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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6
2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO .................................................................... 7
3 MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA .................... 11
3.1 Método sintético .................................................................................................. 12
3.2 Método analítico .................................................................................................. 16
4 METODOLOGIA DE ENSINO .............................................................................. 21
4.1 Metodologia de ensino ativa ............................................................................... 22
4.2 Metodologia de ensino tradicional ....................................................................... 22
4.3 Metodologia de ensino construtivista ..................... Erro! Indicador não definido.
4.4 Metodologia tradicional de ensino sociointeracionista ........................................ 23
4.5 Metodologia de ensino Montessoriano ............................................................... 23
4.6 Metodologia de ensino Freiriana ......................................................................... 24
4.7 Metodologia de ensino Construtivista ................................................................. 24
5 CONCEPÇÃO SOBRE ESCRITA E LEITURA..................................................... 26
6 CONCEPÇÃO ATUAL DE EDUCAÇÃO .............................................................. 29
7 O PAPEL DO EDUCADOR NO LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO ............... 32
8 AMBIENTE ALFABETIZADOR ............................................................................ 35
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 41
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
6
2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Fonte: wp-content.com.br
Primeiramente, antes de dar início aos nossos estudos, é preciso que você
conheça o significado da palavra alfabetização. Segundo o dicionário Houaiss (2009),
alfabetização é: “1- Iniciação no uso do sistema ortográfico. 2- Ato de propagar o
ensino ou difusão das primeiras letras.” Desta forma, podemos dizer que, a
alfabetização é a ação de ensinar/aprender a ler e escrever. É o processo pelo qual
as crianças aprendem a decodificar os elementos que compõem a escrita. Essa
decodificação inclui a memorização de letras, a identificação delas e a ligação de
sílabas.
De acordo com Soares (2004), a alfabetização é o processo de aquisição e
apropriação do sistema da escrita. Ele ainda se refere à alfabetização como um
conjunto de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que as
envolvem. O referido autor complementa que, para entrar e viver no mundo do
conhecimento, o sujeito precisa desenvolver duas habilidades:
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Seguindo a mesma vertente, Freire (1983) afirma diz que a alfabetização é um
ato criador, no qual o sujeito é agente da aprendizagem na medida em que vai
aprendendo e compreendendo a leitura e a escrita. Segundo ele, esse processo não
se dá de forma mecânica ou desvinculada de um universo existencial, ele exige uma
atitude e uma postura de criação e recriação.
Freire (1991), conclui que apenas dominar a escrita não é o bastante, é
indispensável inserir o sujeito nesse mundo para que desenvolva uma leitura crítica
das relações sociais. Assim, a alfabetização é um processo de aprendizagem onde os
indivíduos desenvolvem habilidades de escrita e leitura, enquanto o letramento
envolve a função social da alfabetização. São processos complexos, mas devem ser
combinados, talvez seja o maior desafio que os alfabetizadores enfrentam.
Já o letramento é muito mais profundo do que a alfabetização, corresponde à
interpretação e ao domínio da linguagem, não apenas decodificando. Quando um
aluno consegue entender o texto, contar histórias, falar com clareza e se expressar
com eficácia por meio das palavras que usa, ele se torna uma pessoa considerada
letrada. Letramento, segundo seus defensores, como Soares (2004) e Kleimam
(2007), refere-se à apropriação da leitura e da escrita para uso social, trazendo
consequências (políticas, sociais, econômicas, culturais) para indivíduos e grupos que
se apropriam da escrita, fazendo com que esta se torne parte de suas vidas como
meio de expressão e comunicação.
Quando nos referimos ao letramento, podemos dizer que ele ocorre muito antes
do indivíduo se ingressar na escola. Trata-se de um processo sistemático que envolve,
além dos professores, pais e demais pessoas que convivem com a criança. Biazioli
(2018), destaca que a criança, desde muito pequena, está inserida em um mundo
letrado, permeados de situações cotidianas envolvendo a leitura e a escrita. Dentre
essas situações, podemos considerar as contações de histórias, vídeos e jogos
educativos dispostos na internet, as músicas e as cantigas de roda etc. Estes são
exemplos práticos e concretos de como o letramento está presente desde os primeiros
anos de vida de uma criança.
Como você pode perceber o conceito de letramento e alfabetização não são a
mesma coisa, entretanto, são dois processos inseparáveis e interdependentes. Na
alfabetização os indivíduos aprendem a ler e escrever. Uma pessoa pode ser
alfabetizada, porém, não letrada, o ato de ler e escrever não garante um indivíduo ser
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capaz de ler jornais, revistas ou decifrar textos. Além disso ele pode apresentar
dificuldades em escrever um e-mail, uma carta ou expressar opiniões, fazer críticas
em forma de texto escrito.
Conceituar letramento é muito mais profundo e analítico do que conceituar
alfabetização. Na alfabetização, o objetivo se dá na decodificação de signos
linguísticos; por outro lado, no letramento, há uma visão minuciosa em relação ao uso
social da língua. A leitura e a escrita atingem a compreensão ao fazerem parte do
processo de significação do indivíduo. Caso a leitura e a escrita façam sentido para o
sujeito, ele é letrado; senão, ele é apenas alfabetizado.
Como afirma Kleiman (2007, p. 20), “[...] o fenômeno do letramento, então,
extrapola o mundo da escrita tal qual ele é concebido pelas instituições que se
encarregam de introduzir formalmente os sujeitos no mundo da escrita”. Uma pessoa
letrada pode utilizar da linguagem em inúmeros contextos sociais e sendo capaz de
produzir textos de diferentes níveis segundo a necessidade contextual. Para Ferreiro
(2002), ser letrado é:
[...] poder transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de
práticas sociais ligadas à escrita. Ou seja, trata-se de produzir textos nos
suportes que a cultura define como adequados para as diferentes práticas,
interpretar textos de variados graus de dificuldade em virtude de propósitos
igualmente variados, buscar e obter diversos tipos de dados em papel ou tela
e também, não se pode esquecer, apreciar a beleza e a inteligência de um
certo modo de composição, de um certo ordenamento peculiar das palavras
que encerra a beleza da obra literária. (FEREEIRO, 2002, p. 16).
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Deve-se ressaltar que a sociedade, assim como a língua, está em constante
mudanças. Se a sociedade e a língua mudam, além de aprofundar os estudos sobre
a concepção de letramento, é necessário compreender que novos gêneros e
discursos também surgem.
Com a evolução da tecnologia e com o avanço da comunicação, para Rojo
(2012) e Baptista (2016), duas novas visões teóricas entram em cena: letramentos
múltiplos e multiletramentos. Por mais que as nomenclaturas sejam parecidas, trata-
se de duas diferentes concepções.
A noção de letramentos múltiplos refere-se à manifestação da multiplicidade de
práticas de letramento envolvendo a leitura e a escrita. Tal noção recupera
abordagens de gêneros do discurso e interroga o nascimento desses gêneros nos
espaços digitais. Por outro lado, a concepção de multiletramentos refere-se à
multiplicidade de linguagens, não de gêneros. Isso ocorre porque os usuários da
língua, hoje, leem por meio de várias modalidades além das tradicionais, usando
desde imagens até emojis.
Mesmo que se trate de duas novas perspectivas, elas não se anulam; pelo
contrário. Enquanto na primeira perspectiva é possível perceber o papel dos diferentes
gêneros textuais e o seu uso social, na segunda, “multi” representa as diferentes
manifestações linguísticas que uma língua pode desenvolver.
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3 MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Fonte: pixabay.com
Albuquerque (2012) destaca que o método sintético de ensino surgiu por volta
do século XVII. Nesse período, a leitura e a escrita passaram a ter maior importância
frente às mudanças históricas que a sociedade vivia. Como a grande maioria da
população não dominava o código escrito, iniciaram-se as discussões acerca de um
método que contemplasse a decodificação como forma de expandir a escolarização
ao restante da população, focando, assim, na prática escolar da leitura.
Neste caso, o aluno aprende primeiro as letras, depois as sílabas e as letras
dentro de cada sílaba, para finalmente, chegar à leitura da palavra. Até que todo esse
processo aconteça, a criança é submetida a uma gama de atividades de memorização
e decoração de letras e traçados, como forma de garantir um aprendizado mais
efetivo.
As cartilhas ou livros utilizados durante esse período eram um dos principais
recursos que o professor tinha à sua disposição, sendo também o primeiro contato da
criança com algum material impresso. Para que se compreenda melhor o método
sintético, é preciso conhecer as três fases distintas que são caracterizadas a partir
dos métodos alfabético, fônico e silábico.
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Método Alfabético:
Fonte: didatiquei.com.br
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leigos e com pouca formação, ainda há o emprego e os estudos repetitivos que partem
das cartas de ABC e que possuem como fundamento o ensino partindo das letras.
Método Fônico:
Fonte: aprenderebrincar.com
No método fônico, a unidade de ensino parte dos sons e tem como principal
objetivo estabelecer a relação entre a letra e o som que ela representa. A união da
consoante com a vogal auxilia a criança a trabalhar a pronúncia das sílabas que estão
sendo formadas, relacionando a palavra falada à escrita. Num primeiro momento, por
possuírem nomes e sons iguais, eram trabalhadas as vogais, depois palavras
formadas apenas por elas. No segundo momento, eram apresentadas as consoantes
e as formas mais complexas dos seus sons dentro da palavra.
Para Frade (2007, p. 23), o objetivo do método fônico é fazer a relação de que:
“Cada letra (grafema) é aprendida como um fonema (som), que, junto a outro fonema,
pode formar sílabas e palavras”. A partir da formação das palavras, surgem as frases
e os textos. Esse método é muito utilizado nos dias de hoje e possui suas vantagens
e desvantagens.
Entre as vantagens está o fato de que, se o aluno compreender a relação entre
as letras e os fonemas, haverá uma correspondência direta que será decifrada mais
rapidamente, sem oferecer maiores dificuldades. Isso se dá principalmente quando é
preciso escrever palavras com P, B, T, D e V, por exemplo, nas quais os fonemas
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representam a escrita das letras. Em contrapartida, algumas consoantes, para terem
seus sons identificados, precisam do apoio de uma vogal, mesmo que ela fique oculta
na hora da pronúncia. Um exemplo é o fonema /m/, que necessita de um mê para ser
referenciado.
Entre as desvantagens está o fato de que as letras podem apresentar diferentes
sons e fonemas conforme a posição que ocupam na palavra. Assim, esse processo
de transição até que a criança chegue ao nível ortográfico se torna mais lento. Outra
desvantagem são as variações quanto à pronúncia das palavras, que trazem
confusões na hora da escrita, pois uma mesma palavra é falada de uma forma e
escrita de outra, pois o sotaque e as variações linguísticas conforme cada região do
país influenciam essas inconstâncias.
Neste caso, o método fônico tem o objetivo de fazer com que a criança
demonstre compreensão dos padrões regulares de correspondência entre o som e a
soletração, entre os fonemas e os grafemas. A ideia é que, a partir desse domínio,
possa identificar os sons e realizar a leitura de palavras.
Método Silábico:
Fonte: brainly.com.br
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Posteriormente, eram sistematizadas as sílabas simples, também utilizando o
mesmo enfoque, porém agora no destaque das sílabas iniciais dentro da palavra,
como “PA de panela”, “MA de maçã”. A partir dessa introdução, eram trabalhadas as
famílias silábicas da sílaba que estava em destaque na palavra, ou seja, se a sílaba
que estava sendo aprendida era PA de panela, partia-se para o estudo da família
pa/pe/pi/po/pu e para a formação de novas palavras (FRADE, 2005).
Nesse sentido, quando a criança era instigada a escrever alguma palavra, ela
precisava primeiro se remeter à família silábica que a representava. Por exemplo, ao
escrever a palavra “banana”, ela deveria pensar na família do B (ba/be/bi/bo/bu) e na
família do N (na/ne/ni/no/nu).
O ensino das famílias silábicas compostas por essas letras era apresentado às
crianças de forma que a sílaba era indicada e estudada sistematicamente. A partir do
estudo das famílias, partia-se para a formação de palavras, frases e textos que
continham as sílabas já trabalhadas anteriormente.
Os apoiadores do método silábico acreditavam que o processo acontecia de
forma mais concreta e rápida, pois se estabelecia a relação entre os segmentos da
fala e da escrita. As cartilhas com o método silábico tinham como conteúdo palavras
que partiam da sílaba trabalhada. Dentro dessa letra, eram apresentadas várias
palavras, frases e textos em que a sílaba ensinada ganhava destaque, com o intuito
de que as famílias silábicas pudessem ser trabalhadas e evidenciadas pelas crianças.
Os textos e histórias tinham o propósito de trabalhar e treinar o ensino das
sílabas de forma mecanizada. Nesse sentido, os métodos sintéticos, sejam eles
alfabéticos, fônicos ou silábicos, têm como proposta a progressão das unidades
menores para as mais complexas. Além disso, privilegiam a aprendizagem das partes
para o todo por meio da decodificação, da análise fonológica e da relação entre letras
e sons. Como se pode concluir, os métodos da marcha sintética são inflexíveis e
tendem a desconsiderar os usos e funções sociais da escrita, dando pouca
importância ao sentido que os textos têm no contexto das crianças (FRADE, 2005).
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a perceber do todo para as partes, ou seja, a analisar de forma global a palavra, a
frase ou o texto para, posteriormente, considerar e decompor as unidades menores.
A principal estratégia perceptiva dos métodos analíticos, segundo Frade (2007),
é a visual. A ideia é que o aluno compreenda o sentido de um texto, utilize a pontuação
e a ortografia e tenha como ponto de partida um contexto mais próximo da sua
realidade. Quando considerada essa totalidade, o processo de alfabetização deixa de
ser abstrato e se tornar mais significativo.
Assim, o professor deve apresentar às crianças as palavras, frases ou textos
explorando-as o maior tempo possível, para só depois analisar e decompor as partes.
Para entender melhor o método analítico, vamos analisar as três fases distintas desse
método: palavração, sentenciação e global de contos.
Método da palavração:
Fonte: researchgate.net
Método da sentenciação:
Fonte: researchgate.net
Fonte: cenpec.org.br
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mais lenta, pois, caso esse método fosse apresentado apressadamente, as unidades
menores poderiam não ter sentido para a criança.
Nesse método, por haver a necessidade de trabalhar iniciando-se pelos textos,
as cartilhas foram deixadas em segundo plano. Os textos deveriam ser escolhidos a
partir de temas relevantes para o universo infantil, considerando, nesse sentido, o
“todo” como algo concreto e palpável de ser apreendido. Iniciou-se então a produção
de livros e cartazes que serviriam como material de apoio para o trabalho do professor.
Há quem diga que o método global proporciona à criança maior
reconhecimento e uma aprendizagem mais significativa, visto que o ensino da leitura
acontece antes mesmo de a criança conhecer as partes menores ou o nome das
letras. Em contrapartida, há também quem defenda que nesse método a criança não
aprende realmente a ler; ela apenas decora os textos trabalhados em sala de aula,
descobrindo o que está escrito (FRADE, 2007).
No que diz respeito à tentativa de a criança decodificar e realizar a leitura,
acreditava-se que era um processo que acontecia com mais rapidez por partir de
palavras conhecidas e que tinham como foco a memorização global. No entanto,
alguns questionamentos surgiam, principalmente quando se pensava na
aprendizagem efetiva dos alunos, pois o professor deveria saber identificar se o
processo de leitura está realmente acontecendo, ou se aula está apenas servindo
como um momento para decorar textos e histórias ou recitar palavras.
Pensando, então, nos métodos analíticos estudados até aqui, concluímos que
todos têm como enfoque a compreensão do sentido da aprendizagem a partir do
reconhecimento do todo. Assim, têm como vantagem a possibilidade de a criança
realizar, desde seu primeiro contato com o processo de escolarização, a leitura de
palavras, frases ou textos que tenham significado para ela. Como se pode ver, se não
for conduzido e orientado corretamente pelo professor, esse processo pode tornar-se
um ponto de dificuldade para o aluno, correndo o risco de perder o sentido diante da
apresentação de novas palavras.
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4 METODOLOGIA DE ENSINO
Fonte: pixabay.com
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que a gestão acredita ser o melhor para seus discentes. Sendo assim é necessário
que se apresente algumas metodologias de ensino dentre as diversas existentes.
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através de aulas expositivas, assim como para o aluno fica difícil pensar na
aplicabilidade da teoria exposta.
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4.5 Metodologia de ensino Freiriana
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Através de seu papel, estabelecendo os atributos do objeto e as características
do mundo. Esse método enfatiza a importância do erro, não como uma pedra de
tropeço, mas como uma ponte de acesso no caminho para o aprendizado. A teoria
condena a rigidez no processo de ensino, avaliações padronizadas e o uso de
materiais de ensino que são muito estranhos ao mundo pessoal do estudante.
Segundo Becker (1993):
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5 CONCEPÇÃO SOBRE ESCRITA E LEITURA
Fonte: pixabay.com
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lemos, mais sabemos. No ato de ler o ser humano lembra, compara, e evoca
emoções, expande o desejo e a capacidade de criar significado.
Contudo, o ato de aprender a ler e escrever, possui formas simples em relação
aos símbolos. Para que os sujeitos construam habilidades de alfabetização, devem
compreender sua própria existência, percebendo que a escrita possui função de
registrar os fatos da vida humana. Como indicam Coscarelli e Novais (2010), a leitura
é um processo cada vez mais complexo, no sentido de que exige novas formas de
lidar com os textos nas situações reais de comunicação, já que é uma atividade
dinâmica. Decorre, disso, que o ato de ler envolve considerar os elementos gráficos
presentes, bem como:
Fonte: pixabay.com
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devem ser negociados e resolvidos para que o processo educativo seja um sucesso.
Costa (1995) afirma que:
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incerteza da relação atual entre os indivíduos e consequências da industrialização em
larga escala no meio ambiente (CRIVELARO, 2013).
Em determinados momentos a educação torna-se menos importante no fator
de função social, sendo este o pré-requisito básico para a transformação da realidade,
de forma crítica, criando cidadãos conscientes e informados. É neste sentido que o
currículo, incluindo as disciplinas, constituem uma conversão da cultura da sociedade
global, uma espécie de ‘reinvenção da cultura’, que resulta num tipo peculiar de saber,
o saber escolar.
Contribuindo com esta reflexão Luckesi (1993), expressa que:
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desenvolvimento, não existe mais a ilusão da mobilidade e da ascensão social, que
deveria ser trazida pela expansão da educação média, como já foi para seus pais,
tornando a escola menos atraente e sem sentido para os jovens.
Nesse processo, muitas são as lacunas que envolvem a educação sistemática,
uma vez que toda a escola é composta por diversos ramais, os esforços devem ser
feitos de forma clara na busca de um objetivo comum, não sendo possível apontar
apenas uma área específica responsável por este resultado. Na gestão da sala de
aula, os professores precisam buscar flexibilidade e atitudes empreendedoras para se
aprimorarem continuamente, adquirindo conhecimentos em diferentes áreas, para
melhorar a qualidade da aula, trazendo criatividade e sempre buscando a
autorrenovação para atender às crescentes necessidades sociais, os educadores
precisam melhorar continuamente suas habilidades.
Na prática de ensino, atrair a atenção e estimular a curiosidade e o desejo de
aprender dos alunos deve ser uma meta imutável. Respeito é o ponto principal, os
profissionais da educação devem ter como pré-requisito a criação de oportunidades,
incluindo ativamente e qualitativamente os indivíduos, respeitando os limites
individuais e demonstrando suas potencialidades.
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Em uma entrevista concedida ao Jornal Brasil (2000), a professora Magda
Soares destacou como facilitar o ensino que combina as especificidades desses dois
processos, o alfabetizar e o letrar:
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Gestão adequada da sala de aula e organização do espaço,
especialmente quando o nível de conhecimento relacionado ao sistema
de escrita é diferente;
Orientar ao aluno em compreender o seu próprio valor, promovendo a
autoestima, alegria de viver e a cooperação;
Analisar os trabalhos escritos dos alunos para determinar sua
compreensão sobre o conhecimento linguístico;
Desenvolver uma metodologia de avaliação com um certo grau de
sensibilidade, atentando para múltiplas vozes, vários discursos e
diferentes linguagens;
Produção de ferramentas de avaliação de aprendizagem.
8 AMBIENTE ALFABETIZADOR
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ideologia construtivista, a ênfase está nas crianças e no processo de conceituação de
sua escrita, e como as crianças interagem com elas.
A ideia básica é que os alunos alfabetizando possam refletir sobre o sistema
de representação e atribuir seus símbolos gráficos e regras de funcionamento com
base em conexões estreitas com materiais escritos e participação ativa em práticas
de leitura e escrita de adultos.
Tentamos dizer que um ambiente de alfabetização, quando promove uma série
de situações em que a alfabetização é efetivamente utilizada, as crianças têm a
oportunidade de participar. Se os adultos que vivem com crianças usam a escrita em
sua vida diária e lhes oferecem oportunidades de testemunhar e participar de vários
comportamentos de leitura e escrita, estas podem pensar sobre a linguagem e seus
usos desde a mais tenra idade sobre como ler e escrever.
Deste modo, Moreira (2007) afirma que, um ambiente escolar de aprendizagem
é o local previamente organizado para fomentar oportunidades de aprendizagem, e é
constituído singularmente na medida em que é criado por alunos e professores a partir
das interações que estabelecem entre si e com os outros objetos do próprio ambiente.
Nas instituições de educação infantil, existem vários ambientes de
comunicação que requerem mediação por escrito. Por exemplo, ao usar instruções
escritas para as regras do jogo, ao ler notícias de interesse das crianças, ao informar
a data e a hora da festa no convite de aniversário, no momento de anotação de ideias,
envios de bilhetes dos educadores para os pais, mas antes o educador faz uma leitura
para as crianças, deixe-as saber o conteúdo e a intenção das notas. Com essa visão,
a escola deve ser um local de aprendizagem que possa considerar de forma
sistemática e coesa as necessidades dos alunos.
O ambiente de ensino da maioria dos cursos planejados nem sempre é um
ambiente que pode atingir os objetivos esperados, pois mesmo quando se trabalha
apenas com conteúdo programático em um ambiente normal, ele se tornará muito
cansativo e monótono, e muitas vezes o estudante o faz para atingir os objetivos
definidos, não por causa do desejo de desenvolver e aprender o que é apresentado.
Assim, nas palavras de Souza (2005):
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envolvidos nesse processo de promoção/construção da qualidade, no âmbito
da instituição educativa e da família dessa criança (SOUZA, 2005, p. 122).
Além dos livros e dos jogos, os docentes utilizam em suas salas de aula
recursos como cartazes, que contribuem em atividades envolvendo
diferentes tipos de gêneros textuais, como cantigas, lista e receitas. Esses
recursos favorecem, também, a reflexão sobre a língua escrita, pois auxiliam
o aluno a visualizar os textos, observando as letras, sílabas e palavras que
compõem os mesmos. (SILVA, 2013, p.53).
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O educador pode escolher o gênero que vai utilizar de forma contínua e
sistemática de acordo com seus próprios projetos e objetivos, para que as crianças
possam conhecê-los melhor. Por exemplo, o entendimento do que é uma receita
culinária, sua aparência gráfica, formato de lista, combinação de palavras e números
que indicam a quantidade de ingredientes, etc., bem como características de poemas,
histórias em quadrinhos, notícias de jornal.
No que diz respeito ao ambiente de alfabetização, além dos livros didáticos e
atividades pedagógicas sugeridos diariamente, o educador também pode configurar
as salas de aula equipadas com cartazes, letras, e números explicados na íntegra.
Por muito tempo, pensou-se que, para que o aprendizado acontecesse eram
necessárias cartilhas, métodos de sílabas, pranchas e professores, diante deles para
servir e esclarecer todos ao mesmo tempo, esta era a receita pronta para um
estudante alfabetizado.
Teberosky (2003) e Colomer (2007), afirmam que, se ao longo do ano letivo,
um material permanecer em todo curso escolar é sinal de que não foi utilizado para
desenvolver atividades: neste caso, tem mais valor decorativo do que qualquer outra
coisa. Por outro lado, se o material for substituído, significa que ele é funcional e foi
integrado às atividades de aprendizagem como conteúdo didático.
Atualmente, é claro que isso não é suficiente, não atingindo o verdadeiro
sentido de alfabetização, porque apenas salas cheias de livros didáticos e alguns
similares não podem garantir o sucesso dos alunos. Os fatos da exposição do mundo
escrito não é critério de garantia que podem atribuir conhecimento e aprendizado a
criança, mas por meio da interação e da participação nesse processo, o aluno poderá
progredir na aquisição do conhecimento. O conhecimento é obtido por meio da troca
de experiências com os outros e com o meio ambiente.
Portanto, a interação dos estudantes com o ambiente é fundamental, podendo
criar momentos de aprendizagem, comunicação e diálogo sob a orientação dos
professores. Outro ponto importante é o interesse do aluno pelo conhecimento, pois
toda disciplina tenta lidar com o conhecimento e atividades prioritárias para promover
o seu desenvolvimento. Contudo, o espaço escolar de aprendizagem é um local
previamente organizado para fomentar oportunidades de aprendizagem e só se
constitui na medida em que é socialmente constituído por educandos e professores a
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partir das interações que estabelecem entre si e as demais fontes materiais e
simbólicas ambientais.
Quando a escola puder proporcionar todos esses espaços para promover a
aprendizagem e ter um papel ativo na construção do conhecimento, a tarefa de ensino
e mediação se tornará mais fácil, e a pressão sobre alunos e professores será
reduzida, pois se trata de uma possibilidade e condições para o ambiente atingir os
objetivos esperados.
Qualquer tipo de trabalho relacionado à escola precisa considerar esta questão,
e é principalmente dedicado à qualidade da educação infantil, porque as atividades
que não envolvem grupos e outros ambientes podem na verdade não ser contextuais,
de modo que as crianças realmente não entenderão o significado desse tipo de
conhecimento, ocorrendo de fingir que aprendeu e o professor pensa que ensinou o
conteúdo corretamente.
As instituições escolares devem estar preparadas para promover o bem-estar
das crianças e proporcionar um bom começo para suas vidas, adotando métodos que
respeitem o meio ambiente. Segundo Souza (2005), a oportunidade de estar em um
ambiente planejado e cuidado, para eles, que pensa de forma humanizada a procura
de um espaço que estimule a vida, o crescimento, o desenvolvimento e o aprendizado
sem deixar de lado o fato que também terá consequências positivas para todos os
outros atores envolvidos neste processo de promoção/construção de qualidade no
âmbito da instituição educativa e das famílias destes alunos.
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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