O documento discute o preconceito e como ele pode levar à discriminação. O preconceito é uma atitude negativa direcionada a um grupo inteiro baseada em estereótipos. Isso pode influenciar o comportamento e levar a discriminação, como no tratamento desigual de brancos e negros na "guerra às drogas". O racismo moderno esconde preconceitos implicitos.
O documento discute o preconceito e como ele pode levar à discriminação. O preconceito é uma atitude negativa direcionada a um grupo inteiro baseada em estereótipos. Isso pode influenciar o comportamento e levar a discriminação, como no tratamento desigual de brancos e negros na "guerra às drogas". O racismo moderno esconde preconceitos implicitos.
O documento discute o preconceito e como ele pode levar à discriminação. O preconceito é uma atitude negativa direcionada a um grupo inteiro baseada em estereótipos. Isso pode influenciar o comportamento e levar a discriminação, como no tratamento desigual de brancos e negros na "guerra às drogas". O racismo moderno esconde preconceitos implicitos.
O preconceito é uma atitude hostil ou negativa, direcionada a pessoas de um
grupo específico, baseada apenas no pertencimento a esse grupo. Assim, quando dizemos que alguém é preconceituoso em relação aos negros, queremos dizer que essa pessoa está, por antecipação (primed), inclinada a se comportar friamente ou com hostilidade em relação a eles e que os considera todos praticamente iguais. As características por ela atribuídas aos negros são negativas e aplicadas ao grupo como um todo. Traços ou comportamentos individuais do alvo do preconceito passarão despercebidos ou serão desprezados. O preconceito tem um elemento cognitivo (o estereótipo) e pode influenciar o comportamento (na forma de discriminação). Todos somos vítimas ou potenciais vítimas do preconceito, apenas por pertencermos a um grupo identificável, com base na etnia, cor da pele, religião, gênero, nacionalidade, orientação sexual, tamanho do corpo, ou deficiência física, só para listar algumas. E não são apenas os grupos minoritários que sofrem preconceito por parte da maioria dominante. É uma via de mão dupla: o preconceito frequentemente flui do grupo minoritário para o majoritário, assim como age na direção oposta também.
Discriminação: O Componente Comportamental
O preconceito também pode levar à discriminação através das
“microagressões”: os “desprezos, indignidades e humilhações” que muitas minorias e pessoas com deficiências físicas experimentam. Sempre sendo uma ação negativa injustificada ou prejudicial voltada aos membros de um grupo apenas por pertencerem a ele. Qualquer grupo estigmatizado dentro de uma sociedade sofrerá discriminação, a oficial e a sutil. A maioria das formas explícitas de discriminação nas escolas e no mercado de trabalho são agora ilegais nos Estados Unidos. Porém os estereótipos e preconceitos podem “vazar” e ser expressos pelo comportamento de forma poderosa. Por exemplo, negros e brancos não são tratados igualmente na “luta nacional contra as drogas” (Fellner, 2009). Nos Estados Unidos, considerando- se as estatísticas da população em geral e dos infratores da legislação antidrogas, os afro-americanos são desproporcionalmente mais presos, condenados e encarcerados por acusações de envolvimento com drogas (Blow, 2011). Uma ilustração disso é dada por um estudo realizado em Seattle, cuja população é composta por 70% de brancos. A grande maioria daqueles que usam ou vendem drogas pesadas são brancos, mas quase dois terços dos indivíduos presos são negros. Os brancos constituem a maioria daqueles que usam ou vendem metanfetamina, ecstasy, cocaína em pó e heroína, e os negros são a maioria que usam ou vendem crack. Porém a polícia praticamente ignora o mercado dos brancos e se concentra nas apreensões de crack. Os pesquisadores disseram que eles não conseguiram encontrar uma explicação “racialmente neutra” para essa diferença. O foco nos infratores de crack não se mostrou relacionado à frequência das transações de crack comparadas às de outras drogas, a segurança pública, preocupação com a saúde, taxa de criminalidade ou reclamação dos cidadãos. Os pesquisadores concluíram que os esforços do departamento de combate às drogas da polícia refletem a discriminação racial — o impacto inconsciente da raça na percepção oficial de quem causa os problemas de droga da cidade (Beckett, Nyrop e Pfingst, 2006).
O Racismo Moderno e Outros Preconceitos Implícitos
Com a ilegalidade da maior parte das discriminações manifestas, muitas pessoas se tornaram mais cuidadosas, agindo exteriormente sem preconceitos embora internamente mantenham sentimentos preconceituosos. Esse fenômeno é conhecido como racismo moderno e ele inclui mais do que apenas preconceitos raciais. As pessoas escondem suas crenças para evitar serem rotuladas de racistas, sexistas, ou homofóbicas. Mas, quando a situação é “segura”, ou quando perdem suas inibições devido ao álcool ou estresse, o preconceito implícito é revelado (Dovidio e Gaertner, 1996; McConahay, 1986; Pettigrew, 1989; Vala, 2009). Quando Barack Obama foi eleito pela primeira vez, muitos esperavam que a nação entrasse numa era “pós-racial”, mas, em pouco tempo, ficou claro que isso ainda não estava acontecendo. Pessoas altamente preconceituosas se deram conta de que não seria bacana opor-se a ele por questões claramente raciais, então seu preconceito tomou a forma de questionar o “americanismo” do presidente: ele realmente nasceu nos Estados Unidos? É um cidadão legítimo? Em resumo, será que ele é “um de nós”? Um estudo de quase 300 estudantes, brancos e negros, constatou que, para os brancos altamente preconceituosos, o “não americanismo” do presidente Obama afetou a avaliação de seu desempenho, porém não afetou a do vice-presidente Joe Biden (Hehman, Gaertner e Dovidio, 2011). Na verdade, esses estudantes poderiam dizer, “não tenho preconceito contra os negros — só que Obama não é realmente norte-americano e é um péssimo presidente”. Em contraste, os estudantes negros e os estudantes brancos não preconceituosos apoiaram ou criticaram Obama, mas a opinião acerca de seu status norte-americano era irrelevante para sua avaliação dele.
Dois passos do Processamento cognitivo dos estereótipos
O Processamento Automático: ocorre sempre que um estimulo apropriado é encontrato – pode ser o membro de um grupo estereotipado ou o contato com uma declaração estereotípica – fazendo com que os estereótipos daquele grupo sejam acessados na memória. O processamento automático ocorre sem que você esteja consciente. Você não tem esses pensamentos de propósito, eles simplesmente ‘’ acontecem’’ – desencadeados pela presença do estímulo. O Processamento controlado: ocorre quando você está consciente – como quando escolhe desconsiderar ou ignorar a informação estereotípica que foi trazida á mente. Os Efeitos do Preconceito na Vítima Um resultado comum de ser alvo do preconceito é a diminuição da autoestima, com a internalização da visão da sociedade de que um grupo seria inferior, pouco atraente ou incompetente. É possível pensar que as vítimas de preconceito e estereótipo poderiam dizer “ei! Eu sou mais esperto do que você pensa! Vou lhe mostrar!” Infelizmente, a vítima frequentemente internaliza as expectativas sociais e passa a acreditar nelas: “acho que eu devo ser estúpido mesmo, já que todo mundo pensa assim”. Há uma diferença estatística de desempenho nos testes acadêmicos entre os vários grupos sociais nos Estados Unidos. Embora haja uma considerável sobreposição, os asiáticos norte-americanos têm um desempenho um pouco melhor do que os anglo-americanos, que, por sua vez, desempenham melhor do que os afro-americanos. Por que isso acontece? Há vários tipos de explicações — econômicas, culturais, históricas, políticas. Porém, um dos fatores principais é claramente o situacional e ele deriva da ansiedade produzida pelos estereótipos negativos. Numa série arrebatadora de experimentos, Claude Steele, Joshua Aronson e seus colaboradores demonstraram o poder do que eles chamam de ameaça do estereótipo