outras fontes, muitas vezes tem o efeito
de diversificá-lo.

Diversificação do controle. Uma solução particularmente óbvia é distribuir o


controle do comportamento humano entre muitas agências* que tenham tão pouco
em comum que não seja provável que se juntem em uma unidade despótica. Em geral
este é o argumento em favor da democracia e contra o totalitarismo. Em um estado
totalitário todas as agências são colocadas sob o controle de uma única superagência.

Freqüentemente se diz que uma agência unificada é mais capaz, mas isso
dificulta ainda mais a busca de uma solução para o problema do controle. É a
ineficácia das agências diversificadas que oferece alguma garantia contra o uso
despótico do poder. (...) Até onde as forças que se opõem mantêm um certo equilíbrio,

Controle do controle. Em outra tentativa para resolver o problema do controle


dá-se uma agência governamental o poder de limitar a medida em que o controle é
exercido por indivíduos ou por outras agências. (...) Restringe-se o controle pessoal
dando ao indivíduo socorro contra "influências indevidas" . (...) *Por agencia, o autor
entende religião, educação, propaganda...

18
CONCLUSÃO
Realizado o trabalho, constata-se que o behaviorismo surge como uma
resposta a demandas da Psicologia que se pretendia, e ainda se pretende. Mostrou-
se bastante estruturado em termos de método e pressupostos e deixou inegáveis
contribuições à Psicologia. O Behaviorismo é adotado por diversas instituições e
sociedade, como escolas, empresas, grupos de trabalho, entre outras que visam
observar o comportamento humano.

O estudo do comportamento pode ajudar a melhorar o aprendizado


ou motivação ao estudo ou trabalho em ambientes diversos, através de sistemas de
punições e premiações e as observações do que ocorre após esses estímulos.

19
BIBLIOGRAFIA
BAUM, W. M. Compreender o Behaviorismo: ciência, comportamento e cultura. Porto
Alegre: Artmed, 1999.
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao
estudo de Psicologia. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
BRAGHIROLLI, E. M.; BISI, G. P.; RIZZON, L. A.; NICOLETTO, U. Psicologia Geral.
24 ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
FREIRE, I. R. Raízes da Psicologia. 8ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
HOLLAND, J. G. Comportamentalismo - parte do problema ou da solução? In:
Psicologia 9 (1): 59-75, 1983.
MAGEE, B. História da filosofia. 3 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
STAATS, A.W. Behaviorismo social: uma ciência do homem com liberdade e
dignidade. In: Arquivos brasileiros de psicologia 32(4): 97-116, 1980
SKINNER, B. F. O mito da liberdade. Rio de Janeiro: Bloch, 1971.
Sobre o behaviorismo. 10 ed.Sãoo Paulo: Cultrix, 2006.
Weber, L.N.D. Conceitos e pré-conceitos sobre o behaviorismo. Psicologia Argumento, 20(31),
29-38, 2002

20

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