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TURMA: DC76A
ANO: 2018
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INTRODUÇÃO
Nessa modalidade de atuação os profissionais devem estar capacitados para atuar nesse
campo especifico nesse curso de docência na educação superior, apesar de perfeita e
fascinante esse profissional necessita de uma qualificação a mais para que possam adentrar
nesse campo, conhecimentos pedagógicos são essenciais para um bom desempenho da
profissão, por isso, a importância de cursar uma especialização na área de docência.
Este trabalho de conclusão mostrará um pouco da importância do plano de ensino que é objeto
primordial para essa prática e de como ele é indispensável para o bom desenvolvimento e
acompanhamento do aluno e professor, teremos também uma apostila direcionada para o
curso de pedagogia com a disciplina alfabetização e letramento que serve de base para o
curso.
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1. O QUE É PLANO DE ENSINO?
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2. QUAL A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO?
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3. PLANO DE ENSINO
PLANO DE ENSINO
CURSO PEDAGOGIA
MARCO REFERENCIAL
MARCO OPERACIONAL
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suas relações na prática pedagógica.
Discutir as diferenças entre alfabetização e
letramento,reconhecendo a sua indissociabilidade;
Descrever os principais fundamentos teóricos que sustentam
os doisconceitos para que possam aprofundar o seu domínio;
OBJETIVOS
Investigar o processo histórico das diferentes
ESPECÍFICOS DA
DISCIPLINA abordagens/métodos da alfabetização no Brasil e suas
implicações sociais, políticas,históricas e culturais.
Esboçar os processos linguísticos que sustentam a
aprendizagemalfabética à prática docente desenvolvendo
estratégias de ensino.
Aulas expositivo-participativas, trabalhos em grupos, entrevistas,
MÉTODOS
abordagem de filmes, dinâmicas, discussão de leituras, seminários.
UND ASSUNTO
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Soares, Magda. Alfabetização e Letramento – 7. ed. – São Paulo:
Contexto, 2017.
REFERÊNCIAS Alfabetização e Letramento na sala de aula / Maria Lúcia
BÁSICAS
Castanheira, Francisca Isabel Pereira Maciel, Raquel Márcia Fontes
Martins, (organizadoras). – Belo Horizonte: Autêntica Editora:Ceale,
2008.
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40138/1/01d16t03.pdf
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APOSTILA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
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PREZADOS ALUNOS,
Esta apostila tem como foco a disciplina de Alfabetização e Letramento, ela
está dividida em 4 módulos:
Nesses módulos você encontrará conceitos e poderá tirar muitas dúvidas. Ao final desta
disciplina você será capaz de apreender muito conhecimento, dentre estes você irá:
indissociabilidade;
alfabetização;
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4.1. MÓDULO I: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: CONCEPÇÕES TEÓRICAS
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qualidade, colocando a “culpa”, às vezes, no método utilizado, no aluno que apresenta muitas
dificuldades, na má formação do professor, nas condições sociais desfavoráveis ou, ainda, em
outras causas diversas. Enfim, foram muitas as tentativas de superação, embora, nenhuma
apresentasse grande êxito. (MORTATTI, 2006)
Com certeza, esses estudos foram de muita valia, pois todos os fatores citados caracterizam a
qualidade da educação, logo, a escola não somente influência a sociedade, mas também é por
ela influenciada, ou seja, este conjunto de possíveis causas que estão dentro e no entorno da
escola, realmente, afetam o ensino-aprendizagem.
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Essa fusão dos dois processos, que leva à
chamada “desinvenção da alfabetização”, aliada
à interpretação equivocada das novas
perspectivas teóricas acarretou na prática a
negação de qualquer atividade que visasse à
aquisição do sistema alfabético e ortográfico,
como o ensino das relações entre letras e sons, o
desenvolvimento da consciência fonológica e o
reconhecimento das partes menores das
palavras, como as sílabas, pois eram vistos
como tradicionais. Passou-se a acreditar que o
aluno aprenderia o sistema simplesmente pelo contato com a cultura letrada, como se ele
pudesse aprender sozinho o código, sem ensino explícito e sistemático.
Dermeval Saviani, em seu livro Escola e Democracia (2008), apresenta que aspectos da escola
tradicional são importantes para a educação. Com a teoria da curvatura da vara, ele mostra
que para a educação ter mais qualidade, a “vara” deve permanecer reta, e não curvada para a
teoria nova, nem para a teoria tradicional, mas sim, alinhada. E ainda argumenta que uma
pedagogia comprometida com a qualidade educacional
e voltada para a transformação social, deve incorporar
aspectos positivos e relevantes da pedagogia tradicional
e da pedagogia nova, de modo que o ponto de partida
seja a prática social sincrética e o de chegada uma
prática social transformada.
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conceito de letramento, de forma que eles não se fundam e nem se confundam, apesar de,
como já foi dito, necessitarem acontecer de maneira inter-relacionada. Com uma prática
educativa que faça uma aliança entre alfabetização e letramento, sem perder a especificidade
de cada um dos processos, sempre fazendo relação entre conteúdo e prática e que,
fundamentalmente, tenha por objetivo a melhor formação do aluno.
De acordo com Soares, 2003, a palavra letramento é de uso ainda recente e significa o
processo de relação das pessoas com a cultura escrita. Assim, não é correto dizer que uma
pessoa é iletrada, pois todas as pessoas estão em contato com o mundo escrito. Mas, se
reconhece que existem diferentes níveis de letramento, que podem variar conforme a
realidade cultural.
Este termo ganha espaço a partir da constatação de uma problemática na educação, pois
através de pesquisas, avaliações e análises realizadas, chegou- se à conclusão de que nem
sempre o ato de ler e escrever garante que o indivíduo compreenda o que lê e o que escreve.
Entretanto, se reconhece que muito mais que isso, é realizar uma leitura crítica da realidade,
respondendo satisfatoriamente as demandas sociais.
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Fica claro que o problema destacado neste resultado não é apenas o da alfabetização, no que
diz respeito ao ler e escrever, mas a questão aparece quando se exige interpretação e
raciocínio, ou seja, há uma ausência de letramento na alfabetização das pessoas.
Analisando dialeticamente a evolução humana, fica explícito que o homem antes mesmo de
aprender a escrita, apreende o mundo a sua volta e faz a leitura crítica desse imenso mundo
material. Por isso, é incorreto dizer que uma pessoa é iletrada, mesmo que ela ainda não seja
alfabetizada, pois ela desde o princípio da vida reflete sobre as coisas. O letramento está
intimamente ligado às práticas sociais, exigindo do indivíduo, uma visão do contexto 12197
social em que vive. Isso faz da alfabetização uma prática centrada mais na individualidade de
cada um e do letramento uma prática mais ampla e social.
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4.1.3. O QUE DIFERENCIA ALFABETIZAÇÃO DE LETRAMENTO?
Alfabetização Letramento
Individuo Alfabetizado é o sujeito que sabe ler Uma pessoa letrada sabe usar a leitura
e escrever. e a escrita de acordo com as demandas
sociais.
De acordo com Magda Soares, a diferença está no domínio que o sujeito tem sobre a leitura
e escrita. O sujeito alfabetizado sabe ler e escrever, porém pode estar pouco habituado a usar
essas habilidades no seu cotidiano. Já o indivíduo letrado possui domínio da leitura e da
escrita nas mais diversas situações e práticas sociais.
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O que é o processo de alfabetização?
A alfabetização é o processo de ensino e
aprendizagem de um sistema linguístico e
da forma como usá-lo para se comunicar
com a sociedade.
Através da alfabetização, o sujeito será
capaz de codificar e decodificar uma
língua, aprendendo a ler e escrever. Esse
processo também habilita o sujeito a
desenvolver diversos métodos de
aprendizado da língua.
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4.1.4. O DESAFIO DE ALFABETIZAR LETRANDO
Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da
escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social
estruturado de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social.
Para que se possa alfabetizar letrando, torna-se necessário uma reflexão sobre como
concebemos esse processo. É necessário reavaliarmos nossas metodologias, nossas práticas e
nossas concepções sobre como as crianças aprendem a ler e escrever. A alfabetização e o
letramento se encontram entrelaçados nas práticas sociais, nas quais a condição do saber
ultrapassa as barreiras do codificar e decodificar o código escrito, o que torna o ensino
contextualizado, que mostra à criança o real motivo de aprender a ler e escrever.
A escola é apenas uma das agências de letramento que se preocupam com a alfabetização,
mas o letramento, como prática social, é adquirido na rua, no local de trabalho, na família, na
igreja em outros contextos sociais.
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construindo sua compreensão, mas propõe dia-a-dia tarefas essencialmente mecânica como
cópia e junção de sílabas. No entanto, essa compreensão deve ser encarada como essenciais
para os educandos, em nível satisfatório de compreensão de mundo em que vivemos.
Para tanto, professores alfabetizadores devem preparar um ambiente alfabetizador, onde todos
possam ter contato direto com livros, preparados não só para ler, mas para entender o que ler,
ou seja, alfabetizados e letrados.
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Sabemos que para alfabetizar letrando o professor deve realizar um trabalho social com a
intenção de desenvolver atividades pedagógicas que busquem aproveitar a vivencia do aluno e
também é necessário que o docente tenha sensibilização para melhor ajudar o educando no
processo de alfabetização e letramento.
Quando o professor compreende o universo de seu aluno e aplica todo o seu conhecimento e
sabedoria com base na realidade, as práticas escolares ajudam os alunos a refletir enquanto
aprende a descobrir os prazeres e ganhos que se pode experimentar.
A criança está inserida no campo linguístico desde seu nascimento com os balbucios, choros,
gestos tudo que possibilita a se comunicar, com essa efetivação a criança apropria-se
gradativamente da fala e amplia seu vocabulário diante das vivências de comunicação em seu
dia a dia.
O desenvolvimento da fala e da capacidade simbólica
ampliam significativamente os recursos intelectuais,
porém as falas infantis são, ainda, produto de uma
perspectiva muito particular de um modo próprio de
ver o mundo.
Se a criança for estimulada desde pequena a utilizar
lápis e papel, é possível perceber diversas tentativas de
escrita. Trata-se de pequenos círculos, linhas verticais
ou ainda traços, descobrindo assim a função simbólica
da escrita.
A partir deste momento, a criança começa a percorrer um caminho progressivo, até que entre
seis ou sete anos, domina uma combinação arbitrária de sinais e significados, até que em
determinado momento sua escrita terá então, função de comunicação.
Antes de escrever, as crianças podem e devem conhecer as diferentes modalidades de textos,
pois estes já estão presentes em seu espaço cultural.
A aprendizagem da língua escrita é um processo de construção do sujeito em interação com o
meio em que vive, o qual vai sendo construído pela criança
muito antes de sua inserção no ambienteescolar.
O ambiente escolar deve ser alfabetizador, ou seja, deve
promover um conjunto de situações de usos reais de leitura
e escrita, onde as crianças tenham a oportunidade de
participar, o que contribui para um ganho cognitivo, além
de estimular o aluno a refletir e buscar o conhecimento
através de hipóteses e de questionamentos.
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Para Vygotsky (1998), a linguagem surge como uma forma
utilizada pela criança para se comunicar com as pessoas do
seu meio, e com o passar do tempo, ela é internalizada e
começa a atuar como organizadora do pensamento e
transformadora de processos mentais.
Em concordância com esse pressuposto, à leitura e a escrita
não podem ser vistas pelas atitudes mecanicistas, mas sim
através de um sujeito cognoscente, inserido num meio que
lhe proporcione conflitos para que possa construir seu
desenvolvimento.
A alfabetização envolve um conjunto de fatores que podem variar de acordo com as
habilidades e conhecimentos individuais. Assim há diferença entre alfabetização e letramento:
o primeiro diz respeito a aprender a ler e escrever enquanto o segundo é mais abrangente e
exige que o aluno alfabetizado saiba fazer uso das diferentes práticas sociais de leitura e
escrita.
Segundo a teoria de Piaget (1961), o sujeito cognoscente é
aquele que procura ativamente compreender o mundo que
o rodeia e trata de resolver as interrogações que ele
provoca. O autor defende que o conhecimento é construído
pela interação do sujeito com o meio, sendo que o
desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do
objeto de conhecimento, pelas estruturas anteriores
presentes no sujeito e pela acomodação dessas estruturas
em função do que será assimilado.
Assim, sabemos que a criança apropria-se da linguagem escrita antes mesmo de entrar para a
escola, pois a língua escrita se constitui em objeto cultural e não somente escolar.
As pesquisas realizadas por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1999), marcaram a história do
processo de alfabetização. Ferreiro realizou investigações científicas que deixaram claras a
ideia de que a criança reflete sobre a escrita e reconstrói o código linguístico.
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Antes de ler a palavra, a criança lê o mundo através de gestos, olhares, expressões faciais,
do cheiro, do tato, do olfato, ou seja, a partir da construção de sentidos e significados
sociais e individuais, através dos quais ela elabora suas hipóteses com base em sua
experiência de vida.
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4.2.2.CONTRIBUIÇÕES E QUESTÕES DA PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
Essa teoria, formulada e comprovada pelas duas pesquisadoras, foi divulgada pela sua
primeira obra publicada no Brasil, em 1986, a Psicogênese da língua escrita. Já em nota
preliminar dessa edição, anunciam a perspectiva adotada para a realização da sua pesquisa:
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ser um leitor, no sentido das formas terminais de domínio da base alfabética da língua
escrita?
Essas indagações vão sendo respondidas, em seus experimentos, nos quais descrevem a
criança, imersa em um mundo onde há a
presença de sistemas simbolicamente
elaborados, como a escrita, procurando
compreender a natureza dessas marcas
especiais.
Nesta busca, o aprendiz vai elaborando
um sistema de representação através de
um processo construtivo. Há uma
progressão regular nos problemas que
enfrenta e nas soluções que encontra,
para descobrir a natureza da escrita
(ordem de progressão de condutas,
determinadas pela forma como o aluno vivencia, no momento, o conhecimento).
A descoberta do processo de aquisição da língua escrita, por crianças, levou Ferreiro (1983) a
indagar se sua pesquisa aplicada a adultos analfabetos encontraria os mesmos resultados.
Sua obra Los adultos no alfabetizados y sus conceptualizaciones del sistema de escritura,
parte do pressuposto de que, se há saberes sobre a língua escrita que as crianças já dominam
antes mesmo de entrar na escola, os analfabetos adultos também deveriam apresentar suas
ideias e hipóteses sobre a escrita. Indaga, ainda, se a nossa ignorância a respeito do sistema de
conceitos sobre escrita dos adultos analfabetos não nos leva a vê-los como tábula rasa de
vivências sobre a leitura e a escrita.
A pesquisa mostrou que o analfabeto adulto, assim
como as crianças, sabem, mesmo antes de vir para a
escola, que a escrita é um sistema de representação
e fazem hipóteses de como se dá tal representação.
Entretanto, Fuck (1993, p. 40) verifica: “Diferente
das crianças, começamos a observar que o
analfabetizando (sic) adulto já superou o nível pré-
silábico. Ele tem muito claro que se escreve com
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letras e qual a função social da escrita, (mas esta é uma observação ainda prematura).”
Ocorrência esta que Ferreiro (1983) já havia notado, quando observa que, enquanto é muito
fácil conseguir de uma criança pré-alfabetizada produções escritas, no adulto analfabeto a
“consciência de não saber” é muito forte e ele se sente incapaz de tentar escrever.
Ferreiro e Teberosky (1986) desenvolvem
também aspectos propriamente linguísticos da
Psicogênese da língua escrita, quando descrevem
o aprendiz formulando hipóteses a respeito do
código, percorrendo um caminho que pode ser
representado nos níveis:
pré-silábico, silábico, silábico-alfabético,
alfabético.
Essa construção demonstraque a pesquisa, segue uma linha regular, organizada em três
grandes períodos:
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4.2.3. HIPÓTESES PARA ATINGIR A AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA
1° Nível: PRÉ-SILÁBICO
Neste nível, a criança não estabelece relações entre a escrita e a pronúncia. Nesta fase, ela
expressa sua escrita através de desenhos, rabiscos e letras usadas aleatoriamente, sem
repetição e com o critério de no mínimo três.
Aqui, a criança nem desconfia que as letras possam ter qualquer relação com os sons da fala.
Ela só sabe que se escreve com símbolos, mas não relaciona esses símbolos com a linguagem
oral. Acha que coisas grandes devem ter nomes com muitas letras e coisas pequenas nomes
com poucas letras. É a fase do “realismo nominal”, expressão utilizada por piaget para
designar a impossibilidade de conceber a palavra e o objeto a que se refere como duas
realidades distintas.
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2°Nível: SILÁBICO
Neste nível, a criança nota que para poder ler as palavras que possuem significados diferentes
deve haver uma diferenciação objetiva nas escritas.O progresso gráfico mais evidente é que a
forma dos grafismos é mais definida, mais próximas às letras do alfabeto.
Porém, o fato conceitual mais
interessante é o que se segue
trabalhando com a hipótese da
quantidade mínima de grafismos para
escrever algo e com a hipótese da
variedade de grafismos.
Neste nível há um grande avanço da criança na construção da escrita, ela se sente mais
confiante porque descobre que pode escrever com lógica. Apesar de todo esse avanço existe
um momento de grande conflito, pois a criança precisa negar a lógica do nível silábico.
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O valor sonoro torna-se imperioso e a criança começa a acrescentar mais letras, devido ao
maior contato com materiais escritos e a sua percepção de que a quantidade de letras que
utilizava anteriormente não é mais suficiente para a escrita das palavras.
Neste nível a criança já consegue fazer a correspondência letra/som, usa o eixo qualitativo e
quantitativo, e compreende que existe uma relação entre escrita e fala. Aqui o papel do
professor é essencial para ajudar essa criança a chegar ao nível alfabético através de
atividades dirigidas, como a cruzadinha com banco de dados, por exemplo.
4° Nível: ALFABÉTICO
No nível alfabético, a criança escreve uma letra para cada fonema,representando-o de forma
adequada, o que não significa, necessariamente,acerto ortográfico.É importante reconhecer
que o aluno, ao escrever segundo a hipótese queconstruiu esta elaborando teorias inteligentes
e interessantes sobre ofuncionamento da
língua.
CARACTERISTICAS IMPORTANTES
Compreende a função social da
escrita: comunicação
Conhece o valor sonoro de todas ou
quase todas as letras;
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Compreende que cada letra corresponde
aos menores valores sonoros dissílabos;
Procura adequar a escrita à fala;
Faz leitura com ou sem imagem;
Inicia preocupação com as questões
ortográficas;
Separa as palavras quando escreve
frases;
Produz textos de forma convencional;
Nessa etapa a criança também passa por alguns CONFLITOS, os quais podem ser
destacados:
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No entanto, apesar de “livres” as
atividades de escrita e leitura que virão a
ser proporcionadas, devem ser dirigidas
pelos professores das turmas, afinal
pretendese trabalhar, no intuito de
desenvolver as habilidades de leitura e
escrita para serem utilizadas no
rendimento escolar e social dos alunos.
Seguindo o pressuposto colocado por
Vygotsky em sua teoria, as crianças
como seres ativos devem vivenciar o
mundo da linguagem e suas
representações a partir do momento que elas têm primeiro contato com o mundo letrado.
Assim com o decorrer do tempo elas poderão formar seu pensamento em uma interligação
com a linguagem, sendo ela do tipo alfabético ou não.
A escrita não é um produto escolar, mas sim um objeto cultural, resultado do esforço coletivo
da humanidade (FERREIRO, 2010).
A aprendizagem da leitura e da escrita são tarefas de inteira importância na educação, ela é
base do desenvolvimento da criança no seu contínuo processo escolar.
O aluno chega à escola com muitas experiências de aprendizagens já vivenciadas antes de seu
ingresso, mas que muitas vezes são ignoradas pelo professor, onde deveriam servir como um
ponto de partida para a adaptação das crianças na instituição, ou seja, a criança traz consigo
um leque de informações sobre a escrita pelo fato de estar inserido em uma realidade letrada.
A criança deve ser levada e orientada pouco a pouco dentro dos conceitos relacionados à
escrita, com a finalidade que esta possa perceber e observar como se faz a sistematização
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desse processo, consequentemente passará a produzi-la de modo convencional. Neste sentido,
é preciso saber esperar o aprendiz até tal ponto para ser feito os necessários reparos.
Sendo assim, a escrita espontânea não é apenas um produto escolar, mas, um
objetoculturalmente construído, resultado do esforço da coletividade humana. Como objeto
cultural, a escrita espontânea cumpre diversas funções na aprendizagem escolar e alfabética.
Servindo de um rico mecanismo de ação para o professor mediador promover sua
intervenção.
Segundo Ferreiro (1987),
A evolução da conceitualização
da escrita ocorre por períodos Podendo a criança utilizar
sucessivos que implicam em letras convencionais cujo
níveis de equilibração traçado conhece, sem
qualitativamente diferentes e se estabelecer nenhuma relação
caracterizam por esquemas com as palavras.
conceituais específicos.
Preocupar-se com a disposição das letras conhecidas e seu valor quantitativo, tentando marcar
diferença entre as palavras ou também prestando atenção no som das palavras faladas onde as
crianças já começam a relacionar com as partes escritas.
Contrariamente ao modo tradicional, que ver a criança como um
par de olhos, um par de ouvidos, uma mão que pega um
instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons.
Diante do exposto, o uso da escrita espontânea, vem unindo tais
concepções teóricas no intuito de transformar o momento de
aplicação das atividades escritas sendo ela vistas de um modo
lúdico, na busca de gerar um momento de convívio de,
aprendizagem e troca de conhecimentos, baseando-se nos processos alfabetizadores, pois de
acordo com Soares (2010), a alfabetização não é apenas decodificar letras, mas sim é um
processo de aquisição do código escrita, das habilidades de leitura e escrita.
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4.3. MÓDULO III: MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
Este tipo de aula faz com que o aluno aprenda através de repetições de exercícios com
exigência do uso da memória, levando o aluno a decorar e não aprender, e como consequência
a escola forma alunos desinteressados, desmotivado pelos estudos.
O aluno só consegue produzir textos depois de dominar boa parte da família silábica e o
processo de formação das palavras, criando assim textos sem sentidos, pois o aluno nesse
momento está preocupado com a escrita ortográfica e não com o sentido lógico do seu texto.
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Há uma valorização maior no uso das cartilhas e
uma preocupação com a quantidade, esquecendo
assim da qualidade. O professor fala o aluno ouve e
aprende. Não deixa o aluno ser participativo na
construção de sua própria aprendizagem. Muitas
vezes não leva em consideração o que a criança
aprende fora da escola, seus esforços espontâneos, a
construção coletiva, e o que é pior, muitas vezes,
ignora o meio social o conhecimento de mundo que
o aluno trás de fora para dentro da escola.
Este método sobrecarrega o aluno com informações, que muitas vezes não conseguem
entendê-los tornando o processo de aquisição
do conhecimento, muitas vezes burocrático, e
sem significação. Mantendo uma postura
conservadora.
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4.3.2. MÉTODOS SINTÉTICOS
Algumas pesquisas históricas permitem supor que os primeiros métodos utilizados no ensino
da escrita foram os sintéticos. Vários deles permanecem até os dias atuais. Os métodos
sintéticos se baseiam num mesmo pressuposto: o de que a compreensão do sistema de escrita
se faz sintetizando/juntando unidades menores, que são analisadas para estabelecer a relação
entre a fala e sua representação escrita, ou seja, a análise fonológica. Dependendo do método,
essas unidades de análise podem ser escolhidas entre letras, fonemas ou sílabas, que se juntam
para formar um todo. A aprendizagem pelos métodos sintéticos leva à decodificação ou
decifração.
Dentre os métodos sintéticos, o mais antigo, que foi utilizado em massa até o início do século
XX, é o método alfabético. Consistia em apresentar partes mínimas da escrita, as letras do
alfabeto, que, ao se juntarem umas às outras, formavam as sílabas ou partes que dariam
origem às palavras.
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(be-a-ba, be-e-be, etc.) e soletrando para tentar decifrar a palavra bola: “be-o-bo, ele-a-la =
bola”.
O método alfabético trazia uma vantagem: o próprio nome de cada letra do alfabeto (com
algumas exceções) remete a pelo menos um dos fonemas que ela representa na escrita.
Entretanto, no momento de leitura das palavras, na junção das partes feita mediante a
pronúncia do nome da letra, ocorria um percurso tortuoso.
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Cada letra é aprendida como um som que, junto a outro som, pode formar sílabas e palavras.
Para o ensino dos sons, há uma sequência que deve ser respeitada, indo-se de relações diretas
entre fonemas e grafemas para relações mais complexas. Na organização do ensino, a
aprendizagem da relação fonema/grafema é o principal objetivo.
Outro método de marcha sintética, que vai das partes para o todo, é o da silabação. No método
silábico, a principal unidade a ser analisada pelos
alunos é a sílaba. No entanto, em várias cartilhas, o
trabalho inicial centra-se nas vogais e seus encontros,
como uma das condições para a sistematização
posterior das sílabas.
O método silábico tem uma vantagem: ao se trabalhar com a unidade sílaba, atendese a um
princípio importante e facilitador da aprendizagem: quando falamos, pronunciamos sílabas e
não sons separados. Assim, suprime-se a etapa tortuosa pela qual o aluno passa ao tentar
transformar letras ou fonemas em sílabas, como no método de soletração (alfabético) ou no
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fônico. Além disso, o método silábico se presta bem a um trabalho com determinadas sílabas
às quais não se aplica o princípio de relação direta entre fonema e grafema.
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1° PALAVRAÇÃO
Nesse método, apresenta-se uma palavra que, posteriormente, é decomposta em sílabas. Você
pode estar se perguntando: não é o mesmo processo do método silábico? A diferença desse
método em relação ao silábico é que as palavras não são
decompostas obrigatoriamente no início do processo, são
apreendidas globalmente e por reconhecimento. A escolha
de palavras também não obedece ao princípio do mais
fácil ao mais difícil. São apresentadas independentemente
de suas regularidades ortográficas. O importante é que
tenham significado para os alunos.
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2° SENTENCIAÇÃO
Segundo a autora, o ponto de partida são atividades de expressão oral das crianças, cujos
enunciados são transformados em orações simples e escritos em faixas de distintos tamanhos,
exibidas na sala de aula para que as crianças possam ilustrá-las, conservando-as numa certa
ordem. Essas frases podem depois ser consultadas para que as crianças encontrem nelas novas
palavras e combinações.
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Interpretando os desdobramentos dessa teoria, podem-se ressaltar alguns princípios básicos
que levariam o professor a ter outra postura perante o aluno. O aprendiz é visto como um
sujeito que:
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O material usado na escola deve ser aquele que representa a diversidade de uso
da escrita existente na sociedade;
É necessário, antes de iniciar o ensino e durante o processo, saber em que nível de
compreensão da escrita o aluno se encontra;
Para acompanhar o processo de aprendizagem, é importante que a escola
construa instrumentos que permitam ao aluno expressar, sem medo, o que sabe;
É fundamental que o professor conheça as teorias sobre o “como se aprende”
para interpretar os resultados apresentados pelos alunos;
A escrita e a leitura devem ser aprendidas em uso social.
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4.4. MÓDULO IV:DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA
ESCRITA
4.4.1. DISLEXIA
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na realização de jogos, principalmente de quebra-cabeças e no aprendizado de rimas e
canções (ABD, 2014).
É importante lembrar que apesar dos notáveis prejuízos em sua vivência escolar apresentados
por uma pessoa com dislexia, o diagnóstico só será possível a partir da avaliação
multidisciplinar, realizada por meio de exames específicos realizados por neuropsicólogos e
de testes realizados por psicopedagogos e fonoaudiólogos e, acompanhamento da vida
acadêmica.
Após o diagnóstico inicial, a pessoa com dislexia deverá continuar com os apoios da equipe
multidisciplinar que proporá atividades de estimulação cognitiva. No caso do aluno com
dislexia, se proporcionará em parceria com a escola adequação das atividades, principalmente
por ser neste lugar que seus prejuízos se mostram mais evidentes.
4.4.2. DISGRAFIA
Disgrafia se caracteriza pela lentidão no traçado das letras que geralmente são ilegíveis, pois
a pessoa apresenta déficit na área motora que faz com
que ela não consiga realizar no plano motor o que é
observado no plano visual (ALVES, 2012).
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Não surpreendentemente, a crença em sua capacidade de aprender é desgastada. Quando a
tarefa de escrita é a principal barreira para aprender ou demonstrar conhecimento, então
acomodações, modificações e remediação para estes problemas podem ser organizados.
A disgrafia é um transtorno da psicomotricidade, que afeta como uma criança associa a grafia
da letra, bem como quão claramente a criança utilizará a linguagem escrita para expressar
suas ideias e pensamentos. Assim, manifesta-se tanto em relação à caligrafia quanto em
relação à coerência.
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caligrafia e às vezes também em ortografia. O prejuízo na caligrafia pode interferir na
aprendizagem ortográfica e para soletrar letras no processo de escrita. Apesar de raro, em
alguns casos a criança apresenta dificuldades na ortografia, mas não na caligrafia e leitura.
De uma forma geral, essas são as características principais de cada tipo de Disgrafia:
Crianças com disgrafia não apresentam uma desordem primaria de desenvolvimento motor
(que é outro fator causador de uma pobre caligrafia), mas elas podem ter dificuldades
planejando movimentos seqüenciais com os dedos como, por exemplo, tocar cada dedo da
mão com o dedão (da mesma mão).
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Considerando que a maioria das escolas não oferece
um programa sistemático de instruções para prejuízos
nas áreas de caligrafia e ortografia, é importante
avaliar se a criança precisa de instrução específica e
sistemática nestas áreas além da leitura e
decodificação das palavras. É ainda relevante
determinar se uma criança com disgrafia apresenta
também dislexia e requer ajuda especial com leitura,
ou se apresenta dificuldades específicas de linguagem
e requer ajuda especial com linguagem oral e escrita.
4.4.3. DISLALIA
O Transtorno específico da articulação da fala que tem como termo alternativo Dislalia que é
um Transtorno da Comunicação que pode ocorrer durante o neurodesenvolvimento. Este
transtorno se caracteriza por problemas na utilização dos fonemas considerados um problema
relativo à consciência fonológica. Os Transtornos da Comunicação são déficits na linguagem,
na fala e na comunicação.
OBSERVANDO QUE:
Por Comunicação “todo comportamento verbal e não verbal (intencional ou não) que
influencia o comportamento, as ideias ou as atitudes de outro indivíduo”.
48
A dislalia pode se apresentar associada a outros transtornos do neurodesenvolvimento,
neurológicos e de ciências. Na dislalia os erros mais frequentes afetam os fonemas / r / / s / / l
/ / k // Z / / ch / e outros encontros consonantais, seja por omissão, substituição ou distorção.
Quando a criança troca o R pelo L em palavras como “querido”, que acaba ficando “quelido”,
pode ser o caso de um distúrbio chamado dislalia. Esse distúrbio é caracterizado pela
dificuldade de falar alguns sons, sendo caracterizado por erros na pronúncia ou dificuldade de
articular palavras. Dislalia é uma dificuldade em articular corretamente algumas palavras, seja
pela omissão, troca, substituição, distorção ou
acréscimo de fonemas, o que faz com que a pessoa
pronuncie incorretamente certos fonemas ou grupos de
fonemas.
1. Evolutiva:
Considerada como normal até por volta dos quatro
anos de idade e geralmente se corrige por si mesma.
2. Funcional:
Em que ocorre a substituição ou eliminação das letras
durante a fala.
3. Audiógena:
Ocorre em pessoas com deficiência auditiva.
4. Orgânica:
Decorrente de alterações físicas ou cerebrais.
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O diagnóstico da dislalia é feito pelo
pediatra ou otorrinolaringologista, que vai
avaliar a fala do bebê e verificar se existem
alterações na boca, na audição ou no
cérebro da criança, podendo pedir exames
como testes de audição e psicológicos.
É importante fazer o diagnóstico para que a
dislalia seja tratada adequadamente, pois
ela pode trazer problemas de aprendizagem
e atraso escolar.
O tratamento é feito de acordo com a causa do problema, mas normalmente inclui tratamento
com sessões de fonoaudiologia para melhorar a fala, desenvolver técnicas que facilitam a
linguagem, a percepção e interpretação dos sons, e
estimular a capacidade de elaborar frases.
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4.4.4. DISORTOGRAFIA
SINAIS INDICADORES:
PROBLEMAS ASSOCIADOS:
Perceptivos:
Linguístico:
Afetivo-emocional:
Pedagógicas:
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5. BIBLIOGRAFIAS UTILIZADAS
Alfabetização e Letramento / organizador Ana Catarina Angeloni Hein. – São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2016.
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RIBEIRO, Anailza Oliveira Alfabetização e letramento: os impactos da prática docente no
contexto das séries iniciais do ensino fundamental / Anailza Oliveira Ribeiro. – Salvador:
UNEB, 2009.<http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/Monografia-ANAILZA-
OLIVEIRA-RIBEIRO.pdf>
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