TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

ANTISSOCIAL
(TPAS)
 CONTEXTO HISTÓRICO
• O estudo do TPA remonta ao ínicio do século XIX, com os primeiros
estudos do Pinel em referência ao que o autor considerou a “mania sem
delírio” (Manie Sans Délire)

• Seguindo os estudos iniciais de Pinel, Esquirol caracterizou o mesmo

distúrbio pelo que designou de “monomania”.

• O que diferenciou-se dos conceitos de Pinel, que considerava o

transtorno como um tipo de loucura racional, para um tipo de insanidade
caracterizada por delírios fixos e específicos.
 CONTEXTO HISTÓRICO
• Ambos os autores foram duramente criticados pelos círculos científicos da
época por sustentarem a existência do delírio contando apenas com
sintomas comportamentais.

• Famoso Caso de Phineas Gage: Phineas foi atingido por uma barra de ferro
que transpassou seu cérebro, entrando pela face esquerda, abaixo da órbita,
e saindo pelo topo da cabeça. Phineas permaneceu consciente após o
acidente, sobreviveu às esperadas infecções no seu ferimento, porém sua
personalidade, no entanto, havia se modificado completamente.

• Raine et al. (2000) verificaram que os pacientes com TPAS apresentavam

uma redução do volume da massa cinzenta pré-frontal e que esta redução se
correlacionava com uma diminuição da resposta autonômica a um ·evento
estressor provocado experimentalmente – no caso, a realização de um
discurso.
 Critérios Diagnósticos Segundo DSM
• A. Especificamente no TPAS, os traços de personalidade mais característicos correspondem
à indiferença e violação dos direitos dos outros que ocorre desde os 15 anos de idade,
conforme indicado por três (ou mais) dos seguintes:

1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais,

conforme indicado pela repetição de atos que constituem motivos de detenção.
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de nomes falsos ou de
trapaça para ganho ou prazer pessoal.
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.
4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas corporais ou agressões
físicas.
5. Descaso pela segurança de si ou de outros.
6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em manter uma conduta
consistente no trabalho ou honrar obrigações financeiras.
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou racionalização em relação a ter
ferido, maltratado ou roubado outras pessoas.
 Critérios Diagnóstigos
Segundo DSM
• B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.
• C. Há evidências de transtorno da conduta com surgimento anterior aos
15 anos de idade.
• D. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá exclusivamente
durante o curso de esquizofrenia ou transtorno bipolar

• DSM-V (APA, 2014), caracteriza o TPAS como um transtorno da

personalidade do Grupo B.
• O TPA deve ser feito cuidadosamente por profissionais de saúde mental
qualificados, após uma avaliação abrangente do paciente.
• É crucial que os comportamentos associados sejam persistentes e não
atribuíveis a outros transtornos mentais.
 IMPORTANTE SABER!
Psicopatia vs TPAS

É importante salientar também a diferença entre a psicopatia e o

transtorno de personalidade antissocial. Apesar de os critérios
diagnósticos propostos pelo DSM-IV, apresentados no quadro 1,
englobarem os dois grandes grupos de sintomas descritos como
característicos de comportamento antissocial, nem sempre o diagnóstico
de TPAS coincide com a definição de psicopatia. O conceito desta seria
mais amplo, envolvendo características como falta de empatia, arrogância
e vaidade excessiva, que não são consideradas nos critérios diagnósticos
operacionais propostos pelo DSMIV (Blair, 2003).
 Fator Genético x Social
• O Transtorno da Personalidade Antissocial é multifatorial, se dá por meio da
interação entre os fatores genéticos, biológicos e biossociais. Os estudos
apontam para uma grande influência da carga genética nos comportamentos
antissociais, cerca de 50%. Estudos realizados em Minessota Multiphasic
Personality Inventory (MMPI) demonstrou que traços como: introversão
social, depressão, psicopatia e esquizofrenia tem grande influência
hereditária

• No que se refere ao ambiente, sabe-se que crianças e adolescentes que

cresceram em famílias violentas enegligentes tem maiores chances de
desenvolver o transtorno. No entanto, apesar de existirem influências
genéticas e ambientais, verifica-se que o fator genético tem maior influência
sobre o comportamento antissocial.
 TPAS representado no cinema
Laranja Mecânica [A Clockwork Orange] (1962), de Anthony Burgess, discorre
sobre os atos de ultra-violência de Alex, um jovem que apresenta o Transtorno
de Personalidade Antissocial. O filme aborda sobre um método de recuperação
(“Reclamation Treatment”) aplicado à criminosos e delinquentes, numa
tentativa de redução da sobrelotação de presídios. Esse método associa a
violência a um extremo desconforto físico, resultando à transformação de Alex
numa “nova versão do cão de Pavlov”. Além disso, o filme usa os postulados de
Skinner de forma deturpada e empregue de forma repressiva: os médicos são
capazes do mesmo sadismo e práticas violentas que Alex.
O filme nos leva a algumas questões recorrentes: poderá a violência ser
erradicada da nossa sociedade? Qual a razão da formação de gangues e a
violência? Quais as implicações de um tratamento behaviorista na reeducação
social no contexto penitenciátrio?
OBRIGADA!
Alunas 3º e 4º período
Amanda Moreira Rodrigues
Bárbara Montalvão Rocha Alves
Beatriz Souza Nunes
Jamilly Dantas Barros
Maria Eduarda Carvalho
Vivyan Dominikue Medeiros Marques Santos Gonzaga
Sara Rosa da Silva
Yasmin Santos Barbosa