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Profa. Dra.

Elisa Krüger - CRP 08/25556


Perita Forense & Assistente Técnica
Especialista em Psicologia Jurídica
Mestre e Doutora pela Universidade de Brasília - UNB
Pesquisa de pós doutorado em Psicopatia
Orientadora de mestrado e doutorado
Supervisora clínica e de estágios
Professora universitária de Psicologia e Direito
Autora do livro Psicologia Forense – Uma abordagem
Crítico Complexa – Ed. Juruá

@ACADEMISDEPSICOLOGIAFORENSE - INSTAGRAM
Ao longo de 12 anos, atendi casos de pessoas (em sua
maioria homens) que cometeram crimes muito graves, vários
deles, em série.

Minha carreira começou na pós-graduação da UnB (onde fiz


especialização, mestrado, doutorado e iniciei uma pesquisa
de pós-doc). Fui convidada a avaliar e atender 91 presos com
diagnósticos graves, de psicopatia, psicose, esquizofrenia e
borderline em uma unidade de Tratamento Psiquiátrico
Penal.

Foram 3 anos de trabalho que se estenderam a outros


presídios e países. Hoje, sou perita forense e já atuei em
muitos casos complexos e famosos, ajudando a avaliar esta
pessoas, a invalidar laudos psicológicos mal feitos pelas
outras partes e auxiliando no tratamento psicológico deles.

Por mim passaram dois casos de canibalismo e três de


necrofilia. A maioria de meus pacientes cometeu crimes
sexuais, contra mulheres adultas ou contra crianças. A
grande maioria, seguida de homicídio das vítimas.

INTRODUÇÃO
Não escolhi esta área, nem tinha preferência por ela. As coisas
foram chegando até mim e fui me desafiando a aprender. Achei que
ao final dos 2 anos de pesquisa do doutorado, voltaria para o
consultório para clinicar.

No início, senti repulsa, dificuldades emocionais, medo, aversão,


resistência, contratransferência e tudo que é comum em casos
assim. Mas segui com a terapia e, para além de meu orientador na
universidade, outros professores e supervisores técnicos dos locais
onde atuei, sempre investi em ter supervisão clínica.

Ao final do doutorado, já havia cruzado a linha que separa a prisão


do lado externo e não me via mais fazendo outra coisa. Engana-se
quem acha que gosto de adrenalina. Meu trabalho e calmo e
metódico, passando longa horas a sós, lendo e escrevendo. As
entrevistas e testes são corrigidas e transcritas e sinto enorme
respeito pelas pessoas que atendo, sendo solidária com suas
limitações.

Jamais fui agredida ou ameaçada por um paciente. Nos temos em


alta consideração, de ambos os lados. Pauto meu trabalho pela
ética, respeito e, no máximo possível, na ausência de julgamento.
E é com essa visão que te convido a se debruçar sobre estes
estudos.

Com respeito, principalmente, pelas vítimas e seus amigos e


familiares, sobreviventes destas tragédias humanas. Só quem já
acompanhou, ao vivo e de perto, crimes assim, pode dimensionar,
de fato, a dor e o esforço de superação realizado por eles.

Não devemos nos deleitar com a violência, devemos entender para


ajudar a não se repetir. Jamais compactuei com as violências
cometidas por meus pacientes, mas consigo separar minha opinião
pessoal de meu trabalho. Estas pessoas carregam consigo muita
dor, sofrimento, limitações e dificuldades. É uma honra que confiem
em mim para adentrar em suas mentes. Por isso, jamais me verão
os chamando de “monstros ou psicopatas”: eles são pessoas. E até
onde me permitem a aceitam, lhes ofereço minha ajuda
profissional.

Muitos acham que sou fascinada por crimes, mas a verdade é que,
em minha vida pessoal, evito a todo custo, assistir este tipo de
coisa. Apenas quando se faz necessário levar ao público e a meus
alunos alguma informação de qualidade. Cuido muito de minha
saúde mental, lazer e espiritualidade, para continuar leve e
sorrindo.
Não confio numa Psicologia que apenas rotula e distribui
diagnósticos, colando tarjas manicomiais em seus pacientes. Menos
ainda, aqueles que afirmam não existir cura ou tratamento apenas
por não serem capacitados para tal. E o que dizer de psicólogos que
dão hipóteses diagnósticas de quem nunca avaliaram apenas para
ganhar likes / audiência? Neste mesmo grupo se enquadram os que
praticam psicofobia e criticam antissociais e narcisistas sem nunca
terem tentando tratar alguém. E mais grave ainda, aqueles que
falam sem parar em psicopatia sem jamais terem visto um. Puro
sensacionalismo midiático. Isso não é ciência, é espetáculo!

Portanto, meu objetivo aqui não é nos deleitarmos perversamente


imaginando diagnósticos fictícios que nos permitam o deleite de
nossa violência perversa que deseja imaginar a impossibilidade de
cura, para poder lhes direcionar nosso desprezo e ódio. Sempre
observo com interesse a expressão de satisfação e gozo com que
muitos profissionais falam destes casos...

Meu convite à você é mais profundo: é adentrar a mente deste


Dahmer ficcional, juntamente com os relatos de meus casos reais e
fazermos um exercício sincero e ético de tentar compreender os
meandros da maldade humana, dando-lhes, por fim, possibilidades
terapêuticas e de ressocialização.
Ao longos destes 12 anos de trabalho, NENHUM de meus pacientes
reincidiu. Assim como de vários colegas, ao redor do mundo, que,
como eu, já publicaram livros e artigos científicos. Tudo registrado,
catalogado e aprovado por universidades de renome. Mas porque
pouco se sabe sobre isso? Porque a sociedade prefere (e isso inclui
estudantes e até “profissionais”) que preferem se informar por
memes, blogs, Reels etc.

Sem falar dos que apenas reproduzem as ideias de autores já


ultrapassados, por insegurança acadêmica (que os impede de
desenvolverem seus próprios estudos e teses) e seguem batendo na
mesma tecla. Isso não é ciência, é repetição.

E se isso te causa incômodo, há algo a ser visto em você: procure


um bom profissional de Psicologia.

Estamos em pleno século XXI e ainda revisitamos modelos


manicomiais de exclusão, rotulagem e segregação de pessoas.
Precisamos ir além, precisamos fazer mais. Como viram no seriado,
Dahmer falava sobre suas questões, estava disposto a tratamento e
desejava entender o que se passava com ele e, quem sabe,
melhorar. Temos muitos outros casos assim e eu deixo a pergunta:
você está pronto(a) para ouvir / atender e ajudar a construir uma
sociedade sem violência? Se a resposta for não, continue comigo,
eu posso te ajudar.
BEM-VINDOS AO OBSCURO MUNDO
DOS ASSASSINOS EM SÉRIE.
Olá, a análise desta série NÃO configura uma tentativa de
Avaliação Psicológica de Jeffrey Dahmer. Psicodiagnósticos
só podem ser elaborados por intermédio da aplicação de
testes e técnicas reconhecidas da Psicologia,
presencialmente, com o avaliado.

O objetivo desta análise, portanto, é trazer elementos de


reflexão sobre traços de personalidade retratados
ficcionalmente, questões sociais, relacionais e sexuais do
“personagem” (que se baseia em um caso real) e questões
forenses relativas ao caso.

Com isso, esperamos provocar uma reflexão crítica em


estudantes, profissionais e interessados, sobre os cuidados
necessários ao se rotular pessoas com transtornos mentais.

Adicionalmente, fornecemos diversas fontes de consulta,


acadêmicas e científicas para promover um aprofundamento
no tema.

Traremos, ainda, sugestões adicionais para conhecer melhor


o caso, como reportagens, documentários e artigos.

Profa. Dra. Elisa Krüger

ORIENTAÇÕES
“Jeffrey Lionel Dahmer (Milwaukee, 21 de maio de 1960 –
Portage, 28 de novembro de 1994) foi um assassino em
série americano. Dahmer assassinou 17 homens e garotos, entre
1978 e 1991, sendo a maioria dos assassinatos ocorridos entre os
anos de 1989 e 1991. Seus crimes eram particularmente hediondos,
envolvendo estupro, necrofilia e canibalismo.
Embora diagnosticado como portador de transtorno de
personalidade borderline, transtorno de personalidade
esquizotípica e transtorno psicótico, Dahmer foi considerado
legalmente são em seu julgamento. Condenado por 15 dos 16
assassinatos que cometeu no estado norte-americano de
Wisconsin, foi sentenciado a quinze penas de prisão perpétua em
15 de fevereiro de 1992. Posteriormente, no estado norte-
americano de Ohio, Dahmer foi sentenciado a uma 16.ª pena de
prisão perpétua, dessa vez pelo homicídio de Steven Mark Hicks,
ocorrido em 1978.
Em 28 de novembro de 1994, Dahmer foi espancado até à morte por
Christopher Scarver, outro detento, com quem cumpria pena na
Columbia Correctional Institution, uma prisão de segurança
máxima no estado de Wisconsin.”

Fonte: Wikipedia

RESUMO
Ao todo, Jeffrey Dahmer confessou
ter assassinado dezessete vítimas:

1. Steve Hicks, 18
2. Steven Tuomi, 25
3. James Doxtator, 14
4. Richard Guerrero, 22
5. Anthony Sears, 24
6. Raymond Smith, 32
7. Edward Smith, 27
8. Ernest Miller, 22
9. David Thomas, 22
10. Curtis Straughter, 17
11. Errol Lindsey, 19
12. Tony Hughes, 31
13. Konerak Sinthasomphone, 14
14. Matt Turner, 20
15. Jeremiah Weinberger, 23
16. Oliver Lacy, 24
17. Joseph Bradehoft, 25

VÍTIMAS
As vítimas de Dahmer eram, em sua
maioria, homens negros, gays, de
baixo poder aquisitivo e com uma
rede de suporte instável.
➢ Transtornos de Personalidade Borderline,
Antissocial, Esquizotípico.
➢ Como se faz o diagnóstico de TPAS – Escala Hare.
➢ Canibalismo / Necrofilia.
➢ Tratamento para psicopatia e demais transtornos
graves (incluindo narcisismo). BECK
➢ Dicas de livros
➢ Aulas extras com material
➢ Sim, compartilho slides, o conhecimento é da
ciência e não apenas meu.
➢ Pqe vc quer saber se ele e um psicopata?
➢ Questionar Hare sim ou com certeza? O q é ciência

Curso CRIMINAL PROFILE e demais

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AULAS E ESTUDOS ADICIONAIS


1. Cirurgia na infância
2. Remédios na gravidez
3. Alcoolismo e lobo temporal
4. Mãe em depressão e pai dominador
5. Medo de abandono = Canibalismo e guardar peças / troféu
6. Necrofilia como forma de poder / insegurança
7. Prazer em manipular entranhas (Brooks) – esplancnofilia, do
grego splagchnon significa popularmente entranha, e
anatomicamente se refere ao prazer em manipular as
vísceras.
8. Importante ler sobre fetiche em Freud.
9. Nunca negou e deu mais detalhes. Comum.
10. Se abre pros policiais q não sabem o q fazer com aquilo
11. Hj o chamariam de manipulador. Nada do q dizem é
considerado...
12. Amor por avó e pela vítima surda?
13. Desumanizamos para odiar. Assim como chamamos de
monstros.
14. A mutilação desumaniza. Feita pra se livrar do corpo, torna a
pessoa menos humana.

PONTOS IMPORTANTES DO CASO


15. A questão do racismo e poder
16. Policia omissa e hj em dia impulsiva pra responder ao
clamor social
17. O enorme sofrimento de Glenda por não ser ouvida,
pobre, mulher, negra, trabalho. Impotência, horror e
stress.
18. A dor pela perda dos filhos. Ele liga para avisar q não
procurem mais o desaparecido.
19. Pai insiste em doença mental e tratamenton psi.
Interessante, no caso do estudo do cérebro, ele foi
contra.
20. Pai não aceita culpa por taxidermia mas culpa mãe
pelos remédios na gravidez
21. Pai vê na tv testemunhas mentindo aumentando
detalhes
22. Pedido de perdão do pai
23. Mae tenta se matar de novo
24. Culpa, responsabilidade ou um coquetel?
25. Pai sentia o mesmo mas não fazia.
26. Quase todos sentem em maior ou menor grau.

PONTOS IMPORTANTES DO CASO


27. Falta empatia pai com família vitimas
28. Jeff famoso fãs dão dinheiro
29. Tept dos sobrevivientes
30. Turismo e foto no prédio
31. Glenda mal e prendem filha afetada
32. Jeff dá entrevistas
33. Policiais omissos premiados
34. Policiais passam trotes pro coreano pai.
35. Por ironia seu cérebro termina em disputa no congelador...
36. Vingança de Glades: Cristã
37. Negro q o matou: cristão c/ Deus vingativo. Foi condenado tb.
38. Noção de inimputabilidade penal
39. Perdão de deus?
40. Provocações eram pra ele morrer, como uma espécie de
suicidio?
41. Francisco das Chagas e demais que enviei slides
42. Acido ocean five
43. Álcool como desinibidor. Meus pacientes (Igor, Marley, Zé Jr,
Reinaldo)

PONTOS IMPORTANTES DO CASO


Que tal, depois desta nossa conversa
e de realizar as leituras que
recomendo, você assistir a série
novamente?

Assim, você pode notar coisas que


passaram desapercebidas na
primeira vez e notar se suas
percepções mudaram.

Então, deixo aqui alguns pontos para


serem observados em cada um dos
episódios...

ALGUNS PONTOS PARA REFLEXÃO


✓ Comer, integrar e não perder...
✓ Fotos e pedaços como troféus...
✓ Operou uma hérnia com 4 anos. Dano
cerebral por anestesia demais?
✓ Estranho cognitivamente.
✓ Assiste o filme O Exorcista todo dia. Quer se
livrar do mal ou se sente possuído?
✓ Apto sujo, maltrata a si mesmo se mistura
com aquilo... ele é aquilo?
✓ Preferência por negros gays, por serem
vulneráveis ou apenas pela beleza?
✓ Medo de abandono e pais abstraídos...
✓ Bebida alcoólica e possível dano ao lobo
temporal frontal
✓ Não disfarça cheiro indo para o apto da
vizinha. Perversão?

EPISÓDIO 1
✓ Encontra mãe que tentou suicídio
✓ Pai diz q ela tenta chamar atenção
✓ Pai diz q mãe precisa de lobotomia
✓ Pai ensina a dissecar animais
✓ Pai fala q ele vive alheio desde a
cirurgia aos 4 anos
✓ Vai trabalhar cortando carne na
delicatessen
✓ Matar gays é se odiar e se matar?
Como quem deseja matar
psicopatas?
✓ Poder financeiro e branco

EPISÓDIO 2
✓ Mãe tomava 26 remédios por dia
✓ Mãe em depressão, pai dominador
✓ Prazer sexual com as entranhas.
Brooks
✓ Longe da mãe na separação e
identificado com o pai
✓ Ele não sabia amar ou seduzir, como
pai, vencia na violência física
✓ Matar homens é matar o pai abusivo?
✓ Fetiche objeto do desejo e objeto e
não humano. Desumanizamos para
odiar. Assim como chamamos de
monstros.
✓ A mutilação desumaniza. Feita pra se
livrar do corpo, torna a pessoa menos
humana.

EPISÓDIO 3
✓ Pedacinhos de ossos deles por
toda parte, para ficarem ao redor,
não ficar só. LIVRO
✓ Esplancnofilia, atracão por
órgãos
✓ Os órgãos internos lembram a
vagina e demais órgãos internos
da mulher
✓ Avó boa mas num desequilíbrio
entre rigidez e permissividade
✓ Vai trabalhar com saúde e
sangue.
✓ Guarda cabeça na caixa de
prêmios e usa como recordações
depois, para beijar.
✓ O manequim e o fetiche

EPISÓDIO 4
✓ Deitar com um morto desconhecido
para abraçar
✓ Medo abandono
✓ Solidão de não ter amigos
✓ Se abre pros policiais q não sabem o
q fazer com aquilo
✓ Hj o chamariam de manipulador.
Nada do q dizem é considerado...
✓ Minha tese
✓ Um cara normal, padrão??
✓ A negação de todos nós...
✓ Juiz o libera por ser branco e
parecido com neto dele
✓ Pai perguntou se teve psicólogo na
prisao e ele diz q não, q ficou sozinho

EPISÓDIO 5
✓ Mostra mais a história do rapaz
surdo, humanizando a história
familiar
✓ Amor?
✓ Border teme a perda e mata para ter
pra sempre
✓ Policia omissa e hj em dia impulsiva
pra responder ao clamor social
✓ O reverendo e os direitos civis faz
retrato social. Vitimas são o povo
mais vulnerável e policia não liga
✓ O enorme sofrimento de Glenda por
não ser ouvida, pobre, mulher, negra,
trabalho. Impotência, horror e stress.
✓ A dor pela perda dos filhos. Ele liga
para avisar q não procurem mais o
desaparecido.

EPISÓDIO 6
✓ Pai insiste em doença mental e
tratamenton psi. Interessante, no
caso do estudo do cérebro, ele foi
contra.
✓ Pai não aceita culpa por taxidermia
mas culpa mãe pelos remédios na
gravidez
✓ Pai vê na tv testemunhas mentindo
aumentando detalhes
✓ Pedido de perdão do pai
✓ Mae tenta se matar de novo
✓ Culpa, responsabilidade ou um
coquetel?
✓ Pai sentia o mesmo mas não fazia.
✓ Quase todos sentem em maior ou
menor grau.

EPISÓDIO 8
✓ Falta empatia pai com família vitimas
✓ Jeff famoso fãs dão dinheiro
✓ Tept dos sobreviventes
✓ Turismo e foto no prédio
✓ Glenda mal e prendem filha afetada
✓ Jeff dá entrevistas
✓ Policiais omissos premiados
✓ Policiais passam trotes pro coreano
pai.

EPISÓDIO 9
✓ Por ironia seu cérebro termina em
disputa no congelador...
✓ Vingança de Glades: Cristã
✓ Negro q o matou: cristão c/ Deus
vingativo. Foi condenado tb.
✓ Noção de inimputabilidade penal
✓ Perdão de deus?
✓ Provocações eram pra ele morrer,
como uma espécie de suicidio?

EPISÓDIO 10

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